Nicholas
Não sei quanto tempo eu e o meu irmão ficamos parados olhando para a porta enquanto ainda ouvíamos a conversa sobre ir ao bar delas favorito e que iriam de carro de aplicativo era sinal que a minha devassinha e a sua amiga iriam deixar os carros no estacionamento, tenho que passar lá e pagar uma taxa extra para deixar pernoitar lá eles.
— Quem é ela? — ouço a voz do Guilherme me perguntando enquanto víamos a minha devassinha e a sua melhor amiga indo embora.
— Eu acho que já te falei dela não? — pergunto e quando já não ouvimos mais ela, ele para de olhar para a porta e me olha e diz:
— Acho que não... — ele fala com o olhar perdido.
— Ela é Nicole Fragoso melhor amiga da Dominique... — O lembro quando fui na sua casa para ver a minha sobrinha e ele perguntou da Dominique que não tinha aparecido comigo e falei que ela estava com a sua amiga.
— Sim... É verdade tinha me esquecido... — ele declara ainda pensativo e fico curioso para saber o que se passa com o meu irmão.
— O que achou dela? — pergunto curioso olhando para o meu irmão.
— Você sabe que não acho nada... — ele só responde isso e sei que é mentira eu tinha quase certeza ou poderia apostar o meu trabalho que ele tinha ficado mexido com a Nicole afinal ela é uma mulher lindíssima só não fazia o meu tipo, sempre fui amarrado na minha devassinha, agora se ela não existisse eu a encontrasse num bar com certeza eu ficaria com ela.
— Sim eu sei... Só acho que você meu irmão merece uma boa mulher na sua vida... — mal termino de falar e ele volta a me interromper e diz:
— Eu não quero, mais nenhuma mulher em minha vida... — ele começa e acabo interrompendo.
— Eu sei disso, mais Guilherme, por favor, faz dois anos que a Cristine morreu, e não você... — declaro e mal termino de declarar e noto que as feições dele se fecham e ele me fuzila com os olhos.
— Você sabe muito bem que a Cristine era uma vagabunda, nunca mereceu o meu amor. — ele declara ficando nervoso e mudo de assunto, às vezes era difícil controlar e não falar sobre a ex dele.
— Então meu irmão o que você veio fazer aqui? — pergunto para amenizar e não ficar tocando em nome de uma vagabunda espero que ela queime no inferno.
— Eu vim ver se não queria beber comigo hoje, já que no final de semana você vai comemorar seu primeiro dia dos namorados, com a Dom. — ele pergunta e meus dedos coçam para pegar o presente que comprei e acabo não aguentando.
Vou até a minha bolsa e pego a caixinha e levo até ao meu irmão que quando a pega já imagina o que seja e quando ele abre ele solta um assobio.
— É lindo Nick... — ele responde sincero e noto novamente o seu olhar triste. E a vontade que eu tenho em dizer que ele um dia vai encontrar a felicidade em breve em quem sabe não seja nos braços da Nicole.
— Espero que ela goste! — confesso nervoso. Eu não via a hora que chegasse sábado e enfim daria esse anel e a pediria em casamento. — Cadê a Lari?
— Os avós dela pediram para buscar ela na escola e a deixei hoje ir com eles. — ele diz e noto que ele está preocupado com alguma coisa.
— O que houve meu irmão? — pergunto quando ele me devolve o anel e o guardo novamente, não sem antes de fazer um carinho nele. Parece besteira, fazer esse tipo de coisa. É que eu não via a hora de coloca-lo no dedo da Dominique.
— Perdão, meu irmão não quero falar sobre isso aqui, é melhor que seja num bar assim posso beber a vontade e também pode ser cisma minha... — ele declara perdido em seus pensamentos.
— Ok! Vamos lá meu irmão assim, podemos beber um pouco e o que você acha de ser no mesmo bar que as meninas foram? — pergunto assim eu poderia ver se eu não estava vendo nada ou se eu estava certo que a Nicole era a mulher perfeita para ele.
— Perdão Nick mais não... — ele responde rápido demais para o meu gosto e ali já tive certeza que o meu irmão tinha ficado mesmo mexido com a Nicole e esse era um assunto do qual eu teria que abordar com a minha devassinha, mais tarde, isso se ela não estiver de porre o suficiente para esquecer e me fazer busca-la o que eu faria com o maior prazer.
— Sem nenhum problema, o que acha irmão vamos dividir o carro? — pergunto quando termino de ver se já tinha desligado tudo e pego a minha bolsa e saio da minha sala e seguimos em direção para o elevador e o chamo.
— Melhor não irmão, vou seguir direto para casa depois do bar ou pego um carro no aplicativo, sei que depois a Dom vai te chamar e você vai correr atrás dela como se fosse um cachorrinho... — ele brinca e dou risada sim era bem isso que aconteceria eu era um perfeito cachorrinho para a minha devassinha.
O elevador chega e seguimos para direto para dentro e assim que ele fecha olho para o meu irmão que estava ainda perdido em pensamentos, novamente. E isso estava ficando cada vez mais estranho isso e assim que chegássemos ao bar eu iria descobrir o que tanto estava afligindo ele.
Chegamos ao estacionamento e cada um foi para o seu carro e assim que ele saiu primeiro, vou até o guichê do estacionamento e aviso que dois carros vão ficar pernoitar lá e pergunto quanto que fica a mais e depois de acertar que no final do mês é colocado uma taxa agradeço.
Antes de sair do estacionamento pego o meu celular e o coloco no viva voz e ligo para o meu irmão e enquanto chamava, coloco novamente o carro em movimento, sem antes é claro de fechar as janelas do meu carro. Eu não confiava, o bastante para deixa-lo aberto por causa de ser um juiz, sempre tenho um desafeto quando julgo e não era bom correr esse risco não.
— Oi Nick? — meu irmão atende.
— Qual bar você quer ir? — pergunto saindo do estacionamento.
— O que acha do bar Tekila? — ele pergunta.
— Uma boa ideia, Gui. — aprovo e falo para ele: — vou te seguindo, tá!
— Fechado, me segue... — ele diz ansioso e sorrio sabendo que hoje eu ficaria sabendo o que estava atormentando tanto o meu irmão.
Enquanto eu seguia o carro do meu irmão em direção ao bar. Começo a pensar em como iria pedir a minha devassinha em casamento. Será que vai aceitar? Será que ela quer casar logo? E mais perguntas ficam surgindo em minha cabeça que nem percebo que passei do bar e ouço o meu celular tocando novamente e atendo:
— Oi? — respondo.
— Você passou do bar, estou te esperando na porta. — Guilherme avisa e
— Ok! Vi agora o que aconteceu! — respondo rindo.
E faço o retorno e estaciono o meu carro perto do dele. Antes de sair do carro pego o meu celular e tranco ele apertando o alarme e vou de encontro com o Guilherme e assim que entramos, já seguimos em direção à mesa.
Assim que encontramos a mesa, nos sentamos e olho para a mesa e lá já tinha o cardápio e fazemos nossos pedidos assim que o garçom vem. E enquanto esperamos os nossos drinks. Ficamos nos olhando em silencio durante algum tempo até que não me aguento e acabo perguntando o que estava havendo com ele e pergunto.
— Agora sim, vamos ao que interessa. O que houve? — pergunto preocupado olhando para ele.
— Estou com medo Nicholas... — ele só responde isso e fico preocupado com que ouço.
— Medo do que? Está tudo bem com você? É a Larissa? Ela está bem? — solto um monte de perguntas um atrás do outro. O olhar dele me deixou preocupado.
— De perder a custódia da minha filha... — Guilherme responde só isso e o olho e declaro:
— Como é que é? Que história é essa Guilherme? — pergunto chocado e ele começa a me contar a história e me enfureço ainda mais. Agora eu entendi porque ele estava daquele jeito.