Rapidamente chegamos ao palácio escolhido para o almoço, abro a cortina do palanquim discretamente porque quero apreciar toda a beleza arquitetônica desse lugar.
Peço que desçam o palanquim porque desejo ver o rangoli desenhado por meu Príncipe, minhas servas me ajudam a sair e caminham atrás de mim, paro diante do elaborado desenho para observá-lo de perto, suas cores são rosa, verde e todos os seus contornos são brancos, é tão lindo!
Nem percebo a presença do meu Jagal, só assusto ou ouvir sua voz.
— Se eu soubesse que estaria diante da Princesa mais linda da Índia viria vestido como um Príncipe.
Ele sempre encontra meios para me elogiar, isso me deixa tímida. Olho para os lados para me certificar de que nenhum brasileiro está perto.
— Ser um Príncipe não basta? – digo e sorrio com timidez.
— Oh não, não se aproxime assim, estou com tantas saudades e cada vez que te vejo você está ainda mais linda... – ele diz ao ver que dou alguns passos em sua direção — Soube do nosso estudo? Imagino que sim, devem ter corrido para te contar, afinal todos estão tão felizes.
— Agora todos sabem que nosso casamento é por amor... E agora? – digo, pensando que isso realmente pode ser um problema, visto que as alianças entre a realeza envolvem apenas interesses.
— Eles também sabem que teremos dois filhos. Nossos segredos foram revelados! – Jagal diz e sorri, parece bem tranquilo.
Vejo o quanto está alegre, decido não perguntar mais nada.
— Ei pombinhos, nada de beijo na Índia! Vamos entrar? Muitos convidados estão ansiosos para vê-los juntos... - nossos padrinhos se aproximam e a Iara diz, fazendo todos nós gargalharmos.
— Esperem. Com licença meu amigo, mas preciso dizer que nossa deusa está maravilhosa. – Ricardo interrompe e diz, todos concordam e sorriem.
— Ei, essa deusa é comprometida, lembrem-se de que ela está se casando, olhem a aliança dela. – Jagal diz e aponta para a minha mão.
Eles sempre exageram.
Vamos caminhando juntos e entramos no palácio, vamos observando cada detalhe, o hall de entrada é em tom de lilás, com grandes lustres e decorações com flores no teto, poltronas e pequenas mesas estão posicionadas ao longo de todo o ambiente, vemos painéis nas paredes com uma decoração especial.
A área central do hall recebe mais flores na decoração do teto e cores lilás e amarela, vemos lustres e pilares grandes e diferentes.
Seguimos para o salão principal, que é enorme e decorado em lilás, tem várias galerias e em cada uma delas longas cortinas, tem um carpete azul, com detalhes em vermelho e azul, muitas mesas estão distribuídas ao longo do salão, arranjos de flores e castiçais enfeitam cada uma das dezenas de mesas, mais adiante está o nosso mandap, decorado com muitas flores, tecidos e um lustre pequeno, além de uma mesa com apenas dois lugares, tudo especialmente bonito.
Vamos mais adiante e vemos a pista de dança, decorada em tons amarelo, lilás e branco, no teto há uma decoração especial com uma imagem de aurora boreal em um ponto e desenhos de flores em outro, simplesmente lindo!
Músicos já estão posicionados e tocam alguma melodia nesse exato momento.
Ainda de longe, vemos um outro mandap, especial para tirarmos fotos com nossos amigos e convidados. Somos convidados para ver a sala de descanso, decorada em tons de lilás e magenta, com muitas poltronas e mesas de doces. Até mesmo a toalete segue as mesmas cores em sua decoração, tudo muito luxuoso.
Todos parecem encantados com os ambientes e o requinte deles, exceto Jagal, que demonstra um certo orgulho ao ver a nossa admiração.
Retornamos ao salão principal, vejo que todos já estão se acomodando, vou com Jagal até meus pais, nós os cumprimentamos e seguimos para o nosso mandap.
O banquete é servido, assim como a grande variedade de bebidas e doces, além do bolo, os garçons se desdobram nos cuidados para que todos sejam bem alimentados.
Mal temos tempo para conversar, precisamos almoçar com certa rapidez para que nos sobre tempo para dar atenção aos nossos convidados, afinal todos estão aqui para nos ver.
Tomo o último gole do meu lassi, sorrimos um para o outro, meu Príncipe oferece sua mão para me ajudar a levantar e depois caminhamos lado a lado até o salão, nos separamos e seguimos de mesa em mesa para conversar com nossos convidados, ainda que seja por apenas alguns minutos.
Vemos nossos amigos dançarem, alguns convidados até arriscam acompanhá-los, assim como os tradutores. Outros nos pedem para tirar fotos, chamamos os fotógrafos do evento e vamos para o mandap.
Um tempo depois, nos despedimos dos meus pais e saímos furtivamente, as sudras providenciam a nossa partida, entro no palanquim, mas vejo pela fresta da cortina quando o meu Príncipe entra em seu carro e parte. Então o palanquim é erguido e saímos rumo ao meu palácio.
Chegamos em pouco tempo, as servas preparam o meu descanso, pouco tempo depois vou para o banho em água perfumada, logo depois vamos ao quarto de vestir, vejo a lehenga escolhida para o próximo compromisso, dourada e vermelha, as sudras me vestem, fazem a maquiagem, trançam meus cabelos, me ajudam colocando todas as joias necessárias para uma Dulhana e Princesa, fico pronta em uma hora.
Salima vem me dizer que os sacerdotes estão aqui e desejam me ver, vou para a câmara de reuniões formais para recebê-los, fico curiosa com o motivo que os traz ao meu palácio.
Assim que aparecem diante de mim me saúdam e eu retribuo saudando-os com o devido respeito e reverência.
— Rajkumari Weenny Singh, mera naam krshna khan hai, main braahmanon ke neta hoon. (Princesa Weenny Singh, meu nome é Krishna khan, sou o líder dos brâmanes.) – um deles diz.
Me aproximo e toco os pés do sacerdote, recebendo a sua bênção em seguida.
— Mahaamahim kee upasthiti ke lie shubh din aa rahe hain. Aaj poornima kee raat hai, yah pooja karane ke lie ek anushthaan karane ke lie hamaare reeti-rivaajon ka hissa hai, ham is panth saaraavastee maan mein upasthit hona chaahate hain, ham jaanate hain ki aisa karane mein devee ka aasheervaad ham sabhee ke lie, hamaare paanee mein maujood hoga, hamaare khet aur hamaare jaanavar. Rshi ne hamen bataaya ki aapaka mahaatmy maan sarasvatee ka aasheervaad hai, isalie ham yahaan hain, aapako is anushthaan ko sveekaar karane ke lie, hamaare logon kee bhalaee ke lie. (Dias auspiciosos estão chegando graças a presença de Vossa Alteza. Hoje é noite de lua cheia, faz parte dos nossos costumes fazer um ritual para adorá-la, queremos que esteja presente nesse culto a mãe Saravasti, sabemos que ao fazer isso a benção da deusa estará presente para todos nós, em nossas águas, em nossos campos e em nossos animais. O sábio nos disse que Vossa Alteza é a benção da mãe Saravasti, por isso estamos aqui, pedindo que aceite cumprir este ritual, para o bem de nosso povo.) - Shri Krishna khan prossegue.
— Main? (Eu?) – pergunto em um misto de surpresa e susto.
— Haan. Aapakee mahaaraanee devee kee shakti ka pratinidhitv karatee hai, ek din hamaare desh kee sabase mahatvapoorn mahila hogee, isalie aapaka sookshm naksha kahata hai. Krpaya is poornima kee raat pooja anushthaan mein bhaag lekar apane logon kee madad karana sveekaar karen. (Sim. Vossa Alteza é a representação do poder das deusas, será algum dia a mulher mais importante do nosso país, assim diz Vosso mapa astral. Por favor aceite ajudar o seu povo participando do ritual de adoração nesta noite de lua cheia.) - o sacerdote sorri e explica.
Minhas responsabilidades estão aumentando no mesmo nível da minha ansiedade e do temor por esse futuro, mas não posso negar ajudar o povo do meu Príncipe, meu povo também, afinal meus ancestrais foram nobres indianos.
— Haan, main hamaare logon kee madad karana chaahata hoon. Yadi meree upasthiti kee aavashyakata hai, to main is anushthaan mein bhaag lene ka ek bindu banaoonga, nimantran ke visheshaadhikaar ke lie dhanyavaad. (Sim, quero ajudar o nosso povo. Se minha presença é requerida, então farei questão de comparecer nesse ritual, agradeço pelo privilégio do convite.) – penso um pouco e digo.
Os sacerdotes agradecem, me orientam sobre o cerimonial que acontecerá sob a luz da lua, com o intuito de invocar as bençãos da mãe Saravasti e suas shatkis, ou poderes, para nossa terra e nosso povo, se despedem e partem, afinal farão parte do próximo ritual.
Peço que as sudras providenciem a nossa partida, entro no palanquim.
Os Amigos POV:
O almoço comemorativo foi realmente muito bom, riram muito, comeram uma boa comida e se surpreenderam por gostar dos alimentos tipicamente indianos, só não se acostumavam de maneira nenhuma a comer com as mãos, sem usar os talheres. Das bebidas todos gostaram de imediato, estranharam um pouco o chai por causa dos condimentos, mas tentavam se acostumar.
Ana estava cansada de tanto tentar dançar, resolveu voltar para sua mesa para descansar, algumas pessoas vieram ao seu encontro, porque sabiam que ela era uma jornalista.
— Boa tarde, eu sou Isabelly, esta é Andressa, Cristiane, Bruna, Eduarda, Kailani, Thainá e Erica. Nós somos de emissoras e revistas diferentes do Brasil, as mais famosas.
Ela citou os nomes das quatro principais emissoras e de grandes revistas, Ana cumprimentou todos eles com cordialidade, mas estava curiosa para saber o que queriam.
— Podemos nos sentar aqui e te perguntar algumas coisas? Sabemos que você é uma pessoa bem próxima dos noivos. – a tal Isabelly diz, confirmando as suspeitas de Ana.
— Sentar vocês podem, mas sabem que não podem gravar, fotografar ou registrar nada, correto? Responderei apenas o que me é permitido por meus amigos. – Ana fez questão de dizer, eles concordaram e se acomodaram.
— Não se preocupe, não estamos aqui neste momento como jornalistas, apenas nos apresentamos porque não queremos mentir, a verdade é que estamos pasmos com a grandiosidade das escolhas do Eros e da Weenny, tudo o que vimos até agora já nos faz crer que esse é o verdadeiro casamento dos sonhos. Você acha que vamos nos surpreender ainda mais? – Andressa pergunta.
— Francamente? Isso tudo tem sido surpresa até mesmo para nós, nem sei o que esperar, só consigo imaginar que vamos nos surpreender cada vez mais, Eros sempre quer fazer o melhor para a mulher que ama. – Ana respondeu.
— Além de muito luxo, tem requinte e conforto, veja a empolgação de todos os convidados e o modo como estão admirados por estar nesse lugar incrível. - Cristiane observou mais uma vez todo o ambiente e disse.
— É verdade que Eros é muito rico? – Kailani perguntou.
— Sim, ele é. – Ana diz.
— Mas quão rico ele é a ponto de fazer um casamento desse porte? – Bruna perguntou.
— Os filmes deles tem rendido muito dinheiro também. – Thainá disse.
De repente Marília se aproximou deles.
— Com licença, me desculpem por interromper a conversa. Ana, Tia nos avisou que Eros e Weenny já saíram e nós também precisamos ir, porque vamos ter que retornar ao hotel para nos arrumar para a próxima cerimônia que será bem formal, vim apenas para te avisar e me despedir. – Marília avisou.
— Nossa, o nosso tradutor ainda não tinha explicado sobre essa cerimônia, tem no livreto? – Ana perguntou e viu Marilia confirmando que tinha, então todos pegaram o pequeno livro e começaram folhear em busca da informação.
— Como eles conseguem sair sem que ninguém os veja? Melhor sairmos também, não quero perder nenhum detalhe... Ah, Marília, obrigada por vir nos avisar. – Erica disse, mencionando o nome dessa madrinha, afinal já conhecia cada um dos padrinhos.
Assim todos foram se levantando e saindo organizadamente, como se a notícia tivesse sido espalhada simultaneamente.
Os padrinhos entram no micro-ônibus e se acomodam para partirem em seguida.
— Essa próxima cerimônia é muito importante e significativa porque nela acontecerá o acendimento do fogo sagrado, o agni, que é um dos elementos essenciais para o shádi, uma vez que as promessas e juramentos são tomados ao redor dele, a fim de que sejam levados a deus. Pandith liderará a cerimônia, mas são os noivos que acenderão o agni, as famílias estarão ao lado eles, é necessário que vocês padrinhos também estejam próximos a eles, ajudarão nas pujas e nos desejos de sorte e de proteção contra o mau olhado, ajudarão na invocação dos deuses para que protejam essa união e em todos os cerimoniais que seguirão. Logo depois vamos ter uma festa bem alegre, cujo nome é garba, é chamada dessa forma porque vamos dançar utilizando pequenos bastões, sei que vão se divertir. Tem alguma dúvida? – Amitabh começa a dar as instruções necessárias.
Os padrinhos refletem por um momento, na tentativa de relembrar as aulas do Guru.
Eles não têm dúvidas, mas Claudio parece ter uma consideração a fazer.
— Acho que esse é o momento ideal para vestirmos as mesmas cores de roupas, para que todos possam nos identificar como padrinhos, o que acham? – ele diz e imediatamente todos concordam com ele.
Mais alguns minutos e eles chegam no hotel, rapidamente escolhem a cor de suas roupas e sobem para se prepararem.
Os padrinhos vestem kurtas pajamas beges e dupattas em um tom vermelho escuro, nos pés sandálias marrons, todos estão prontos em menos de meia hora, então descem para o saguão, onde Amitabh os espera com uma roupa bem parecida.
Aproveitam para conversar enquanto esperam as mulheres.
Rafael e Leonardo provocam Enzo, Guilherme e Ricardo, querendo saber se eles estão sentindo muita falta de suas noivas, afinal na Índia eles nem podem se tocar e só se veem de longe.
— Enzo com certeza está louco e desesperado, afinal vivia grudado com a Samara vinte e quatro horas por dia. Guilherme deve estar irritado por falta de sexo, mas não terá dificuldades de assumir isso. Já Ricardo é um aprendiz do nosso deus, portanto é mais sensato e apesar de estar sofrendo, deve estar conseguindo se controlar. - Eduardo faz questão de dizer.
Todos olham para ele e Claudio faz um gesto típico indiano elevando a mão direita quando algo extraordinário é dito.
— Vaah! Ok, agora eu traduzo... Incrível! Agora você é mestre em ler e traduzir os pensamentos e comportamentos... Um verdadeiro gênio! – Claudio diz e todos eles caem em gargalhadas.
Na verdade, eles se conhecem muito bem, por isso são capazes de saber o que cada um está sentindo em uma situação como essa.
— Tenho certeza de que esse esforço de ficar distante de nossas damas não é grande demais para compartilhar da felicidade de nossos deuses, não é? - Igor limpa as lágrimas do choro do riso e diz.
— Claro que sinto muita falta da minha Samara, mas é bom demais estar aqui como padrinhos de amigos tão especiais como Eros e Weenny, é uma grande honra e esse pequeno esforço vale a pena, depois que o casamento terminar eu vou grudar na minha noiva mais ainda. - Enzo responde.
— Farei o mesmo com a Dani. - Guilherme diz.
Ricardo só ri das respostas dos outros dois e mantém o silêncio.
— E vocês dois, não amam nenhuma pessoa? Não sentem falta de ninguém? - Rafael pergunta olhando para Filipe e Victor.
O falso indiano apenas nega com a cabeça, enquanto Victor pensa na Weenny, ficando com um semblante triste.
— Amo muito, mas ela... Ela não pode ser minha, porque eu destruí o amor que ela tinha por mim, sei que não vou achar outra mulher como ela... – ele disfarça as lágrimas que acumulam em seus olhos — Eu a amo mais do que tudo e por isso não posso ser egoísta, preciso conseguir aceitar que ela seja feliz com E...
Neste momento todos os amigos olham para ele, mas antes que Victor possa trair seu segredo, são interrompidos pela chegada das madrinhas.
Todos se levantam para recebê-las e elogiá-las, elas estão vestidas com saris amarelos com detalhes rosas, flores nos cabelos e poucas joias.
Todos se reúnem para tirar fotos, registrando mais esse momento especial.
Tia e Amitabh os conduzem para o micro-ônibus, um dos padrinhos tem a ideia de buscar a Dulhana no palácio dela, todos concordam e seguem junto com seus tradutores.
Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Caminho junto com a minha Weenny até a saída e a vejo partir, então entro no meu carro e retorno ao hotel, opto por ir sozinho para ter um pouco mais de privacidade, preciso disso já que minha mente está tão inquieta, desta vez essa sensação é positiva, já que meus pensamentos estão envolvidos na alegria e na felicidade que estou sentindo, saboreio com cuidado esses momentos tão preciosos.
Ao chegar ao hotel vou direto para a minha suíte, meus servos garantem a minha privacidade e tudo o que eu preciso com o máximo de rapidez e eficiência. Todas as roupas, acessórios, joias e calçados que vou usar em cada cerimônia está tudo pronto e separado em um dos quartos da minha suíte, então só preciso tomar banho, tendo uma minha única preocupação que é estar bonito aos olhos de minha Dulhana.
Este é só o segundo dia do nosso shádi e por mais que eu tenha preparado tudo o que é possível, eu mesmo não estou preparado...
E nem mesmo as nossas famílias estavam preparadas para as emoções que o shádi nos reservaria, percebemos isso já com a auspiciosa revelação do nosso estudo astrológico, que impactou até mesmo os sacerdotes, quem poderia imaginar que nossa afinidade era tão grande e que os astros confirmariam o que meu coração sempre me dizia... Nossos destinos caminham juntos, isso tudo é maravilhoso!
Os Imperadores estão encantados com a minha Weenny, ela se comporta como uma verdadeira Princesa. Nossos convidados e amigos parecem estar à vontade, parecendo felizes aqui com meu povo, o que pode ser mais maravilhoso?
Continuo me arrumando, vou usar uma roupa típica.
Reflito sobre este dia grandioso e penso na minha Dulhana, que a cada encontro está mais linda... Quando acordo desta reflexão percebo que estou diante do espelho, pronto e sorrindo.
Salmaan está parado diante da porta, sorri e faz a vênia.
— Jagal, khushee kee unakee abhivyakti se main kalpana aap Rajkumari ke baare mein soch rahe hain. Yah ek badee shaadee karana, badhaee ho jaega. (Jagal, pela sua expressão de felicidade imagino que esteja pensando na Princesa. Fará um grande casamento, parabéns.) – ele diz e sorri.
— Mere dost haan, main isake baare mein bahut shaukeen hoon, Rajkumari keematee hai. (Sim meu amigo, sou muito apaixonado por ela, a Princesa é preciosa.) – digo com firmeza.
— Jagal, mainne seekha hai ki pujaariyon usake lie Rajkumari aamantrit maan Saravasti hamaare logon ko aasheervaad laagoo karane ke lie anushthaan karate hain. (Jagal, fiquei sabendo que os sacerdotes convidaram a Princesa para que ela faça o ritual para a mãe Saravasti invocando bençãos para nosso povo.) – meu servo diz.
— Are baba, kitanee achchhee khabar hai! kab, kahaan aur kis samay yah anushthaan hoga? (Uau, que boa notícia! Quando, onde e em que horário será esse ritual?) – pergunto.
— Yah hoga jab chandrama apane sabhee vaibhav, aaj raat mein hai. (Será quando a lua estiver em todo seu esplendor, esta noite.) – Salmaan diz.
— Aaj chaand par pooja, din dil se sambandhit anurodh karane ke lie ho sakata hai, main usake saamane ho aur chandrama kee chamak par hai aur is din itana shubh par use phir se dekhana chaahate hain. Yah nirnay liya hai, to main loonga! (Hoje será a adoração para lua, dia de se fazer pedidos relacionados ao coração, quero estar diante dela e vê-la novamente sobre o brilho da lua e neste dia tão auspicioso. Está decidido, eu irei!) – penso e digo.
Sei bem o que representa esse ritual, sobretudo agora que sabem que Weenny é a benção da deusa mãe.
Salmaan me olha assustado, sei bem o que virá a seguir.
— Tik He. Kaise aap samraaton la sakata hai aur adhikaariyon unakee upasthiti kee soochana nahin? aap is anushthaan mein nahin jaana chaahie. (Está bem. Como fará para que os Imperadores e as autoridades não percebam a sua presença? Você não deve ir neste ritual.) – ele diz, assustado.
Não me importa, dou um jeito de me disfarçar, preciso vê-la.
— Main loonga. Koee baat nahin. (Eu irei. Não se preocupe.) – digo e encerro esse assunto.
Volto a minha atenção para o espelho para conferir se não falta nada, arrumo os últimos detalhes e descemos, desta vez Salmaan dirige o carro, ele me avisa que os padrinhos e também meus sogros já estão indo para o local escolhido para essa importante cerimônia.