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Boatos

RETH

Reth avançou até que se postou sobre o lobo-homem, que se submeteu como deveria, baixando a cabeça e não fazendo contato visual. Mas suas mãos eram punhos, e ele não recuou quando Reth invadiu o seu espaço.

"Você foi ouvido, lobo," Reth rosnou, com sua voz se transformando numa grunhido. "Agora ouça-me: Eu acolho um desafio de qualquer homem desta cidade. Se você se acredita mais forte do que eu, mais inteligente, mais capaz de liderar, basta dizer a palavra e eu felizmente o encontrarei no círculo. Decidiremos a dominação da forma como a Anima sempre fez. Mas não pense em me minar através de mentiras e conspirações. Tenha muito cuidado ao semear dúvidas com sussurros, ou poderá descobrir que o chão sob seus pés está se esfacelando."

Lerrin não respondeu, apenas ficou parado, tenso. Suas narinas se alargaram com o cheiro exalando de Reth — a pura dominação, a agressão. Todos os homens na sala se agitaram com o fedor do desprazer do Rei e de sua certeza em si mesmo.

Quando Reth não continuou, Lerrin se curvou e finalmente deu um passo atrás. "Você foi ouvido e entendido," ele disse, rígido. Ele não desafiaria o Rei assim. Ele sabia quem era o homem mais forte.

A questão era se ele acreditava em si mesmo — e nos outros lobos — capaz de tomar o trono nos modos secretos descritos por Reth.

Reth não permitiria que ele saísse daqui sentindo-se seguro de seu caminho. Avançou novamente, com seu queixo sobre a cabeça do homem e estalou, "Não permita que a falha de Lucine derrube toda a alcateia, Lerrin. Você é mais inteligente que isso — e eu não sou tolo o bastante para não perceber como ela tentará buscar vingança.

"Se um único fio de cabelo da minha Rainha for danificado por um lobo, toda a alcateia pagará pela minha disciplina. Você entendeu?"

"Sim."

"Sim, o quê?"

"Sim, Majestade."

Reth expirou o ar pelo nariz — um insulto entre a Anima que implicava que o cheiro da pessoa era ofensivo. "Deixe este conselho e passe minha mensagem ao seu povo. Agora."

Lerrin se curvou novamente e girou sobre o calcanhar, conduzindo os outros dois lobos-machos para fora da sala.

Nenhum deles olhou para trás.

Reth permaneceu onde estava até que eles saíram pela porta e ela se fechou suavemente atrás deles. Então ele bufou o ar pelas narinas novamente.

Mas Behryn suspirou. "Não estou dizendo que não era necessário, mas… Eu temo aonde isso pode nos levar, Reth," disse ele baixinho.

Reth acenou com a cabeça, ainda encarando a porta. ""Você e eu, ambos. Alguém mais deseja questionar minha escolha de rainha? Precisamos discutir isso ainda mais?" Ele se virou para olhar cada homem individualmente na sala — as outras Tribos observaram quietas, sem se intrometerem. Mas seus cheiros diziam que alguns estavam com medo e outros, pensativos.

"Bem?" Reth os pressionou.

"Não é um desafio," Behryn disse cuidadosamente.

Reth levantou as sobrancelhas. "Mas?"

"Mas… o povo não tem certeza. Eles não deixaram de perceber a falta de… união entre vocês hoje. Você acha que vai demorar? Como você quer que nós expliquemos isso a eles, para parar os rumores?"

Reth estalou, sabendo que deveria estar grato — seu amigo levantou a questão para que os outros ouvissem a resposta em vez de sussurrar sobre isso por trás das mãos, mas mesmo assim o detestando. "Rumores de quê?"

"Algumas das mulheres dizem que ela deve ser estéril e deseja esconder isso. Outras dizem que ela é muito fraca — que não será capaz de carregar seu filho. Outros acham que há algo errado com a cabeça dela."

"Por causa de uma noite?"

"Porque nenhuma delas consegue imaginar em rejeitar o Rei," Behryn disse com um sorriso.

Reth bufou — em diversão desta vez. "Lembre-os de que ela não cresceu me conhecendo como Rei. Ela é… menos impressionada com minha posição do que eles poderiam ser. Dê tempo a ela. É só isso que é necessário."

Enquanto os homens acenavam com a cabeça e se encolhiam de ombros, e se relaxavam o suficiente para passar aos seus assuntos normais, Reth respirou fundo e rezou para que as palavras fossem verdadeiras.

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