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Meu nome, diga-o.

Áries tinha uma hipótese e arriscou tudo apenas para provar seu ponto. Pelas pequenas informações que ela coletou sobre suas breves interações com Abel, estava claro que ele era alguém que gostava de ver os outros se afundarem no desespero. Ele era louco.

Foi por isso que ela testou para provar seu ponto. Quando ela não se abalou com a presença da morte e a reconheceu com um sorriso, ele parou. Ela estava certa. Abel não gostaria de sua morte se fosse tão simples assim.

'Fui salva por um triz', ela pensou, olhando para suas mãos enquanto as limpava delicadamente. 'Não sei quantas vezes esse truque pode me salvar, mas devo usá-lo com cuidado. Ele pode acabar me matando se perder completamente a cabeça.'

Áries estremeceu quando Abel de repente pressionou um polegar em sua garganta.

"Ainda está sangrando," ele disse, fazendo-a olhar para ele. "Você disse que vive por mim. Não sangre sem minha permissão."

'Você está brincando comigo? Quem é a pessoa que entrou no meu quarto com uma espada na mão?' ela mordeu a língua para não falar demais. Áries bateu os lábios levemente, permitindo que ele verificasse seu pescoço enquanto desviava o olhar. Eles estavam ambos na banheira, frente a frente, enquanto ela limpava o sangue dele.

"Fique quieta." Abel cuidadosamente passou a mão e a posicionou em sua nuca, aproximando-se. Ele inclinou a cabeça para o lado, encostando seu rosto no pescoço dela. Quando ela sentiu o toque ardente de sua língua contra a ferida, o corpo inteiro de Áries congelou, de olhos arregalados.

O que diabos ele estava fazendo? Sua mente ficou momentaneamente em branco.

Abel lambeu o sangue escorrendo em sua jugular até a ferida em seu pescoço, olhos afiados como sempre. Sua mão permaneceu em sua nuca enquanto a outra envolvia cuidadosamente sua cintura esbelta, debaixo d'água.

"Seu sangue tem gosto de vinho." Ele lambeu os lábios, afastando a cabeça, olhos ainda no pescoço dela. O canto de seus lábios se ergueu quando o pescoço dela se movia enquanto ela engolia, esperando que ela baixasse a cabeça para encontrar seu olhar.

"Isso é excitante. Vamos fazer isso aqui?" ele inclinou a cabeça, mas sua voz soava distante para ela. "Você está me ouvindo?"

Ela piscou os olhos, assentindo com a cabeça. "Cl — claro," saiu uma resposta sem pensar.

"Claro? Você sequer sabe do que eu estava falando?" ele arqueou uma sobrancelha, puxando-a mais para perto. "Estava falando se deveríamos fazer isso? Embora você seja meu pet, não me importo de cometer bestialidade por uma mudança."

"..." Desta vez, sua expressão morreu.

"Haha. Como é divertido." Abel exibiu um sorriso travesso enquanto sua expressão dizia tudo. Embora esta fosse a segunda vez que eles tomavam banho juntos e ele segurasse seu corpo nu, Abel estava apenas provocando-a.

Depois de cometer devassidão por muito tempo no passado, ele de alguma forma achou isso entediante. Ainda assim, ele não se importaria de a possuir aqui e agora. Ele também se perguntava por que não testou sua habilidade na cama na primeira vez. Mesmo agora que seu pequeno corpo estava sob seu controle e estava excitado com a situação, ele não queria ir além.

Seria porque observá-la era muito mais divertido? Ou seria porque ele ainda esperava pelo dia em que essa mulher tentaria fugir dele? Talvez fosse o último, pois isso lhe daria um fim adequado.

Áries pressionou seus lábios formando uma linha fina e baixou a cabeça, colocando a palma da mão em seu peito tatuado. "Sim," ela sussurrou. "Se Sua Majestade deseja, farei tudo para agradá-lo."

Quando Abel não reagiu à sua resposta, ela reuniu coragem para levantar a cabeça. Para sua surpresa, ela pegou o vazio em seus olhos antes de desaparecer quase imediatamente.

"Se sua morte me fizer feliz, então você a aceitará de bom grado. Se eu quiser seu corpo, você o entregará a mim sem perguntas," ele sussurrou, levantando a mão e acariciando sua bochecha. "O que você não faria por mim?"

Abel ergueu uma sobrancelha, recebendo silêncio como resposta. "Qual é o seu nome?"

Seu respirar ficou preso, lábios inferiores tremendo enquanto eles se abriam. "Antes de Sua Majestade me acolher, meu nome é Áries."

"Áries, certo. Acho que foi assim que Conan chamou você." Ele riu, pois não sabia seu nome até agora. "Que nome."

"Você vai me dar outro nome agora que sou seu pet?"

"Um novo nome? Não." Abel balançou a cabeça, inclinando seu rosto até estar apenas a uma palma de distância dela. Seus olhos examinaram seu rosto como se gravassem sua estrutura facial profundamente em sua cabeça.

"Áries é perfeito. Você disse que vive por mim, certo?" ele levantou uma sobrancelha e ela assentiu com os lábios fechados. "Então, já que você é tão fiel, estou em lágrimas, me chame de Abel, Áries."

'Ele quer que eu o chame pelo nome dele? Ele não me executaria se eu fizesse isso, certo? Isso não é uma armadilha?' Miríades de perguntas pairavam sobre sua cabeça, mas ela pulou quando ele de repente apertou sua cintura.

"Diga," ele ordenou, erguendo brevemente as sobrancelhas. "Meu nome. Diga."

"Seu --"

"Hmm?"

Áries respirou fundo enquanto agarrava o ombro dele. "A — Abel."

"Bom." Satisfeito, Abel puxou seu corpo contra ele e envolveu seus braços musculosos ao redor de seu corpo delicado, porém imperfeito. Ele sentiu seus músculos se tensionarem, mas isso o fez sorrir. Ele descansou seu queixo em seu ombro, acariciando suas costas tensionadas com as pontas dos dedos.

"Abel é o nome do homem por quem você vive, Áries," ele sussurrou em seus ouvidos, com os olhos cheios de desprezo.

"Sim." Ela baixou a cabeça para esconder seu maxilar apertado enquanto cerrava os dentes.

"Deve haver blefes suficientes para fazer alguém dançar ao seu som," ele adicionou em voz baixa, deslizando os lábios sobre seu ombro nu. "Certifique-se de manter a mentira para me fazer continuar dançando ao seu som, porque uma vez que eu pare..."

"Você me desintegrará." Áries completou sua frase, pois isso estava claro para ela.

Ele sorriu, satisfeito. "Não, pior." Desta vez, Abel deu um beijo em seu ombro antes de recuar a cabeça para olhá-la. "Você vai pegar um resfriado se ficarmos aqui por muito tempo, querida."

Áries apenas sorriu enquanto continuava a limpar o sangue restante em seu corpo. Por algum motivo, quando Abel disse para ela chamar seu nome, Áries ouviu uma corrente se trancando em seu tornozelo. Uma corrente que estava destinada a prendê-la a ele... para sempre.

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