Keeley, uma simples mulher comum, acerta o jackpot. [Não, ela não ganhou na loteria!] Pelo menos é o que ela pensa quando se casa com o solteirão mais cobiçado de Nova York: Aaron, um magnata do coração frio e rico. Ela quer mostrar ao mundo que merece seu lugar e se esforça muito para se encaixar em seu mundo. Um belo dia, Aaron entrega a ela um documento pedindo que ela assine. Um papel de divórcio... "Ela está grávida e eu preciso assumir a responsabilidade." Essa é a última coisa que passa por sua mente antes de dar o último suspiro. Keeley morre, vítima de "atropelamento e fuga". [Fim da história. Não!] Por alguma razão inexplicável, ela acorda como sua versão mais jovem. Uma garota do ensino médio, na época em que conhece seu marido infiel. Lembrando-se de sua vida com Aaron antes de morrer, ela promete a si mesma que fará tudo ao seu alcance para evitá-lo a todo custo. Será que ela conseguirá manter sua promessa quando Aaron também tem seus próprios planos, especificamente para ela? Ou ela repetirá a história e se apaixonará por ele mais uma vez... Por que não viajar comigo e descobrir a verdade por trás da história deles?
Depois que Aaron renasceu, Keeley estava diferente por algum motivo. Ela não era mais a pequena bola de alegria que o perseguia. A maioria das pessoas se encaixava em uma de duas categorias: pessoas que queriam algo dele e pessoas que o temiam.
Ela era a única que não estava em nenhuma delas, mas agora...
Ele se recusou a desistir de sua chance de felicidade desta vez.
"Fuja, garota, se puder... mas eu não vou deixar você porque você me pertence, não importa o quê..."
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Keeley Hale se manteve firme, embora lágrimas ameaçassem escorrer pelos cantos de seus olhos.
"O que você está olhando? Vá embora", disse Aaron, indiferente, enquanto pegava seu telefone e começava a mexer nele.
Frio. Sem emoção. Cruel.
Seu marido de oito anos parecia tão desinteressado como sempre e ela estava consternada. Ele acabara de dizer que sua namorada estava grávida e que planejava se divorciar dela com tanta naturalidade como se estivesse comentando sobre o tempo.
"Não, até você me contar a verdade. Ela... teve algo a ver com a morte do meu pai? Você está encobrindo isso por ela?" Os punhos de Keeley tremiam, mas ela não tinha certeza se era por conter as lágrimas ou de raiva.
Seu pai — a única família que lhe restava — morreu em um atropelamento. A polícia pensava que era um acidente aleatório, mas ela não conseguia acreditar nisso. Não depois do que ela tinha visto. Aquela mulher estava tramando tomar seu lugar desde os tempos de ensino médio.
Aaron realmente se dignou a olhar para ela com indiferença. "E daí se eu estou? Ela vale mais do que cinquenta de você."
Ele nunca havia sido exatamente a pessoa mais calorosa desde o começo, mas nem sempre foi tão ruim assim. Keeley não conseguia se lembrar da última vez em que ele a olhara com um mínimo de carinho.
"Eu vou expor você", ela rosnou, enquanto as lágrimas escorriam. "Vou colocar vocês dois na prisão"
Ele sorriu malignamente. "Dinheiro é poder, querida. Você não pode fazer nada comigo."
"Pode esperar apenas", Keeley cuspiu antes de bater a porta da frente com toda força. Deveria haver alguém que acreditasse nela. Ela só precisava de um pouquinho de prova!
Ela chutou uma pedra enquanto andava por baixo de alguns andaimes na calçada. Nova York estava sempre em construção quando o clima estava bom.
Com quem ela poderia falar que tinha acesso às câmeras de trânsito e que não estivesse no bolso dos Hales ou dos Knightons?
Ela tinha que tentar pensar com clareza. A racionalidade era tudo o que lhe restava depois que o homem que ela amava tão profundamente desferiram o golpe mortal em seu coração.
O andaime acima dela começou a balançar perigosamente, e ela se apressou para sair do caminho antes que ele caísse. O coração de Keeley acelerou. Muitos acidentes como esse aconteceram ultimamente. Ela sabia que era culpa de Lacy Knighton.
Se ao menos ela não tivesse se envolvido com Aaron Hale em primeiro lugar e tomado o que Lacy achava que deveria ter sido dela. Seu pai provavelmente ainda estaria vivo e sua vida toda teria sido diferente.
Para escapar do andaime, Keeley correu para a rua, mas pensou que estava segura, pois era um beco sem saída que só caminhões de entrega usavam e nenhum estava por perto.
Azaro que ela tinha chorado antes. Sua cabeça ainda estava confusa, então ela não viu o carro acelerando em sua direção — um carro que ainda tinha vestígios de sangue sob seu pára-choque se alguém olhasse atentamente.
Keeley teve um vislumbre do motorista enquanto voava. Ela o conhecia, mas não conseguia descobrir de onde. Ele não parou para ajudar, gritou e deixou o cheiro de borracha queimada junto com o corpo quebrado de Keeley.
Enquanto sua consciência se afastava dela pela última vez, ela jurou que assombraria Aaron e Lacy e fazê-los pagar pelo que fizeram à sua família.
Quando Keeley acordou, estava numa cama de hospital. "Eu... não morri?" ela perguntou grogue.
A enfermeira de plantão riu surpresa. "Você estava tão preocupada? Eles fizeram apenas uma retirada rotineira do apêndice."
Retirada do apêndice? Mas ela já havia tirado o apêndice quando tinha 17 anos!
Ela queria perguntar o que estava acontecendo, mas foi distraída por uma figura muito familiar correndo pela porta.
"Ah, florzinha, você acordou! Estou tão feliz", disse seu pai com um suspiro aliviado enquanto recuperava o fôlego.
Ele usava um suéter sobre uma camisa com colarinho e, como de costume, parte da camisa saía por baixo. Estava sempre se soltando. Ela costumava zombar dele dizendo que isso o fazia parecer um professor distraído.
Ela deve estar sonhando. Seu pai morreu há mais de dois anos. Fazia tanto tempo que não ouvia alguém chamá-la de florzinha.
Ou... aquela outra realidade era o sonho? Uma premonição?
Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto estendia os braços para abraçar a pessoa que nunca pensou que veria novamente. "Papai!"
Ele se aproximou da cama para atender ao pedido dela. "Papai está aqui. Eu sei que isso foi realmente assustador, mas você vai ficar bem."
"O que aconteceu?" Keeley perguntou.
Ela queria saber se o que ele tinha dito era consistente com sua memória. Era a única coisa em que ela conseguia pensar que poderia lhe dizer o que estava acontecendo.
"Você estava na escola em uma viagem de campo quando disse que seu estômago estava doendo e desmoronou, lembra? Sua professora teve que chamar uma ambulância e você foi levada direto para cá. Eu vim assim que soube."
Certo. Eles estavam visitando o Museu Guggenheim para a aula de história para escrever um artigo sobre arte moderna quando aconteceu.
Ela desmaiou na frente de um Picasso. De seu ângulo, parecia que o rosto cubista estava zombando dela enquanto seus colegas começavam a gritar por ajuda.
Os fatos conferiam. Então, o futuro que ela se lembrava era um sonho ou ela tinha renascido mais de uma década antes?
Honestamente, não importava. Seu pai estava vivo. Ela ainda não tinha conhecido Aaron. Tudo o que tinha a fazer era evitá-lo.
Keeley apertou os braços em volta das costas de seu pai. Sim. Ela ficaria longe de Aaron Hale e Lacy Knighton, não importa o quê. Não seria muito difícil manter a cabeça baixa.
O que quer que tivesse acontecido, ela teve a chance de refazer sua vida. Keeley poderia realmente viver seus sonhos em vez de jogar sua vida fora por alguém que não a amava.
Estamos no século 21! Nenhuma mulher de respeito deve correr atrás de um homem que nem sequer a valoriza. O amor não é necessário para ser feliz.
Além disso, talvez um dia ela pudesse encontrar alguém melhor para ela. Qualquer pessoa seria uma melhoria em relação ao seu ex-marido.