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Capítulo 23

General Jahangir Azimi POV:

Todos na sala do trono se surpreendem com a traição do nobre Omid.

Confesso que até mesmo Shahnaz e eu estaríamos surpresos se não tivéssemos sido portadores das provas que o levaram à queda de sua posição e consequente e rigorosa punição. 

É verdade que até esse momento nenhum dos presentes sabe ao certo o conteúdo daquelas três mensagens trocadas entre os nobres Sinbad e Omid e jamais saberão, porque delas depende a segurança do império. Sigo com meus soldados e o carrasco para cumprir a sentença do Imperador, enquanto quase todos nos acompanham para observar o que sucede a um traidor do império.

Dou ordem aos soldados para carregarem o sentenciado por todo o palácio, colocarem em uma carroça para sairmos do palácio, então o tiramos e arrastamos o sentenciado até a praça pública e o sangue que escorre pelo seu corpo marca todo o caminho, enquanto ele grita desesperadamente por socorro.

Vemos o povo se aglomerando ao redor, enquanto preparo tudo.

— Cumpram a sentença! – ordeno. 

É nesse momento que os soldados rasgam os trapos que agora cobrem a pele do nobre e o erguem pelos ferros que estão presos em seus pés, elevando para um tronco bem alto deixando-o pendurado de cabeça para baixo, com suas mãos presas com ferros.

Então o carrasco lhe dá mais quinze chibatadas, seus gritos ecoam por toda a cidade e o sangue escorre por todo seu corpo. 

— Isso é o que acontece a um traidor do império. Todos devem ver e se lembrar. – digo.

Vejo o horror nos olhos de todos, é o que o grande Shahanshah deseja. 

— Se alguém tentar ajudar ou socorrer esse traidor, terá uma sentença igual ou pior. – digo e vejo todos se afastando.

Com a sentença cumprida retornamos ao palácio. 

 

Princesa Shahnaz POV:

Assim que saímos da sala do trono, os Imperadores se recolhem para suas alcovas, enquanto o general e seus soldados iniciam os preparativos para a partida, subo para a minha alcova.

— Jaleh, peço que me espere aqui, voltarei em breve para a levar ao harém. – digo e a deixo em minha alcova aos cuidados das minhas damas.

— Cuidem, lhe preparem um banho e deem novas vestes. – digo para Lila, Zena e Pari.

Sinto que é chegado o momento de preparar o retorno de Jaleh em grande estilo, então aproveito para ir ao harém e conversar reservadamente com Dara. 

— É sempre tão agradável ver a Vossa Alteza. – Dara diz ao me ver e faz uma reverência.

— Preciso de sua ajuda. – digo.

— Estou às suas ordens, minha Princesa. – Dara diz. 

— Quero que prepare uma festa grandiosa para o retorno de Jaleh, todos devem celebrar a inocência dela. – digo. 

— Farei isso agora mesmo, com licença. – Dara diz e faz uma reverência.

Sigo para as portas do palácio, onde há uma grande movimentação do preparo da saída dos executores e o sentenciado. Os nobres da corte, os Sirdares, sacerdote e eu vamos todos assistir à execução da sentença do nobre Omid.

Não posso dizer que lamento a morte terrível que está tendo, o Imperador tem razão na punição aplicada ao traidor do império. 

É notório que todo o povo está aterrorizado diante da demonstração de poder e fúria de seu Soberano, arrisco garantir que não haverá nenhum ato de rebeldia por um longo tempo. 

Retornamos para o palácio e sigo direto para a minha alcova, vejo que minha querida Jaleh está pronta e linda para a sua celebração, mando Lila confirmar com Dara se podemos ir e logo minha dama vem avisar que tudo está pronto.

 

O Narrador:

Há uma agitação instalada no harém, está claro que haverá uma celebração grandiosa e Dara prepara tudo com muito esmero e dedicação e às pressas, terá sido por ordem dos Imperadores? Todas buscam em suas memórias, mas não se lembram de qualquer ocasião festiva por esses dias, o que vão comemorar que exige tanto cuidado e primor? 

— Dara, diga o que vamos comemorar, queremos saber. – Atefeh diz.

— Vocês logo saberão e poderão se alegrar e celebrar. Agora vão se arrumar depressa. – Dara diz e bate palmas. 

Todas se agitam e começam a se arrumar, escolhem os vestidos, joias e acessórios, fazem seus penteados e contam com a ajuda das servas, enquanto veem o banquete sendo posto e os músicos se posicionando. Em pouco tempo tudo está pronto. 

— Agora a celebração pode começar. – Dara diz e todas ouvem quando as portas são abertas e a Princesa Shahnaz adentra ao lado de Jaleh, com um vestido rosa e dourado, acinturado e bordado, elegante, altiva e linda com suas joias.

— Eis que Jaleh retorna ao harém tão inocente quanto era quando foi retirada de sua alcova com uma acusação injusta e cruel. Foi julgada e nenhuma culpa foi encontrada, sua reputação continua ilibada e sem manchas, por isso estamos reunidas aqui, celebrando seu retorno, inocência e dignidade. – a Princesa Shahnaz diz. 

Quase todas aplaudem e celebram o retorno da segunda esposa do Imperador, muitas a abraçam e se dizem aliviadas por saberem da injustiça cometida e pedem que conte em detalhes tudo o que sucedeu na sala do trono, enquanto se assentam para celebrar com vinhos, música e o farto banquete. 

Atefeh sente ódio por seu plano ter falhado e agora ser obrigada a vê-la celebrando no harém como a grande Senhora inocente e de reputação ilibada, ainda mais altiva do que antes, isso a deixa furiosa e com mais desejo de vingança. 

Jaleh olha para a Princesa Shahnaz, que a incentiva contar tudo, afinal o grande Shahanshah gostará que se proclame o que acontece a um traidor do império. Então a esposa do Imperador conta tudo sobre seu julgamento, a austeridade do Imperador, as palavras dos nobres contra ela e os argumentos do general e da Vossa Alteza a seu favor e a revelação das provas, que ninguém sabe ao certo o conteúdo delas, mas que revelou a traição dos nobres Sinbab e Omid contra o império e a conspiração para a morte de Babak, fazendo com que o Imperador sentencie o nobre Omid a uma morte terrível em praça pública e a julgue inocente.

Todas se surpreendem com o relato da segunda esposa, mas Atefeh está realmente furiosa com a estupidez de Omid e Sinbad em não queimarem as mensagens que trocaram entre si, afinal não se pode guardar provas de suas traições ao império, a menos que eles desejassem...

Seriam capazes de entregá-la nas mãos do Imperador como uma traidora? 

Teriam guardado suas mensagens para chantageá-la em um momento oportuno? 

Atefeh se desespera porque sabe que o general fez a revista na alcova de Omid, mas não encontrou nada na ocasião, essas mensagens poderiam estar em posse do nobre naquele momento, para que ninguém as encontrasse e quando retornasse as escondesse novamente, afinal era muito ardiloso, teme que seja isso que ele tenha feito. E precisa ir à sua alcova para ter certeza. 

Esposas, concubinas, damas, servas e eunucos celebram por todo o dia o retorno de Jaleh, o harém está bem colorido e animado, o Imperador vem ver o que está acontecendo e participa da comemoração, sendo agora o convidado de honra e a alegria se espalha por todo o ambiente. 

Vashti não gosta nada de saber a respeito da celebração e da presença do Imperador no harém, mas se contém e permanece ao seu lado para observar suas atitudes com as concubinas e esposas, afinal precisa cuidar de seus interesses e não pode permitir que nenhuma delas tome a sua posição na vida de Shahanshah.

Mais uma vez a Imperatriz tem o dever de preparar Aisha para o Imperador, fica sabendo por Dara que é possível que o Soberano tome outra esposa e uma fúria incontrolável toma conta dela, que começa a tramar para não perder o título de grande esposa real, afinal essa garota tem chamado muito a atenção de Shahanshah, não pode permitir que ela dê um herdeiro ao trono. 

Amanhece e a Imperatriz está exigindo satisfações a respeito da celebração no harém, Dara informa que todo o acontecido foi por solicitação da Princesa Shahnaz, deixando-a incomodada. 

Vasthi senta sobre suas almofadas e conversa com as esposas do Imperador quando vê Aisha chegar da alcova de Shahanshah. 

— É verdade que está grávida? – a Imperatriz pergunta.

— Sim e de dois meses. – Aisha diz, realmente exultante.

— Então me diga quem é o pai. – Vasthi diz.

— Como Vossa Majestade me pergunta quem é o pai? Todos sabem que meu filho é do Imperador, sou sua concubina. Em breve posso me tornar sua sétima esposa. – Aisha diz. 

— Isso é o que você diz. – a Imperatriz afirma. 

Todas temem pela segurança de Aisha nesse momento, mesmo sabendo que é uma concubina protegida por Agar, mas nada podem fazer diante do poder da Imperatriz. 

Atefeh chama Ahriman reservadamente no harém para conversarem.

— Ahriman, não temos aliados, mas apenas inimigos nesse império e você deve estar atento à essa situação, meu filho. Seja atento e inteligente quando houver a escolha do novo nobre da corte, diga tudo o que o Imperador deseja ouvir e esteja ao seu lado, para que possa ser o escolhido. Shahanshah gosta de ter seus feitos elogiados, que reconheçam sua glória e poder, que concordem com a sua política e com sua justiça e compaixão. – Atefeh diz.

— Não concordo com nada disso e quando for Imperador farei tudo diferente, mas saberei fingir para poder me infiltrar e tomar o trono como é o nosso plano, minha mãe. – Ahriman diz.

— Faz muito bem, meu filho. E o deus da escuridão nos livrará de todos os obstáculos. Agora vá depressa. – Atefeh diz e ele concorda. 

Shahanshah entraja as vestes reais e segue para o salão do banquete, onde desfruta da companhia e refeição ao lado da família e nobres, mas tão logo encerram parte direto para a sala do trono.

Assentado em seu trono, exige a presença de todos os sábios e nobres do palácio e aguarda que todos adentrem o ambiente e o reverenciem, afinal hoje é dia de importantes resoluções para o império. 

— Respeitáveis Senhores, estamos aqui porque precisamos decidir qual sábio ou nobre integrará a minha corte, estou aberto a sugestões. – o Imperador diz. 

Então os nobres da corte começam a sugerir os nomes e apresentar seus candidatos diante do grande Shahanshah, Ahriman fica tenso porque seu nome não é citado nenhuma vez, então decide citar a si mesmo, causando estranheza em todos. 

— Ahriman, herdeiro mais velho do Imperador Shahanshah, vinte e cinco anos, líder da construção da estrada real, guerreiro no exército imperial e nobre no palácio, mais do que todas essas posições, a mais honrosa será tornar-me um conselheiro do Imperador, uma vez que estarei ao seu lado para apoiar e aconselhar em suas decisões. – ele diz ao se apresentar.

Shahanshah observa com cuidado cada um deles para poder se decidir, são muitos nobres e sábios, alguns mais antigos e respeitados, tenta compreender e descobrir qual deles lhe oferecerá verdadeira lealdade. 

— Minha decisão é por Mir Rashne, o escriba e sábio, por Mir Sohrab, o sábio e Ahriman como meu conselheiro menor. Todos devem se manter desde já em minha corte e os demais estão dispensados. – o Imperador diz. 

— Ahriman, está destituído de sua posição como líder da construção da estrada real, fica sob a responsabilidade de seus irmãos a partir de agora, que sejam avisados, general Jahangir. – Shahanshah diz e o filho não gosta nada disso, mas comemora sua nova posição.

Então o Imperador manda fazer uma pequena celebração na sala do trono com os novos nobres. 

No harém, Vasthi manda trazer um astrólogo e quer saber o seu futuro.

— Dir-te-ei palavras que hão de lhe agradar. A Imperatriz não perderá sua grandeza e Majestade, embora não possa contar com as alegrias do amor em sua vida, um de seus filhos subirá ao trono, sucedendo os Imperadores. – o homem diz.

— Mesmo assim devo ter cuidado com novos filhos, não é? – Vashti pergunta e o homem nega, mas ela não acredita e o dispensa.

Então a Imperatriz arquiteta um plano mirabolante, chama suas damas e manda fazer uma poção para por em uma bebida, manda Dara fazer um convite para todas as mulheres passarem um dia agradável no lago amanhã.

Ahriman retorna para o harém à tarde e conta para Atefeh que quase tudo acontece como o esperado, deixando-a exultante.

— Como assim, quase tudo? – Atefeh pergunta.

— Fui retirado das obras e sou conselheiro menor. – Ahriman diz.

— Não era bem o que eu planejava, mas já é um avanço, estará próximo ao Imperador e poderá herdar o trono de uma maneira ou outra, conquistando-o ou matando-o. – Atefeh diz. 

— Vamos começar por onde? – Ahriman pergunta.

— Primeiro tenta estabelecer a confiança que Mirza não conseguiu, seja o sucessor dele. – Atefeh aconselha.

— Mas e Shahnaz? – Ahriman pergunta.

— Se ela quer ser guerreira, conhecerá a morte na guerra, mas faremos tudo por partes. – Atefeh diz.

— Como? – Ahriman pergunta.

— Pense, meu filho. Primeiro você vai matar o general na guerra e será o herói que se vingará, tornando-se o novo general, depois em outra ocasião a Princesa morrerá na guerra e você fará o mesmo, tornando-se o sucessor do trono, afinal Mirza não serve para nada. – Atefeh diz e Ahriman finalmente compreende o plano de sua mãe.

Dara chega e eles interrompem a conversa.

Vashti, Shahanshah, os nobres e familiares seguem para o salão do banquete para a última refeição do dia, conversam sobre o festival da primavera que está chegando, uma ocasião muito alegre para as mulheres e divertida para os homens porque vem as justas. Logo encerram a refeição e seguem para suas alcovas. 

Amanhece e todas as mulheres do harém seguem para o dia divertido no lago, passeiam de barco, conversam alegremente entre si, algumas dançam.

Em certa ocasião do dia, Vashti convida Aisha e as esposas secundárias para se sentarem ao seu lado e conversar por alguns momentos, então oferece um refresco para todas, mas antes coloca o preparado em uma das taças e oferece para a preferida de Shahanshah, enquanto as esposas bebem tranquilamente.

Retornam para o palácio ao entardecer e a Imperatriz segue para a sua alcova, passa um tempo e nenhuma notícia do harém chega aos ouvidos de Vashti, que começa a reclamar com suas damas Leila, Minu e Niga sobre sua frustração com a incompetência ao fazer o preparado para envenenar Aisha.

Mal sabe a Imperatriz que a concubina começa a sentir os primeiros sinais neste momento, geme e se contorce no leito, clamando pelo socorro de Dara.

— Chamem o curandeiro, Aisha está doente. – Dara diz, mesmo sabendo que nenhum homem pode entrar no harém.

Todas se cobrem para que o curandeiro real possa entrar no harém.

Então o homem entra e analisa apenas algumas partes do corpo da mulher, sem ao menos ver seu rosto, encoberto pelo véu. 

— Essa mulher está muito mal, mas não há nada além disso que possa ser feito. – o curandeiro afirma e lhe prepara uma beberagem. 

Aisha vomita muito, sente muita dor no ventre e começa a ter febre, teme por seu bebê. 

— Você só pode ter sido envenenada naquele momento em que tomamos o suco. – Azar se aproxima e diz. 

— Eu não fiz nada para a Imperatriz, eu só queria ter meu filho e ser mais uma esposa do Imperador. – Aisha diz.

— Não se pode desejar sonhar tão alto aqui, minha querida. – uma concubina diz. 

— Eu só queria salvar meu bebê, mas ele é muito pequeno ainda. – Aisha diz e chora.

— Prometo que vou me vingar por você e por seu filho. – Azar diz e vê Aisha agonizando.

Dara e outras concubinas tentam cuidar de Aisha em seus últimos momentos de vida, mas o veneno é muito potente e ela morre em questão de algumas horas, o curandeiro real segue para comunicar o Imperador, enquanto as mulheres preparam tudo para o funeral. 

Shahanshah está na sala do trono com Vashti ao seu lado, quando o curandeiro real pede permissão para adentrar e é concedido.

— Diga o que está havendo. – o Imperador pede.

— Uma de suas concubinas acaba de morrer, Majestade. – o curandeiro diz.

— Qual delas? – a Imperatriz pergunta.

— Seu nome era Aisha, Majestade. – o curandeiro diz e Vashti observa a reação do Imperador.

— Que sucedeu a ela? – o Imperador questiona e Vashti se preocupa com a resposta.

— Soube que fizeram um passeio no lago, deve ter comido algum fruto ou erva que não devia, passou mal do ventre e não pode ser curada a tempo. – o curandeiro diz, deixando-a aliviada.

— Preparem tudo para o funeral e a levem. – Shahanshah diz. 

Vashti está orgulhosa de ver que o marido não se importa com a morte de Aisha e continua com seus deveres na sala do trono, mais uma vitória para ela. 

 

Princesa Shahnaz POV:

Muitas coisas sucedem desde o julgamento e retorno de Jaleh para o harém.

Novos nobres para a corte são escolhidos e para a minha surpresa, Ahriman está entre eles, não concordo com o Imperador e acho que é uma opção perigosa, mas devo respeitar porque sua decisão é Soberana, mesmo tendo uma grave desconfiança apenas por ser filho de Atefeh. 

Já os demais sábios são homens íntegros e demonstram lealdade ao império desde o antecessor, pelo menos é o que escuto aos quatro cantos do palácio. 

Sinto que os jogos de poder no harém estão ainda mais acirrados, porque há mais uma morte por envenenamento, desta vez de uma concubina que parece agradar muito o Imperador e que todos afirmam que esperava um filho seu, mas não há investigação porque o curandeiro real isenta qualquer pessoa de culpa, incluindo a principal suspeita, Vashti. 

Nos dias que se seguem, que parecem mais tranquilos, finalmente, continuo meus treinamentos para a guerra, que pode vir a qualquer momento, enquanto vejo as mulheres iniciando os preparativos para o festival da primavera, tento ajudar nos meus momentos vagos.

São dias de muita alegria para todas as mulheres, o palácio está ficando cada vez mais bonito, colorido e florido, assim como os jardins. Vem carregamento de flores para enfeitar e decorar todos os ambientes, será mesmo uma celebração grandiosa. 

Vejo os soldados preparando as áreas para as competições das justas, assim como os animais, armaduras e armamentos, sob a supervisão do general. 

Observo a Imperatriz Vashti admirando os detalhes da decoração tão minuciosamente selecionada e preparada por si mesma. 

— Fez um ótimo trabalho, como sempre. – digo.

— Será um festival grandioso. – ela diz.

— Todos vão elogiar a beleza do seu trabalho e do palácio. – dgo.

— Obrigada, Shahnaz. Agora se apresse, vá se arrumar porque os convidados chegarão em breve. – a Imperatriz diz e sorri. 

É tão raro uma conversa assim com a minha mãe e Soberana. 

 

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