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Plataforma-Nove-Três-Quartos (PT-01).

Situado em um dos muitos corredores da estação Kingscross, se encontrava atualmente duas pessoas caminhando lado a lado.

Do canto direito, havia um homem excepcionalmente grande comparado ao padrão comum, onde suas roupas extravagantes o faziam chamar ainda mais atenção.

 

 

- Estão olhando o quê? - O homem exasperou-se a um casal que acabavam de passar o encarando, onde o homem a seu lado continuava concentrado em seu livro que logo na capa informava:

 

"Hogwarts: Uma História."

Apesar do nome comum, a história era bem interessante caso tivesse ânimo e paciência com as enrolações que detinha no mesmo.

 

 

- Droga, já é tão tarde assim!? Desculpe Harry terei de deixar você, Dumbledore deve estar querendo... - O Homem dissera onde o Potter enfim demonstrara atenção enquanto encarava o mesmo tocar o bolso do grande casaco que trajava, no qual detinha um item secreto referente um dos cofres recentemente acessados. - Bom, deve estar querendo me ver... Enfim, seu trem sai em meia hora, aqui sua passagem, guarde-a bem me entendeu? Guarde-a bem. - O homem grande por fim disse a Harry onde o mesmo pegara o ticket, encarando-o curiosamente.

 

 

- Espera aí... Aqui diz Plataforma 9 ¾! Essa plataforma não existe, existe? - Harry dessa vez indagara onde olhava para cima, que para sua surpresa não havia mais ninguém.

 

- "Pelo visto terei de descobrir sozinho." - O mesmo pensara enquanto um grupo de garotas passara por ele soltando alguns risinhos, e nisso o mesmo as seguiu com o olhar respondendo ao flerte, parando somente quando vira o relógio central da estação.

 

 

Notando que era 10:31, ele enfim decidira agir por si só. Havia gostado muito de Hagrid, onde o mesmo ofereceu a oportunidade de um mundo novo longe de seus tios. Porém, em meio a isso, Harry detinha de uma enorme desconfiança sobre toda sua herança e oportunidades dadas de mão beijada.

Não era por mal, porém o mesmo nunca mais confiara levianamente em alguém desde muito jovem, e sabendo bem como os humanos podiam estar escondendo sua verdadeira face, assim como ele sempre fazia, não iria permitir que o usassem e muito menos que tirassem de si o controle recém-obtido no que agora ele realmente podia chamar de vida.

Com tais pensamentos circundando sua mente, o mesmo rapidamente retornou para entrada da estação onde guardara suas malas e coruja no setor referente a tais, fazendo apenas sua fênix filhote continuar a aconchegar-se no bolso interno de seu blazer, assim correndo estação afora na qual estava situada a algumas quadras de entrada para o caldeirão furado, foi que ele pode sentir como se afastava de uma área mágica, assim como sentia se aproximando de outra, igual à quando abandonou sua casa e pareceu passar por um véu invisível, deixando isso guardado para se obter respostas mais tarde.

 

 

[ ... ]

Correndo apressadamente de volta ao caldeirão furado, Harry vira surpresa na face de Martha Abbot, que recepcionava no balcão, porém logo ela percebeu que o mesmo rumava aos fundos numa correria só. O mesmo até estranhou uma pontada dolorida em sua cicatriz após ter olhado para um homem de turbante, porém logo ele chegara a seu destino onde realizara o processo de entrada no que ele sentiu novamente passar por um véu invisível mágico de entrada ao Beco Diagonal.

Nisso, voltando novamente a correr velozmente por entre as pessoas do beco, o Potter chegou rapidamente no banco Gringotes onde teve a surpresa de notar ter perdido dez minutos nessa correria toda, o fazendo notar que teria de se apressar.

Adentrando cordialmente no enorme banco onde ainda estranhara as presenças dos Goblins, pois até um dia atrás era absurdo para o mesmo dizer que eles existiam. O mesmo enfim se aproximara do atendente principal, no qual Harry pode perceber ser alguém diferente do que lhe atendeu anteriormente.

 

 

- Ora, a que devo a presença do grande Harry Potter. - O Goblin até então quieto, comentara com um leve sarcasmo na voz, onde conseguia saber quem o homem era, devido à cicatriz predominante na testa que mantinha os cabelos para trás.

 

 

- É só Harry... Preciso saber algo bem importante e estou com totalmente sem tempo, pois tenho que embarcar no trem para Hogwarts... será que poderia me ajudar? - Harry respondeu onde via o Goblin se ajeitar sob o acento de forma profissional e até respeitosa com base nas expressões do mesmo. Deixando Harry confuso se ele estava assim pelo assunto direto e sem enrolações, ou por ser um pedido e não uma ordem patética como a do bruxo ao lado dele, que mais parecia enfurecer o Goblin vizinho.

 

 

Vendo que poderia continuar e não seria extorquido igual com Griphook, o Potter enfim começara:

 

- Sei que meus pais tiveram contas cadastradas aqui, junto ao fato de criarem a conta de confiança que acessei recentemente, mas..., será que há alguma coisa referente a eles que me possa repassar? - Harry perguntou até rapidamente onde o Goblin logo respondeu categoricamente.

 

 

- Apenas seu guardião tem tamanhas informações disponíveis a uso para lhe responder. - O Goblin respondeu com um olhar intrigante.

 

 

- Poderia me dizer quem é esse guardião? - O moreno indagou rapidamente confuso, pois de certa forma acreditara ser Hagrid, mas ainda tinha um pé atrás. - Sei que meus guardiões são Válter e Petunia Dursley, mas eles praticamente me expulsaram de casa e nunca tive contato algum com bruxos ou bruxas de nenhuma sociedade mágica..., até o dia anterior, é claro.

 

 

- Ora, que pergunta é essa! Logicamente que é Albus Percival Brian Wulfric Dumbledore... atual diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. - O Goblin respondeu de certa forma desconfiado, pois o fato de o garoto não saber sobre o guardião poderia ser bem sério aos olhos do ministério.

 

 

- Ocorre que eu nunca vi esse tal de Dumbledore na minha vida, na verdade, eu nem sabia que esse mundo bruxo existia até poucos dias atrás. - Harry dessa vez disse onde abria os braços em referência a um todo que existia a sua volta. Onde alguns bruxos e bruxas vizinhos acompanhados de seus filhos podiam escutar. - Faz menos de um dia que fui informado do mundo mágico por meio de uma carta matrícula de Hogwarts. - Harry por fim explicou onde o Goblin dessa vez o alertara.

 

 

- Sr. Potter, peço que releve o que vai dizer, pois uma informação dessas é gravíssima, principalmente a você, pois todo bruxo deve ao menos ter três contatos anuais com o guardião magico. Ser privado de seu conhecimento básico em relação a nosso banco é um crime bem sério aos olhos para com seu ministério da magia e os estatutos que nos cercam após a última grande rebelião, no qual poderiam trazer problemas sérios a seu guardião.

 

 

- Digo e afirmo novamente! Nunca vi esse tal de Dumbledore, onde até poucos dias, minhas obrigações eram trabalhar para juntar dinheiro e pagar uma matrícula numa escola que eu poderia estudar sem necessidade de interferência de meus tios, que mais queriam me matricular forçadamente em um internato para delinquentes juvenis. - Harry novamente afirmou aonde dessa vez o Goblin demonstrou realmente surpresa, pois notara um leve pesar no olhar do Potter.

 

Ocorre que os olhos de Goblins eram muito afiados, era notável que o olhar do garoto se predominava numa seriedade que escondia traumas passados, seu corpo trabalhado era repleto de magia das trevas que se predominavam da cicatriz e aparentavam estar se sustentando sua base no lugar dos ossos e músculos, e por fim o fato de ter uma fina cicatriz visível no pescoço podia significar sinais de abusos infantis.

Tais abusos que devem ter parado no exato momento que seu corpo cresceu e se desenvolveu de forma absurda para idade comum dele.

 Procurando rapidamente algo abaixo de sua mesa, o Goblin enfim puxara um documento dos muitos que tinham ali, onde era notável que o mesmo já estava desgastado pela coloração amarelada do folheto.

Encarando Harry seguido do pergaminho, o Goblin pensara solitariamente, onde logo o mesmo se levantara do lugar pedindo para que o Potter pudesse o acompanhar longe dos ouvidos externos, mas meio inútil já que uma criancinha parecia perguntar para mãe se era por esse motivo que o garoto-que-sobreviveu nunca respondeu suas cartas.

 

O moreno até estranhara andar até um corredor sem saída, mas para sua surpresa o Goblin passara a mão sobre a ampla parede na qual simplesmente deu indícios de uma porta metálica.

Tal porta que mostrou ser referente a um elevador que viera a os levar para baixo numa velocidade alucinante, fazendo o Potter sentir-se tonto.

Ocorrendo uma parada brusca, ambos enfim saíram do elevador no qual se mostrara ser uma única e enorme sala na qual era possível notar centenas de manuscritos e pergaminhos, que muitos deles eram carimbados automaticamente, feito mágica que os fazia flutuarem e penas que anotavam sozinhas.

Uma brilhante demonstração de magia onde o moreno se surpreendia ainda mais.

Nisso eles enfim chegaram ao fim da sala onde um homem velho se encontrava sentado sob uma grande poltrona estofada.

 

 

- O que foi, Dhigo? - A voz surpreendentemente imponente do velho homem se fez presente enquanto o suposto Goblin ia até ele e se comunicava em um idioma estranho e único, fazendo as expressões do homem se alterar de uma forma que Harry não sabia se era surpresa, raiva ou até mesmo ódio.

 

 

Fazendo sinal para o Goblin sair, o Potter veio a se despedir cordialmente do mesmo, ato que fizera o duende demonstrar surpresa por estar sendo de certa forma bem tratado por um bruxo.

Nisso, ao ver o Goblin sair levemente contente da sala, o Potter enfim pode escutar:

 

- Primeiramente! é uma honra finalmente conhecê-lo, Sr. Potter. Chamo-me Not, e gostaria de lhe fazer algumas perguntas. - O homem se apresentou enquanto Harry acenava em concordância.

 

 

[ ... ]

Já se passavam cinco minutos desde que o homem, denominado como Not, passou a fazer diversas perguntas sobre a vida de Harry, desde quando tinha tal aparência amadurecida sendo um garoto de onze anos, e principalmente sobre a presença do suposto guardião mágico negligente de suas obrigações que nunca se apresentara ao Potter.

A cada resposta dita, a expressão do velho se sombreava, o fazendo apertar os punhos numa raiva e irritação aparente.

 

 

- Senhor, poderia me explicar o motivo disso tudo? - Harry perguntou onde o homem acabara de fazer diversas perguntas e com um manejar da varinha do velho, alguns documentos passaram a vir flutuando até sua mesa.

 

 

- Primeiro: Que você tem um guardião ausente no qual lhe privou de todo o conhecimento mágico que lhe é direito, principalmente o conhecimento em relação a suas obrigações para com nosso banco nesses anos. - Not explicara de início. - Em si já era estranho eu ser contratado de repente como gerente de suas contas a onze anos, sem explicações demais e uma substituição imediata do antigo gerente que sempre teve relações com a mais antiga e nobre casa Potter.

 

- Segundo: O fato de sua conta bancária ter um número fixo de valor sacado todos os meses no destino desses Dursley, onde saber que uma criança foi obrigada a trabalhar para se sustentar, me deixa extremamente irado.

 

- E, por terceiro e último lugar: pelo fato de me enganarem ao ponto de acreditar que a herança Potter estava sendo destinada aos cuidados do herdeiro de uma mais antiga e nobre casa, quando, na verdade, foi extraviada para seja lá quais fins maléficos, junto ao fato de Dumbledore continuar sendo um duas cara miserável que carrega o mundo nas costas e não vê problemas em manipular tudo a sua opinião, descartando a dos outros no processo. - O homem por fim disse enquanto usava de sua varinha e vários documentos surgiam rapidamente de um gaveteiro da parede, estendendo ao garoto que pegara no mesmo momento.

 

- Isso aqui são os valores de galeões sacadosmensalmente, convertidos em moedas globais no qual são entregues a seus tios que lhe privaram de tudo até hoje. - O homem informou de certa forma raivoso com a situação. - Para simplificar o valor apresentada nesse resumo são os valores anuais retirados de seu cofre de confiança.

 

== Contabilização Anual do Cofre de Confiança Potter ==

{ Ano de 1981 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1982 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1983 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1984 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1985 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1986 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1987 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1988 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1989 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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{ Ano de 1990 }

500G \ R$50.000

Saque do cofre principal (688) para o de confiança (687), a fim de serem utilizados para cuidados do bem-estar de um Harrysson James Potter.

Vinculações de transferência de 250G \ R$25.000 para os cartões individuais de um Válter Dursley e Petunia Evans Dursley.

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Vendo tais documentos, Harry não pode deixar de sentir-se ainda mais traído e com ódio dos miseráveis que eram seus tios. Ambos porcos hipócritas que lhe roubaram todo esse tempo o negando comida, onde tinha que trabalhar para conseguir seu próprio sustento dia após dia, mas que lucravam no fim mensalmente com a herança de seus pais assassinados.

Pouco importava ele com quanto dinheiro era, mas sim que aqueles desgraçados de merda lhe trataram como lixo, como uma aberração, um monstro ao ponto de espancá-lo fisicamente, fazê-lo passar fome e ainda ser praticamente escravizado a arrumar um emprego, pois não iriam mais bancar comida, roupas ou remédios.

Ele mesmo foi quem precisou ir buscar exames de vacinações, ele mesmo quem precisou ir atrás de sua certidão de nascimento e tudo que qualquer ser humano precisasse para ser integrante de uma sociedade, e quando lhe negavam as coisas, era ele quem tinha que sentir o peso de realmente ser uma aberração, por usar de sua esquisitice a fim de vidrar os olhos das pessoas e forçá-las estranhamente a obedecerem ao que ele mandava.

Tudo isso repetia-se dezenas de vezes em sua mente, todos os momentos bons e ruins de sua curta jornada de vida, que por mais que seja curta, tinha muito ao que contar e boa parte se não tudo, só era merda atrás da outra que faria qualquer criança decente se suicidar por não aguentar mais esse fardo.

 

E assim, sob olhar analítico do gerente de suas contas, Harry enfim suspirara profundamente enquanto desvinculava as meras folhas de pergaminho que já se amassara ao ponto de se rasgar em suas mãos.

 

 

- Se quiser cancelar esse extravio... Estará no seu direito. - Not informou onde clamava para que o Potter fosse esperto e fizesse justiça com base nos crimes causados contra ele e contra o próprio Gringotes.

 

 

- Não! Por mais que eu os odeie, em meio aqueles porcos existem alguém que me é importante... Poderia realizar uma transação diferente? - Harry perguntou onde o homem acenara em concordância quando vira algo muito errado no garoto-que-sobreviveu, não deixando suas emoções explodirem como qualquer um faria, mas sim as reunindo velozmente e trancafiando dentro de si tudo enquanto seus olhos pareciam obscurecer.

 

- Certo, a partir de hoje quero que todo esse valor de galeões seja convertido em Real brasileiro depositados diretamente numa conta privada referente à Duda Dursley. Onde apenas quando o mesmo tiver dezoito anos venha ter acesso a tal conta que com apenas minha e de mais ninguém confirmação, poderá enfim ter liberdade de uso. - Harry informara enquanto o homem movia sua varinha fazendo magicamente um contrato ser escrito rapidamente por uma pena com tinta. Tal ato que fazia o contrato ter os nomes e clausulas trocados sob a assinatura original do Potter que colocava ali: Harrysson James Potter, fazendo no processo o Goblin sorrir por ver que o Potter notou rapidamente o nome de muitas famílias antigas e nobres serem ocultos para contratos, e seus apelidos ditos oralmente a fim de enganar aos outros. - Gostaria também de mais um favor... Sei que não posso fazer nada contra meu guardião mágico, então apenas peço que troque a assinatura de acesso de todos os cofres que eu tiver direito, não sei exatamente como isso ainda funciona, mas até eu aprender, não quero ninguém tendo acesso a nada. Se eu não tenho idade ou responsabilidade para cuidar do que é meu por direito segundo a sociedade, então nenhum velhinho negligente que se acha meu responsável irá poder ter acesso também. Que essa merda toda fique congelada por mil anos, eu pouco me importo, mas não terei ninguém desonrando a memória de meus pais e suas heranças.

 

- Ainda não sei quem é esse diretor de Hogwarts, e nem o motivo dele me privar de todo conhecimento sobre meus pais... Então, lhe peço que não notifique a ele sobre tais ações... Posso realmente confiar isso a você? Não sei como as coisas funcionam por aqui, mas na sociedade No-maj existem termos de confiabilidade, e realmente não quero perder minha confiança em Gringotes... até porque vocês mesmo é quem seguem a linha de que a primeira impressão é a que conta, certo? - Harry indagou por fim onde o homem soltara um sorriso pelo rápido raciocínio e destreza de não confiar em alguém que nunca vira, principalmente nesse garoto que mal sabe o uso da magia, estar pressionando as coisas como nenhum outro bruxo jamais fez, e isso completamente de forma inconsciente.

 

 

Poderia ser o diretor de uma escola mágica, presidente de um país, rainha da Inglaterra ou um próprio Deus, Harry sempre confiava em seus instintos onde logo novamente se provara o melhor em ter confiado neles para vir até Gringotes e não ido levianamente para Hogwarts sem saber onde e com quem se metia, podendo talvez cair em um fluxo anual de manipulações que mais o faria se tornar um cordeirinho sacrificial acorrentado por esse Albus, onde um dia se casaria com alguma ruiva em uma relação sem sal com uma ninhada de filhos esnobes e arrogantes que cuspiriam na sua cara a cada passo que ele desse.

E pode saber, nem mesmo se fosse seus pais assassinados, que deus o tenham, que seriam capazes de fazê-lo confiar nessa corja de humanos falhos, egoístas e manipulativos de merda.

 

 

- Com toda certeza que pode confiar em nós, Sr. Potter, já não gostávamos dele mesmo... Descobrir que deixou o feiticeiro mais famoso preso com aqueles porcos me faz querer vomitar. A partir de hoje suas contas de confiança e as dos seus pais serão trancafiadas até maioridade parental, e as chaves existentes destruídas, enquanto forjamos novas através de sua atual assinatura mágica.

 

 

- Mais uma coisa... Como funciona a maioridade penal dos bruxos que desejam ser emancipados de seus guardiões? - Harry perguntara seriamente onde o homem de certa forma sentia pena do garoto, pois reconhecia um abuso infantil, onde tudo se mascarava pelo fato do "garoto" ser um "homem". Um homem de poucas expressões no qual sempre aguentara tudo quieto, restringindo suas explosões emotivas que com certeza poderia vir a se tornar algo pior e obscuro com o tempo.

 

 

- A partir dos treze anos se for o herdeiro de uma Casa Antiga, a partir dos quinze anos se for o herdeiro de uma Casa Nobre, a partir dos dezessete se for um membro comum da sociedade bruxa, mas até lá caso se mantiver em silêncio e planejar bem seus passos, poderá ocorrer tudo certo e sem interferências, onde eu lhe apoiarei contra o ministério caso tentem lhe forçar do contrário. Estaremos também fazendo uma vistoria total das contas que lhe é direito, junto a qualquer cláusula que podemos burlar a fim de lhe dar um caminho mais amplo longe das garras de seu guardião mágico e até do ministério da magia, e tudo isso a fim de obter não só a confiança de um de nossos maiores clientes, mas sim também de um dos poucos e raros potencial aliado da sociedade Goblin mundial.

 

- Como meio de desculpas pelo transtorno em suas contas bancárias. Eu lhe entrego esse raro cartão mágico, isso lhe dará acesso visível a sua quantia total de galeões do cofre principal Potter de número 688, poderá sacar anualmente parte disponível do dinheiro contido em seu cofre de confiança que não estiver destinado a este Dudley Dursley que você me informou, cada saque poderá ser transferido ao utilizar esse anel interdimensional onde estendendo ele a uma região ampla, serão transferidos diretamente de seus cofres para o local de destino à qual deseja. - Not dessa vez dissera ao Potter onde entregava um cartão preto que se encontravam em um caixa banhada a ouro, junto a um anel dourado com um "G" de Gringotes, incrustado numa esmeralda. - Sei que é pouco pelo transtorno causado, principalmente por seus saques serem limitados a seu cofre de confiança, onde caso Dumbledore ou o ministério o tente controlar, estaremos aqui para protegê-lo e apoiá-lo em suas decisões, podendo utilizar de nossas fortalezas como ponto de neutralidade. - Enfim, o velho disse a Harry que sorrira agradecido pelo apoio que estava recebendo. Assim Notando a face curiosa do garoto pelo cartão preto e anel, Not enfim terminara de dizer.

 

- Na verdade, era para eu lhe entregar isso quando você fizesse treze anos por padrão de sua maioridade! Então caso alguém descubra... Digamos que eu tenha me "confundido" devido a sua aparência, e não aceitamos devoluções, pois seguimos rigidamente que cada ação tem uma reação, e é uma ofensa incrível ao banco Gringotes retroceder com sua palavra ou ações. - O homem disse cúmplice para o moreno onde ele piscara com um olho só. Sentia-se mal por todos esconderem a verdade dele, claro que expor tudo a uma criança é de mais, mas um mínimo de motivo para viver era mais do que suficiente quando ele já vira muitas crianças abusadas, e com certeza o Potter estava ao ponto de explodir e levar o mundo inteiro com ele, mas caso o mesmo precisasse de ajuda, Gringotes e toda sua potência mundial iriam estar ali para servir de alicerce político, diplomático e até familiar ao garoto.

 

 

- Obrigado, Senhor Not... É realmente ótimo saber que ao menos alguém está do meu lado. - Harry disse agradecido enquanto guardava tudo nos bolsos de seu blazer sob um curto resmungo de sua fênix.

 

 

- Agora vá, garoto. Se não acabará perdendo o trem. E não se preocupe, que a partir de hoje estaremos retirando qualquer restrição imposta de contato mensageiro magico entre você e nosso estimado banco, lhe deixando informado sobre todo progresso que tivermos ao revisar suas contas e armazenando a tudo que recuperarmos por extravio de terceiros. De todo modo, tenha um bom ano letivo e tente aproveitar ao que resta de sua infância, pois isso é sagrado para todos e não se preocupe com o que será herdado de seus pais, estaremos de olho e pondo tudo em segurança máxima pelo filho da lendária Lility. - Por fim, o velho disse enquanto abanava sua varinha, tendo o Potter elevadopor pura magia e guiado diretamente na entrada do Gringotes.

 

Notando ter se passado mais cinco minutos nesse puro debate, faltando apenas dez para o trem partir, Harry inevitavelmente se virara na direção da saída do Beco Diagonal, onde correra rapidamente para lá com muitos pensamentos sobre o que era isso de sua mãe Lility? Com certeza, a cada passo que ele dava, uma nova pergunta era contabilizada e realmente ele queria as respostas para elas.

 

Chegando logo em seu destino, abruptamente Harry tivera que parar devido a um formigamento no braço direito.

Especificamente na região em que ele pedira ao Olivaras prender sua varinha do destino, pois não a usaria até ter noção do que era capaz com ela, e manter a seu lado era o melhor a se fazer.

Pela recente parada, o Potter rapidamente foi capaz de notar uma loja escura e bem surrada onde fora impossível de se notar na primeira vez em que vira do caldeirão furado para cá.

Caminhando em direção a mesma como se algo inconscientemente lhe atraísse para lá. O garoto enfim pode notar pela vidraça uma maleta marrom muito bonita na qual logo ele adentrara a loja fazendo um sino alertar que um novo cliente chegava.

Algo que foi uma surpresa para o homem no atendimento, que simplesmente se virara com a face confusa onde guardava um frasco de líquido vermelho, rapidamente na estante, seguido de encarar o Potter curiosamente de cima para baixo.

Algo que Harry pouco notara devido a sua atenção estar focada na maleta, onde rapidamente o mesmo se agachara e tocara a mesma enquanto sentia que isso era algo especial. Não sabia o que, nem por que, mas queria muito comprar tal maleta onde logo se virara ao atendente.

 

 

- Vejo que gostou de minha maleta... Qual seu nome garoto? - O homem perguntara onde agora era possível citá-lo como alguém alto de cabelos escuros levemente espetados em um topete, onde seus incríveis olhos se encontravam num vermelho escarlate.

 

 

- É Harry... Sei que parece maluquice, mas algo me fez vir até aqui onde parece que essa maleta está me atraindo. De certa forma eu gostaria de comprá-la. - Harry se apresentara onde a face do homem à sua frente demonstrava surpresa tanto pelo nome quanto pelo que ele disse.

 

 

- Muito perspicaz, Harry. Essa, na verdade, é uma maleta muito importante de meu velho amigo Newt. Passei a tomar conta em seu lugar até que um amigo pudesse recuperá-la, já que para ele era algo muito especial... Infelizmente não está à venda. - O homem respondera de forma cordial e nostálgica.

 

 

- Ah... É uma pena. - Harry dissera decepcionado onde para surpresa do mesmo, a fênix que até então dormia no bolso de seu blazer veio a se soltar dali enquanto subia sobre o ombro do Potter e o bicava carinhosamente num recente despertar de seu sono.

 

Sob o olhar surpreso e até maravilhado do homem, Harry riu com a expressão do mesmo.

 

- Pode tocar nela se quiser... - Harry disse enquanto estendia o braço e usava a parte superior de sua mão como apoio no qual a fênix logo tentara voar, porém, apenas planou até o local designado.

 

 

- Onde conseguiu uma dessas? São realmente raras...

 

 

- Na verdade, eu a criei por acidente... - Disse Harry sob olhar surpreso do homem. - Quando peguei minha varinha no Olivaras do outro lado da rua acabei por usar magia acidental e surgiu essa gracinha. - Harry respondeu enquanto via a fênix tentar usar de suas chamas como ataque na mão do homem, porém só a fez ainda mais fofa.

 

 

- Já a nomeou? - O homem dessa vez disse com extrema graça, dando a entender que ele entendia e gostava muito de animais.

 

 

- Ela só me atendeu e se manteve quieta quando a chamei aleatoriamente de Fyexbolt... Até mesmo quase chamuscou a barba de um amigo, pois não aceitava outro nome.

 

 

- É realmente magnifico! Um dos únicos animais que vi poucas vezes em minha vida... E saber que você foi capaz de criá-la por mera magia acidental... garoto, você vai ser um dos grandes... - Dessa vez o homem disse onde permitia à fênix voltar ao bolso do Potter que olhara o relógio com pressa a fim de não se atrasar.

 

Porém, antes do moreno se despedir, o atendente rapidamente dissera:

 

- Sabe, pode não aparentar, mas eu sou bem velho, muito velho comparado a razão comum de idade. Todos que eu amava se foram, exceto uma... e de certa forma lhe ver com essa fênix me faz lembrar do velho Newt que se aposentou a um bom tempo. - O homem disse enquanto dessa vez pegava um livro com um sorriso de canto. - Ah, minha esposa vai me espancar por isso..., mas, pegue! Tem todas as instruções para cuidar do que há ali dentro. Sei que irá se surpreender de início, porém trate-os com imenso carinho da mesma forma que trata sua fênix, onde lhe responderão de mesmo modo e irão protegê-lo a vida toda.

 

 

- O quê? - Harry perguntara onde logo o homem o apressara.

 

 

- Vá depressa! o trem para sua escola irá sair daqui a pouco. - Harry, que até então segurava o livro, rapidamente fora empurrado levemente para uma lareira da loja pelo dono, onde ele entregava a maleta na outra mão livre do Potter. - Não se esqueça! Tudo que precisa está no livro e será encontrado dentro da maleta com base na necessidade... Cuide bem delas. - O homem por fim disse onde logo adentrara estranhamente a lareira no qual logo fora imerso numa chama esverdeada por conta de o homem ter jogado um pó no solo.

 

 

[ ... ]

Tossindo em pura surpresa, o Potter logo notara o teto do setor designado a guardar os pertences da estação Kingscross.

Em sua mão direita detinha o tal livro que havia ganho, onde na esquerda se encontrava a maleta tão especial, e ele se esforçava para se levantar.

 

 

Olhando para trás, ele logo pudera ver o homem sorrindo complacente pelo estado do rapaz que tropeçou incrivelmente na viagem mágica:

 

- Pode ao menos me dizer seu nome? - Harry perguntara onde o moreno de olhos escarlates logo notou nem ter se apresentado.

 

 

- Oh... Verdade não é mesmo? Pode me chamar de Niklaus! É aqui que me despeço, boa sorte, Sr. Potter... é a segunda vez que estou confiando algo importante a alguém em um curto período, espero não me decepcionar. - Por fim, tal homem comentara onde sumira rapidamente em um portal rodopiante carmesim, isso antes de uma mulher entrar no local com uma mala em mãos.

 

 

- Como ele sabia meu sobrenome? - Rapidamente o Potter dissera a si aonde ia até onde armazenara as coisas, e colocava a tal maleta sob um carrinho seguido de manter o livro em um grande bolso interno do blazer.

 

 

[ ... ]

Correndo apressadamente pelo corredor inicial da estação aonde procurava tal plataforma 9¾. O Potter fora censurado por um dos maquinistas no qual pedira para ele não correr, pois podia causar um acidente.

 

 

Algo que só serviu para irritar mais o homem já que Harry perguntara sobre uma plataforma que nem existe, onde quando o mesmo já perdia esperanças de embarcar no trem, pode enfim escutar:

 

- Não entendo como seu pai tem tanta fascinação com eles? Esses trouxas, sempre andando amontoados e mal-educados. - Uma mulher ruiva e robusta dissera a suas crias de ruivos que não eram poucos.

 

 

- Trouxas? - Harry indagara desconfiado onde seguia um pouco distante da mulher.

 

 

- Venham crianças, a plataforma 9¾ é por aqui. - Tal mulher disse de mãos dadas a uma menininha ruiva, e comparado ao olhar dos ruivos mais velhos, isso mais parecia uma rotina entediante para eles, mas que servia para incluir a garotinha jovem que não estaria acompanhando os irmãos para escola, mas que demonstrava uma grande expressão de alegria e euforia.

 

 

De início, ele até estranhara um dos ruivos mais velhos se posicionar de frente a uma pilastra. Porém, assim como tudo nesse dia maluco, o garoto simplesmente entrara na pilastra como se fosse intangível no qual nem mesmo o homem de terno caro que passava ali ao lado, reparara.

Fazendo a menininha ruiva aplaudir em euforia, dando certeza agora ao Potter que a matriarca ruiva fizera todo esse processo de estar perdida a fim de incluir a mais jovem no que os irmãos faziam.

 

 

- Fred, pode ir. - Novamente a voz da mulher ruiva surgiu onde os gêmeos ruivos tiraram sarro da cara dela fingindo que a mesma se enganara no nome dos filhos, que eram George e Fred.

 

 

- Estava brincando... Eu sou o Fred! - O ruivo enfim disse antes de correr até a pilastra fazendo sua mãe revirar os olhos seguidos do outro ruivo atravessar a pilastra.

 

 

Achando tudo uma completa loucura, porém não tendo direito de tal já que o mesmo criara uma fênix por puro acidente. O Potter enfim se aproximara da mulher enquanto dizia:

 

- Com licença! - O mesmo disse sob atenção da mulher que acreditava que ele era algum professor novo da escola. - Pode me dizer, como... - Harry disse tentando encontrar a palavra certa.

 

 

- Como chegar à plataforma? Como foi a ela na sua época de estudo? - A ruiva até então disse com um sorriso caloroso e duvidoso. - Estudou em outra sociedade?

 

 

- Bom, esse é meu primeiro ano estudando em Hogwarts... - Harry disse sob olhar desacreditado da ruiva. - Ah, entendi, eu sempre me esqueço disso... - Harry terminara para si onde a mulher se mostrava confusa.

 

- Eu tenho onze anos, pode parecer loucura..., mas até agora tudo isso de magia está sendo maluquice para mim. - Ele enfim terminou onde a mulher tanto se mostrava surpresa, quando compreendia com a magia ser uma verdadeira maluquice para quem não está familiarizado a ela.

Parte 02 no próximo Capítulo devido ao limite de palavras da postagem do capítulo.

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