57- A Ascensão de Aranden.

Capítulo: A Ascensão de Aranden

Após a queda do Império Solariano, Heliópolis estava em ruínas. O que antes era um símbolo de poder e grandiosidade agora era uma terra devastada, seus castelos em cinzas e suas ruas desertas. A morte do imperador Andrew Solarian ressoava como o fim de uma era, e a vingança de Heitor foi finalmente concretizada. Mas, enquanto o eco da batalha ainda reverberava, o impacto de sua vitória se estendia muito além dos muros do castelo.

Com a morte do imperador e a destruição do núcleo de poder Solariano, as nações vizinhas começaram a reagir rapidamente.

O domínio de Aranden agora se estendia por terras que antes estavam sob o controle de cinco reinos: império solarian, Ethill e Westphalen que pediu para ser anexada, e as nações menores de Salin e Everfill, que rapidamente enviaram seus representantes para solicitar adesão ao império vencedor. Ambas as nações estavam desesperadas por estabilidade. O medo de que forças descontroladas tomassem o vácuo deixado pelo império Solariano os levou a buscar a proteção de Aranden, que, agora mais forte do que nunca, estava disposto a absorver as terras vizinhas.

Salin, uma nação de comerciantes e estrategistas militares, enviou um diplomata de alto escalão até a corte de Magnus Aranden. O emissário, ciente da força de Aranden e do quanto isso poderia significar para o futuro de seu reino, trouxe uma oferta de rendição e um pedido para ser integrado ao império de forma pacífica. O medo da instabilidade e das possíveis represálias de forças soltas e rebeldes no território de solarian era palpável.

Everfill, por sua vez, uma nação com fortes laços comerciais com os impérios do norte e um poder militar considerável, também pediu para ser anexada. O monarca de Everfill, ao ver a derrocada de Solariano e a ascensão avassaladora de Aranden, não quis ficar do lado perdedor. A nação, apesar de sua autonomia, reconheceu que o futuro de seus cidadãos e de seus exércitos dependia de uma aliança forte com o reino de Magnus.

Magnus Aranden, em sua sala de audiências, ponderava sobre essas ofertas. Ele sabia que aceitar essas nações não apenas expandiria seu poder, mas também traria estabilidade e recursos. A integração de Salin e Everfill, combinada com a recente anexação de Ethill e solarian, colocava Aranden em uma posição sem precedentes no continente. Com os recursos de Ethill, e as minas de Salin e o comércio de Everfill, o império se tornaria uma potência econômica, militar e mágica. Além disso, isso colocaria Aranden como a força dominante, com um território imenso que se estendia desde as montanhas de Ragfall até as costas do Ocidente.

No entanto, enquanto as fronteiras se expandiam e o controle se consolidava, Heitor sabia que o trabalho estava apenas começando. Sua missão de vingança estava cumprida, mas o que ele faria com todo esse poder? Ele não estava preocupado apenas com o futuro de Aranden, mas também com o legado de sua família . O império estava crescendo, mas havia ainda muitos desafios à frente, e Heitor sabia que o maior de todos era lidar com o impacto de suas escolhas e o peso do poder.

O domínio de Aranden, agora unificado, se tornava uma nova força no continente, e enquanto os mensageiros voltavam para os reinos derrotados e os súditos se ajustavam à nova ordem, Heitor e Magnus sabiam que a estabilidade era frágil. O novo império teria que ser fortalecido e protegido, pois, como o próprio Heitor sabia muito bem, o poder atraía tanto aliados quanto inimigos. E em um mundo onde a magia e a ambição podiam destruir reinos inteiros, ninguém jamais poderia relaxar.

Aranden, sob a liderança de Magnus e o apoio de Heitor, estava no auge de sua ascensão. Mas, à medida que a poeira se assentava, o que restava eram as questões que haviam sido levantadas e que agora precisavam ser respondidas: até onde estavam dispostos a ir para manter esse poder? E quem mais se levantaria, agora que o Império Solariano havia caído?