Um ano depois...
Charlotte
Após a explosão no shopping, deixei os zumbis enfurecidos pela morte de seu líder. Assim, tomei a decisão que deveria ter tomado antes: comecei a caçar e eliminar os zumbis.
Entretanto, meses depois, percebi que era necessário interromper a caça e encontrar um lugar seguro para residir. Não poderia arriscar a vida do meu bebê.
Desde que iniciei a caça, minha barriga cresceu, e algo dentro dela se movia. Eu estava grávida!
Meses depois, enfrentei um parto que se arrastou por horas. Pela primeira vez em muito tempo, experimentei dor, a pior dor que já senti. Então, meu bebê nasceu - um menino que era a versão em miniatura do Dylan.
Saber que estava grávida trouxe uma onda de preocupação, mas fiquei aliviada ao ver que meu filho nasceu perfeitamente saudável. A concepção de um Zumbi racional é algo que a ciência não consegue explicar, e a única resposta é: foi um milagre.
Encontrei um sítio que se transformou no nosso lar. Instalei cercas elétricas ao redor, levando três meses para garantir a segurança total do lugar. Depois, coloquei câmeras e sensores de movimento em toda a área. Já se passou três meses desde que deixei de caçar os mortos-vivos e agora dedico minha vida ao meu pequeno milagre.
Um ano se passou, mas meu amor por Dylan não diminuiu. Muitas vezes, me pergunto como ele está. Será que encontrou alguém? Está cuidando bem de si? Mas essa resposta nunca poderei saber.
Fiz a escolha certa ao decidir ficar no lugar de Dion e dos outros. Retornar ao mundo dos vivos traria problemas para o Dylan, e não queria que ele vivesse fugindo eternamente por minha culpa. Pelo menos, tenho um pedaço dele.
****
A noite se aproxima, coloco meu bebê na cama e deposito um beijo em sua testa. Sento-me na cama e olho para os monitores na parede; nenhum sinal de mortos-vivos.
Então, levanto, vou ao banheiro, tiro minhas roupas e tomo banho. De repente, o alarme do sensor de movimento começa a soar. Pego a toalha, saio do banheiro e olho os monitores, mas não vejo nada.
O sensor não dispararia sem motivo!
Pego minha arma da gaveta do criado-mudo, saio do quarto e tranco a porta para proteger meu bebê. Começo a caminhar e ouço passos.
Tem alguém dentro da casa!
Desço as escadas sem fazer barulho e vejo a sala vazia. Vou até a cozinha e percebo que a porta está aberta. Aproximo-me e olho para fora.
Lembro que tranquei!
De repente, sinto uma presença atrás de mim. Viro-me e, segundos depois, estou no chão. A escuridão torna impossível ver quem está em cima de mim.
"Nem em um milhão de anos você me venceria," - diz perto do meu ouvido. A luz da cozinha se acende.
"Dylan!"
"Um ano te procurando sem parar," - Dion fala, e Dylan se afasta de mim.
"Charlotte," - Dylan pronuncia meu nome, e meu coração acelera.
"Disse que não deveria falar de mim para o seu irmão," - falo brava com Dion, sinto uma mão agarrando minha nuca. Fico com os olhos arregalados ao ver Dylan colando os lábios nos meus.
"Ele não perdeu a memória," - Dion afirma, e Dylan se afasta. Fico atordoada. - "Um ano sem te ver e você trava," - ele diz, aproximando-se. - "Não vá em direção à luz."
"Não lembrava que você era tão idiota," - respondo, e ele ri. - "Como me encontraram?"
"Dias atrás, Mika enviou uma mensagem, mostrando no satélite que uma região do Texas não tem zumbis. Os Estados Unidos são o coração da terra dos mortos, por que no Texas não há zumbis?" - Dion questiona. - "Só há uma explicação para isso."
"Um super soldado limpou a área," - Dylan intervém, e olho para ele. - "Viemos para o Texas. Então, Mika menciona um local muito suspeito que apareceu no satélite. Ao chegarmos aqui, encontramos uma propriedade com alta segurança."
"Como conseguiram passar pela cerca elétrica?"
"Zumbis não conseguem pular alto, mas nós conseguimos," - Dion explica. - "Para te procurar, tive que me igualar a você."
"Você usou meu sangue?"
"Sim. E doeu muito. Você se esqueceu de mencionar esse detalhe," - ele cruza os braços. - "Prometi que te buscaria, mas, em vez de me esperar, desapareceu," - fala, irritado. - "Enfrentamos muitas dificuldades nesse inferno para te encontrar."
"Desculpa!"
"Por que decidiu ficar aqui, mesmo após ter matado Jacob?" - Dylan pergunta. Olho para ele.
"Para onde eu iria?"
"Voltar para mim, mas você optou por permanecer aqui."
"Não sei por que você não perdeu suas memórias. Para mim, você não tinha lembranças, e escolher ficar com você significava dar um futuro sombrio. Gostaria de viver fugindo eternamente?"
"Pelo menos estaríamos juntos," - ele diz, bravo, e desvio o olhar. - "Desde o dia em que acordei, não parei de te procurar. Deixamos tudo para trás por você."
"Por que foram tão longe por alguém que já havia tomado sua decisão?"
"Fiz uma promessa e gosto de cumpri-la," - Dion responde. - "Meu irmão deixou tudo para trás pela mulher que ama. Isso responde à sua pergunta?"
"Mas suas vidas não serão mais as mesmas."
"Somos iguais a você. Desde o momento em que Dylan acordou, nossas vidas já não eram mais as mesmas, e após injetar seu sangue em minha veia, tudo mudou."
"Se voltarmos, seremos mortos pelo exército," - Dylan afirma, e meu coração gela. - "Mas não me arrependo de ter saído."
"Nem eu."
"Vocês são loucos," - digo, e os dois riem. - "Obrigada por virem, mas vou ficar aqui."
"Tudo bem. Não temos problema em ficar aqui com você," - Dylan diz, e começo a pensar.
"Nós?"
"Algum problema com isso?" - Dion pergunta, cruzando os braços, e balanço a cabeça em sinal de que não. - "Agora você precisa se vestir. Esqueceu que está apenas de toalha," - ele menciona, e olho para meu corpo, percebendo a toalha enrolada, sentindo-me envergonhada.
"Vocês invadiram minha casa enquanto eu tomava banho," - respondo, gaguejando, e os dois me observam. Então, viro-me e ando rapidamente.
"Charlotte," - os dois me chamam, mas ignoro e vou para meu quarto. Destranco a porta e entro. Vejo meu bebê dormindo. Vou até o guarda-roupa, pego um vestido e uma calcinha e me visto. Meu bebê começa a chorar.
"Mamãe está aqui," - digo, pegando-o no colo.
"Cacete," - Dion diz ao entrar no quarto. - "É um bebê."
"É uma miragem," - respondo ironicamente, e ele me mostra o dedo do meio. - "Eu tenho dez." - Sento na cama, olhando para Dylan. - "Diz alguma coisa, Dylan?"
"Ele é meu?"
"Não. Foi o vento que o fez, idiota," - respondo, ironicamente, e Dylan cruza os braços.
"Quanta ironia," - Dion diz, aproximando e se abaixando. - "Ele tem sua cara, Dylan." - Ele pega meu filho do meu colo, e Dylan se aproxima.
"Qual é o nome dele?"
"Aaron," - respondo ao me levantar, e Dylan pega nosso filho dos braços de Dion - depois que explodi o shopping, comecei a caçar e eliminar os mortos-vivos. Então minha barriga cresceu, tive que parar porque estava grávida e encontrei esse sítio, que se tornou nosso lar.
"O sítio já estava cercado quando o encontrou?"
"Não. Levou três meses para cercar tudo e garantir a segurança," - respondo, e ambos ficam em silêncio. - "Que silêncio terrível é esse?"
"Mesmo grávida, você teve que se esforçar para garantir a segurança do nosso filho," - Dylan comenta.
"Apenas acho que você deveria ter me esperado," - Dion diz, irritado, - "assim não teria passado por tudo isso."
"Estou viva, e isso é o que importa," - respondo, pegando Aaron do colo de Dylan e colocando-o na cama. - "Vamos deixá-lo dormir," - começo a andar e saio do quarto. - "Já que vão viver comigo, vou mostrar os quartos," - digo e abro uma porta. - "Você fica com este quarto, Dion."
"Finalmente vou dormir em uma cama," - ele diz, - "por favor, feche a porta," e a fecho.
"Seu irmão mudou."
"Mudou muito," - diz ele, abraçando-me por trás. Liberto-me e seguro seu rosto. - "O que houve?"
"Seus olhos estão castanhos escuros," - sorrio, coloco-me nas pontas dos pés e dou um selinho nele. Dylan agarra meu cabelo e mergulha sua língua em minha boca. Abraço seu pescoço e sou erguida. Entrelaço minhas pernas em sua cintura.
"Onde fica o quarto?" - Pergunta entre os beijos.
"A porta no final do corredor," - respondo, e ele começa a andar. Ao chegar à porta, abre e entra. - "Dylan," - digo seu nome quando ele me joga na cama.
"Um ano sem a minha mulher. Então você merece uma punição," - ele segura meu cabelo. - "Charlotte foi uma mulher muito má," - diz, puxando meu cabelo para baixo, e solto um gemido.
"Por favor, Dylan!
Dylan
Após recuperar minhas forças, percebi que muita coisa havia mudado. O exército tomou conhecimento de minha cura e, para me proteger, meu irmão decidiu injetar o sangue da Charlotte em minhas veias. Então, com a ajuda de Mika e dos gêmeos, conseguimos adentrar a terra dos mortos em busca de minha esposa.
Um ano vagando sem rumo à sua procura, até que Mika nos trouxe esperança e, finalmente, encontramos Charlotte.
Ela estava exatamente como a vi pela última vez, mas havia uma surpresa incrível:
Temos um filho!
Minha mulher engravidou, mesmo eu sendo um zumbi. Nosso bebê é saudável e, ao vê-lo, percebo que milagres realmente existem.
Após meu irmão entrar no quarto, levei Charlotte para outro e a joguei na cama.
Um ano sem você merece uma punição!
Sem hesitar, rasgo seu vestido e uso os pedaços para amarrar suas mãos. Charlotte reclama e eu amordaço, para que não faça barulho.
Não quero que meu irmão ouça seus gemidos.
Na única e primeira vez que estivemos juntos, não pude aproveitar como gostaria, pois era um zumbi e não tinha coragem de retirar a máscara. Mas desta vez, farei tudo o que sonhei naquele dia.
Abaixo-me e beijo seu pescoço, em seguida, começo a mordiscar, sem me importar em marcar sua pele suave, descendo lentamente e fazendo-a gemer.
"Mal comecei e minha mulher já está molhada," - digo ao tocar em sua intimidade, e Charlotte se queixa. - "Sem pressa, amor."
Charlotte
Dylan não é mais um zumbi; agora ele é perigosamente inebriante.
Meu doce e tímido Dylan se tornou dominador...
Ele inicia a estimulação do meu clítoris, fazendo meu corpo se erguer e eu gemer, mas mal consigo me recuperar quando ele ataca um dos meus seios.
Ele chupa e morde meu mamilo, me torturando ainda mais, e a única coisa que consigo fazer é gemer.
Posso arrebentar as amarras em minhas mãos, mas gosto de estar amarrada.
Percebo que tenho um gosto muito peculiar.
Dylan solta meu seio e se abaixa, puxando minha calcinha até que ela se rompe. Ele abre minhas pernas com força, ergo a cabeça e nossos olhos se encontram; ele sorri, de lado.
Lindo e safado.
Então, xingo mentalmente quando sua língua mergulha em minha intimidade. Ele começa a estimular meu clítoris com os dedos, me fazendo dançar.
Desde quando o sexo oral é tão prazeroso?
Mal consigo pensar com ele mergulhando sua língua em mim. Esse homem está me consumindo.
Vou gozar...
Ergo meu corpo e começo a gemer descontroladamente quando atinge o clímax em sua boca. Após alguns segundos, ele se afasta, levanta-se e eu tento recuperar-me da loucura que acabou de acontecer.
"Seu gosto é mais delicioso do que imaginei," - olho para ele e o vejo despindo-se. - "Minha doce mulher dançando enquanto eu saboreava sua intimidade foi maravilhoso."
"Quem é ele?" - pensei, enquanto Dylan se aproxima da cama, agarra meu braço, me faz sentar e solta minhas mãos.
"Aqui não," - fala quando retiro a mordaça da boca. - "Seus gemidos são meus," - ele segura minha nuca e volta a me beijar, ignorando meu gosto em sua boca.
"Essa é a verdadeira personalidade dele?" - pensei, afastando-me e deixando meus olhos correrem por seu corpo musculoso.
"Depois você me admira; agora quero explorar sua boquinha deliciosa."
"Dylan não é um neném."
"Nunca fui, amor," - ele morde minha orelha e eu gemer. Ele dá um tapa em minha bunda. - "Lembre-se, seus gemidos são meus."
"Você me provoca, como posso ficar em silêncio?"
"Não importa. Agora se abaixe e engula meu membro, amor," - me abaixo, agarro seu membro e o coloco em minha boca. - "Boa menina," - ele agarra meu cabelo e começo a chupá-lo, enquanto ele move os quadris.
"Nunca fui fã de sexo oral. Será que estou fazendo certo?" - pensei e engasgo quando ele se empurra. - "Porra, Dylan," - falo tossindo.
"É isso que vou encher sua boca," - fico paralisada com suas palavras, olho uma vez mais e vejo seu sorriso de lado. - "Agora volte a ser uma boa menina,"
"Com certeza essa é a personalidade dele," - pensei. - "Só não me mate engasgada com seu membro," - retorno a chupá-lo.
"Isso, chupe meu membro," - empurra, fazendo-o deslizar em minha garganta e fecho os olhos, enquanto ele acelera o movimento dos quadris. - "Porra! Vou gozar."
"E eu vou morrer engasgada," - pensei, e em poucos segundos sinto um líquido quente em minha garganta, e ele começa a gemer, diminuindo o ritmo até parar completamente.
"Deixe-me ver," - ele segura meu rosto e fico sem entender. - "Você não deixou nenhuma gota, boa menina," - sorri e solta meu rosto. - "Agora fique de quatro," - faço o que ele mandou e engasgo quando ele penetra com força.
"Quer furar meu útero, porra?" - pergunto brava, mas ele ignora e começa a dar estocadas fortes. - "Você está indo muito forte, amor."
"Seu castigo, amor," - ele agarra meu cabelo e puxa para trás. - "Se gemer alto, vai levar uns tapas na bunda."
"Então, vai devagar," - ele aperta seu corpo contra o meu e solto um gemido alto, recebendo um tapa forte na bunda. - "Dylan!"
"Sem gemer alto, amor."
"Malvado," - ele me puxa e abraça minha barriga.
"Você não faz ideia," - sussurra perto do meu ouvido.
(...)
Charlotte
Estou atônita com a mudança de Dylan; ele era gentil e quieto quando era zumbi, agora é dominador e provocador.
Ele teve que amordaçar minha boca novamente, pois não consegui conter meus gemidos.
Mas como poderia ficar em silêncio com ele me dominando?
Do quarto, fomos para o banheiro e imaginei que ele iria ser mais gentil, mas me enganei.
Dylan segura minhas pernas com firmeza e intensifica as estocadas, eu gemo entre os beijos.
"Amor," - digo após parar de beijá-lo e encosto minha cabeça na parede; ele começa a mordiscar meu pescoço e, em poucos segundos, começo a gemer quando alcanço meu orgasmo. - "Eu não aguento mais."
"Você é uma super soldado. Não deveria se cansar."
"Mas quero levantar da cama amanhã para cuidar do nosso filho," - digo, e ele começa a me beijar. - "Ele deve ter acordado," - Dylan se afasta, me coloca no chão e minhas pernas ficam moles. - "Veja como você me deixou,"
"Você merecia um castigo," - ele segura meu rosto e me beija.- "Vamos tomar banho," - ele me vira e começa a lavar meu cabelo.
(...)
Dylan
Confesso que fui um pouco duro com Charlotte, mas não consegui me conter.
Tivemos uma única noite juntos e eu estava morrendo de saudade dela.
Se parar para pensar, nos envolvemos muito rapidamente; nunca senti uma atração tão forte em minha vida como quando a vi pela primeira vez.
Mas agora isso não importa mais; finalmente tenho minha mulher em meus braços.
Charlotte sai do banheiro primeiro e, minutos depois, termino e ao sair, a vejo deitada na cama, coberta apenas com uma toalha.
Ela adormeceu de cansaço.
Vejo que até os super soldados se cansam.
Toquei em seu rosto e, em seguida, peguei minha roupa e me vesti, jogando um cobertor sobre seu corpo antes de sair do quarto e ir ao quarto onde ela deixou nosso filho. Ao entrar, não o vejo na cama.
Saio do quarto e vou à sala, onde vejo meu irmão sentado no sofá; ao me aproximar, vejo meu filho em seu colo.
"Até que enfim. Pensei que nunca mais sairia do quarto," - ele olha para mim. - "Muito barulho, impossível de dormir."
"Amordacei a boca dela."
"Audição de super soldado," - eu me sento no sofá e pego meu filho de seu colo. - "Charlotte está bem?"
"Você sabe que nunca a machucaria," - ele ri, fazendo meu filho soltar uma gargalhada.
"Mesmo olhando para ele, ainda é difícil acreditar que foi gerado quando você era um zumbi."
"Foi um milagre," - olho para meu filho e ele começa a fazer sons com a boca, sorrindo.