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Capítulo Sete

Chorando a mulher responde: — Eu não posso. 

— Mas… — Elza me viu na janela e me afasto.

Logo escuto a trinca da porta e a Elza abre a porta.

— O que faz aqui me espionando?

— Desculpe, não foi minha intenção.

— O que você quer ?

— Queria conversar, mas notei que está ocupada. Mas tarde a gente conversa. 

Ela abre a porta.

 — Venha, podemos conversar agora.

— Eu não quero atrapalhar.— ela segura minha mão e me puxa para dentro.

— Cristal essa e Marcela. — fico sem graça, afinal pelo jeito estava no lugar dela, Sérgio havia pedido para Elza a dispensar.

— Marcela, essa é a menina que te falei.

Marcela, e bonita, uma morena linda na verdade com cabelos crespos sedosos, olhos verdes, porém estava pálida e abatida. Realmente parecia doente. Aí fico pior ainda.

Ela senta na cama. E força um sorriso pra mim.

— Não se incomode em sentar. Elza me falou que você não anda bem o que tem? 

Ela parece ficar sem jeito.

— Não precisa responder se não quiser.

— Ainda não sabemos. — Elza responde por ela. E Marcela agradece pelo olhar. 

— Senta! — Elza me mostra uma banqueta perto de um balcão de mármore e me sento.

— O quer conversar? _ ela pergunta se sentando na outra cama.

— Queria saber se tem algum lugar aqui que eu possa dormir?

Elza enruga a testa pensativa.

— Tem certeza?

— Lá em casa é impossível ficar.

— Cristal, pelo menos você tem uma casa. — Marcela comenta. — olha para nós, nós e porque não temos opção. 

Abaixo a cabeça pensativa.

— Não é porque não queremos você aqui, e que você está mais segura não morando aqui. 

Ergo minha cabeça e olho para Elza que agora segura a mão de Marcela.

— As coisas aqui não são legais Cristal. E quanto mais longe ficar você está segura. — Marcela comenta de novo.

— Querem me contar sobre isso.

— Quantos menos saber melhor para você.

— Por acaso trabalhamos para um bandido? — as duas se entre olham.

— Tá legal, acho que já entendi mesmo com o silêncio de vocês, devo me manter longe do Sérgio e só trabalhar. Tá legal. — Esfrego as palmas de minhas mãos nas minhas coxas. 

 — Então vou me preparar ! — me levanto indo em direção a porta para sair.

Elza segura meu braço.

— Sério Cristal se não quiser problemas maiores na sua vida. Não faça perguntas, e fique longe das meninas.

 Ergo a sobrancelha esquerda.

— As dançarinas, principalmente a Eduarda. — Eduarda era a ruiva.

Consenti com a cabeça, livro-me do braço da mão de Elza e saio do quarto.

Na ocasião que ia em direção ao banheiro do open bar do primeiro andar vejo uma silhueta parecendo ser do Francisco balanço a cabeça não querendo acreditar. E continuo o meu percurso. Fico na despensa mexendo no meu celular jogando pra ser mais exata, até dá meu horário de me trocar, colocar aquele uniforme horroroso. Me levanto do chão e Elza entra, me encara mas não diz nada saio e dou a volta do bar em direção ao camarim para buscar meu uniforme quando esbarro em um dos seguranças. Ele segura meu cotovelo.

— Preciso que me acompanhe até o escritório do senhor Sérgio.

 Puxo meu braço.

— Não me obrigue a usar a força Cristal.

— Eu acompanho, não precisa me arrastar. — sai andando na frente em direção ao escritório, imaginando que aquele imbecil iria querer agora.

Abro a porta sem bater e entro, paro de supetão quando vejo Francisco se virar em minha direção.

— O que faz aqui?

— Vim resolver nossos problemas. — ele responde com a cabeça baixa, evitando de me olhar na cara.

— Podem me explicar.

— Claro! — Sérgio diz com um sorriso debochado.

— Mas se sente primeiro.

— Estou bem em pé, obrigada!

Sergio da de ombros e Francisco se vira em direção ao Sérgio me dando as costas.

— Seu padrasto me fez uma oferta que não pude recusar.

Eu descruzo os braços olhando indignada com a intromissão dele ainda em minha vida.

— Sabia que não iria embora das nossas vidas.

O covarde não responde nada e Sérgio continua.

— Ele me ofereceu você para ser minha esposa?

—  O QUÊ? Só podem estar malucos?

— Sabe meu pai me chantageou dizendo que se eu não criasse responsabilidade ele iria me deserdar, eu não deveria me importar, eu tenho meu próprio negócio, porém não seria vantajoso perder a empresa dele que um dia seria meu por direito...

— E o que tem haver eu com isso? Você muda e cria responsabilidade e pronto.

— Cristal, seu padrasto tem uma dívida comigo e ele me ofereceu você.

— Seu… — Vou em direção ao Francisco para soca-lo, chuta-lo, morrendo de ódio. Porém o segurança de Sérgio me segura e também tampa minha boca impedindo de falar.

 Sergio levanta da sua cadeira e vem em minha direção. Passa o indicador pelo meu rosto mesmo eu tentando impedir não consigo.

— Você é linda, e de boa linhagem

— Rum hum! — resmungo querendo xinga-lo. Boa linhagem? Por acaso sou linha ou objeto de valor? Tento morder a mão do homem mas não consigo ele é muito forte. 

— Arisca… — ele aproxima do meu pescoço e sussurra: — Deve ser maravilhosa na cama. 

Recordo do meu pesadelo. E agora consigo reconhecer o homem, e Sérgio foi Sérgio que me abusou, minhas lágrimas invadem meu rosto.

Ele tenta enxugar, mas eu não deixo, mexendo a cabeça para lá e pra cá.

— Você vai se acostumar com a ideia. Vou pagar o tratamento do seu irmão, você não precisará trabalhar. Darei um bom dinheiro para sua mãe e você pagará as dívidas de Francisco.

Sergio olha para o lado, para ver Francisco e ele continua igual olhando pra frente. Covarde!

— Pode ir agora Franscisco depois te ligo para combinarmos direito.

Francisco se levanta e sai sem olhar para minha cara.

— Pode soltar ela Douglas.

O segurança me solta e vou para cima de Sérgio, porém ele segura meus pulsos fortes. 

— Não se atreva encostar as mãos em mim para me bater, se não, não respondo por mim. 

 Ele me empurra e eu caio no chão.

— Por favor, não faça isso deve ter outro jeito, você não pode se casar comigo. Deve ter alguma namorada, se case com ela. —  Digo chorando.

— Tenho muitos casos, mas quero você. Você servirá como minha espiã na empresa do meu pai. Com seu histórico curricular e seu curso na faculdade ele não terá dúvidas em aceitar a norinha. 

— Você é um monstro!

  Ele se agacha perto de mim e segura forte meu queixo.

— Meu pai não me deu alternativa. — ele levanta. — Agora saia, preciso que ainda trabalhe hoje. 

Ele vira as costas indo para sua mesa quando faço menção de sair.

— Ah — ele diz e me viro para ele.

— Lembre-se que assinou um contrato que faria tudo que eu ordenasse não tente fugir. Porque você não conseguirá cumprir a quebra de contrato.

— E o que seria?

Ele deu uma risada rápida.

— Não leu a letra miúda? Nop, nop, — ele balança a cabeça. — Deveria ter lido. —O homem declarou arrogantemente.

— Agora saia! — mandou irritado e sai, segurando o choro.

Malditos!

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