Princesa Shahnaz POV:
— Chegou tarde demais, Princesa, sua protetora é uma assassina e acaba de ser presa pelo general. – Atefeh diz e sorri.
— Alguém me explica o que essa cobra está dizendo? – peço e vejo Dara e muitas mulheres chorando, tento procurar quem está faltando no harém.
— É Jaleh quem procura, Alteza, a assassina.
— Não pode ser! – digo revoltada e Dara toca em meus pés.
— Eu implorei para o general não a levar, disse que Jaleh é uma boa mulher e que não faz mal a ninguém, mas encontraram o veneno no baú dela. – Dara diz.
— Ela deve estar apavorada sozinha naquele lugar sujo. – Arzu diz. — Jaleh não vai ficar presa, eu não vou permitir. – digo.
— Não só vai ficar presa como já foi acusada e será julgada pelo assassinato, Alteza. – Azar diz.
— Não me chamo Shahnaz, se não a libertar! – digo e saio do harém.
Noto que a lua está alta quando decido ir ao cárcere para ver Jaleh, visto a minha capa com capuz e sigo discretamente.
— Princesa, o que deseja aqui tão tarde? – o carcereiro pergunta.
— Saber o andamento do cárcere e dos prisioneiros. – digo.
— Como deve ser, sem regalias. Todos aguardando seu julgamento e a morte. – ele diz.
— Exijo falar com a prisioneira Jaleh. – dou a ordem e o carcereiro obedece imediatamente.
Então a porta do cárcere é aberta e um odor fétido se espalha no ar.
— Eu sou inocente! Fui injustiçada, Princesa. – Jaleh diz ao me ver. — Eu sei disso e estou aqui para te ajudar, mas como faremos isso? – faço uma pergunta retórica, dou alguns passos e observo o cubículo onde ela está jogada.
— Por favor me tire daqui, não sei nada sobre o assassinato. – Jaleh diz.
— Como pode me dizer isso se o veneno foi encontrado em seus objetos? – pergunto.
— Alguém o colocou lá, mas não sei como ou qual sua motivação. A única coisa que sei é que não tenho o interesse de matar os nobres. – Jaleh diz.
Pense comigo, sem dúvida há um interesse e motivação ou pelo menos todos dirão que existe, afinal você é mãe do segundo herdeiro do Imperador... – começo a dizer e ela se assusta.
— Princesa, eu jamais mataria alguém para que meu filho pudesse ascender a uma posição de destaque na corte ou no exército, mesmo por vingança em alguma negativa. – Jaleh afirma.
— Eu conheço seu caráter, mas estou lhe dizendo o que todos dirão em seu julgamento! Ninguém há de acreditar em suas boas intenções e fé, mas nas provas e testemunhos, nada temos que prove sua lealdade para com o Imperador e império, senão nossas palavras. – lamento ao dizer.
— Então estou condenada à morte? Não há esperança para mim? – Jaleh pergunta.
— Vim para dizer que vou lutar até o último momento por você. Conte comigo. – digo.
Nos despedimos com abraços e choro, limpo suas lágrimas e subo a escadaria, vou para a minha alcova e passo uma noite insone, apenas pensando no que vou fazer para resolver essa situação.
Tão logo amanhece, minhas damas adentram minha alcova, preparam meu banho, me arrumam com um vestido lilás e branco, acinturado, bordados e de mangas longas, trançam meus cabelos e colocam o véu da mesma cor sobre eles, coloco o colar, brincos, anéis, pulseiras e coroa, sapatilhas e logo estou pronta para ir ao salão do banquete.
Encontro com os Imperadores, família e os nobres, nos alimentamos em silêncio e assim que terminamos, somos convocados para ir à sala do trono, enquanto as demais mulheres seguem para seus afazeres.
Todos reverenciam o Imperador, que está assentado em seu trono, comigo à sua esquerda e a Imperatriz à sua destra, em seguida inquire o general Jahangir a respeito de sua investigação sobre o assassinato de Sinbad.
— Majestade, segui suas ordens e exigências e investiguei todos os que estiveram na sala do trono na noite passada, procurando por testemunhos encontrei alguns suspeitos, mas ao procurar indícios do crime achamos a verdadeira culpada com uma amostra do veneno utilizado em seus objetos, mais precisamente em seu baú. Agora temos ambos os culpados sob a nossa vigilância no cárcere, a mandante do assassinato e o servo que entregou a taça nas mãos de Babak, ambos aguardam o seu julgamento. – general Jahangir Azimi diz.
— Quem ousou trair o império atentando contra a vida de um conselheiro do Imperador?
Sua segunda esposa, Jaleh, Majestade. – quando o general Jahangir pronuncia essas palavras, sinto doer em mim.
— Quero que mande trazer Jaleh diante de mim e de toda a corte agora mesmo para que seja realizado o seu julgamento. – o Imperador ordena e o general faz um sinal para seus soldados.
— Esperem! – peço e eles detém a caminhada, todos olham para mim.
— Rogo que Vossa Majestade adie o julgamento de Jaleh. – peço.
— Qual interesse há nessa petição, Princesa Shahnaz? – o Imperador questiona.
— Todo julgado tem direito a defesa de um nobre, eu defenderei Jaleh e preciso me preparar. – digo e todos se surpreendem.
— É justa sua petição, mesmo que considere vã e tola. Está adiado o julgamento por dois dias. – Shahanshah diz e eu agradeço.
— General, traga o servo Manu para seu julgamento que deverá ser agora e diante de toda a corte, se não houver contestação. – o Imperador diz e ninguém se manifesta.
Em pouco tempo o servo vem diante de nós com roupas imundas e coberto de sangue seco, inchado, parecendo que foi muito castigado pelo carrasco no cárcere, sendo arrastado e lançado no meio da sala do trono como um lixo, caindo de joelhos diante do Imperador em silêncio.
— Que tem a dizer sobre a noite do assassinato? – o general pergunta.
— Que garantias eu tenho de que não serei morto? – o servo Manu pergunta.
— Alta traição ao Imperador é morte imediata. – general diz.
— Mas pode ser que sua família não esteja em segurança... – Omid sugere.
— Não, eu conto tudo o que sei, mas deixem a minha família viver. – Manu diz.
— Que eu estava... – ele levanta o olhar e parece buscar alguém pela sala — Próximo do harém e a uma das esposas do Imperador me deu moedas e entregou um frasco dizendo que eu devia fazer algo no momento certo, mas que por enquanto devia esconder na minha roupa.
— Quem era essa esposa? – o Imperador questiona.
— Eu não sabia quem era até ouvir seu nome durante a conversa com os nobres naquela noite, Senhora Jaleh. – Manu diz.
— Conte sobre o crime. – general exige.
Senhora Jaleh se aproximou e disse para eu despejar o conteúdo do frasco em uma taça e entregar nas mãos de Babak, apenas ele deveria beber, mais ninguém. E foi o que fiz, mas não imaginava que o nobre tomaria aquela atitude. Ganhei muitas moedas! – o servo Manu diz.
— Esse está condenado. – Ahriman diz.
— Insolente! Por teu crime, eu o condeno à morte por enforcamento. General, execute a sentença imediatamente.
— Não! Socorro! – o servo grita, enquanto é levado pelos soldados ao local da execução.
Não houve quem defendesse o servo, mesmo porque suas palavras foram tão diretas e certeiras que não havia o que falar em sua defesa.
Mas preciso evitar que o mesmo aconteça com Jaleh, o tempo urge e preciso correr para encontrar provas que a liberte.
Primeiro precisamos assistir à execução do servo, todos nos sentamos para ver o espetáculo de horror, que felizmente dura nada mais do que alguns momentos, então posso voltar à minha investigação, ou melhor, iniciar.
— Por que está tão apressada, Alteza? Que estás fazendo? – o general pergunta.
— Corrigindo o seu trabalho, general. Agora me dê licença. – digo com desprezo.
— Desde quando estamos em lados opostos? – ele pergunta surpreso.
— Desde quando recebo desconfiança em troca de lealdade. – digo magoada.
— Deixe-me explicar... – ele pede e eu aceito.
Seguimos para seu gabinete por um instante para ter alguma privacidade.
— Eu preciso separar Jahangir e o General, senão enlouqueço, pelo menos desde os acontecimentos com o Senhor Saeed Khani, onde fui obrigado a investigar a minha prometida para ter que dizer ao Imperador que sua filha era a verdadeira culpada por tudo... O que eu iria fazer? Estive quase a ponto de assumir que tinha feito cada uma daquelas coisas apenas para livrá-la de sua fúria, mas você foi até lá quando eu ia... E agora com o assassinato, as testemunhas disseram que você era uma das que estavam perto das taças e a única que não tinha sequer uma pessoa com quem estivesse perto ou conversando, estava livre no meio da sala, sem nada ou ninguém que a protegesse, abrindo margem para que todas as suspeitas recaíssem sobre você. Nunca acreditei em sua culpa, mas nunca permitirei que nada suceda a você e a defenderei até a minha morte. – Jahangir diz.
— Você foi revistar a minha alcova para ter essa certeza. – digo.
— Sim, eu sucumbi diante do desespero, suplico que me perdoe. – o general pede.
— Eu mataria inimigos, mas abertamente, general, não à traição, me surpreende que não conheça meus métodos. – digo e vou virando as costas. — Princesa Shahnaz, não me deixe sem seu perdão, suplico. – Jahangir pede.
— Nunca se sabe verdadeiramente o que é amar sem experimentar sacrifício. – digo e ele baixa o olhar.
— Tenho algo importante a resolver e diz respeito à você. – digo.
— Em que posso ajudar? – Jahangir diz e me observa.
— Jaleh é inocente e eu quero provar isso no julgamento, não sei se vou conseguir provar que alguém colocou o veneno em sua alcova, mas alguma prova hei de conseguir para inocentá-la, quero que me ajude nisso. – digo e ele aceita.
Começo vasculhando com as minhas damas o harém, faço Dara me ajudar e procuramos em todas as cabines, alcovas e cada pequeno espaço por qualquer vestígio por menor que seja de veneno, pergaminho ou qualquer coisa semelhante que tenha algum significado para a investigação.
Encontramos tantos itens perdidos! Joias, perfumes, coisas pequenas que se perdem entre as almofadas e pequenos espaços, mas nada que seja efetivamente relevante, perco todo um dia para absolutamente nada.
Volto para a minha alcova e tento dormir, pensando no que devo fazer amanhã, afinal é a minha última chance de conquistar a liberdade de Jaleh.
Desperto ao amanhecer, minhas damas adentram a minha alcova e preparam o meu banho, me arrumam e vestem com o vestido rosa e branco, acinturado, bordado, coloco as pulseiras, anéis, brincos, colar, coroa e sapatilhas, meus cabelos são trançados e ficam sob o véu da mesma cor do vestido. Sigo para o salão do banquete.
Desfrutamos da boa refeição e companhia, assim que terminamos, o Imperador segue para a caça com seus nobres e o Príncipe Mirza, as mulheres vão para um passeio no jardim.
Converso com o general Jahangir, que diz que as alcovas dos nobres foram revistadas, não me importo e vasculhamos mais uma vez em buscade vestígios, mas também comunicações entre eles e nada encontramos, mais uma boa parte do dia perdida em vão.
Acabo de ter uma lembrança!
— Devemos revistar os aposentos de Sinbad imediatamente. – digo e ele se surpreende.
Adentramos e começamos a procurar em cada canto da alcova por qualquer coisa que seja diferente e que nos chame atenção, encontramos armas, que é estranho para um nobre, começamos a mexer em um baú e vemos muitas moedas de ouro, prata e bronze, mostrando que realmente estava muito rico.
Em uma mesa muitos pergaminhos, pena e tinta, parece que estava pronto para responder uma mensagem ou enviado há pouco tempo.
— Já anoiteceu, melhor você voltar para sua alcova, não vamos encontrar mais nada aqui. – Jahangir diz.
— Veja isso. – digo, sorrio e lhe entrego um pergaminho.
— Tem mais? – Jahangir pergunta.
— Sim, pelo menos mais três, só não cita nomes, infelizmente. – digo.
— Claramente são homens. Isso significa que a Senhora Jaleh está livre. – Jahangir diz.
— Conseguimos! – digo e sorrio.
Guardamos depressa os pergaminhos e saímos da alcova de Sinbad, agradeço e nos despedimos, seguimos para os nossos aposentos.
Finalmente consigo descansar tranquilamente essa noite, certa de fazer um bom trabalho.
Desperto com o som dos pássaros e sorrio, as damas adentram a minha alcova e preparam meu banho, entro na tina e relaxo na água quente, saio e me enxugo, Pari pega meu vestido verde e branco, acinturado e bordado, Zena penteia meus cabelos e os deixa solto sob o véu da mesma cor, calço as sapatilhas, coloco as joias e a coroa e sigo para o salão do banquete.
Todos estão presentes, desfrutamos da refeição em silêncio e seguimos para a sala do trono, enquanto as demais mulheres vão ao harém para se refrescar, afinal o dia está quente.
Assim que adentramos a sala do trono, o Imperador assenta em seu trono, permaneço em pé à esquerda e Vasthi sentada à sua destra, todos vão sendo anunciados e vão entrando e reverenciando os Imperadores.
Tragam Jaleh à sala do trono para seu julgamento, general. – o Imperador diz e Jahangir faz um gesto, os soldados imediatamente atendem sua ordem.
Em pouco tempo vem a mulher com roupas sujas arrastada como uma qualquer e sendo lançada no meio da sala do trono como um traste qualquer, caindo de joelhos diante do Imperador e suplicando pela própria vida.
— Fui injustiçada, sou inocente. – parece ser tudo o que ela sabe dizer.
General Jahangir Azimi entrega o frasco de veneno nas mãos do Imperador, que o analisa minuciosamente, levanta do trono e com fúria pega no queixo de sua esposa Jaleh.
— Então me diga o porquê esse frasco foi aparecer em seus objetos se é inocente. – Shahanshah exige, mas ela não sabe dizer.
— Está calada porque é culpada. – Ahriman diz.
— Diga o que aconteceu na noite do assassinato. – o general exige.
— Eu me arrumei no harém junto com todas as esposas e Senhoras, caminhamos juntas para a sala do trono, então conversamos e bebemos vinho com as consortes dos Sirdares e dos nobres da corte, com as esposas dos comerciantes, apenas isso. Então sucedeu o assassinato. – Jaleh diz.
— Mentirosa! Conte a eles que mandou o servo colocar veneno na bebida de Babak! – Omid diz.
— Jaleh afirma que é inocente e não foi vista diante das taças, correto, general? – pergunto.
— Realmente não. – o general diz.
— Mesmo assim, o servo condenado informou que ela deu a ordem quando estava longe das taças. – Heydar diz.
— Qual seria a motivação da Senhora Jaleh para esse assassinato ou o atentado ao Mir Babak? – pergunto.
— Muito simples, Princesa Shahnaz, vingança pela rejeição ao nome de seu filho Sarosh à corte por Babak em duas ocasiões diferentes. – Sarod diz.
Olho para Jaleh, que continua ajoelhada, olhando para o chão.
— Fica muito bem provado aqui que Jaleh tem sim interesse na morte de Babak, além disso o servo Manu já confessou em detalhes a trama em que ambos se envolveram e que atingiu seu ápice no assassinato de Sinbad. – Omid diz.
— Se é assim, só posso dizer que... – o Imperador começa a dizer.
Eu tenho algo a dizer e mostrar para todas as testemunhas e membros da corte, em especial à Vossa Majestade, que demonstrará a inocência de Jaleh e a culpa de Sinbad e de outro nobre aqui presente, a quem tanto considera. – digo.
— Tranquem as portas! – o Imperador ordena.
Entrego os pergaminhos na mão do Imperador que lê os três:
"Respeitável Senhor Sinbad,
Veja que os conselhos de Babak estão se tornando perigosos para os nossos planos, aparentemente o Imperador considera apenas o que diz o ancião dos conselheiros para qualquer tomada de decisão, o que nos impede de enfraquecer suas bases políticas.
Precisamos tomar alguma medida urgente.
Nobre Omid."
"Respeitável Senhor Sinbad,
Tens razão, Babak deve ser morto o quanto antes, mas devemos aguardar uma ocasião propícia e decidir quem será acusado pelo crime. É preciso que tudo seja muito bem pensado para ocorra no momento e do jeito certo, sem deixar qualquer rastro.
Não se preocupe, teremos a ocasião ideal em breve.
"Nobre Omid."
"Respeitável Senhor Sinbad,
Tens razão, fui eu que mandei mensagem para os rebeldes lhes informando sobre a posição dos soldados nas fronteiras para que fossem mortos e também sobre os pontos vulneráveis de Persépolis para que pudessem atacar.
Só não consegui enviar uma mensagem para avisar que seriam dizimados pelo general.
Mas mandei comunicado aos rebeldes que ainda restam para que continuem enfrentando e atacando Persépólis e todas as suas fronteiras, afinal seu Imperador não deseja qualquer acordo ou comunicação com eles porque sua vontade deve ser soberana.
Assim o nosso plano vai sendo construído.
"Nobre Omid."
— Prendam o nobre Omid imediatamente! – o Imperador ordena e general e seus soldados acatam.
Como ousa trair o império dessa maneira? – Shahanshah grita furioso, manda chamar o carrasco, enquanto todos tentam compreender o que está acontecendo.
Ninguém ousa dizer uma só palavra em defesa de Omid, porque de certo imaginam que algo nos pergaminhos está relacionado ao rompante do Imperador e a ordem da prisão.
Vemos o carrasco chegar e tem o chicote nas mãos, que dá uma volta em torno do preso que está ao lado de Jaleh no meio da sala do trono, mas ao contrário dela, mantém sua pose arrogante e altiva.
— Jaleh, por tudo o que vi e ouvi aqui, te julgo e determino que você é inocente da acusação de assassinato contra o nobre Sinbad e da conspiração para a morte de Mir Babak. Mas espere para voltar ao harém. – Shahanshah diz, fazendo-a chorar, toca e beija seus pés em agradecimento.
Faço questão de me aproximar para a levantar e conduzir até um lugar apropriado, retorno e me posiciono ao lado do Imperador.
— Quero que todos vejam o que recebe um traidor do império. Pode começar. – Shahanshah diz ao carrasco.
Omid é chicoteado até não suportar mais, é preso com ferros e lhe passam sal nas feridas que estão sangrando, seus gritos ecoam por todo o palácio, ouvimos por incontáveis vezes implorar para parar e até suplicar para morrer, mas a tortura não cessa, nem mesmo quando ele desmaia, é despertado com água.
— Agora pendurem seu corpo exposto para as aves devorarem vivo e em praça pública. – o Imperador decreta e os soldados vão cumprir a ordem imediatamente.
— Que todos saibam que o nobre Omid ousou trair o império, tramando contra o Imperador e o principal conselheiro da corte, sendo punido conforme a justiça exige e seu Soberano assim determina, de acordo com as leis. – Shahanshah diz.
Então somos todos dispensados do julgamento e da sala do trono, para ver cumprir seu decreto.