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Capítulo 7

Parte 1: O alvorecer do começo

Em um ato de desespero, Soohyun canalizou uma quantidade gigantesca de energia através de seu corpo, sentindo a dor e a exaustão ameaçarem tomá-lo. Ele levantou sua katana, Ryūjin, e concentrou toda sua energia nela, criando um brilho azul intenso que rivalizava com a escuridão de Vorath.

A esfera de energia maligna explodiu, inundando o ambiente com uma luz cegante. No entanto, a energia de Soohyun cobriu Sayuri, Akira e Maki, protegendo-os do impacto. A explosão foi devastadora, mas a barreira de Soohyun permaneceu, um farol de luz em meio à escuridão.

Enquanto a poeira assentava e a luz diminuía, Soohyun caiu de joelhos, exausto. Sua visão estava turva, e ele sentia o corpo pesado, quase incapaz de se mover. Sayuri correu até ele, abraçando-o com força.

Sayuri: com lágrimas nos olhos Soohyun, você conseguiu... você nos salvou...

Maki e Akira aproximaram-se, suas expressões misturando alívio e admiração. Eles estavam vivos, todos eles, graças à determinação e ao sacrifício de Soohyun.

Parte 2: Ecos do passado

Sayuri, com os olhos marejados, olhava para a devastação ao seu redor. O ataque de Vorath tinha sido um lembrete brutal da fragilidade de suas vidas. Enquanto os outros discutiam estratégias e avaliavam os danos, Sayuri sentia uma opressiva melancolia tomando conta dela. A batalha havia desenterrado memórias antigas, profundas e dolorosas que ela havia tentado esquecer.

A mente de Sayuri viajava de volta a um dia fatídico em 2011, quando tinha apenas seis anos. Era um dia ensolarado, e seus pais, Masamune e Kaori Yoshida, tinham decidido levá-la ao cinema pela primeira vez. Ela se lembrava vividamente da empolgação e da inocente expectativa de uma criança prestes a viver uma nova experiência. O filme era um romance, e Sayuri ficou cativada pelas histórias de amor e aventura que desenrolavam na tela. Desde então, o romance se tornou um sonho para ela, uma fuga da realidade dura e, muitas vezes, cruel.

Quando a sessão acabou e os três saíram do cinema, a felicidade era palpável. Seus pais estavam radiantes, sorrindo com orgulho enquanto observavam a excitação nos olhos da filha. A alegria, no entanto, foi rapidamente substituída por terror. Um bandido armado abordou a família enquanto eles se dirigiam ao carro. Masamune, com sua típica determinação e bravura, recusou-se a entregar o carro. Kaori, preocupada com a segurança, tentou convencer o marido a ceder, mas sua tentativa foi em vão. O bandido, desesperado e agressivo, disparou contra Masamune, e o pai de Sayuri caiu no chão.

O grito desesperado de Kaori ecoava na mente de Sayuri. Ela se lembrou claramente de como a cena diante dela se tornou um borrão de lágrimas e gritos. A ambulância chegou a tempo, mas o pai não sobreviveu à ferida. A noite que se seguiu foi marcada por um luto profundo e um desespero avassalador. Kaori, em lágrimas, rezava pela vida do marido, mas o destino tinha outros planos. A morte de Masamune foi um golpe devastador para a pequena família, e Sayuri, com seus seis anos, chorou inconsolável durante toda a noite.

Os anos seguintes foram marcados por dificuldades e incertezas. Kaori, incapaz de lidar com o peso da perda e com as responsabilidades financeiras, foi forçada a se mudar de casa em casa, lutando para encontrar estabilidade. Sayuri, com o coração partido, tentava manter a esperança viva, apesar da turbulência de sua vida. Ela se esforçou para ser uma filha responsável, tentando aliviar a carga de sua mãe ao máximo. O desempenho acadêmico se tornou uma válvula de escape, uma maneira de buscar algum propósito e trazer um pouco de alívio para sua mãe.

Em 2023, Sayuri ingressou na Universidade de Kiyomizu, ansiosa para começar um novo capítulo em sua vida. Foi nesse ambiente que ela conheceu Maki Sakurazawa, uma jovem carismática e extrovertida. Maki rapidamente se tornou sua melhor amiga, oferecendo-lhe uma companhia e uma fonte de alegria que Sayuri tanto precisava. As risadas e os momentos compartilhados com Maki foram um bálsamo para a dor persistente que Sayuri carregava.

No meio do ano, Maki reencontrou um velho amigo de infância, Akira Ishigami. O encontro deles foi inesperado e trouxe uma nova dinâmica para o grupo. Akira, com seu charme e personalidade amigável, rapidamente se integrou à amizade de Sayuri e Maki. Com o tempo, Maki e Akira começaram a namorar, e Sayuri se viu afastada, observando a felicidade do casal enquanto lutava para lidar com seu próprio ressentimento e saudade.

Foi então que Maki decidiu fazer uma festa em sua casa para reunir todos os amigos da universidade, incluindo Akira e Sayuri. A ideia era criar uma oportunidade para que Sayuri e Akira se conhecessem melhor e para restaurar um pouco da antiga amizade entre Maki e Sayuri. Sayuri aceitou o convite, embora com um misto de entusiasmo e ansiedade. A festa, marcada para uma noite de verão, prometia ser um evento agradável e descontraído.

Naquela noite, a casa de Maki estava iluminada com luzes coloridas e cheia de música alegre. A atmosfera era animada, e os convidados se divertiam com comida, bebida e conversas animadas. Sayuri chegou um pouco antes do horário combinado, com um vestido simples mas elegante que combinava com o clima festivo. Maki a recebeu com um abraço caloroso e um sorriso brilhante.

Maki: "Sayuri! Finalmente você chegou! Estava ansiosa para te ver!"

Sayuri: "Desculpe pelo atraso. A casa está incrível. Obrigada por me convidar."

Maki: "Você não precisa se desculpar. Vamos aproveitar a noite!"

Enquanto a festa avançava, Sayuri observava o ambiente com um sorriso forçado. Ela se esforçava para se divertir, mas a saudade e a dor do passado estavam sempre presentes. Ela viu Maki e Akira conversando animadamente com os outros convidados, e não pôde deixar de sentir uma pontada de solidão. Maki percebeu o estado de Sayuri e se aproximou dela, tentando reverter a situação.

Maki: "Ei, Sayuri, você está bem? Parece um pouco distante."

Sayuri: "Estou apenas um pouco cansada. A festa está maravilhosa, Maki."

Maki: "Eu sei que as coisas não têm sido fáceis para você ultimamente. Quero que saiba que estou aqui para você, sempre."

Sayuri: "Eu sei. Agradeço muito por isso."

O diálogo entre as duas era carregado de uma tensão não dita. Havia uma mistura de sentimentos de saudade e desconforto que pairava entre elas. Apesar de sua tentativa de se alegrar, Sayuri não podia ignorar o vazio que sentia, especialmente enquanto observava a amizade de Maki e Akira florescer.

A noite avançava, e a festa estava em pleno andamento. Sayuri encontrou um canto mais tranquilo da casa, afastando-se da agitação. Maki a seguiu pouco depois, percebendo que sua amiga precisava de um momento de descanso.

Maki: "Sayuri, você quer falar sobre o que está sentindo?"

Sayuri: "Não quero te incomodar com meus problemas. Só estou um pouco sobrecarregada."

Maki: "Você nunca me incomoda. Sabe que pode falar sobre qualquer coisa comigo."

Sayuri olhou para Maki, vendo a sinceridade em seus olhos. A pressão emocional que havia carregado por tanto tempo parecia quase insuportável. Ela decidiu compartilhar um pouco de sua dor.

Sayuri: "Eu... às vezes, me sinto como se estivesse presa no passado. A perda do meu pai ainda pesa muito em mim. E, mesmo com toda a ajuda de você e dos outros, há momentos em que sinto que não consigo seguir em frente."

Maki: "Eu entendo, Sayuri. A dor nunca desaparece completamente, mas com o tempo, aprendemos a lidar com ela. Você é uma pessoa forte e merece ser feliz."

Sayuri: "Obrigada, Maki. Suas palavras significam muito para mim."

O conforto e o apoio de Maki foram um alívio temporário para Sayuri, mas ela sabia que ainda havia um longo caminho pela frente. A batalha com Vorath tinha trazido de volta muitas memórias dolorosas, mas também lhe mostrara a importância de lutar por aqueles que amava. A experiência a fez refletir sobre o que realmente importava em sua vida.

Enquanto a festa continuava, Sayuri se sentia mais conectada com seus amigos do que havia estado em muito tempo. Maki e Akira, com seu amor e apoio, ajudaram-na a lembrar que, apesar das dificuldades e das cicatrizes do passado, ainda havia esperança e amizade a serem valorizadas.

O capítulo estava pronto para se desenrolar, e com cada passo que Sayuri dava, ela se aproximava de encontrar uma nova força interior. Com o tempo, ela começaria a entender que, mesmo em meio à dor, a vida continuava a oferecer oportunidades para crescimento e renovação. E, enquanto olhava para seus amigos ao seu redor, Sayuri sentia que, apesar dos desafios, não estava sozinha em sua jornada.

Parte 3: Entretanto, ainda havia esperança

A batalha com Vorath havia revelado a força de Soohyun, mas também trouxe à tona as feridas emocionais de Sayuri. Enquanto seus amigos tentavam encontrar algum consolo na vitória, Sayuri sentia a necessidade de processar não apenas o trauma recente, mas também as memórias dolorosas de seu passado.

A devastação ao redor parecia um espelho sombrio de suas próprias lutas internas. Cada pedregulho, cada parede caída era um reflexo da fragilidade da vida e da força necessária para superá-la. Sayuri caminhava entre os destroços, tentando encontrar um sentido na destruição. A dor de perder seu pai e a luta constante para manter sua vida em equilíbrio pareciam se sobrepor à cena de vitória que seus amigos celebravam.

Em meio ao caos, Soohyun, ainda exausto, foi se deitar contra um pedaço de parede intacta. Sua mente estava repleta de pensamentos conflitantes: alívio pela vitória, mas também a tristeza pelo custo que teve para alcançá-la. Ele olhou para Sayuri, vendo a angústia em seus olhos, e sentiu um impulso de consolá-la.

Sayuri finalmente se aproximou dele, suas pernas tremendo, mas seus olhos resolutos. Quando Soohyun a viu, sua expressão de dor se suavizou ligeiramente. Ele a puxou para um abraço silencioso, sua presença uma âncora em meio à tormenta emocional.

Soohyun: Desculpe por tudo isso, Sayuri. Se eu pudesse ter evitado...

Sayuri: Não. Você fez o que era necessário. Eu... eu só preciso de um tempo para processar tudo isso.

Soohyun assentiu, compreendendo a necessidade dela de lidar com a dor à sua maneira. Ele sabia que a batalha não havia terminado apenas com a derrota de Vorath; havia um trabalho interno que cada um precisava enfrentar para verdadeiramente superar os desafios.

Enquanto isso, Maki e Akira estavam ocupados ajudando os feridos e organizando os sobreviventes. O esforço de todos para reconstruir e cuidar dos necessitados fez com que a atmosfera de derrota começasse a se transformar em um sentimento de resiliência e esperança. Maki, particularmente, se dedicava a oferecer apoio, suas palavras encorajadoras e ações práticas ajudavam a levantar o moral dos presentes.

O sol começou a surgir no horizonte, espalhando um brilho dourado sobre a devastação. A luz do amanhecer parecia trazer uma nova perspectiva para todos. As sombras da noite se dissipavam, dando lugar à luz de um novo dia, que simbolizava um começo, uma nova chance.

Durante as horas seguintes, enquanto os feridos eram cuidados e a área começava a ser limpa, Sayuri teve a chance de se sentar e refletir. Conversas tranquilizadoras com Maki e Akira, além de momentos de solidão tranquila, ajudaram-na a encontrar algum grau de paz. Ela compreendeu que a batalha contra Vorath não era apenas uma luta física, mas também uma prova de sua força interior e capacidade de se levantar após as adversidades.

Soohyun, ao ver a determinação renovada em Sayuri, sentiu-se encorajado. A experiência compartilhada e a jornada emocional que enfrentaram juntos tornaram a conexão entre eles ainda mais profunda. Ele sabia que, apesar das dificuldades à frente, eles estavam mais fortes e mais unidos como um grupo.

No final do dia, enquanto as últimas luzes da tarde iluminavam o céu, os amigos se reuniram para um momento de calma e reflexão. Sayuri, Soohyun, Maki e Akira estavam lado a lado, observando a nova luz do dia. Apesar das cicatrizes e da dor, havia uma sensação de renovação e esperança para o futuro.

O caminho à frente seria longo e cheio de desafios, mas, com a força e o apoio uns dos outros, eles estavam prontos para enfrentar o que viesse. A batalha com Vorath havia sido apenas um dos muitos testes que ainda enfrentariam, mas a verdadeira vitória seria encontrar a paz interior e a coragem para seguir em frente, juntos.

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Fim do capítulo 7.

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