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Capítulo 71 de 5 - Como amo elas!

Com a chegada de sua esposa, Miguel a pegou pela cintura e a aproximou de seu corpo. Camion observou a situação com um leve sorriso no rosto e sentia que aquele adversário valeria a pena.

Não posso lutar de frente. Qualquer ataque seu provavelmente me mataria, assim como os outros soldados. Ele matou todos em questão de segundos. Preciso ganhar tempo até ajuda chegar.

— Que foi humano, não atacará?

Ele olhou profundamente nos olhos de sua esposa e deixava que seu olhar deslizasse lentamente até os lábios dela. Kritina compreendeu o desejo silencioso em seus olhos. Ela se inclinou ligeiramente para ele, permitindo que suas bocas se encontrassem. 

Com um beijo ardente e apaixonado, ele a puxou para mais perto e sugou seus lábios com intensidade. Ele explorou cada canto da boca dela, envolvendo-a completamente em seu abraço, como se quisesse absorver cada pedaço de sua essência. E ele a absorveu completamente com sua boca e a engoliu.

— Estou pronto. Vamos continuar.

— Sinto que os seus músculos ficaram mais volumosos. Interessante!

Miguel colocou as mãos no chão e espalhou sangue por todo o lugar. Tudo ficou molhado, e ele começou a deslizar pelo chão ensanguentado, como se estivesse surfando. Camion, com os pés molhados de sangue, não se importou muito. Ele observava seu inimigo rodando ao redor dele, atento a cada movimento.

— Cristal de sangue!

Miguel lançou vários cristais de sua mão na direção do seu alvo. No entanto, Camion nem sequer reagiu ao ataque e sofreu o impacto sem se mover. Os cristais não tiveram efeito algum sobre ele, e ele permaneceu inabalável, observando Miguel com uma expressão impassível.

— Isso é tudo?

— Cristal de sangue! — o cristal começou a girar rapidamente, em alta velocidade. — Perfurante!

O ataque atingiu em cheio o rosto, mas ele pegou os cristais com a boca e os mordeu, despedaçando-os. Em seguida, mastigou os fragmentos e os engoliu, demonstrando uma força e resistência impressionantes.

— Tem gosto de sangue. Tipico.

Nem isso funcionou.

Miguel pegou sua espada e a imbuía com aura e sangue. Em seguida, deslizou rapidamente em direção ao demônio, pronto para o ataque.

— Uma aproximação? Que tolo!

Camion se preparou para defender a espada com o braço, mas ficou preso no sangue que cobria o chão, o qual se solidificou rapidamente ao percorrer seu corpo naquele instante. Miguel não desperdiçou tempo e atingiu-o em cheio no pescoço com um golpe certeiro.

— Essa eu senti.

Percebendo que seu ataque não surtiu efeito, tentou se afastar, mas Camion agarrou sua espada e rapidamente tentou agarrá-lo. No entanto, Miguel conseguiu desviar a tempo e se afastar, evitando o contato.

— Parabéns. Pude sentir seus músculos. Foste melhor do que a minha última presa — disse enquanto, com um movimento firme e preciso, partia a espada em pedaços, os fragmentos caindo ao chão com um som metálico.

— Agradeço, mas não preciso de sua aceitação.

— Não estou te aceitando. Só aceito os que me forçam a usar o meu shape.

Miguel decidiu mudar de tática e formou uma bolha de sangue em suas mãos e lançava-a na direção do inimigo. Mas como de costume, Camion não viu motivo para se esquivar.

— De novo esse gosto de sangue? Me molhar não mudará o resultado.

— Tem certeza? Eu não diria isso se fosse você.

Ele continuou lançando mais bolhas de sangue, cada vez mais determinado.

— Pronto. Mas antes de dar um fim nisso, posso perguntar algo?

— Diga.

— És um mestiço?

— Não.

— Que pena.

Camion ouviu isso com uma mistura de desconforto e desdém. As palavras dele pareciam ecoar ao seu redor, deixando-o com uma sensação de ser comparado a seres falíveis e subordinados. Uma pontada de irritação se misturou à sua expressão, enquanto ele processava a implicação do que Miguel insinuava.

— Cansei de brincar com você. Hora de morrer!

— Digo o mesmo!

Os dois avançaram um na direção do outro, cada movimento impulsionado pela intensidade do confronto iminente. Camion corria com passos firmes pelo poço de sangue espalhado pelo chão enquanto as sombras do seu corpo se intensificavam. Enquanto isso, Miguel aproveitava a superfície escorregadia do sangue para deslizar com agilidade, e mantinha os sentidos aguçados para qualquer movimento de seu adversário.

A distância entre eles diminuía rapidamente, até que estavam a menos de meio metro de distância um do outro. Nesse instante crucial, o demônio lançou seu primeiro golpe: um soco poderoso direcionado ao rosto de Miguel. O punho se moveu com precisão, mas o golpe passou por cima e falhando por pouco.

— Quê?!

No entanto, Miguel não havia se esquivado. Desde o início, ele tinha um plano claro em mente sobre como a batalha iria se desenrolar. Reconhecia a força inimiga, mas também percebia sua abordagem direta e menos estratégica no combate.

Com essa percepção em mente, ele esperou o momento certo para agir. Antes que o golpe o atingisse, ele manipulou o sangue no solo e fez com que o seu alvo escorregasse para trás inesperadamente. Desestabilizado, o demônio tombou no chão.

Miguel viu a oportunidade e rapidamente se aproximou, tocando suas mãos no peito dele. Olhou nos olhos de seu adversário caído, pronto para completar sua declaração:

— Xeque-mate!

Enquanto dizia isso, Miguel recuou rapidamente, e o corpo de Camion começou a se cristalizar de dentro para fora. O processo foi rápido e implacável, transformando o oponente em uma estátua de cristal que refletia a luz ao redor. Ao mesmo tempo, o sangue começou a jorrar pelo chão, marcando o fim da batalha com uma cena macabra e impactante.

— Isso foi arriscado. Se eu usasse isso longe de você, provavelmente não ia funcionar tão bem. Adeus, demônio cujo nome desconheço.

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Enquanto isso, no quartel, a situação não progredia conforme o esperado. Uma grande parte dos soldados havia perecido em combate. Ui estava ferida, e Mito mostrava sinais de exaustão. O comandante Zefis, no entanto, ainda demonstrava vigor e enfrentava os demônios incansavelmente.

Os demônios individuais não eram imbatíveis, mas o problema residia na estratégia coordenada liderada por um demônio chamado Karma. Utilizando sua habilidade de sombra, ele aparecia de maneira inesperada e lançava ataques surpresa. 

Ninguém compreendia completamente como ele realizava esses movimentos, mas sempre que parecia que as forças humanas ganhava terreno, ele surgia para ceifar soldados que relaxavam a guarda ou estavam fatigados.

A tática dele era cruelmente eficaz: ele aproveitava cada momento de vulnerabilidade. Se um soldado conseguisse abater um demônio, era frequentemente nesse instante que Karma aparecia para explorar a distração e finalizar o ataque, aumentando o medo e a hesitação entre as fileiras dos soldados.

— Se continuar assim, vamos perder… — disse Ui com voz trêmula.

— Não diga isso. Ainda podemos vencer — respondeu Mito.

— Mas ainda assim… Mito, aquela habilidade. Ainda não consegues usar?

— Eu já disse, não tenho memórias de saber usar as habilidades do Saymon.

— Isso é um problema.

— Rendam-se de uma vez, humanos inferiores! Vocês não têm chance de vitória! — declarou Karma.

Os soldados já estavam desanimados diante da constante interferência do inimigo na batalha, conscientes de que o fim poderia estar próximo. No entanto, em um extremo do quartel, ouviam-se gritos de encorajamento dirigidos ao "Comandante com louvor", acompanhados pela visão de vários demônios sendo cortados por uma lâmina de fogo.

À medida que os soldados testemunhavam essa cena, começaram a sentir renovada esperança. Aquela figura irradiando um brilho vermelho era familiar para todos ali.

— Lutem soldados! Estou aqui!

Disse ela, e os poucos soldados restantes, não mais que uma dúzia, responderam com um grito de louvor, renovando sua determinação na luta.

Aquela mulher, aproximando-se cada vez mais de Karma, saltou na direção dele e brandiu sua espada de fogo. Com um golpe certeiro, ela atacou com uma estocada precisa. No entanto, Karma, esquivou-se para o lado.

Sem perder tempo, ela tentou atacar novamente com um corte rápido, mas ele desapareceu e reapareceu em outro lugar. Os soldados alertaram sobre sua nova posição, mas antes mesmo de gritarem, Carmine já sabia onde ele estaria e avançou para atacá-lo novamente, mas de novo ele esquivou.

— Que estranho. Consigo saber exatamente onde vais parar — disse, enquanto descansava a espada em seus ombros.

Karma, que havia se esquivado novamente dos ataques de Carmine, olhou para ela com um olhar de desprezo e protestou:

— Esses descendentes do orgulho!

— Orgulho? Não importa. Estou aqui para te matar!

Ela persistiu em seus ataques enquanto o seu alvo continuava a evadir-se habilmente. Enquanto isso, os soldados aproveitavam a oportunidade para eliminar os demônios restantes.

— Sou o comandante agora, mas fui colocado de lado — disse Zefis, com um sorriso de insatisfação.

— Ignore, Comandante. Não dá para se comparar com aquela mulher — disse Zetiel.

— Eu sei.

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Enquanto isso, no escritório de Castiel, Nana relatava os acontecimentos que estavam ocorrendo na cidade.

— Entendo. As coisas estão piores do que imaginei. Logo os três portões foram invadidos.

— Sim.

— E onde está Max?

— Ele disse algo sobre ir ao ferreiro buscar alguma coisa. Não sei dizer o que era.

— Ferreiro é… talvez eu saiba o que era. 

— E o que seria, senhor Castiel?

— Senta aqui e eu digo — disse, sugerindo que ela se sentasse em seu colo.

Degenerado, mesmo casado, não mudou a sua forma de viver. Nojento!

— Não quer?

— Não.

— Que pena… Nita.

— Sim, mestre.

— Chame aquelas mulheres da amamentação para virem aqui imediatamente.

— Sim, mestre.

— Logo nessa crise, e elas decidem não fazer nada.

Nita foi ao chamado delas, no entanto, não achou a ex chefe e sua guarda. As únicas presentes, eram as irmãs. Nita as dirigiu até o líder.

— Vejam se não são as irmãs. Sentam aqui — disse, enquanto ordenava que elas se sentassem em seu colo.

— O que queres, mestre? — Nina disse, enquanto encostava a cabeça no ombro de Castiel.

— Mestre! Mestre! — declarou Nena.

Diferente das outras vezes, essas irmãs já estavam completamente subjugadas e encantadas pelo líder.

— Tenho uma missão para vocês. Vá ao seu clã e ajude Kata.

— Sim, mestre.

— Sim, sim.

— Isso, como recompensa, vou fazer o que quiserem.

Ouvindo isso, elas se empolgaram, pularam do colo de Castiel e começaram a correr em direção ao clã Zura.

— Como amo elas! — disse o líder com os olhos ligeiramente incomuns e um sorriso perverso, enquanto olhava para as gêmeas.

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