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CAPÍTULO 11 – PLANTA INTERNA

Pulando sobre o topo dos prédios, Luna chegou ao que parecia ser seu principal destino. Se mantendo em cima do prédio mais próximo do lugar que pretendia entrar, apenas o observou por alguns segundos.

– "Então é esse o lugar." – Disse Luna, enquanto olhava interessada na estrutura do prédio

Ela lentamente desceu do prédio com um pulo, não tendo sofrido quase nenhum dano durante sua aterrissagem.

Seguindo em direção a escada da estrutura do prédio, ela escondeu sua presença, entrando sem preocupações no prédio.

Indo diretamente em direção a porta de entrada do prédio, ela apenas observou a estrutura externa, onde pôde ver o dano na mureta de pedra que provavelmente tinha sido causado por Mizu.

"Você é ridículo, Mizu." – Pensou Luna, antes de finalmente entrar no prédio.

Sua presença era nula em visão, porém, pesava no clima e no ambiente. Era como se houvesse alguém lá, porém, essa pessoa não podia ser vista.

Caminhando pelo corredor principal, ela olhava de forma cuidadosa para cada porta, onde não tinha visto nada atraente aos seus olhos até aquele momento.

As salas do primeiro corredor se resumiam em escritórios vazios de documentos e pessoas.

"Aqui é assustadoramente solitário." – Ela pensou, enquanto subia as escadas em direção ao segundo andar do prédio que tinha apenas três andares.

Cada novo andar era da mesma forma de estrutura do anterior, tendo um corredor reto ao centro e salas à direita e à esquerda do corredor principal.

Chegando ao segundo andar, Luna percebeu imediatamente o aumento do movimento que se tinha naquele corredor em relação ao corredor do andar de baixo.

Sua presença pesaria ainda mais naquela grande concentração de pessoas.

Todo o barulho do andar surgiu como algo totalmente novo aos ouvidos de Luna. Era um som que não podia ser ouvido no primeiro andar.

"Quanta tecnologia" – Comentou Luna em relação ao chão que segurava todo o som de um andar para o outro.

O corredor onde ela estava andando era aparentemente menor que o primeiro, provavelmente por conta das salas maiores, porém mantinha a fórmula da estrutura do andar anterior.

Haviam também mais pessoas naquele pequeno corredor, sendo a maioria delas, guardas reais fardados.

– "É extremamente engraçado, você não acha, Tymo?" – Um dos guardas que andava pelo corredor comentou em tom extremamente alto enquanto ria

– "Provavelmente não temos o mesmo senso de humor." – Respondendo de forma séria, o guarda tentava se desviar da conversa, porém, era seguido onde andava.

– "Você não tenta rir em momento nenhum, não é?"

– "Talvez nosso senso de humor seja diferente porque você não tem nenhuma obrigação para fazer." – O guarda que tentava sair da conversa, aumentou o tom de voz, espantando de vez o homem que tentava o fazer rir.

Retirando a farda que usava por cima da roupa normal, o guarda se transformou em um comum morador do país. Sua expressão também deixou de ser alegre e seu sorriso foi levado para fora junto do guarda totalmente rude que tinha descido as escadas.

– "Trabalhar aqui é um completo inferno." – Comentou o homem deixando de lado o resto do sorriso que lhe sobrava no rosto.

Tornando seu olhar fixo para o chão, andou em linha reta pelo corredor, indo em direção a escada.

Luna, que estava parada durante toda a conversa dos guardas, não percebeu que ele vinha em sua direção, o que causou um impacto entre eles.

– "Hurf" – Disse o homem, caindo para trás no chão do corredor.

Levantando a cabeça ainda estando no chão, percebeu que não havia nada à sua frente.

– "O que? Eu bati em nada?" – Com um tom de desconfiança, ele se levantou do chão e mudou a direção de seu passo, voltando a andar para o lado do final do corredor.

Agora de cabeça erguida, ele enxergava seu caminho enquanto andava pelo corredor em direção a sua sala, uma das últimas do corredor e a única que estava com a porta aberta.

Chegando até a porta de sua sala, ele se pôs em posição de desconfiança e lentamente olhou para dentro, virando a cabeça para todos os cantos do quarto.

– "Eu deixei a porta aberta. Ele só pode estar aqui." – O homem se pôs totalmente para dentro da sala, apertando na parte de trás da porta um botão vermelho pequeno.

Olhando novamente de forma cuidadosa para a sala, não viu nada fora do comum em nenhum canto.

Para ter total certeza, ele caminhou por toda a pequena sala de seu escritório enquanto procurava minuciosamente a presença de alguém que estivesse naquele mesmo ambiente.

Por fim, tendo andado por cada centímetro quadrado da sala, não viu nada mais que seu reflexo, que era visto através do espelho que estava ao lado da porta.

Parando para observar o espelho com calma, ele apenas podia ver seu próprio rosto, um rosto comum e de beleza média, acompanhado por seu cabelo preto totalmente curto como de um escoteiro.

Não havia nada demais em sua aparência e nem no ambiente, porém, ele já sabia não estar seguro naquele ambiente.

– "Pode entrar." – Ouvindo baterem na porta, imediatamente deixou que entrasse na sala.

– "Tudo bem, com licença."

Quem estava entrando na sala naquele momento era um dos guardas encarregados de buscar Mizu, sendo um dos três que tinham sobrado para a missão.

– "Por que você me chamou aqui?" – O guarda que tinha acabado de chegar questionou

– "O invasor está nessa sala." – Respondeu o homem, saindo lentamente da sala e fechando a porta.

O guarda que tinha ficado na sala estava praticamente tremendo, porém não tinha como escapar de sua missão. Era sua obrigação buscar o invador independente das circunstâncias.

Respirando fundo, engoliu a seco o que estava em sua garganta naquele momento.

– "Onde quer que você esteja, apareça!" – Tentando usar um tom de autoridade para disfarçar seu medo, falhou miseravelmente.

– "Eu estou aqui." – Disse a garota, surgindo em frente ao espelho que estava às costas do guarda.

Se virando rapidamente, ele se pôs em condição de batalha, empunhando em sua mão uma espada, da qual tinha pego debaixo da mesa da sala que estava à sua frente.

– "Você é observador, eu não tinha reparado nessa espada." – Comentou Luna, usando de um tom irônico.

– "Vocês não são capazes de ver nem mesmo que está claramente diante de seus olhos." – Retrucou o guarda, usando um tom extremamente rude.

– "Tentar me ofender é uma perda de tempo. Pessoas como eu não se importam com coisas do tipo." – Luna levantou um de seus braços, tomando total atenção para ele.

Em forma de defesa, o guarda resgatou de seu bolso um pequeno cristal branco, menor ainda do que os que todos que a garota já tinha visto em sua vida.

Era um fragmento do Cristal da Defesa, porém com menos de 2% de seu poder total.

Abaixando a mão, Luna desistiu da ação que pretendia tomar e recuou.

Ver aquele cristal tinha mudado todos os planos dela para aquela inevitável luta.

– "Todos vocês têm um desses?" – Luna comentou de forma irônica, provocando o jovem guarda em busca de uma resposta descuidada.

– "Na verdade é estranho para mim ter um cristal assim em mãos. Me disseram algo diferente sobre ele, foi uma real decepção." – O garoto manteve a conversa e ignorou o tom irônico, expressando sua verdadeiro sensação ao ter o Cristal do poder em mãos

– "Tudo bem, você provavelmente não está pronto para isso." – Luna disse, enquanto fez surgir de suas mãos unhas maiores do que o normal, se tornando praticamente garras.

– "Nós estudamos como escravos em condições severas para que estejamos sempre prontos." – O garoto levantou o pequeno Cristal em cima de sua própria cabeça, respondendo a pose que a garota tinha feito com as mãos.

Os olhos de Luna pouco a pouco tinham sua cor trocada. Todo o branco ao redor de sua pupila se tornava um tom leve de vermelho, o que mudava totalmente sua áurea.

– "Vamos nessa!"

O jovem guarda partiu em direção de Luna de forma rápida, usando sua espada para acerta-la com um primeiro golpe fatal na garganta.

Sua tentativa foi defendida pela forte mão da garota, que segurou diretamente a lâmina da espada, a lançando longe junto do corpo do guarda, que foi lançado devido ao impulso causado pela espada.

Caindo no chão e batendo as costas na parede, o garoto apenas pode sentir a presença maligna que surgia da garota se tornar mais forte e próxima de seu corpo.

Mesmo olhando para baixo e não podendo ver o que realmente estava acontecendo, ele não perdeu tempo e levantou sua mão que segurava o Cristal da Defesa.

– Modo de Defesa.

Vendo o cristal sumir de sua mão, foi coberto por um vento branco que o brindava totalmente.

Logo, ele sentiu o clima e a aura hostil diminuir ao seu redor.

Levantando a cabeça rapidamente, ele viu a garota pela última vez antes que ela sumisse com sua presença, abrindo a porta e saindo dali.

– "Que droga!" – Gritando para si mesmo ele saiu do modo de Defesa, tendo novamente o Cristal em forma física.

Sem perder tempo, ele fez surgir de seu cristal um escudo branco totalmente liso, o qual empunhou de forma firme e seguiu em direção a porta, a abrindo de forma cuidadosa.

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– "Isso não foi bom!" – Luna gritava enquanto limpava suas mãos sujas de sangue em sua roupa preta.

Naquele momento, ela não podia mais esconder sua presença com magia, porém, se escondeu de forma física em uma das salas que encontrou pelo caminho.

Não havia ninguém lá, nem mesmo um corpo. Todo aquele sangue que ela tinha em mãos era de seu próprio corpo, porém ela também não tinha nenhum ferimento aparente.

Suas garras tinham sumido e seus olhos tinham voltado a ser totalmente brancos, porém sua unha estava relativamente maior do que antes de crescerem de forma exagerada.

– "Eu não posso demorar tanto!" – Luna discutia com si própria sobre seu objetivo.

Sua força mágica tinha acabado após usar demais seu poder de esconder sua presença. Com isso, ela não tinha outra escolha a não ser descansar.

Mesmo em meio ao caos em que estava, ela podia manter sua cabeça focada em seu objetivo e sabia exatamente o próximo passo que teria a partir daquele momento.

– "Acho que já posso tentar de novo."

Luna se levantou de forma cuidadosa enquanto limpava o resto do sangue de suas mãos.

Ela ainda estava ofegante e aparentemente fraca, porém decidiu não perder mais tempo em sua missão, seguindo seu plano mesmo sem ter a totalidade de sua força.

Escondendo novamente sua presença, ela saiu da sala onde estava, indo em busca de alcançar o documento que procurava sem que precisasse lutar contra um usuário do cristal da Defesa.

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Do outro lado do grande país, intensos passos adentravam o grande prédio de cerca de 15 andares. Não era exatamente como correr, mas sim, como andar rápido. Esse era o ritmo no qual Mizu entrou no prédio de pesquisas.

Após pular por diversos prédios enquanto sentia seu corpo fraco, ele não podia nem mesmo imaginar ter um ritmo diferente naquele momento.

Aquilo era o suficiente para que ele pudesse adentrar o prédio sem que chamasse toda a atenção das pessoas para sua presença.

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