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7 - treinamento.

O sol ainda mal se erguera no horizonte quando Heitor pisou no campo de treinamento. Seu corpo pequeno ainda carregava a leveza de uma criança de cinco anos, mas seus olhos refletiam uma determinação incomum, própria de quem sabe o que precisa ser feito para alcançar o impossível.

A grama sob seus pés estava úmida e o vento trazia o frescor da madrugada, carregado de mana dispersa no ar. Respirando fundo, Heitor ergueu a mão e invocou sua técnica, Amanhecer. Em vez de forçar a mana a preencher seu núcleo, Amanhecer sugava a energia diretamente do ambiente e a purificava, deixando-a fluir para dentro de si. Isso aliviava o esforço de controle e concentração que geralmente desgastava outros magos iniciantes. Ainda assim, ele sentia a energia passar por ele, como se alimentasse não apenas sua magia, mas seu corpo e mente.

Empunhando uma espada simples de madeira — um substituto provisório até que pudesse forjar a verdadeira Estrela do Amanhã — ele deu início ao treino de esgrima. Ajustou os pés na posição que seu mentor, um guerreiro aposentado chamado Velmar, havia ensinado. Ele se inclinou levemente, sentindo o equilíbrio precário entre os calcanhares e a ponta dos pés, e lançou o primeiro golpe.

"Corte baixo, rápido e preciso." Ele murmurava as instruções para si mesmo, reproduzindo os ensinamentos de Velmar.

O primeiro golpe cortou o ar com um leve assobio, e ele corrigiu a trajetória, sentindo o peso da espada. Mais do que força, esgrima exigia precisão e controle, e era essa sutileza que o fascinava. Seu segundo golpe foi um arco lateral, fluido e firme, e a espada seguiu a trajetória planejada.

Enquanto se movia, a técnica Amanhecer mantinha a mana circulando, nutrindo seu corpo. No entanto, ele sabia que não duraria para sempre; com cada uso, a eficácia da técnica decrescia em 10%, exigindo mais esforço para o mesmo efeito. Mas para Heitor, essas limitações eram desafios a serem superados, não barreiras. Ele precisava se tornar implacável. Num mundo onde não existiam magos despertos, ele seria o primeiro, e isso começava aqui.

Conforme continuava, Velmar apareceu ao longe, observando os movimentos de Heitor em silêncio. O velho guerreiro sabia que aquele menino não era como os outros aprendizes. Ele via a seriedade no rosto de Heitor e percebia uma precisão incomum nos golpes.

"Mais força no pulso, Heitor," corrigiu Velmar, com voz grave. "A espada não é um brinquedo. Ela deve ser um prolongamento do seu braço."

Heitor assentiu, ajustando a pegada e sentindo o peso da madeira como uma extensão de si mesmo. Seus movimentos ficaram mais precisos, e a energia da mana continuava alimentando seus músculos, dando-lhe um vigor que outros garotos de sua idade jamais teriam.

Depois de meia hora, Heitor sentiu os músculos tensionados, as mãos dormentes, mas ele não parou. Iniciou uma sequência de estocadas, treinando a precisão e a velocidade. Em cada golpe, ele visualizava o adversário que um dia enfrentaria. Seriam monstros? Guerreiros inimigos? Ele ainda não sabia, mas estava certo de que, em algum momento, essa habilidade lhe salvaria a vida.

Por fim, ao término do treino, Heitor abaixou a espada e respirou fundo. Ele sabia que essa era apenas uma pequena etapa de sua jornada. Em breve, aprenderia magia rúnica, dominaria as runas antigas que lhe permitiriam criar equipamentos únicos. Imaginava sua armadura, Defesa Absoluta, e sua torre de mago, um monumento que amplificaria sua magia. E mais à frente, a magia dimensional o aguardava, a chave para explorar as forças além da realidade.

Mas, por enquanto, ele focaria no básico: aprimorar cada golpe, fortalecer cada feitiço de mana, e, acima de tudo, dominar o Amanhecer até que sua técnica fosse capaz de sustentá-lo em qualquer batalha.

Heitor se preparava para um mundo de desafios, mas sabia que, um dia, sua lenda seria contada como a do primeiro mago desperto em eras.

esses artefatos ele criou na vida passada.

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