Por acaso, o protagonista entrou no mundo altamente perigoso do anime ‘Re:Zero’, enfrentando imediatamente uma crise colossal! No momento crítico, ele desperta a Percepção dos Olhos Místicos da Morte uma habilidade de anime da série Fate, embarcando assim em uma vida totalmente nova.
A luz das lâmpadas fluía pela calçada, um brilho amarelo e fraco, refletindo nas poças de chuva enquanto Samuel caminhava pelo asfalto molhado. Mais uma noite que terminava como qualquer outra: sozinho, pensando na sua vida, sem rumo ou propósito. Mas a paz que sentia naquela noite era traiçoeira, uma calmaria antes da tempestade que mudaria tudo para sempre.
"Como seria… ser o protagonista de um mundo de fantasia?", murmurou, recordando os inúmeros animes que assistira. O escape para mundos diferentes era quase um vício para Samuel, e ele se perdera em histórias cheias de aventura, mistério e ação. Um dos seus animes favoritos era 'Re:Zero', onde o protagonista, Subaru, enfrentava um ciclo interminável de morte e sofrimento. A ideia de reviver a dor parecia um pesadelo, mas, ao mesmo tempo, havia algo fascinante naquela luta constante pela sobrevivência. A coragem de Subaru e a força para suportar o horror de voltar do zero eram inspiradoras.
O que Samuel não esperava, no entanto, é que aquele desejo silencioso fosse atendido.
De repente, sentiu uma forte dor de cabeça. O mundo ao seu redor começou a escurecer, e ele caiu de joelhos, sentindo o corpo ser puxado para baixo, como se estivesse afundando em uma piscina de escuridão. No último segundo antes de perder a consciência, percebeu uma sensação estranha, uma sensação de… transição.
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Samuel abriu os olhos em um beco escuro e deserto. A primeira coisa que notou foi o frio intenso que o fez tremer. O cheiro do lugar era desagradável, uma mistura de sujeira e algo metálico, como sangue. Apoiando-se nas paredes, ele se levantou lentamente, tentando entender onde estava. Cada detalhe parecia mais nítido do que o normal, como se seu cérebro estivesse hiperconsciente de cada movimento, cada som ao seu redor.
"Isso… Isso não é minha cidade", sussurrou, olhando ao redor. Havia algo desconcertante, uma sensação de que tudo ali não pertencia ao seu mundo. As ruas pareciam medievais, o som de passos distantes e vozes aumentava a sensação de estranhamento.
Mas antes que pudesse sequer tentar compreender o que estava acontecendo, uma figura saiu da escuridão. Era um homem alto, vestido com roupas sujas e esfarrapadas, os olhos selvagens fixos em Samuel.
"E aí, novato? Tá perdido, hein?" disse ele, com um sorriso cruel.
Samuel recuou, seu coração batendo acelerado. "O que… O que você quer?"
O homem riu, aproximando-se lentamente, sacando uma adaga. "É simples, meu amigo. Eu quero o que qualquer pessoa decente quer: o que você tem de valor."
O medo de Samuel atingiu um ponto insuportável. Ele sabia que estava em uma situação sem saída. Olhou ao redor, procurando uma rota de fuga, mas o homem bloqueava o único caminho. E então, de repente, algo dentro dele mudou. Foi como se uma onda de poder despertasse no fundo de sua mente, algo sombrio e mortal.
De repente, ele viu algo ao redor do homem – uma série de linhas e pontos em seu corpo, cada um pulsando em um tom de azul. Era como se Samuel pudesse ver a essência da vida daquela pessoa, uma rede de conexões que ditava sua existência.
"Percepção dos Olhos Místicos da Morte?", sussurrou, incrédulo. Era uma habilidade da série Fate, onde aqueles que possuíam o dom podiam ver as linhas da morte em tudo ao seu redor, como um destino inevitável.
Antes que o homem pudesse reagir, Samuel sentiu sua mão se mover por vontade própria. Ele agarrou um pedaço de metal enferrujado no chão e, seguindo um instinto que não sabia que tinha, avançou. Cortou uma das linhas brilhantes que se cruzavam no corpo do homem.
O efeito foi imediato. O estranho caiu ao chão, o corpo rígido e imóvel, como se a própria vida tivesse sido arrancada. Samuel ficou ali, ofegante, olhando para a cena. Ele tinha acabado de matar alguém? Mas… como isso era possível? Como ele tinha feito aquilo?
"Tudo bem, Samuel… é só… respirar", murmurou para si mesmo. No entanto, o choque do que havia feito misturou-se com uma onda de adrenalina e algo mais que não conseguia descrever. Seu coração disparava e sua mente processava, a muito custo, que ele acabara de ativar uma habilidade sobrenatural.
Sem saber para onde ir, Samuel seguiu pela rua, tentando ignorar o gosto amargo do medo. Ele sabia que precisava de respostas, mas a confusão em sua mente era grande demais para pensar com clareza. As pessoas ao seu redor pareciam ignorá-lo, cada uma seguindo seu caminho, como se fosse apenas mais um naquela cidade estranha.
Foi então que, entre os becos e as casas de pedra, ele viu uma figura familiar. Uma garota de cabelos prateados, trajando um vestido branco e azul, caminhava a alguns metros de distância. O coração de Samuel disparou. "Emilia?", murmurou, reconhecendo a heroína de 'Re:Zero'.
Ele se apressou, movido pela esperança de que, talvez, ela pudesse dar-lhe algum sentido ao caos que o envolvia. Aproximando-se, tentou chamá-la.
"Emilia! Espera!"
Ela parou, os olhos violetas pousando nele com surpresa. "Você... conhece meu nome?"
Samuel engoliu em seco. "Eu… sim, mas não sei como explicar. Eu… vim de outro lugar, e acho que estou preso aqui."
Ela inclinou a cabeça, estudando-o com curiosidade, mas sem a mesma suspeita fria que ele esperava. "Se você está perdido, talvez possa vir comigo. Estou a caminho de uma missão com Puck, e um pouco de companhia não faz mal."
Puck, o espírito que acompanhava Emilia, apareceu, flutuando ao seu lado, os olhos semicerrados ao olhar para Samuel. "Não sei não, Emilia. Ele parece… diferente."
Samuel tentou disfarçar o pânico. "Eu prometo, não quero causar problemas. Só preciso entender onde estou."
Emilia suspirou, então acenou com a cabeça. "Tudo bem, venha. Talvez possamos conversar enquanto seguimos."
A medida que caminhavam pelas ruas da cidade, Samuel começou a perceber mais sobre aquele lugar – uma terra de fantasia repleta de magia e criaturas que ele jamais imaginou ver em sua vida real. Entretanto, algo nele permanecia alerta, como se sentisse que cada pessoa ao seu redor poderia representar uma ameaça. E, talvez, aquele instinto fosse sua única defesa.
Enquanto seguiam pelas ruelas, Emilia explicou sobre a capital, sobre o conflito político entre as candidatas à sucessão do trono. Samuel ouviu atentamente, sentindo-se imerso em um sonho bizarro. Mas era mais que isso. Ele estava em um mundo onde a morte rondava a cada esquina, e ele sabia disso melhor do que ninguém, agora que via a essência da vida ao seu redor.
No meio da explicação, Emilia parou abruptamente, encarando algo à frente. Três figuras surgiram, armadas e com um sorriso ameaçador, bloqueando a passagem. "Olha só, quem temos aqui. A bela Emilia e… um garoto qualquer."
Samuel engoliu em seco. A aura assassina daqueles homens era inconfundível. Ele sabia que não eram ameaças vazias. E agora?
Emilia assumiu uma postura defensiva, preparando-se para lutar, mas Samuel a interrompeu, estendendo o braço. "Deixe-me lidar com eles."
Ela o encarou, surpresa. "Tem certeza? Você nem tem uma arma."
Ele sorriu, sentindo os Olhos Místicos da Morte despertarem novamente. "Eu tenho algo melhor que isso."
As linhas azuis brilharam, e Samuel soube o que precisava fazer.