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Capítulo 11: Interações

Sukuna, com um olhar penetrante, repetiu a pergunta a Itadori: "Diga-me a verdade, Yuji."

Itadori estava tenso e surpreso diante do pedido de Sukuna. Ele sabia que a verdade poderia ser perigosa, mas também reconhecia que, em algum momento, teria que enfrentar essa situação. A viagem no tempo tinha sido um evento inesperado, e agora ele se via em uma posição delicada, tendo que lidar com a pergunta que estava a todo custo ter que responder estando neste lugar.

Enquanto sua mente corria em busca de uma resposta que não comprometesse seu futuro, Itadori encarou Sukuna com cautela. Ele não podia simplesmente revelar que veio do futuro, afinal, isso poderia criar um paradoxo temporal e causar estragos imprevisíveis. Além disso, o próprio Sukuna era uma ameaça perigosa em seu tempo, o que significava que qualquer informação sobre seu futuro poderia ser usada contra ele.

Será que poderia convencê-lo de alguma forma a não prosseguir com seus planos maléficos no futuro?

Primeiramente ele perguntou: "De que verdade você está falando?"

Uma das mãos de Sukuna que está nos lençóis se move para as suas costas e aperta a túnica entre seus dedos, a ponto de quase rasgar, ele sente o movimento que faz esquentar sua pele sob a roupa quando o ouve dizer:

"Já que você gosta de joguinho de palavras, vou perguntar claramente."

Itadori manteve a calma, apesar da aura ameaçadora de Sukuna. "Tudo bem."

" Antes de tudo, quero que saiba, garoto." Sukuna, seriamente afirma: "Eu tenho uma habilidade especial, que permite discernir coisas sobre almas e energia amaldiçoada que a maioria dos seres amaldiçoados não podem. Facilmente posso perceber algo incomum em sua alma. Claramente como se ela tivesse acabado de sair do apocalipse, com um peso que dificilmente alguém normal poderia aguentar."

Itadori fica nervoso com a observação de Sukuna. "E-eu não sou como a maioria das pessoas, é verdade. Mas isso se deve a uma série de circunstâncias em minha vida, no meu clã."

Sukuna, ignorando a resposta e com um sorriso de superioridade nos lábios, retoma o argumento: "Não estou interessado no seu clã, esses inúteis não tem nada de especial. "

"Mas então o que ele tem em mente?" Yuji pensou aflito, sua mente estava uma bagunça de pensamentos.

"Por conta dessa habilidade pude sentir claramente que você está mergulhado em minha energia amaldiçoada, antes mesmo do nosso encontro, e garoto você tecnicamente não tem sido totalmente sutil, estar familiarizado com minha presença não é comum para ninguém".

Itadori estava diante de um dilema. Como responder a Sukuna sem revelar sua verdadeira origem e a natureza de sua viagem no tempo? Ele sabia que qualquer deslize poderia ser catastrófico. Com um olhar determinado, ele respondeu:

"Você pode ser incrivelmente poderoso, mas isso não significa que todos que cruzam seu caminho automaticamente devem se curvar a sua presença. Além disso, para explicar minha familiaridade com a sua energia amaldiçoada, não deve ser tão incomum como você pensa."

Sukuna franziu o cenho, claramente insatisfeito com a resposta de Itadori.

Ele não era alguém que aceitaria evasivas facilmente. "Não tente me enganar. Moleque, encontrar alguém compatível comigo é algo tão raro quanto encontrar uma agulha no oceano, quanto mais alguém que está praticamente 'cheirando' a mim ."

"Cheirando?" Itadori pergunta desajeitadamente.

"Exatamente." Sukuna com a mão em suas costas o puxa aproximando-se mais seus rostos para cheirá-lo profundamente.

"Sem dúvida, está bem misturado em você, desde que pus os olhos em você percebi."

Itadori sentiu o arrepio na espinha enquanto Sukuna se aproximava para cheirá-lo. A situação estava ficando cada vez mais tensa, e ele precisava manter sua verdade bem guardada. Com um toque de desafio, ele respondeu:

"Se você tem um faro tão apurado, talvez devesse pensar em usar suas habilidades para algo mais produtivo do que farejar as pessoas."

Sukuna não pareceu se abalar com a provocação de Itadori. Em vez disso, ele se afastou e olhou para o garoto com um sorriso sádico.

"Você é um espertinho, garoto. Mas não me subestime. Agora, respondendo à minha pergunta anterior, quero saber como você adquiriu essa aura tão peculiar. E não me venha com histórias do seu clã, isso não me interessa, a energia amaldiçoada que você exala parece estar já estar a bastante tempo aí, não tem como você fazer isso sem me conhec-...."

Como se uma lâmpada atendesse na mente se Sukuna, a ficha caiu.

Ele sorri com todos os dentes, insinuando algo intrigante para Yuji. "A menos que... você tenha feito algo que poucos seres humanos ousariam considerar. Algo que envolva, digamos, brincar com o tempo?"

Yuji sente um frio na espinha quando percebe o que Sukuna está insinuando. Ele sabe que não pode confirmar a verdade, mas também não pode negar completamente a acusação. Como ele lida com a astúcia de Sukuna e mantém seu segredo a salvo se torna uma parte crucial de sua estratégia para sobreviver a essa conversa tensa.

"Sukuna, você tem uma imaginação fértil. 'Brincar' com o tempo é algo que só acontece em histórias de ficção científica. Eu não sou um feiticeiro maluco, e não tenho o poder de controlar o tempo. Minha conexão com a energia amaldiçoada pode ter algumas explicações, mas mexer com o tempo definitivamente não é uma delas."

Sukuna manteve seu sorriso malicioso, como se estivesse testando a paciência de Itadori. "Hmm, é mesmo? Bem, garoto, você pode ser um bom ator. Mas não subestime a minha capacidade de perceber a verdade. Seja lá qual for a história que você está escondendo, vou saber em breve."

A tensão entre os dois continuou a crescer, e Itadori sabia que teria que lidar com as suspeitas de Sukuna enquanto protegia seu segredo.

O clima tenso entre eles era palpável, mas de repente, Sukuna mudou de assunto, pegando Itadori de surpresa. Ele aproximou seus rostos, fazendo Yuji se sentir desconcertado com a súbita mudança de direção na conversa.

Sukuna, em um tom provocador, disse: "Bem, garoto, parece que nossa conversa está ficando um pouco chata. Deixemos isso de lado por um momento."

Itadori sentiu um misto de alívio e desconforto com a mudança repentina no tom da conversa. "Graças a Deus." Ele pensou.

Sukuna sugeriu: "Talvez possamos encontrar maneiras mais interessantes de passar o tempo, algo que possa nos beneficiar aos dois."

Ao ouvir isso Itadori pensou em mil formas possíveis de tortura que Sukuna poderia querer, porque de segundas intenções ele sempre está cheio. Ele não sabia se podia confiar nas palavras, mas a oportunidade de desviar o foco da conversa o intrigou. "O que você está sugerindo?"

Com um brilho nos olhos Sukuna começou a acariciar os cabelos dele. "Yuji, você realmente não entende, não é? Estamos ligados de uma maneira que vai muito além do que você pode imaginar."

Itadori sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando Sukuna pegou levemente sua mão antes machucada. Novas sensações passaram por seu corpo, aceitação…satisfação…ansiedade.

Segurando a mão dele, faixas finas e negras surgiram da mão de Sukuna, passando para sua mão formando uma marca, que se formava igualmente na de Sukuna.

Sukuna sussurrou: "A marca, ela surge nos primeiros momentos, o clã Ryomen tem sua própria tradição de manter cada feiticeiro utilizando o símbolo, assim que encontra seu companheiro, aquele que lutará ao seu lado até o fim e cairá com ele.

Itadori ouviu com atenção, isso era mais profundo do que ele jamais imaginara. "O que isso implica para nós?"

Sukuna, respondeu: "Essa ligação... Ela pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Só o tempo dirá."

Enquanto Sukuna ainda o encarava, Itadori lutou para esconder sua crescente ansiedade. Ele pensou consigo mesmo que talvez não devesse estar ali e que cada ação que tomara até agora o tinha levado a esse ponto crítico. Mas agora era tarde demais para voltar atrás, e ele se viu enredado em uma teia de incertezas e perigos que ele mesmo criara.

Sukuna continuava a encará-lo com um olhar penetrante, ele quebrou momentaneamente o silêncio e disse: "Desembucha, garoto. Me diga o que está pensando." Enquanto falava, um dos quatro braços de Sukuna se estendeu até uma estante próxima, pegou um copo de água e o ofereceu a Itadori. "Tome."

Itadori aceitou o copo de água com gratidão e sede. Ele estava determinado a manter a calma e encontrar uma maneira de lidar com a situação em que se encontrava, devolvendo o copo de água para Sukuna ele respondeu:

"Bem, acho que estou pensando que talvez tenha chegado a hora de enfrentar os desafios que estão diante de nós, quer gostemos ou não. Não podemos continuar evitando o inevitável."

Sukuna acenou, satisfeito, bebeu um copo também e pegou outro, estendendo-o entre ele e Itadori , que recusou, mas Sukuna explicou que não era para ele. A boca grande no estômago de Sukuna se abriu abaixo de onde Yuji estava, e ele despejou um copo cheio de água dentro dela, que engoliu e exibiu um sorriso satisfeito.

Itadori abriu a boca, surpreso com a cena de Sukuna bebendo água de uma maneira tão inusitada. A situação o fez morder os lábios, tentando conter o riso que ameaçava escapar. Era intrigante ver o Rei das Maldições agindo de forma tão humana e, ao mesmo tempo, peculiar.

"Pode rir, pirralho," disse Sukuna, revirando os olhos com um traço surpreendente de sua personalidade.

Sentindo sensações alegres surgindo, Itadori ficou assustado e nervoso consigo mesmo por permitir que esses sentimentos surgissem naquele momento, especialmente ao lado de alguém como Sukuna. Ele podia sentir uma estranha sensação de concordância entre os dois.

Isso o deixou com…Medo.

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