Endy leva uma vida tranquila de protagonista ao lado de seu melhor amigo Nenji, que é o seu oposto em quase tudo. Enquanto Endy é despreocupado e serio mesmonas situações mais inusitadas, Nenji é extrovertido e focado, lidando com desafios pessoais que começam a ameaçar a amizade deles. Tudo muda com a chegada de Akiyo, uma nova aluna que traz uma nova dinâmica para o grupo. Akiyo é enigmática, e sua presença força Endy a encarar questões que sempre evitou. À medida que segredos vêm à tona, a amizade de Endy e Nenji será testada, e a jornada de autodescoberta os levará a confrontar o cotidiano e o extraordinário em suas vidas.
**Capítulo 1: Protagonista, Eu?**
Endy estava sentado na sala de estar de sua casa modesta, que contrastava fortemente com a opulência de sua família rica. A iluminação suave do abajur projetava sombras delicadas nas paredes, enquanto o som das cartas de Uno sendo embaralhadas preenchia o ambiente. Seu amigo japonês, Nenji, estava ao seu lado, visivelmente frustrado enquanto observava a vitória de Endy em mais uma partida.
— Ei, Endy, você ganhou de novo — Nenji disse, sua voz carregada de uma leve tristeza. — Você é realmente o melhor nesse jogo.
Endy riu, a satisfação evidente em seu rosto enquanto ele recolhia suas cartas.
— Hahaha, bem na sua frente, haha! Não é como se eu não fosse o melhor jogador de Uno da escola. Sou brasileiro de nascença, ahahaha! — Ele exibiu um sorriso confiante, sentindo um prazer genuíno na vitória.
Nenji, com um brilho curioso nos olhos, virou-se para Endy e perguntou:
— Me fala aí, Endy, como era o Brasil?
Endy recostou-se no sofá, tentando puxar as memórias distantes de sua terra natal. Era uma pergunta que ele ouvia de vez em quando, e cada vez que respondia, uma parte dele parecia reviver as lembranças de um lugar que havia deixado para trás. Ele olhou para o teto por um momento, procurando as palavras certas.
— Ah, bem… — começou ele, com um sorriso nostálgico. — Para ser sincero, não lembro todos os detalhes, mas eu me recordo que era um lugar bem legal. As praias eram incríveis e as festas sempre animadas, eu acho? É um país com um jeito próprio de viver. As pessoas são bem legais e a cultura ate que é interessante, cheia de lendas assustadoras, buhaahhaaa.
Nenji ouviu com atenção, absorvendo cada palavra enquanto as cartas de Uno continuavam a ser empilhadas na mesa entre eles. Seus olhos estavam fixos em Endy, demonstrando um interesse genuíno.
— Deve ser incrível — Nenji comentou, admirado. — Eu gostaria de conhecer mais sobre o Brasil algum dia. Deve ser um lugar fascinante.
Endy sorriu, seu olhar se perdendo por um momento em pensamentos sobre casa, antes de se voltar para o jogo novamente.
— Quem sabe um dia, Nenji. Agora, vamos ver se você consegue me vencer na próxima rodada. — Ele deslizou as cartas de volta para o baralho e deu um rápido olhar para o amigo, notando o brilho de determinação em seus olhos.
A conversa flui naturalmente enquanto eles se preparam para a próxima partida, com Nenji mais determinado do que nunca a virar a sorte a seu favor. O ambiente estava leve e descontraído, e a competição amigável entre os dois amigos proporcionava um alívio bem-vindo do ritmo acelerado e das expectativas acadêmicas.
Depois que Nenji se despediu e foi embora, Endy permaneceu na sala, a luz suave do abajur lançando sombras suaves sobre as paredes. Ele olhou para as cartas de Uno espalhadas na mesa e, enquanto as recolhia, começou a refletir sobre sua própria vida.
Ele sempre se via como o típico protagonista ignorado, o tipo que nunca chama a atenção. Era um clichê que ele conhecia bem — um personagem sem rumo, vivendo em uma casa modesta, com um passado triste que parecia um enredo de light novel, mas que, na realidade, pouco importava. A vida de Endy se desenrolava com a monotonia habitual de alguém que estava sempre um passo atrás dos holofotes, sem grandes eventos ou mudanças drásticas.
— E é assim que a história da minha vida se desenrola — ele murmurou para si mesmo, uma pitada de ironia na voz. — Não é como se eu pudesse mudar isso. Não é como se uma garota popular se apaixonasse por um otaku caído como eu.
Ele riu baixo, pensando na absurda ideia de um cenário onde sua vida se transformasse em uma história de ficção. O pensamento lhe parecia até um pouco engraçado. Era como se ele estivesse assistindo a um filme de comédia onde o protagonista tropeça em todas as situações e, no final, encontra a felicidade de forma inesperada.
— Mas, imagine só se isso realmente acontecesse... — ele sussurrou, um sorriso brincando em seus lábios. — Hahaha, eu não sou tão sem atitude quanto o senpai de Nagatoro, mas também não sou um Kuze da vida. Hahaha, mas até que eu tenho um pouco de atitude. Não sou totalmente sem esperança, apesar de tudo.
Endy balançou a cabeça, ainda rindo da ideia absurda. Ele se levantou, decidindo que, por ora, continuar sua vida da maneira como sempre foi parecia ser a melhor escolha. Afinal, enquanto ele pudesse encontrar um pouco de humor e satisfação em seu cotidiano, isso era o que realmente importava. Sua rotina estava longe de ser emocionante, mas ele conseguia encontrar momentos de alegria e conforto nas pequenas coisas.
E com esse pensamento, ele foi para a cozinha, pronto para preparar um lanche enquanto a vida continuava sua rotina habitual, sem grandes reviravoltas à vista. O ato simples de preparar um sanduíche e uma bebida quente era uma forma de marcar o fim do dia, um pequeno ritual que lhe dava uma sensação de normalidade e ordem.
No dia seguinte, após acordar, Endy seguiu sua rotina habitual: preparou seu café da manhã, um prato simples de cereal com leite, e depois se dirigiu para a escola. No caminho, encontrou Nenji, que, como ele, era um típico aluno padrão. Nenji tinha notas medianas e não era muito popular entre as garotas. Endy, por outro lado, era quase invisível para a maioria das pessoas, especialmente para as garotas, que nem sequer notavam sua existência. Apesar de ter uma boa aparência, com olhos azuis, cabelo emo espetado para baixo e pele levemente escura, seu comportamento reservado fazia com que ele não fosse o tipo de pessoa com quem muitos gostariam de conversar. Na verdade, seu único foco parecia ser maratonar animes e jogar Uno — um passatempo que ele mesmo considerava patético.
A escola em que estudavam era bem conhecida e de prestígio. No entanto, ao contrário de Endy, Nenji era bolsista e tinha que se comprometer mais com os estudos. Sua vida era marcada por uma rotina rígida e um esforço constante para manter suas notas. Nada fora do clichê, uma vida cheia de pressão e expectativas, mas também de uma determinação que ele mantinha apesar dos desafios. Endy sabia que a rotina de Nenji era intensa, com longas horas de estudo e poucas oportunidades para relaxar, mas ele admirava a determinação do amigo.
Enquanto caminhavam para a sala, Endy e Nenji conversavam sobre Uno e suas vidas. A conversa era leve e descontraída, um modo de passar o tempo antes que o sinal tocasse e a rotina escolar começasse. Era uma oportunidade para eles desabafarem sobre as pequenas frustrações e alegrias do dia a dia.
Quando chegaram à sala de aula e se sentaram em seus lugares, o sinal finalmente soou, e a professora entrou, acompanhada por uma nova aluna. Ela era linda, e rumores sobre ela se espalhavam rapidamente pela escola. Diziam que suas notas eram extremamente altas e que ela era muito inteligente. Havia uma aura de mistério ao redor dela, e os alunos pareciam fascinados pela nova chegada, ansiosos para conhecê-la melhor.
Nenji, com um sorriso de escárnio, virou-se para Endy e disse:
— Aí está sua heroína, protagonista, ahahaha! Parece que a história vai começar a ganhar um pouco de emoção, hein?
Endy olhou para a nova aluna, um tanto surpreso, enquanto tentava processar a ideia absurda de que sua vida poderia de repente ganhar uma reviravolta digna de uma light novel. Com um leve sorriso, ele se recostou na cadeira e observou a nova chegada, imaginando se ela realmente teria algum impacto em sua vida mundana.
Para a surpresa de Endy, a nova aluna se dirigiu até a mesa ao lado de onde ele estava sentado, onde havia uma cadeira vaga. Sem hesitar, ela se acomodou ao lado dele. O comportamento calmo e confiante dela contrastava fortemente com o nervosismo que muitos demonstravam ao chegar em um novo ambiente. Sua presença parecia trazer um novo tipo de energia para a sala, como se algo estivesse prestes a mudar.
Assim que se sentou, ela virou-se para Endy e, de repente, olhou diretamente para ele. Seus olhos eram de um castanho profundo, quase como se refletissem uma luz interior. O olhar dela era firme e curioso, e Endy sentiu um frio na espinha, como se um pequeno terremoto tivesse abalado a rotina monótona de sua vida.
Endy ficou paralisado por um momento, não sabendo como reagir. A nova aluna, com um leve sorriso nos lábios, parecia estar esperando por algo, ou talvez apenas tentando se familiarizar com o ambiente ao seu redor. O que quer que fosse, aquele simples gesto de atenção fazia parecer que a vida de Endy poderia, de fato, estar prestes a mudar de alguma forma.
O sinal para o início da aula soou, interrompendo o breve instante de silêncio.
A professora começou a falar sobre a nova aluna, destacando suas conquistas acadêmicas e seu impressionante histórico escolar. O tom de sua voz era formal, mas havia um visível orgulho em suas palavras. Endy, distraído, observava a nova aluna com uma curiosidade crescente. Ela parecia à vontade, como se a atenção fosse algo que ela esperava e aceitava com naturalidade.
— Esta é a nossa nova aluna, Akiyo Takarashi — anunciou a professora. — Ela veio transferida de uma escola de elite em Kyoto e está aqui para completar seu último ano conosco. Akiyo é uma estudante excepcional e tem um grande potencial. Tenho certeza de que ela trará muitas contribuições positivas para nossa turma.
Os murmúrios de surpresa e admiração ecoaram pela sala. Endy percebeu que a presença de Akiyo estava causando um frenesi entre seus colegas. Era como se uma aura de frescor e novidade tivesse se instalado na sala de aula. Ele notou que a maioria dos alunos parecia ansiosa para fazer a nova aluna se sentir bem-vinda.
Akiyo se levantou e fez uma breve inclinação de cabeça para a turma, um gesto de humildade que parecia destoar da expectativa geral. Seus olhos se encontraram com os de Endy por um breve momento, e ele sentiu um desconforto inexplicável, como se tivesse sido visto de uma forma que nunca havia experimentado antes. O olhar dela era suave, mas havia algo penetrante nele, uma sensação de que ela podia ver através das camadas de sua personalidade.
Depois da breve apresentação, Akiyo se sentou na cadeira ao lado de Endy, e a aula começou. Endy tentou se concentrar no que a professora estava dizendo, mas sua mente estava distraída, vagando entre a expectativa de como a presença de Aiko poderia impactar sua rotina e o desconforto causado pelo olhar penetrante que ele recebera.
Durante a aula, Endy notou que Akiyo estava atenta e participava das discussões com uma facilidade impressionante. Sua presença não era apenas notada, mas parecia transformar a dinâmica da turma. Ela fez perguntas pertinentes e contribuiu com respostas que surpreenderam até mesmo a professora. Havia uma aura de confiança e competência ao seu redor que era difícil ignorar.
Enquanto a aula prosseguia, Endy tentava não deixar a curiosidade dominar seus pensamentos. No entanto, não pôde evitar lançar olhares discretos para Akiyo sempre que tinha a chance. Era como se uma parte dele estivesse esperando ansiosamente por uma interação ou um sinal de que sua vida poderia realmente mudar, como um clichê de light novel.
Quando o intervalo chegou, Endy e Nenji se dirigiram para o refeitório, onde a maioria dos alunos se reunia para comer e socializar. Endy percebeu que a mesa ao lado da sua estava ocupada por um grupo de estudantes que, curiosamente, incluía Akiyo. Ela estava sentada com um grupo de colegas que pareciam encantados com sua companhia, e a conversa fluía de maneira animada.
Nenji, que notou o olhar de Endy, sorriu com um toque de ironia.
— Olha só, parece que Akiyo está se entrosando bem. Acho que você vai precisar se esforçar para chamar a atenção agora, hein? — Nenji brincou, seu tom leve, mas com uma pitada de provocação.
Endy balançou a cabeça, rindo.
— Quem diria? A vida está realmente se parecendo com uma light novel. Só falta eu começar a receber propostas de trabalho como protagonista.
Eles se sentaram em sua mesa habitual, e a conversa logo voltou a girar em torno de Uno e das próximas partidas. Endy tentou se concentrar, mas o pensamento de Akiyo continuava a pairar em sua mente. O intervalo passou rapidamente, e logo era hora de voltar para as aulas.
**☆**
Após sair de sua classe, Endy caminhava pelos corredores da escola, seus pensamentos ainda girando em torno da nova aluna, Akiyo. Ele não pôde evitar um sorriso enquanto observava as garotas ao seu redor, sentindo que ela, de fato, se tornaria popular.
"Ela parece ser uma pessoa boa", murmurou para si mesmo, quase sem perceber.
Nenji, que o seguia, interrompeu seus pensamentos.
— E você acha isso? — perguntou, levantando uma sobrancelha.
Endy parou, encarando o amigo com uma expressão séria.
— Claro! — respondeu, gesticulando com entusiasmo. — Ela é inteligente, tem notas ótimas e é bonita, especialmente se compararmos com a média da nossa escola. Não tem como ela não ficar popular.
Nenji soltou uma risada.
— Isso mais parece a descrição de um interesse romântico do protagonista nas novels.
Endy revirou os olhos, mas não conseguiu evitar um leve sorriso.
— Se você me comparar com um protagonista de novo, vou fazer você calar a boca na base da violência.
— Melhor sem violência, não acha? — Nenji respondeu, fazendo uma careta de quem estava pensando no pior.
Endy concordou, embora sua mente ainda estivesse na conversa anterior.
— Voltando ao assunto... — começou Nenji, com um tom brincalhão. — Você parecia nervoso perto da Akiyo.
O rosto de Endy esquentou levemente.
— Que nada! Isso é coisa da sua cabeça.
Nenji riu, claramente se divertindo com a situação.
— A sua reação só prova a verdade. Estou torcendo para esse casal, viu? Boa sorte, amigo!
Endy lançou um olhar desconfiado.
— Que otimo amigo, você é.
— Sou o melhor do mundo! — exclamou Nenji, orgulhoso, fazendo ambos rirem.
Quando chegaram ao portão da escola, avistaram Akiyo, cercada por um grupo de garotas desconhecidas para a dupla. Endy a observou, fascinado. Ela estava falando e sorrindo, e por um instante, ele se perdeu na beleza dela.
Nenji, percebendo o olhar de Endy, não hesitou em provocar.
— Não fique babando,haha!
Endy, irritado, retrucou.
— Isso foi a gota d'água! Agora vou partir para a violência!
Akiyo ouviu a conversa e começou a rir, sua risada era leve e contagiante.
— Você é engraçado, Endy!
Nenji zombou.
— Espera, você está falando do Endy mesmo?
— Estou,eu acho? — confirmou Akiyo, olhando para Endy com um sorriso sincero.
— Então ele é hilário! Só que não. — ironizou Nenji, enquanto Endy tentava manter uma expressão séria.
Com isso, os dois amigos pararam de brigar e se despediram de Akiyo e do grupo de garotas. Enquanto se afastavam, Endy notou que Akiyo parecia um pouco triste.
— Espera! — ele chamou, voltando-se para ela. — Você vem?
Akiyo ergueu uma sobrancelha.
— Para onde?
— Pensei que poderia ir com a gente. — Endy se corrigiu rapidamente. — Quero dizer, se estiver indo para casa, claro.
— Ah, eu sou vizinha de vocês. — Akiyo respondeu, um sorriso tímido no rosto.
Endy ficou surpreso.
— Como você sabe disso?
Akiyo hesitou, um olhar enigmático passou por seu rosto, mas ela não respondeu. Endy pensou consigo mesmo.
"Será que ela é uma stalker? Ou algo do tipo?"
O trio começou a caminhar em direção a suas casas. Nenji, tentando quebrar o silêncio, comentou:
— Logo, logo as cerejeiras vão começar a florescer. Mal posso esperar por isso!
Endy acenou com a cabeça, mas Akiyo parecia distraída.
— Tem cerejeiras em Kyoto? — ele perguntou, curioso.
— Tem muitas, mas não ligo muito para elas. — Akiyo respondeu, com um tom indiferente.
Endy e Nenji trocaram olhares surpresos.
— Como assim? Você não sabe o que é realmente bom no Japão? — disparou Nenji, incredulamente.
Akiyo franziu a testa, visivelmente ofendida.
— Eu prefiro pandas.
Nenji soltou uma risada.
— Até um estrangeiro sabe mais sobre o Japão do que você! — Deixando claro que é o Endy,o estrangeiro....
Akiyo parecia irritada, e Endy não pôde evitar um comentário.
— Estou prestes a ver sangue agora...
Nenji, percebendo o tom dela, rapidamente se desculpou.
— Desculpa, não queria ofender!
— Mas não deixa de ser verdade! —Nenji completou, olhando para Akiyo com um misto de decepção e humor.
Nenji sorriu forçado, tentando evitar o confronto. Endy, por outro lado, permanecia sério.
— Você já fez amigos aqui na escola? — perguntou ele, quebrando o clima tenso.
Akiyo balançou a cabeça.
— Não, ainda não.
Endy sorriu, decidindo que isso poderia ser uma boa oportunidade.
— Então agora você tem dois, se quiser, é claro.
Os olhos de Akiyo brilharam.
— Eu adoraria!
A atmosfera entre eles começou a mudar. Endy percebeu que Akiyo realmente parecia feliz com a ideia de fazer amigos.
Chegou o momento em que precisaram se separar. Nenji iria para casa, Akiyo para a sua, que ficava no fim da rua, e Endy para o lado oposto, onde ficava o supermercado.
— Até mais, Akiyo! — Endy se despediu, sentindo-se um pouco mais leve.
— Até mais! — Akiyo respondeu, um sorriso radiante nos lábios.
Nenji fez um gesto de despedida.
— Boa noite!
Akiyo acenou, visivelmente feliz com seus novos amigos. Endy observou enquanto ela se afastava, sentindo uma onda de satisfação.
Enquanto caminhava, não pôde deixar de pensar que sua vida estava finalmente tomando um rumo diferente. Havia algo no ar, uma sensação de que as coisas estavam prestes a mudar, e ele estava animado para descobrir o que mais o aguardava,sendo ruim ou bom.