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Capitulo 16

Antonella

— Shiii — ele tampou a minha boca com a outra mão e continuou a me torturar. — Minha tigresa, você não quer que ninguém venha aqui e veja o que está acontecendo, não é? — ele me perguntou, e fiz sinal que não com a cabeça. Porque, a essa altura do campeonato, não sabia mais nem quem eu era.

Ele continuou trabalhando dentro de mim com vigor, fazendo-me gemer novamente. Coloquei minha boca na dele para conter meus impulsos e o beijei apaixonadamente, cravando as unhas nos seus ombros.

Diogo tirava um dedo de mim e entrava de novo com dois. Eu sabia que não aguentaria mais tempo. O movimento de vai e vem que ele estava fazendo quase me fez chegar a um orgasmo, e, quando ele tirou os dedos de dentro de mim e chupou, eu fiquei ali de boca aberta vendo que ele não iria me deixar gozar.

— Diogo, por favor? — implorei, passando as minhas mãos em seu peito, e esfreguei meu corpo no seu, sentindo que seu pau estava como uma rocha, de prazer.

— Tigresa, agora você está sentindo como é bom provocar um homem e não dar a ele o que ele quer. Você ama me provocar do mesmo modo que amo provocar você, somos provocadores um do outro.

— Você está se vingando de mim? — agora sim eu estava puta da vida, excitada pra caralho, e ele ali rindo de mim, me fazendo provar do meu próprio veneno.

— Um pouco, amor. Agora vai para casa e fica me esperando, e toma um banho, ou melhor, me espera assim desse jeito, toda melada, que, quando chegar em casa, vou fazer você gritar de prazer.

— Diogo, você me paga. Ah, se me paga — eu jurei, ameaçando. — Vou fazer você se arrepender de ter me provocado.

— Que é isso, meu amor, nós dois sabemos que você ama dormir excitada e que, enquanto está dormindo, eu me aproveito de você te comendo com a minha boca na sua boceta, e ela me implorando para ser preenchida com meu pau.

— Ah, delegado, provoca mesmo, me excita mesmo. Vou acabar com você e, depois que eu terminar, eu não vou dar minha bocetinha para você comer, não.

— Ah, não? Tigresa, você não consegue ficar sem sexo, e muito menos eu — ele falou, e eu tive que concordar com ele.

— Isso é verdade, mas não se preocupa, eu tenho um novo companheiro de cabeceira me esperando — o provoquei.

— Posso saber quem é o filho da puta que você está querendo levar para nossa cama? — ele me perguntou, puto e ficando louco.

— Eu ainda não te apresentei? — fiz questão de continuar provocando, para que ele não me provocasse mais.

— Você vai me apresentar pessoalmente, e vou matar ele por chegar perto do que é meu. Você é minha, sua boceta, seus seios, seu cuzinho e todo seu corpo é meu e de mais ninguém.

Aquilo sim me dava um prazer imenso. Ver como o Diogo era possessivo comigo me deixou louca de vontade de ser fodida por ele.

— Sabe, ele se chama delegado Júnior — comentei, querendo rir da cara de espanto dele.

— Como é que é? — ele disse, em tom baixo e furioso, no mínimo imaginando quem era esse delegado Júnior.

— Calma aí, delegado furioso, eu me apaixonei por ele hoje de manhã, e foi amor à primeira vista — respondi, e fiquei ainda mais chocada ao ver que ele estava a ponto de explodir.

— Tigresa, como disse agora há pouco, seu corpo é meu, tudo em você é meu. Nenhum homem vai tocar e muito menos chegar perto do que é meu — ele rosnou.

Eita, era melhor eu esclarecer, se bem que eu amei a forma como o Diogo ficou todo enciumado e possessivo.

— Você não precisa se preocupar, meu delegado gostoso — o acalmei.

— Ah, não? Você está querendo me apresentar um homem que conheceu e acha que vamos fazer ménage? Não senhora, eu não divido o que é meu com outro homem. E se fosse outra mulher que eu conhecesse e ela me tocasse do mesmo modo que você faz?

Diogo fez virar o feitiço contra o feiticeiro, eu mataria qualquer mulher que chegasse perto dele.

— Diogo, eu mato qualquer cadela que chegar perto do que é meu — eu respondi, tentando me acalmar.

— Está vendo, amor? Você é tão possessiva quanto eu — ele me falou, e era verdade, eu me transformava em uma fera.

— Sim, concordo com tudo, mas tem um porém, ele não é um homem de carne e osso — comentei com ele, deixando-o surpreso.

— Ah, não?

— Não, Diogo, estava te provocando. Saí hoje com a Raquel e fomos a umas lojas de Sex Shop — falei baixinho, para ninguém me ouvir.

— Porra, amor, não me provoca assim desse jeito, agora como vou trabalhar com essa pequena informação?

— Simples, amor, pensa que, quando chegar em casa, ele vai estar te esperando — dei uma pequena risada.

— O que você comprou assim tão maravilhoso? — ele me perguntou, curioso.

Me aproximei mais e o puxei para perto de mim, encostando nossos corpos. Nós dois gememos ao ver que o pau dele estava prontinho para me foder, seria só abrir o zíper da calça e colocar o seu pau dentro de mim.

— Minha putinha, estou louco para te foder agora mesmo, sei que é isso que está passando pela sua mente, mas não podemos, e você sabe disso.

— Sim, eu sei, mas não custa nada sonhar, né?

— É claro que não, amor. Não custa nada — ele me deu um beijo rápido. — E aí, me responde, o que comprou na loja?

— Comprei um vibrador e umas coisinhas a mais — comentei, bem baixinho, e as mãos do delegado me apertaram mais ainda, me fazendo tremer.

— Puta merda, tigresa, você não comprou isso, não né? — Diogo me perguntou, rouco.

— Comprei, sim, não gostou da ideia? — perguntei, curiosa.

— Ah, tigresa, amei tanto, que, se você não entrar nesse maldito carro agora, vou esquecer que estamos ao lado de uma delegacia e te foder agora mesmo — Diogo rosnou.

Ele se afastou, para que eu pudesse abrir a porta do carro, e, quando sentei no banco, ele afastou novamente as minhas pernas e deu um rasgo na minha calcinha, me pegando de surpresa. Fiquei observando enquanto ele colocava a minha calcinha no seu rosto, cheirava e até lambia. Deveria achar nojento, mas tudo que ele fazia só me deixava mais excitada.

— Putinha, vai para casa e me espera — ele falou, rouco de tesão.

— Diogo, e a minha calcinha? — perguntei, curiosa.

— Não se preocupa, vou levá-la comigo, porque tenho que me distrair com alguma coisa e quero que seja algo seu, e, por sinal, o cheiro está delicioso — ele comentou, e me deixou um pouco surpresa.

— Caramba, amor, estou surpresa — respondi, ainda sem palavras.

— Eu sei que está, agora seja uma boa garota e vai para casa, sim? — ele me pediu, e deu um belo beijo, daqueles que molham a calcinha. Só tinha um porém: não estava usando nenhuma.

— Vou ficar te esperando, delegado — comentei, mas a minha voz saiu rouca.

— É bom mesmo, tigresa. Até daqui a pouco, amor — Diogo fechou a porta, mas, antes de eu ligar o carro, ele bateu na janela e me falou: — Tigresa, quando chegar em casa, você me liga para eu saber se chegou bem.

— Sim, pode deixar, delegado — pisquei o olho para ele e mandei um beijo.

Liguei o carro e fui embora. Olhei no retrovisor e vi que o delegado ainda estava ali plantado no estacionamento, no mínimo me vendo ir embora. Assim que cheguei em casa, deixei a minha bolsa na mesa e fiz um lanche. Tomei uma coca-cola e segui para o meu quarto. Lá, me troquei e coloquei uma camisola bem sensual também, agora vermelha, de renda. Sabia que o Diogo iria amar. Me deitei na cama, pegando meu telefone, e liguei para ele.

— Delegado Nogueira — nossa, ele respondendo em tom profissional me deixou doida de tesão.

— Diogo, algum problema? — ao ver que ele não tinha reconhecido meu número, reparei que tinha ligado para o escritório dele, e não para o celular.

— Não, tigresa, estava com o pensamento longe — respondeu, rouco.

— Então, esse tom de voz rouco quer dizer que estava sonhando com qual das nossas fantasias? — perguntei, excitada.

— Daquela vez que te acordei, gostosa.

— Amei aquela noite, amo todas as vezes que fazemos amor.

— Eu também, tigresa. Você chegou bem em casa?

— Sim, eu cheguei bem, querendo você do meu lado.

— Daqui a algumas horas vamos estar juntos — Diogo prometeu, e olhei para o celular, vendo as horas. A noite seria bem longa.

— É melhor mesmo, delegado.

— Sim, vou estar te fodendo nessa cama.

— Promessas, promessas — provoquei.

— Vou cumprir, minha tigresa.

— Então, Diogo, mudando de assunto, você percebeu como o Davi está meio estranho?

— Sim, eu ia comentar com você, mas como ele foi junto com a gente no restaurante…

— Falando nisso, quem sabe da próxima vez vamos ver se achamos um com cabine?

— Cabine? Como assim? — perguntou, confuso.

— Sim, estava fazendo uma pesquisa para o meu próximo livro.

— Tá, amor, mas como eu me encaixo nisso? — percebi que ele ainda estava confuso.

— É simples, no meu livro vai ter uma cena erótica quase daquele jeito que a gente fez no restaurante agora há pouco.

— Nella, amore, melhor nem lembrarmos aquela cena, que fico todo duro novamente.

— Estou toda excitada, delegado, com aquela demonstração que fizemos aí do lado de fora da delegacia.

— Maldade, amor — ele respondeu, frustrado.

— Bom, vamos voltar a falar do meu irmão, Diogo.

— Amor, eu sei que ele anda meio estranho. Você sabia que ele está a fim da Raquel?

— Da Raquel? Tem certeza? — perguntei, surpresa. Sabia que a Raquel era a fim dele, mas não sabia que meu irmão estava a fim da minha amiga.

— Sim, ele está muito a fim dela, eu reparei aquele dia em que nos encontramos que os dois mal estavam se olhando.

— É verdade mesmo, Diogo — comentei, pensando nas vezes em que eles dois ficaram perto um do outro e a Raquel se afastava dele. Eu sabia bem o motivo dela para ter esse tipo de reação.

— Então, ele me confessou alguns dias atrás que não sabe como proceder.

— Eu também não sei, Diogo — suspirei. Queria que minha amiga encontrasse um verdadeiro amor, e, se ele fosse meu irmão, iria amar tê-la como cunhada.

— Bom, sei que estão mexidos, vamos ver no que vai dar — respondeu.

— Vamos, sim. É melhor te deixar trabalhar, amor. A gente se vê daqui a pouco.

— Não quero trabalhar, mas é melhor, você me distrai muito — ele confessou.

— Você também me distrai muito, meu delegado. Um beijo bem gostoso.

— Pode deixar, que eu vou cobrar com certeza esse beijo, sua gostosa.

Nos despedimos e tive uma nova ideia para o livro. Levantei da cama e fui buscar o notebook, e comecei a escrever, antes que eu esquecesse.

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