webnovel

Mensagens não respondidas

Discord

Kauan4, Hoje às 17:27

— @caamouflas tá ai?

Kauan4, Hoje às 17:45

— gaaaaaaaaaaaaayyyyyyyyyyyyyy

Kauan4, Hoje às 18:09

— tá depressivo, Gabriel?

Kauan4, Hoje às 18:28

— in the back of my miiiind you die

caamouflas, Hoje às 21:45

— oi. Sim, eu estava.

— porque eu queria que a $@#& escutasse essas músicas das quais eu queria mandar.

— que ela visse o que estava escrito nessas músicas, e talvez. Eu não sei, sei lá. Começasse a me amar.

— no fim, eu só queria ela por perto. Porque ela é, no final, meu grande amor que tive.

— sabia cara? Ela gosta de chocolates e pelúcias. Eu daria todos os chocolates e ursinhos desse mundo só para ela.

— eu faria tudo por ela. Ela é, o meu tudo.

— sinto a falta dela, mesmo nunca a tendo tido.

— sinto falta dos beijos dela.

— mesmo que ela nunca tenha me beijado.

— sinto falta do amor dela, mesmo que nunca tenha tido algum sentimento igual por parte dela.

— eu sinto falta dos abraços dela (que eram tão raros quanto a neve em nossa cidade).

— ... O último dia que a gente se viu ela estava vestida de princesa (estava tão linda, tão perfeita, mas não tive coragem de elogiar aquela que auto defino como amor da minha vida).

— eu estava arrumado, mais precisamente de terno e cabelo trançado.

— no final dessa reunião entre colegas, eu tinha saído para refrescar um pouco a mente.

— eu fui noticiado que ela estaria indo embora, convenientemente eram quase 00:00.

— voltei às pressas para o local. Estava chovendo, eu estava molhado, sujo e cansado de viver.

— quando avistei ela que estava saindo pela porta da frente, aproximei-me o suficiente para ela poder notar minha insignificante presença.

— ao perceber que estava ali perto com passos ligeiros e meio correndo chegou até mim.

— ela me abraçou.

— falava que eu era importante para ela.

— falou que agradecia por ter me tido em sua vida. Que não poderíamos perder o contato.

— Kauan

— ela me abraçou tão forte que eu queria chorar na despedida, assim como estou chorando agora.

— ela me rodopiou com seu abraço me jogando contra a parede. Nossos corpos estavam juntos, grudados, eu podia sentir o abdômen dela tocando meu terno.

— ela dizia tudo aquilo em meu ouvido com a voz abafada pelo som da chuva que caía em nossos corpos.

— ela dizia tudo aquilo que eu queria ouvir.

— Kauan.

— eu fiquei sem reação.

— eu queria ir com ela.

— eu queria corresponder a todos os sentimentos e expectativas dela.

— eu queria ser só dela.

—...

— mas sabe o que eu fiz?

— eu não consegui fazer nada.

— eu queria ter apertado ela mais forte, ter segurado a cintura dela... Mas eu não fiz nada.

— eu não consegui reagir.

— eu não conseguia reagir.

— mesmo que todas aquelas frases doces ditas na chuva fossem mentiras...

— eu preferi acreditar, cair lentamente nesse conto mentiroso de boas intenções.

— sim, eu sei.

— era tolo da minha parte.

— foi ingenuidade minha pensar que conseguiria realizar algum desejo meu, assim como foi ingenuidade pensar, imaginar que consigo escrever algo bom.

— não estou dizendo isso esperando por piedade, esperando que alguém minta em meus ouvidos a doce mentira de "nossa é muito bom o que você escreve".

— quando na verdade somente sentem vergonha do que você escreveu e te acham um idiota burro.

— o mesmo que quando falam para não se matar, na real ninguém se importa, ninguém liga e se por acaso ligar será por meros -chutando alto- alguns dias.

— assim como é tolo falar isso pra você.

— como Luckhaos disse "quantos parceiros teus já desabaram do teu lado? na real dessa visão você não tá nem ligado porque se algum mano seu vier falar sobre sentimentos você já chama ele de viado".

—...

caamouflas, Hoje às 22:02

— Kauan.

— eu fracassei em tudo que tentei.

— esses dias eu estava chorando enquanto olhava pro teto.

— minha mãe viu isso e perguntou indignada qual o motivo besta eu estava chorando.

— falei que estava com medo do futuro

— que eu não consegui passar nas coisas que tentei e ainda por cima sinto um sentimento de desolação imensurável.

— ela falou que eu era idiota

— falou que era para só ser devoto a Deus e confiar nele

— com cuidado eu tentei expor que sou ateu

— disse com mais cautela ainda "e se... não der? ele faria isso por mim? eu só consigo me sentir abandonado"

— quase levei um tapa

— brigando ela se afastou de mim

— "Nem ouse duvidar de Deus na minha frente só se quiser apanhar muito"

— "Nem experimenta duvidar, senão vai sofrer nas mãos dEle e sair dessa casa"

— logo em seguida vem um longo sermão

— coloquei meu fone e continuei a olhar para o céu

— não tenho lugar

— não tenho casa

— nunca me senti em casa, Kauan

— minha professora disse que sempre que me encontra eu estou perdido

— ela não está errada

— só estou procurando algo para chamar de meu

— mas como as pessoas olham para mim me entristece

—medo... nojo... repulsa... piedade...

— então sim, cara

— eu estou depressivo

— eu quero sim me matar

— eu quero sim morrer

— eu só sou covarde demais para enfiar uma faca na minha artéria ou tomar uma quantidade absurda de remédios e ter uma overdose, morrendo lentamente na cama de um hospital por falência dos órgãos.

— quero o fim, cara, só quero acabar com tudo

— tenho medo de tudo

— todos são tão cruéis e ruins

— não consigo achar um lugar nesse mundo

— alguém como eu que só sabe escrever e que ainda é de qualidade inferior.