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22. Análises 7

Tyama precisou de alguns instantes para se acalmar, e se elogiar por ter conseguido manter fisicamente impassível enquanto recebia o sorriso demoníaco (em vários sentidos) de Lucien.

Tyama respirou fundo com os olhos fechados e disse.

"Porque? Porque agora isso? Vocês poderiam ter feito isso séculos atrás, principalmente quando ELES!!." Disse apontando para Ad-juru, Ethel, Camilo e, com um olhar particularmente mortífero, para Maeelus. "Tiveram a brilhante ideia de atacar os ninhos e roubar quase todos os ovos que tinham sido colocados recentemente, e exterminar a outra metade." Ela disse com um veneno mais do que evidente na voz, lembrando de como os ninhos tinham ficado depois do pior ataque que os Drakonios tinham sofrido durante sua breve mas intensa guerra contra essas criaturas antigas.

O sentimento de raiva e repulsa que ela exalava era sentido, entendido e aceito por todos ali presentes. Lauriel com quem Tyama ficou implicando desde que chegou, se levantou e colocou a mão no ombro da Drakonia com um olhar de desculpas completamente sincero, os demais seguiram o exemplo, incluísse Lucien (que voltou a sorrir de maneira amigável e tentar pelo que havia acontecido), por Ad-juru, Camilo e Ethel. O único que não mudou a atitude foi Maeelus, algo ja esperado mas que ainda assim era incomodo, ainda mais pelo fato dos experimentos que Maeelus fez com os ovos e os filhotes terem sido particularmente brutais.

"Sei que desculpas não mudam o passado. Mas ainda assim lamento pelo que aconteceu naquela época." Luciene disse com um arrependimento e culpa honestos. "Isso na verdade é pra ser de certa forma um modo de remediar oque aconteceu antes."

"Oque quer dizer?" Ela disse novamente intrigada mas ainda irada.

"Por piores que os experimentos tenham sido, eles ainda assim nos ajudaram a entender muito do desenvolvimento de vocês com isso podemos e por isso conseguimos elaborar métodos para corrigir grande parte da deficiência de concepção da sua espécie. Mas sabíamos que vocês não iriam querer nada de nos, não até que um pouco do seu ódio, totalmente justificado, pudesse diminuir." Lucien disse.

"Por isso esperamos mais alguns séculos e ajudamos de maneira discreta sua espécie, mesmo que você e alguns outros tenham percebido." Lucien disse.

"Nossa ideia era reacostumar vocês com essa ajuda para que no momento certo pudéssemos entregar o método que desenvolvemos para facilitaria sua capacidade de concepção como um modo de tentar remediar oque aconteceu antes."

"Isso não vai mudar praticamente nada a opinião deles de vocês. Por causa de nosso link inter conectado, pra ricamente foi escrito em nosso DNA termos desconfiança e inimizade em relação a vocês." Tyama disse decididamente.

"Mesmo eu que sinto certo afeto e carinho por vocês, bom quase todos, ainda sinto uma necessidade ou de afastar ou de lutar contra vocês. Se eu não tivesse aprendido a como minimizar a compulsão dos meus instintos, apenas conversar com vocês seria impossível. Aceitar ajuda de vocês em pequenas coisas pessoais, que só tem relação a mim seria possível, aceitar ajuda em nome de toda minha espécie como forma de "amenizar" oque aconteceu antes.... honestamente na opinião de muitos isso seria basicamente o maior insulto que poderiam dar."

Tyama disse olhando para suas mãos.

Com isso todos na sala só puderam suspirar pela dificuldade em remediar a situação. Não que espera em que fosse fácil, mas chegar ao ponto de alterar seus próprios códigos genéticos em prol dessa desavença era algo que eles não esperavam. Exceto pelo velho Zhun.

"... A menos que" Tyama disse, fazendo com que todos prestassem antenção nela. "A menos que alguém já reconhecido entre vocês apresente esse método junto com um presente para mostrar a sinceridade."

"O método para aumentar sua população para um número maior que vocês já tiveram não seria um presente em si?" Ad-juru perguntou.

"Não, nem perto disso." Ela disse balançando a cabeça. "Esse método é a forma como vocês criaram para tentarem se desculpar com nossa raça por essencialmente um genocídio desnecessário."

Antes que alguém pudesse contradizer a utilização da palavra genocídio Tyama já continuou.

"Do nosso ponto de vista foi sim um genocídio, mas como nos instigamos o conflito em primeiro lugar, já estávamos muito enfraquecidos e inacreditavelmente por sabermos que vocês não haviam feito aquilo de maneira intencional. Ou assim eu aceito que foi com a maioria." Ela disse olhando para Maeelus, Anari e Jean. " Nos aceitamos o pacto de não conflitos para focarmos em recuperar nossos números e auxiliar as fêmeas que tinham sido quase dizimadas pelo ataque que Ka'luth enquanto estávamos ocupados com vocês. Por conta disso, mesmo sabendo que a uma parte do dano não é sua responsabilidade, vocês ainda tem uma boa parcela de culpa." 

Ninguém refutou, mesmo que o conflito tenha sido iniciado pelos Drakonios sob a enganação de Ka'luth, que também os enganou para efetuar um ataque nos ninhos. Não podiam discordar que Ka'luth só conseguiu fazer isso por terem sido displicentes na vigia contra ele, ainda mais Lucien, velho Zhun e etc, que tinham um entendimento melhor de como os DAEMOS se comportavam e ainda assim deram brecha para que ele agisse do modo que quissese.

"Muito bem e que tipo de presente mostraria nossa sinceridade?" Maeelus perguntou com a cara fechada.

Nisso Tyama fechou os olhos e ficou em silêncio por um tempo, mesmo sua cauda tinha parado com os movimentos leves. Tomando fôlego ela abriu novamente os olhos e disse.

" A cabeça de um de vocês, literalmente sendo entregue para os anciões." 

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