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VOCÊ É MEU ESCRAVO

"Por que você não se vinga do meu pai em vez disso?"

Ainda que tenha sido difícil, Iris conseguiu fazer sua pergunta sair de seus lábios. Ela sentia que era injusto que ela tivesse que suportar o ódio do Alfa Cane, por algo que ela nem sequer fez.

"Eu tenho a mesma pergunta que você. Por que eu e o meu povo?" Cane não levantou a voz, mesmo assim, Iris não conseguia ouvi-lo, mas ela estava tão assustada de olhar em seus olhos profundos e frios, então ela focou sua atenção em seus lábios. "Seu pai devastou minha alcateia. Matou meus pais e minha irmã e irmão pequenos, escravizou o meu povo, mas me deixou viver para passar por aqueles dez anos infernais como escravo dele. Por que eu?"

Lágrimas escorriam dos olhos de Iris. Ela estava tão assustada, mas, por algum motivo, ela conseguia entendê-lo, ela conseguia sentir sua dor. Isso também não era justo para ele.

"Por favor…" Iris ganiu quando sentiu a mão dele apertar seu seio. Ninguém nunca havia tocado nela dessa maneira antes e, mesmo que ela não fosse a filha mais orgulhosa de seu pai, ninguém ousaria degradá-la.

"Por favor? Eu disse essa palavra inúmeras vezes, mas o que o seu pai disse? Ele me disse; 'você pode implorar o quanto quiser, mas eu farei o que eu quiser, é assim que o poder funciona'."

Iris gritou de agonia quando ele apertou seu mamilo tão forte que ela sentiu muita dor.

"Não chore, isso é apenas o começo. O dia da morte do seu pai foi o dia em que você se tornou minha escrava, minha propriedade e eu sou o seu mestre."

Através de sua visão embaçada, com as lágrimas se acumulando em seus olhos, Iris leu seus lábios e sabia que ele estava sendo verdadeiro em suas palavras. Isso era apenas o começo.

Cane rosnou ao ver que ela estava com dor e suas lágrimas o incomodavam, então ele virou seu corpo e a fez ficar de joelhos, enquanto ele pressionava sua cabeça no travesseiro macio e começava a despi-la.

Seu pai fez isso com as mulheres de sua alcateia e o deixou assistir tudo.

Ele se posicionou atrás dela e se preparou. Ele a faria sentir a dor, para que ela soubesse que tipo de dor ele e seu povo haviam passado.

Foi excelente que o alfa teve dois filhos, então ele poderia torturá-los como bem entendesse. Afinal, era assim que o poder funcionava, certo?

Por outro lado, Iris esbracejou ao sentir seu vestido ser rasgado facilmente, como se o tecido fosse tão suave quanto tecido. Ela estremeceu quando o vento da noite acariciou sua pele nua, enquanto ela podia sentir seus dedos ásperos agarrando suas coxas.

Iris percebeu o que aconteceria com ela e se preparou para isso, mas então, quando se viu diante do horror, não pôde evitar recuar de medo.

Entretanto, Cane parou de repente.

Iris não sabia o que aconteceu, mas ele se afastou dela, já que o peso na cama levantou. Ele saiu da cama e Iris imediatamente agarrou um cobertor para se cobrir. As costas dele estavam voltadas para ela, enquanto ele colocava suas calças de volta.

"O que é isso nas suas costas?" Ele perguntou a ela, mas como ela não conseguia ler seus lábios, ela não sabia o que ele estava dizendo. "Estou perguntando o que é isso nas suas costas? Quem fez isso com você?"

Cane sabia que a filha do alfa era uma rejeitada, ela tinha um problema de saúde, portanto raramente aparecia em público.

Durante seu tempo como escravo nessa alcateia, ele a viu apenas duas vezes e não deu muita atenção. Por que ele deveria? Ela era apenas uma pequena menina pálida, que sempre parecia melancólica.

"Eu perguntei." Cane se virou e encarou Iris, ele a encarou porque ela não o respondeu.

A jovem menina estava enrolando o cobertor ao redor de seu corpo, mas ele a tinha visto. Ela era tão pequena e frágil, até mesmo um escravo faminto parecia mais saudável do que ela.

Como eles alimentaram a filha do alfa todo esse tempo? E como ela poderia ter essas cicatrizes tão visíveis em suas costas?

Sim, as costas dela estavam marcadas por cicatrizes.

Como uma transformadora, ela deveria ter a habilidade de se curar sem deixar rastros, a não ser que fosse ferida por algo feito de prata, como a cicatriz no rosto de Cane.

Mas então, quem faria isso com a filha do alfa em sua própria alcateia?

"Mais uma vez, estou perguntando, quem fez isso com você?!" Cane não conseguia acreditar que estava sendo ignorado por sua própria escrava.

Ele atravessou a sala e a forçou a enfrentá-lo, mas ele pôde ver uma marca gritante em seu queixo, onde ele agarrou ela anteriormente. Estava vermelho e levemente sangrando. Ela deveria ter curado essa pequena lesão até agora, por que ela não conseguia se curar?

Cane franziu a testa ao ver seus olhos azuis oceânicos. Seu cabelo castanho-avermelhado cobriu metade do rosto dela e flutuou sobre o cobertor com o qual ela se envolvia.

"Me responda," Cane sibilou de forma venenosa.

"O quê?" Iris engoliu com muita dificuldade, enquanto apertava seu cobertor, como se essa fosse a única proteção que ela tinha, mesmo sabendo que Cane poderia se livrar dele sem fazer esforço se quisesse. "Que pergunta?"

Iris perdeu sua pergunta e agora ela estava confusa sobre como deveria respondê-lo.

Por outro lado, Cane não estava menos confuso do que ela, porque ele estava franzindo a testa duramente agora. Sua frieza foi quebrada e ele mostrou um pouco de emoção, além de raiva e ódio.

"Saia," Cane finalmente disse. "Saia daqui."

Ele sabia tudo sobre o irmão de Iris, o próximo para ser o alfa da alcateia, mas ele não ligou muito para descobrir sobre a menina.

Cane soltou Iris e ela se afastou rapidamente da cama, mas ela estava nua, já que Cane tinha rasgado seu vestido.

"Eu... Eu vou vestir a sua camisa." Iris viu a camisa de Cane no chão e imediatamente a vestiu. Ela olhou para ele, mas ele não fez nada para impedi-la.

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