Parecia um terremoto. As areias começaram a se mover rapidamente no solo. Embolo tentava se segurar em seu bastão fincando o mesmo no solo. O urro estranho da quimera continuava.
- Uaaaaah!
Alguma coisa se aproximava pelas areias do deserto. Era algum tipo de criatura gigante.
- Mas o que é isso?
- Venha!
Apareceu um verme gigante do deserto. Ele era enorme. Tinha uns cinco metros de altura e seu corpo se estendia por mais uns dez. A quimera conseguia a controlar.
- Pode vir!
A criatura começou a deslizar em direção a Embolo. Só que na superfície ela não conseguia correr muito. A sua única vantagem era que pelo seu tamanho, os seus ataques poderiam causar grandes estragos.
Embolo se preparou para atacar. Quando a criatura tentou dar uma investida, ele saltou.
- Tome!
Ele caiu e deu um soco na criatura. A mesma parecia desnorteada. O soco não pareceu ter efeito.
- Isso não fará nada a ela!
- Espere para ver!
O verme ia atacar novamente mas parou em seguida. Alguma coisa começou a sair de dentro de si e começou a ser esparramada no chão do deserto.
- O que você fez?
- Isso é um ataque normal de monges. Você deveria saber que quem tomar diretamente esse tipo de ataque não costuma viver.
O verme tentou entrar novamente na terra, mas não tinha mais forças. Acabou desabando no chão.
Embolo achou que aquilo pudesse não dar efeito, mas a pele daquela criatura era muito mole e o ataque entrou em cheio.
A quimera foi tentar reavivar o outro monstro, mas não conseguiu.
- O que você fez?
- Foi como eu disse, a sua criatura não tem nenhuma proteção como uma pele dura ou cascos. Os ataques de artes marciais dos monges são muito brutais. Se não houver nada que impeça o ataque, ele entra com tudo no adversário, se tornando um ataque mortal.
A quimera ficou com mais raiva. Ainda não havia se recuperado totalmente, mas foi a primeira vez que sentiu aquilo, mesmo com todos aqueles golpes que havia sofrido do exército de Giles.
- Eu não irei lhe perdoar por isso.
- Pode vir. Eu estou esperando por você.
A quimera não conseguiu modificar o braço. Estava com tanta tensão que o seu fator de recuperação não estava conseguindo refazer nenhuma parte direito. Estava uma bola torta no seu braço e suas asas estavam caidas.
Ela começou a correr em direção a Embolo. Dessa vez ele aguardou pelo ataque.
A quimera começou a correr em meio ao sol escaldante do deserto enquanto estava com uma expressao de raiva. Embolo pegou o seu bastão e fechou os seus olhos. Estava aguardando o ataque. Não sabia que tipo de ataque que aquela quimera iria fazer.
A quimera chegou há poucos passos. Embolo deu uma recuada como se fosse correr, mas dessa vez era um impulso.
- Você não vai fugir dessa vez!
- Eu não tenho porque fugir.
A quimera tentou dar uma investida. Embolo saltou para frente junto ao seu bastão.