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Conto 44: A batalha nos sonhos

Hoje bem cedo, liga Lívia:

- Tive um sonho horrível! Fiquei preocupada...

- Como foi?

- Sonhei que estava saindo sangue pela minha boca e eu caia no chão... Parecia tão real! Acordei sobressaltada ... Será que é um aviso? Será que vai acontecer alguma coisa comigo? – falava pausadamente, como se estivesse quase chorando.

- E eu sonhei que tinha matado você com um tiro! Não vai acontecer nada com você, não se preocupe! Isso foi uma ofensiva do inimigo!

- A mãe disse que ontem, quando foi orar por você, à noite, teve uma câimbra na perna.

- Eles estão atacando a família! Temos que orar pra mandá-los embora! – falo revoltada.

Visitaram a todos, na mesma noite... que estranha essa coincidência...

Vou para o escritório. Na hora do almoço, Cássio chega eufórico e senta do meu lado, colocando seu prato sobre a mesa:

- Preciso falar com você, Ana, é urgente! Espera um pouco...

Responde uma mensagem no celular. Fico preocupada e espero. Ele continua:

- Sonhei com você e fiquei preocupado! No sonho você ligava, insistentemente pra mim, e como você nunca liga, pensei: "Deve ser algo urgente!". Atendi, eu falava alô, alô, e, do outro lado, um demônio respondia. Tinha uma voz horrível, rouca, fiquei com muito medo. Teria até esquecido do sonho, mas vindo pra cá vejo uma solicitação de amizade, na internet, do seu ex-marido...

- Quer descobrir se estou com alguém. Pediu para você, e, a Sibila disse-me, pela manhã, que pediu pra ela também. – esclareço.

- Tipo, foi muita coincidência! O sonho, e, depois o pedido! – fala amedrontado e gesticulava com as mãos, nervoso.

- Aconteceu! Você recebeu uma visita do inimigo! Agora, você sabe o que eu enfrento! Quantas vozes falavam?

- Não sei, uma sobrepunha a outra!

- Era mais de um falando? Então era uma legião! – concluo.

- Não conta pra ninguém do sonho! Só contei pra você! – suplica.

- E você também não conta nada do que eu falo! Só você e minha família sabem que eu vejo!

Dá um sorriso, olha pro meu corpo... parece um tarado. Terminou o almoço e foi embora. Um funcionário de Sibila o chamou, ela queria conversar com ele.

À noite, ligo para mãe e conto tudo. Ela conclui:

- Esse último, o do sonho, veio com ele lá de onde ele foi, do carnaval. Voltou acompanhado. Ele está em cima do muro, tá na igreja e no carnaval. Deus não se agradou dessa viagem não.

- Tem certeza? Tem certeza que o que me atacou por último veio dele?

- Sim, tenho certeza.

- Mas essa é a sua opinião! Deus não me revelou como esse apareceu!

- Não é a minha opinião, é fato, no carnaval tem contaminação! Agora, ele viu o que tem do outro lado, viu a maldade e ficou com medo, não é? Ficou com medo e veio correndo pra você, parece criança. Deus permitiu que ele visse. Deus o está chamando. Essa prova é pra ele, pra que aprenda a se defender, não é pra você! Você tem que pedir pra Deus proteção, e, que Deus faça a obra na vida dele! Tá me ouvindo?

- Tô mãe... Obrigada.

- Outra coisa. Adianta você orar por ele, tirar tudo, e ele depois se contaminar? Esses abraços que ele te dá... passa contaminação pra você. Tenha cuidado, evite os abraços! – avisa.

- Procuro evitar.

- E pergunta pra Deus se é pra continuar orando por ele! Porque, de repente, suas orações podem começar a atrapalhar o que Deus tem que fazer na vida dele. Deus quer essa vida e Ele vai começar a apertar. Você não pode interferir, entendeu?

- Entendi, vou perguntar.

- Você tem que pedir para que Deus faça a obra na vida dele.

- Vou orar desta forma. Vou desligar, preciso trabalhar.

- Fica com Deus.

- Deus abençoe.

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