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A viagem

"Foi por isso que tivemos que esperar por 3 meses aqui em Pentos." Amélia olhou para as oitos caixas de madeira sendo transportada para o 'Vingança'. As caixas tinham a altura de um homem e era larga o suficiente para um adulto se deitar dentro, a caixa era de madeira grossa e estava amarrada por correntes de metal.

Ela se aproximou de uma das caixas e deu uma batida. O que quer que seja que estava dentro, começou a bater na madeira de maneira descontrolada.

"Coloque no último andar do navio." Átila falou ao lado. Ele estava segurando a carta de sua mãe, ela falou que tinha arrumado uma casa e empregos para a família de Bel. Ela também arranjou aulas para o menino.

"Meu senhor, já carregamos os outros navios com as mercadorias e suprimentos." O capitão falou apontando para os 10 navios Bravosi com suas velas roxas, que estavam ancorados na Baía de Pentos.

"Mande a tripulação descansar. Partiremos amanhã." Átila se retirou indo para sua cabine.

No alvorecer da aurora, a frota de onze navios partiu de Pentos e o navio à frente dos demais era o 'Vingança'.

*

Amélia observa seu mestre sentado. Os olhos de Átila estavam fechados.

Alguns quilômetros da frota uma Leviatã, habitante do mar tremente, se chocava com alguns navios piratas das ilhas basilisco com bastante ferocidade.

De volta à cabine principal, Átila abriu os olhos.

"Avise o capitão que só pararemos em Yin. O povo de Qarth é bastante ganancioso, principalmente os magos da torre dos imortais." Átila falou para o aprendiz.

"Você acha que se paramos no porto de Qarth, os magos sentiram esses cadáveres vivos que você arranjou do norte?" Amélia perguntou com curiosidade.

"A magia é algo que pouco entendo. Tudo pode ser possível." Átila olhou para Amélia que usava roupas vermelhas para comprá-la em Volantes, ela parecia uma sacerdotisa vermelha.

Conhecer Asshai era um dos objetivos de Átila neste mundo, e era uma grande oportunidade de enriquecer. Os mortos-vivos feitos pelos Caminhantes Brancos deveria ser vendido por um alto valor para os adeptos da magia em Asshai e talvez lhe daria acesso a livros secretos de magia.

***

Yin, Capital de Yi-Ti era magnífica em tamanho e em sua arquitetura. Alguns aspectos culturais eram iguais aos da China antiga, mas havia diferenças significantes. A presença de magia neste mundo contribuiu para essa diferença.

Por uma semana a comitiva de Átila ficou nesta magnífica cidade. O objetivo não era comprar especiarias de Yi-Ti para vender nas cidades livres. Claro, Átila comprou seda suficientes para sua mãe, fora isso, ele só comprou comida e água e partiu para Asshai.

Asshai era realmente uma cidade misteriosa que tem sua origem perdida no tempo. Sua construção gigantesca e ao mesmo tempo sombria, que acentua o ar místico que havia nela.

Seu povo era sinistro e estranho, mas Asshai era realmente uma jóia do mundo mágico. Átila vendeu em apenas um dia, todo o carregamento de obsidiana que trouxera, ficou nítido a importância do mesmo como um auxiliar ou ingredientes mágicos.

Havia uma enorme praça onde os moradores sombrios de Asshai montavam suas barracas para vender suas mercadorias raras. Amuletos, anotações sobre magia e um milhar de tipos de poções, eram facilmente encontrados, havia ferramentas e pele de criaturas estranhas, eles também vendiam pequenas quimeras.

Por três dias, Átila anunciou um leilão improvisado. Prometendo trazer algo raro e misterioso, ele queria alcançar os seus verdadeiros alvos, os poderosos feiticeiros que habitavam as maiores construções de Asshai. Com sorte, os servos desses feiticeiros iriam avisar seus mestres.

O leilão foi marcado para o sétimo dia. Era óbvio que objetivo foi alcançado, havia algumas figuras entre a multidão que os outros habitantes não se aproximavam. Seus capuzes eram negros e tinha detalhes de ouro e usavam jóias e amuletos de aço valiriano.

As oitos caixas foram trazidas para o palco e foram abertas. Dentro delas havia oito mortos-vivos que estavam acorrentados que os selvagens conseguiram através do plano que Átila havia elaborado para auxiliar na captura.

Vozes roucas e obscuras começaram a ditar preços e barganhas. Depois do Leilão fiquei impressionado que não houve nenhuma tentativa de roubo.

*

Amélia andou pelos caminhos escuros das Terra sombrias. Havia grama fantasma em todos os lugares, ela chegou em frente de uma caverna. Ela sentiu o som da respiração da besta que estava dentro da caverna, o fedor era horrível.

A criatura sentiu a sua presença e urrou com um som horripilante. A criatura saiu da caverna com ferocidade bestial, e logo se colocou em perseguição atrás de Amélia que há muito já tinha começado a correr.

A criatura parecia um minotauro com mais de dois metros de altura. Era um ser repugnante e irracional, sua saliva pingava no chão que pisava. Era provavelmente uma quimera instável criada nos tempos antigos, que teve sua situação piorada por viver em uma terra com corrupção. Mesmo não sabendo a natureza da corrupção, o instinto de Átila dizia que não poderia ficar muito tempo nas terras da sombra que estavam às margens do rio cinza.

Os demônios da cidade de Stygai não eram mais nada do que chimeras instáveis que se adaptaram à terra das sombras. Essas quimeras provavelmente tinham capacidade reprodutiva, pois nenhum ser pode viver por milhares de anos.

Amélia correu por um caminho aberto e quando viu uma marcação no chão. Ela deu um salto e caiu dois metros no chão se embolando, o minotauro seguiu atrás não continuou a correr e quando pisou no chão depois da marcação, a terra desabou, fazendo cair em um buraco.

Átila e alguns guardas apareceram e atiraram dados com tranquilizantes na besta. Depois de um tempo, o minotauro desmaiou, Átila pulou no buraco e prendeu a criatura com diversas correntes de metal.

Eles já estavam a quatro meses nesta terra abandonada por deus, e apenas conseguiram capturar cinco quimeras vivas, contando com o minotauro. Ela realmente impossível chegar em Stygai a pé, havia muitas quimeras no caminho, estava na hora de retornar para casa.

**

Já faz quase dois anos desde que eles tinham partido de Pentos. Átila resolveu vender as cinco quimeras para volantes para serem colocadas nas arenas de luta. O ouro recebido pela transação foi uma quantidade significativa.

A viagem rendeu o equivalente a três milhões de dragões de ouro, tirando o fato que Átila gastou uma boa parte do ouro em Asshai.

O dinheiro se deu pela venda dos mortos vivos, da obsidiana, das carcaças das quimeras vendidas para os feiticeiros de Asshai e para quimeras vendidas para os Arcontes de Volantes.

Havia 260 marinheiros nos 10 navios e cada um recebeu o equivalente a mil dragões de ouro. Todos voltaram vivos, os cuidados com a higiene e alimentação foram tomadas. Não encontramos nenhuma tempestade em alto mar e não os ataques de piratas foram repetidos pelo leviatã.