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Capítulo 6: Sem Poder Falar

Devin rangia os dentes. As mulheres se desmanchavam para estar com ele. E agora Savannah pensava que poderia simplesmente dispensá-lo, como um cachorro vadio?

"Como assim?" Ele cuspiu. "Você não pode me deixar."

Savannah olhou Valerie pela janela, "Eu não gostaria de ficar entre vocês dois," disse ela baixinho, voltando-se para o jardim.

Devin assentiu lentamente e depois soltou uma risada abafada. Ele passou o braço em volta da cintura dela e a puxou para perto. "Agora escute. Eu sou dono de você, sua vaca gelada." Sua voz era um sussurro cortante no ouvido dela, e sua mão afundou em seu flanco de modo que ela gritou. "Se não fosse por meu avô, que insiste que eu me case com você para evitar 'fofocas', eu ficaria feliz em te deixar. Eu te odeio, está ouvindo? Quero dizer, por que eu iria querer me casar com uma garota órfã que sempre parece tão miserável?" Ele soltou outra risada. "Não exija muito de mim, Savannah. O casamento vai acontecer conforme planejado no próximo mês. Depois disso, fique fora do meu caminho, e farei o mesmo. Mas se você não concordar...?" ele deu de ombros, olhando para o jardim. "As ações do seu pai e a oficina do seu tio vão desaparecer, assim." Ele estalou os dedos, sorriu, e voltou para dentro.

"Tão rápido?" disse Norah.

"Está resolvido." Devin deu de ombros e recostou-se no sofá.

Savannah ficou pregada ao chão. Ela esfregou a lateral e rangia os dentes. Ela queria fugir, passar por cima da cerca dos fundos e sair para o mar, nunca mais ser vista. Ela estava tão cansada que não conseguia mais sentir vontade de ficar com raiva; em vez disso, sentiu apenas uma dor surda onde deveria estar seu coração.

Então, como se de um sonho, o homem se ofereceu para nadar até o primeiro plano de sua mente. Lentamente, um sorriso se espalhou por seus lábios.

Dois dias depois, Savannah se encontrava novamente entre as estradas sinuosas e encostas verdes de Beverly Hills. O sol batia na calçada, e as pessoas na rua se escondiam em lojas, carros, ou sob toldos para evitar o sol do meio-dia.

Era muito mais fácil encontrar a casa desse cara do que escapar dela, ela pensou. Posso contar o número de vilas grandes em uma mão só.

Ela saiu do táxi em frente a uma entrada familiar com portão. Além, um caminho de cascalho serpenteava colina acima até uma vila branca, que comandava uma vista sobre a área. Era verde e tranquilo, e ela podia sentir o cheiro de lavanda e cítricos do jardim. Ela não tinha certeza se era o lugar certo, mas estava perto o suficiente para apostar dinheiro. Erguendo seu decote e fazendo bico com os lábios, ela caminhou em direção ao portão onde um guarda gordo em uniforme azul-marinho estava alerta. Confiança, ela pensou. Exale-a. Ela deu passos largos até o portão, puxou a maçaneta, mas não abriu. Teclado. Droga dupla.

O guarda se aproximou, passando um dedo sobre seu bigode espesso. "Como posso ajudá-la, senhora?" Ele perguntou, posicionando-se entre ela e a entrada.

"Eu – Eu estou aqui para ver... erm," Ela percebeu rapidamente que não tinha pensado isso direito.

Ele balançou a cabeça e começou a levá-la para longe com um braço em seu ombro. "Olha, Sra. ..."

"Savannah,"

Ele assentiu. "Qualquer que seja o motivo pelo qual você acha que veio aqui, Savannah, você não tem. Entendeu? Você precisa ir embora agora."

"Mas eu realmente estou procurando alguém. Um homem, alto com cabelo preto, e -oh!- um carro preto com um motorista grande, tipo silencioso. Eu já estive aqui antes... Só... não me lembro qual é a casa." Ela rolou os olhos mentalmente por quão mal isso estava indo.

"Procurando um homem de cabelo escuro com um ajudante, hein? Sem endereço, sem nome? Olha," ele deu um passo mais perto de modo que sua barriga quase tocava nela. "Vou simplificar isso para você," uma mão descansou em seu cassetete. "Você não vai entrar aqui."

"Tudo bem - Tudo bem!" Ela disse, acenando com as mãos, "Vou esperar aqui."

"Ah, garoto," Disse outro guarda na casinha. "Mais uma louca. Se essas garotas colocassem tanto esforço para trabalhar quanto colocam para caçar ouro..."

"Isso paga melhor, se elas conseguirem," suspirou o mais gordo.

"As casas aqui são todas bastante ricas. Não é de se admirar que atraem esse tipo de gente." Ecoou o outro homem.

As bochechas de Savannah ficaram vermelhas.

Jesus. O que estou fazendo aqui? É mesmo a casa certa?

Ela hesitou. Pensou em ir embora, mas parou ao pensar em Devin e Valerie se enroscando em seu quarto.

Não. Ela preferiria morrer a se casar com Devin.

O único que poderia ajudá-la seria esse homem. O que a agrediu. Droga dupla.

Passou uma hora, e a segurança estava ficando impaciente, "Por que você ainda está aqui?"

"Isso se chama esperar. Como eu disse, vou fazer isso aqui."

"Lixo não é permitido." Ele brincou. O outro gargalhou.

Ela se irritou com isso.

"Haw-fucking-haw." Ela disse. "Por que vocês não chamam a polícia então. Idiotas."

"Você—" O segurança avançou em direção a Savannah, com o cassetete levantado, "Vá embora!"

De repente, um Lamborghini preto parou abruptamente.

O segurança parou com seu cassetete no ar.

Então a porta do carro se abriu. Um homem de terno preto apareceu, sapatos rangendo no asfalto enquanto saía.

"Sr. Sterling, bem-vindo de volta!" O guarda de segurança baixou a cabeça e abaixou o cassetete.

Dylan franziu a testa, "Qual é o problema?"

"Desculpe, senhor. Esta garota está sendo um incômodo – nada que não possamos lidar. Eu só lhe dei um aviso..."

"Ela está me esperando," Dylan respondeu. Pareceu que o guarda tinha levado um tapa na cara, e Savannah não pôde deixar de dar a ele seu melhor sorriso de deboche.

"Alguma dúvida?" Dylan perguntou secamente.

"N- não. Claro que não." Ele gaguejou.

E de repente ela foi puxada para dentro do carro pelo homem grande. Seu cheiro, seu poder, deixaram ela sem fôlego... sem poder falar. Ela observou enquanto o homem de terno ia até o rosto dos guardas e, enfiando um dedo no peito deles, sussurrou, "vocês estão demitidos."

Savannah soltou um gritinho.

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