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Conto 22: As bonecas

Numa manhã, Luigi assistia TV na sala enquanto brincava com suas bonecas. Ele também tinha uma caixa no colo com pequenos brinquedos, os que ele mais gostava, parecia um baú de tesouro. Tive uma visão... Ele não estava só... pequenos espíritos brincavam com ele no sofá, e outros, sentados no chão, pareciam também assistir TV. Eram pequenos e tinham dentinhos, assemelhavam-se a leãozinhos, só que de aspecto maligno e o rosto parecia borrado.

Durante dias orei, mas minha oração parecia não ter efeito. Expulsava, mas eles não iam embora, parecia não ter autoridade para tirá-los daqui. Continuavam andando e brincando.

Um deles disse-me:

- Você não pode nos mandar embora! Você está em pecado! Você falou com ele...

Mostrou-me o espectro maligno que falou comigo no passado. Ele apareceu para mim numa madrugada, sentado no banco da sacada...

Eu me assustei, será verdade que estou em pecado? Não, não é verdade, eu não chamei o espectro! Nem sei como veio até mim. O leãozinho está tentando em confundir! Eu respondi:

- Não estou em pecado! Não fiz nada! Minha conduta é perfeita perante Deus! Vocês vão embora, sim!

Passaram-se os dias e eles continuavam a me ignorar, perambulando pela sala. Alguns tinham vestido de princesa, longo e cheio. Outro atravessou a parede, bem na minha frente, parecia vir de fora. Estava com um vestido rosa, como o de uma boneca, a da Bela Adormecida.

Credo, combinação horrível! Ri por dentro.

Luigi ficava no sofá, sempre com a caixa de brinquedinhos ao lado ou no colo. Eram inseparáveis, ele, a caixa e as bonecas. Ele arrumava e mexia.

Era como se esses espíritos conseguissem se manifestar no mundo material, manipulando a mente de Luigi e usando as bonecas como instrumentos.

As bonecas pareciam ter os espíritos ligados a elas, e, na mente de Luigi, elas tinham vida. Luigi fazia o que eles projetavam na sua cabeça, e, através das bonecas, brincavam todos juntos.

Eu os expulsava, mas eles não iam embora! Já estava indignada!

Começaram as férias e Luigi foi passar uns dias na casa do tio. Aproveitei para jogar fora todas as bonecas: "Não vou deixar nenhuma ferramenta de manifestação". – pensei decidida.

Orei de joelhos na sala, durante dias o "Pai Nosso" e alguns salmos. Eles finalmente sumiram.

Quando Luigi voltou, mesmo as bonecas não estando mais lá, eles reapareceram. Eram como pequenas feras pela casa. Um deles ousou atacar-me: suas mãos se tornaram garras que arranharam meu rosto no mundo espiritual.

- Só isso você sabe fazer? – perguntei zombando.

Mostrei, telepaticamente, algumas entidades poderosas que já tinha enfrentado e ele ficou furioso. Ri por dentro, acho que o humilhei...

Luigi procurava as bonecas pela casa, chorava e gritava: "Quero as bonecas de volta! Cadê elas?!". Claramente sob influência do mal.

Uma grande revolta tomou conta de mim, impus as mãos na cabeça de Luigi e orei:

"Deus meu, ouve minhas orações, tenha misericórdia de nós. Vocês vão sair da mente dele agora! Em nome de Jesus! Solta! Solta agora! ".

Recitei o "Salmo 91" e continuei orando:

"Sai da mente! Sai do corpo dele! Em nome de Jesus, sai agora".

Depois da oração, Luigi se acalmou, voltou a ser a criança carinhosa de sempre.

Na tarde seguinte, peguei a caixa de brinquedinhos e levei-a para casa da minha mãe. Minha irmã, Lívia, também estava lá. Conversamos, tomamos café com bolo, rimos, e ... vamos orar! Apresentei a caixa, minha irmã pegou-a e logo viu, com a mente, garras nela:

Uma entidade dizia: "É meu! É tudo meu! É meu! ".

Lívia declamou o "Salmo 91" três vezes. Começou a orar segurando a caixa na mão:

"Larga! Não é seu! É de Jesus! Larga agora, em nome de Jesus! Tudo isso é de Jesus! Luigi é de Jesus, os brinquedos são de Jesus! Cobre-nos com o teu sangue, Jesus! ".

Proferiu o "Salmo 91" mais uma vez e as garras finalmente sumiram. Lívia ungiu Luigi com óleo consagrado. Orou por ele:

"Senhor tira todo o mal, reveste esta criança com sua proteção. Que toda influência do mal, saia agora, em nome de Jesus! Senhor que seus anjos estejam ao redor dele. Amém! ".

- Mãe, orei em casa, mas não foram embora, eles mal olhavam pra mim. – disse virando-me para ela.

- Você tem que orar com autoridade, expulsar com autoridade, e em nome de Jesus! – explicou.

"Por que em nome de Jesus? Não entendo bem isso, mas vou fazer..." – pensei.

Voltamos para casa. Cheguei na sala, recitei o "Salmo 91". Coloquei as mãos no sofá e comecei a orar e expulsar com muita autoridade:

"Vocês vão sair! Esta casa é revestida pelo sangue de Jesus! Voltem de onde vocês vieram, agora! ".

Enquanto orava tive uma visão... Vi o parque perto de casa. Haviam seguido o Luigi numa das vezes que foi andar de bicicleta.

- Eles vieram de lá! – mostrou-me um anjo.

"Vocês vão voltar agora! Vão voltar de onde vocês vieram, em nome de Jesus! "

Repentinamente surgiu um túnel no mundo espiritual, entre o parque e a sala. Apontei para esse caminho e eles foram sugados pela entrada.

Foram embora e desta vez para sempre! O ambiente parecia mais iluminado, e Luigi se tranquilizou completamente. A paz voltou para esta casa e para todos nós!

Liguei para a mãe:

- Mãe, orei com fé, com autoridade e consegui mandá-los embora daqui! – afirmei animada.

- Não foi você que os mandou embora, Ana! Através da sua oração, os anjos de Jesus puderam lutar, e foram os anjos que os levaram. São os anjos que lutam por nós no mundo espiritual, porque nós estamos aqui! – esclareceu calmamente.

- Apareceu um túnel entre o parque e a minha sala, e eles foram sugados pelo túnel até o parque. Não sabia que podiam aparecer caminhos, no mundo espiritual, ligando lugares na Terra!

- É um mistério...

Mais uma luta foi vencida pelos anjos de Jesus! Amém.

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