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Bônus: Os hotéis e surpresa

Os Amigos POV:

Durante o café da manhã conversam sobre a viagem e contam para Eros sobre Weenny. Maria José começa a se render aos encantos do Dulhan e entende por que todos eles o idolatram, ele é realmente o mais lindo e gentil dos homens.

Assim que terminam a refeição, Eros avisa que precisa sair e faz questão de se despedir de um por um dos amigos e também dos tradutores.

— Como está dividido o hotel? Eros está hospedado aqui também, não é? - Mayara pergunta.

Amitabh os reúne em uma parte reservada do saguão, para que todos possam ouvir sua explicação.

— Na cobertura está a suíte de núpcias dos noivos, no terceiro andar está a suíte do Dulhan e dos seus sogros e cunhado, no segundo andar estão as suítes das madrinhas, no primeiro andar as suítes dos padrinhos, no térreo as suítes estão reservadas aos seus familiares e os paras seus amigos famosos.

Todos compreendem a explicação e ficam felizes ao saber que estarão entre conhecidos.

Os grupos são divididos, os homens são chamados pelo Amitabh e vão com ele pelas escadas, afinal suas suítes são no primeiro andar. Já as mulheres ficam com Tia e elas vão até o elevador. 

As mulheres ainda estão suspirando por Eros, elas sentem falta desse amigo querido.

— Ai, Eros está tão lindo hoje. – Carol diz.

— Ele sempre está lindo! – Michele diz e sorri.

— E quando esse homem maravilhoso está feio? – Samara pergunta e todas riem.

— Nunca! – elas dizem ao mesmo tempo.

Tia fica envergonhada de ver o modo como essas mulheres falam do Príncipe, mas lembra que todos viveram juntos no Brasil, por isso devem ter essa intimidade exagerada, esse desrespeito a Alteza.

— Acho que devemos perguntar para nossa amiga se quando ele acorda é feio ou em algum outro momento. – Marília diz em tom sério e mais uma vez todas riem.

— Estou tão cansada. Doida para tomar um banho demorado e depois vou dormir por horas. – Samara suspira e diz.

Tatiane, Marília, Vivian e Mayara também sentem um grande cansaço, mas não pensam em dormir, há muito para se ver na Índia e só terão uma semana para isso.

— Há uma surpresa para vocês aqui no térreo, depois que descansarem eu lhes mostrarei. - Tia muda de assunto e avisa, deixando-as ainda mais curiosas do que são normalmente.

— Surpresa!? Vamos ver agora, não é? – os olhos da Gislaine brilham de curiosidade, ao dizer.

— Claro! Precisamos ver isso imediatamente. – Iara diz.

— Vocês não estão cansadas demais e querendo descansar urgentemente? – Tia, confusa, diz.

— É, Tia. Neste caso a curiosidade fala mais alto do que o cansaço ou a vontade de tomar um banho... Afinal somos mulheres e você sabe que não resistimos a uma boa surpresa. – Dani diz e ri.

O elevador chega, mas elas não entram.

— Então me sigam, por favor. O Dulhan fez questão de preparar um presente para os padrinhos. Uma loja de roupas de festa especialmente para vocês, são roupas e calçados indianos, há também um alfaiate e uma costureira para serví-los, preparando qualquer roupa que desejarem, vocês podem escolher o que quiserem. – Tia explica.

Elas sorriem e olham umas para as outras, estão encantadas com a delicadeza do Dulhan, que belo presente ele teve o cuidado de preparar, se fez isso para os padrinhos o que deve ter feito para a sua Dulhana?

Tia abre a porta do que parece ser um quarto, elas entram e se deparam com uma enorme sala quase sem móveis e com muitas araras de roupas indianas e manequins.

Percebem que duas pessoas caminham na direção delas, Tia os cumprimenta com Namastê e se adianta para fazer as apresentações.

— Este é o alfaiate, Shri Viren Kumar e sua assistente Indira, eles mostrarão todas as roupas e farão os ajustes necessários, para que possam usar essas peças durante a celebração do shádi.

As madrinhas também os cumprimentam com o Namastê.

— Sejam bem-vindas, por favor fiquem a vontade, estamos aqui para servi-las. Minha assistente mostrará as peças que desejarem e também as orientará. – Viren diz.

Elas começam a andar por toda a loja, admiradas com a quantidade de roupas, tanto para os homens quanto para as mulheres, tudo muito elegante e bonito.

Samara fica parada observando a assistente Indira, Vivian pergunta se a amiga está bem.

— Estou sim... só estava pensando. – Samara responde.

Ela olha para Indira com curiosidade, essa mulher parece carregar uma grande tristeza dentro de si, nem ousa olhar para as pessoas que a rodeiam, passa a ter a sensação de que ainda se encontrarão mais uma vez, mas em uma situação diferente.

As madrinhas olham as roupas, põe à frente do corpo e se olham no espelho, mas não conseguem se decidir.

— Qual cor de roupa a Dulhana vai usar? – Iara pergunta e todas as amigas parecem inconformadas, porque tem a sensação de que sabem do que se trata a súbita ideia da amiga.

— Você está perguntando para a gente não usar a mesma cor da roupa da noiva, não é? – Maria José verbaliza o que todas pensam.

— Eu acho uma ótima ideia, devemos usar a mesma cor que ela. – Samara diz.

— Que absurdo! Vocês sabem que isso não traz sorte. Vão querer o noivo também? - Gislaine ri e diz.

— Vocês parecem confusas. Sentem-se, eu quero explicar uma coisa. – Tia diz.

Fazem um círculo e sentam no chão mesmo.

— Em primeiro lugar, quero que se lembrem do papel que vocês têm nesse shádi. As madrinhas devem ser identificadas, uma forma de fazer isso é pela roupa. Vocês podem usar a mesma cor de roupa entre vocês, uma cor parecida com a que a Dulhana usará, é bem provável que vocês não consigam usar a mesma cor dos saris da Dulhana, porque eles serão muito bordados e especiais, mas podem usar uma cor aproximada, todas vocês podem usar mesmo tom, por exemplo, se a Dulhana estiver com um sari vermelho, vocês todas podem usar saris iguais em tons de laranja com vermelho, entenderam? – Tia tenta explicar com detalhes.

— É bem diferente do modo como costumamos fazer no Brasil, mas parece que ficará bonito. Lá a noiva usa branco e é uma falta de respeito usarmos branco também. - Maria José diz.

— Vocês vão ver como é bonito, todos saberão de longe que vocês são as madrinhas, escolham uma cor para cada cerimônia e vocês podem variar nos penteados, nas maquiagens e nas joias, para que a beleza de cada uma de vocês seja realçada. – Tia diz.

Todas ficam ainda mais animadas com essa sugestão.

— Como ou quando saberemos quais cores que a Dulhana vai usar nos saris? – Michele pergunta.

— Posso me informar com as pessoas que cuidarão das roupas da Dulhana, sei que são muitos saris, geralmente nas cerimônias principais as noivas usam o dourado, laranja e vermelho, já nas pujas sempre usam cores claras e poucas joias, em respeito aos deuses. – Tia diz.

Então as madrinhas começam a escolher suas roupas, são pilhas de roupas amontoadas e identificadas com seus nomes, Indira vai anotando as medidas delas para possíveis ajustes.

Depois de pensarem em suas próprias roupas, começam a pensar nos rapazes, se saberão escolher suas roupas, se reúnem e decidem separar algumas roupas para seus parceiros e amigos, com cores parecidas com as que as madrinhas usarão.

Shri Viren mostra para elas as roupas deles e as dupattas, elas já imaginaram o quão lindos ficarão os padrinhos, deixam tudo pré-selecionado para que eles tenham menos dificuldade do que elas.

O tempo passa rapidamente, elas saem com várias roupas nas sacolas, e só então lembram o quanto estão cansadas, querem ir para seus quartos, caminham juntas até o elevador.

— Posso dormir o dia todo de tão cansada. – Samara encosta na parede e diz.

— Pode ficar dormindo então e nós vamos passear – Dani diz — Podemos, Tia?

— Tia, podemos ir ver a Dulhana? – Carol pergunta.

— Eu estava planejando levá-las ao mercado, lá tem muitas coisas bonitas para vocês verem e comprarem, mas podemos ir sim, já que desejam vê-la. – Tia diz.

Então todos vão para seus respectivos andares.

Tia e Amitabh, mostram as suítes para os padrinhos e madrinhas, eles ficam parados e em silêncio observando tudo, depois de alguns segundos sorriem satisfeitos.

As madrinhas saem de suas suítes e vão para o corredor, comentam a respeito do luxo de suas acomodações, antes de que elas se despeçam, Samara faz uma breve reflexão.

— É, preciso aproveitar essa viagem, afinal é a primeira e provavelmente a única vez que virei para a Índia, não vou perder nenhum detalhe por estar cansada. Eu vou com vocês, preciso de um banho antes, mas vou.

— Todas nós precisamos, Samara, que bom que você vai. – Melissa diz.

— Acho que uma hora é tempo suficiente para ficarmos prontas, certo? – Maria José diz.

— Também acho, vamos nos encontrar aqui ou no saguão? O que acha, Tia? – Carol diz.

Tia diz que é melhor se encontrarem no saguão e avisa que vai esperá-las lá embaixo, as amigas sorriem, se despedem e voltam para suas suítes.

Arrumam rapidamente suas bagagens e vão tomar o tão sonhado banho, decidem vestir um sari pela primeira vez, Michele vai chamar a Tia e pede que ela as ajude.

A tradutora ensina cada uma das madrinhas a vestir o sari, espera pacientemente até que todas estejam prontas para irem juntas ao saguão do hotel.

Eros Myron POV:

Meus amigos me pedem para que eu os leve para um passeio, concordo, mas preciso cuidar de alguns detalhes para isso.

Volto para a minha suíte e converso com Salmaan e Ravi, aviso que vou sair com os padrinhos, eles então acionam a guarda imperial para nos acompanhar, mas exijo que eles mantenham uma certa distância e disfarcem suas vestes.

Checo se as suítes dos meus sogros e cunhado estão adequadamente prontas. Solicito que sejam providenciadas suítes dignas de Rei e Rainha para eles, afinal essa é a forma como serão tratados aqui. 

Mal tenho tempo de conhecer toda a minha suíte, porque cheguei com pressa. Sei que as suítes desse andar foram especialmente reformadas e decoradas para a nossa estadia.

Passo pelo hall de entrada e me sinto satisfeito com esse ambiente amplo e cômodo, a sala que se segue é para reuniões mais íntimas, é bem requintada e antecede a suíte real, logo depois há uma nova sala para reuniões formais.

Sigo para a toalete, que é bem amplo, logo depois vejo quarto de vestir. Há uma suíte secundária, para que eu tenha onde receber meus amigos, sem estimular a desconfiança sobre toda a verdade, é uma suíte mais simples. Logo depois há uma sala de televisão e ao lado o quarto de visitas e descanso. 

Há também um quarto para Salmaan e Ravi, que são meus servos fiéis, filhos de homens de confiança do Imperador e por essa razão merecem nossa confiança também, mesmo que eles tenham suas suítes como padrinhos que são, ocasionalmente ficarão comigo em minha suíte, para que cumpram sua obrigação de me proteger, mesmo que custe suas vidas.

É uma suíte bastante grande, há uma terceira sala para as grandes reuniões, ao lado dela uma sala de refeições e a varanda. Há um SPA e piscina privativos.

Tomo um banho e vou encontrar com os meus amigos no saguão do hotel, no caminho encontro um funcionário do hotel, ele está com dois envelopes nas mãos, ambos contém cartas e fotos, abro e leio com cuidado.

Receberemos muitos convidados brasileiros, são parentes, amigos próximos, famosos e distantes, convidados em geral e imprensa, para acomodá-los são necessários dois hotéis, procuro não os deixar tão longe de nós e muito bem instalados, assim como estamos.

Essas mensagens e imagens são do Takur, gerente do hotel Raj Palace e do Shri Shastri, o dono do hotel Ganesh Palace, ambos fazem questão de agradecer a honra de hospedar os meus convidados e ressaltam que membros da diretoria estarão esperando por eles na entrada do hotel, com bebidas e desejos de boas-vindas. Fico satisfeito com essa atenção dedicada a eles, quero muito que todos estejam bem acomodados.

Pego as fotos e vejo uma por uma, são fotos dos principais espaços de cada hotel, lobby, recepção, sala de estar, restaurantes do térreo e da cobertura, bar, suítes, toaletes, varandas das suítes e piscina, tudo muito simples e bonito, como deve ser, não posso mostrar que sou um Príncipe, mas quero deixar todos muito bem acolhidos em meu país.

Próximo capítulo