11 Missão de Resgate

[Nova Missão Gerada]

[Missão de Resgate]

[Encontre e traga as 2 pessoas de volta sãs e salvas.]

[Recompensa: Atualização do seu Sistema]

"Uau, é sério isso Ava, então uma missão pode ser gerada através dos meus acordos na realidade? E por que a recompensa é diferente da prometida pelo ferreiro?" Perguntei a Ava.

[Essa missão é um presente, por sua coragem e bom coração, concordando em ajudar o ferreiro, mesmo podendo pegar os materiais necessários a força. Ass.: Anúbis]

«Max essa é missão direta do seu Patrono por isso a recompensa é diferente, e nem sempre um acordo será transformado em missão, somente em casos em que o usuário irá ganhar algum tipo de conhecimento valioso ou habilidade útil a sua sobrevivência.» Ava respondeu minha pergunta.

"Algum problema garoto?" Robert perguntou.

"Ah, não, eu só recebi uma boa notícia, não precisa se preocupar, agora vou indo então até depois." Disse-lhe.

"Ok, tome cuidado." Ele disse ainda preocupado comigo.

Saí da ferraria de volta para o beco ainda vazio, segui as instruções de Robert e cheguei a rua principal, um quarteirão após o beco. Agora precisava andar mais um quarteirão a esquerda para finalmente avistar a casa de Robert.

Enquanto estava andando pela calçada resolvi convocar um ajudante, mas dessa vez seria um fantasma. Para isso precisava tirar algumas dúvidas com Ava.

"Ava, se eu convocar um fantasma, ele ficará visível para todos ou só para mim?" Perguntei curioso.

«Depende de sua vontade Max, se você ordenar ele pode ficar visível ou não para outras pessoas.» Ava respondeu.

Agora que minha dúvida foi respondida decidi invocá-lo o mesmo redemoinho de fumaça negra do qual a múmia apareceu se formou na minha frente, mas dessa vez a materialização foi mais rápida, em poucos segundos um fantasma de um homem apareceu. Ele deveria ter uns 30 anos quando ainda era vivo e permaneceu com essa aparência até agora. Após sua materialização ele me cumprimentou.

"Olá rapaz, tudo bem? O que posso fazer por você?" Ele disse.

"Ava, por que eu posso ouvir sua voz na minha cabeça? E por que as múmias não falam, mas os fantasmas sim?" Disse ainda assustado.

«As múmias não podem falar, pois não tem mais seus órgãos e nem uma alma. Já os fantasmas são literalmente almas, o que as permite falar mentalmente com seus invocadores.» Ela explicou.

"Entendo, obrigado." Disse-lhe.

"Oi, meu nome é Max, como posso lhe chamar?" Respondi ao fantasma, enquanto continuava andando e ele me seguia flutuando ao meu redor.

"Eu não tenho mais um nome, Max se quiser pode me dar um novo que seja do seu agrado." Ele disse.

"Que tal Billy? Você gosta?" Perguntei-lhe.

"Claro de agora em diante me chame de Billy. Em que posso ajudá-lo?" Ele perguntou novamente.

"Estou em missão de resgate e escolta, preciso que fique de olho em inimigos e me avise assim que avistá-los, pode fazer isso?" Perguntei.

"Mas é claro que sim Max, e posso lutar também se preciso. Apesar de ser um fantasma posso solidificar meu corpo espiritual para atacar, mesmo estando invisível a todos ao seu redor. Mas para uma melhor visão peço permissão para voar a uma maior altitude." Ele me respondeu.

"Claro vá em frente, avise-me sobre qualquer movimento estranho nas ruas ao redor." Disse-lhe.

Nesse momento ele saiu voando para o alto e parou depois de subir quase um quilômetro na vertical. Eu ainda podia vê-lo e ouvi-lo claramente apesar da distância. E assim me senti mais seguro sabendo que seria avisado de um inimigo com tempo de sobra para me preparar para a batalha.

Segui para a casa de Robert enquanto Billy vigiava o caminho tanto a minha frente quanto os outros lados, estava quase chegando a casa quando Billy me disse que havia avistado um cão de duas cabeças a um quarteirão e que ele estava vindo em minha direção, nesse momento eu já podia ver a casa de Robert a uma curta distância, perguntei a Billy quanto tempo eu tinha até que o cão me avistasse.

"No ritmo que ele está vindo você tem no máximo um minuto." Disse-me ele.

"Droga um minuto não será suficiente para entrar na casa." Pensei.

Nesse momento decidi que iria enfrentá-lo de frente e pedi a Billy que descesse e me ajudasse, e assim ele fez, quando ele chegou perto de mim novamente eu já tinha visto o cão e ele a mim.

O cão era uma espécie de doberman que tinha sofrido uma mutação e agora tinha uma cabeça extra. Seu couro era todo negro e não tinha pelos seus olhos eram vermelho brilhante. Ele saltou para frente correndo descontroladamente, em uma fúria extrema parecia que eu tinha matado um de seus filhotes. Eu puxei a faca do inventário e me preparei para aparar sua investida enquanto tentava cortá-lo.

Quando ele chegou até mim estava tão rápido que sua batida foi muito forte para mim é não consegui segurá-lo, fui enviado voando quase dois metros para trás e ele ainda continuou correndo por mais alguns passos antes de parar e me encarar novamente, devido à força de seu golpe não fui capaz de acertá-lo com a faca. Ordenei que Billy atacasse e no mesmo instante ele transformou sua mão em um tipo de lâmina antes de atacar com força total.

Seu ataque causou um corte profundo na lateral do cão, que ficou confuso ao receber dano mesmo estando longe da minha área de ataque. Billy não parou por aí e o esfaqueou na perna para que não pudesse correr novamente. Seu terceiro golpe foi na garganta do cão que já se preparava para fugir, após perceber que não poderia lutar em seu estado, esse ataque foi tão brutal que quase separou sua cabeça do corpo, matando-o instantaneamente.

[20 xp]

"Obrigado Billy e bom trabalho." Falei em voz alta para enfatizar meu agradecimento.

"Não precisa agradecer esse é meu trabalho protegê-lo." Ele disse com um sorriso no rosto.

Após saquear o corpo do cão obtive um couro e uma presa.

[Couro de Cão Bestial]

[Classe: Material]

[Grau: Ferro]

[Presa de Cão Bestial]

[Classe: Material]

[Grau: Ferro]

"Hm, me pergunto se essa presa serve para criar uma faca também ou se é outro item." Pensei enquanto guardava tudo no inventário.

Agora que isso foi resolvido vamos voltar a missão, me dirigi para a casa com porta vermelha como Robert me instruiu. Chegando lá chamei por sua mulher seu nome era Yuukia. Pelo nome imaginei que fosse japonesa ou tivesse descendência, disse eme voz alta que Robert havia me enviado para escoltá-las até a ferraria.

Quando ela apareceu na janela pude ver seu rosto redondo e enrugado, que tinha uma expressão de suspeita, como ele havia dito ela não acreditou no que eu disse.

"Se você foi mesmo enviado por ele prove." Ela disse com sua voz suave, mas um pouco rouca.

"Aqui está a aliança dele, ele disse que isso seria o suficiente para que a senhora acreditasse em minhas palavras." Disse mostrando-lhe o anel na corrente que estava em meu pescoço.

Ao ver o anel sua expressão se suavizou e seu rosto sumiu da janela, em seguida ouvi barulho de móvel sendo arrastado e logo em seguida a porta foi aberta. Entrei rapidamente fechando a porta atrás de mim para nossa segurança.

Quando me virei, vi a senhora Yuukia e sua neta ambas segurando um atiçador de fogo nas mãos prontas para qualquer coisa.