As sudras tem razão, eu preciso me preparar e aceitar o meu destino, mesmo que eu continue a sentir o medo de falhar ou de não ser tão boa quanto a Imperatriz, afinal ela nasceu, cresceu e viveu para estar nessa posição. Estou aprendendo a agir como uma hindu há dois meses, recebendo os ensinamentos para me tornar uma noiva, esposa e mãe, mas em nenhum momento eu pude aprender como uma nobre deve se comportar, não pude pedir isso para o meu mestre, senão trairia o segredo da família Imperial.
Eu hei de me esforçar, tanto pelo meu Príncipe quanto para honrar a nossa família.
Anoitece, volto para o interior do palácio e recebo a notícia de que todos os convidados, amigos, familiares e imprensa já haviam chegado e estão confortavelmente instalados nos hotéis Raj Palace e Ganesh Palace.
Janto e vou para o aposento real, reflito sobre todos os acontecimentos de hoje, finalmente conheci o temido Imperador e recebi sua aprovação... É tão surreal ter sogros Imperadores!
Quem pode imaginar viver algo assim?
Penso na grandiosidade do Forte Agra e do Taj Mahal, daqui alguns dias eu entrarei lá como nora dos Imperadores.
Nossa noite de núpcias devia acontecer dentro da casa dos pais do Dulhan, como manda a tradição, isso trará sorte para a minha sogra e para toda a família do meu marido. Eu não me sinto pronta para este momento, o Forte Agra é muito luxuoso e imponente, é a morada dos Imperadores e ainda não sinto que faço parte de tudo isso. Até sei que um dia seremos coroados, nem sei como ou quando será, a julgar pelo vigor que o Imperador apresenta, deverá ser daqui a pelo menos uns vinte ou trinta anos, pensar nisso me dá uma certa tranquilidade, quem sabe nesse tempo eu consiga me acostumar com tudo isso.
Assim que eu aprendi sobre a noite de núpcias hindu, mandei uma mensagem para o meu Eros e implorei a ele que me conceda apenas um desejo, o de passar a nossa primeira noite em outro lugar à sua escolha, para meu alívio ele falou com os Imperadores e todos concordaram nesta concessão.
Procuro descansar porque amanhã vão começar os rituais. Adormeço rapidamente.
Os Amigos POV:
Passaram um tempo muito proveitoso ao lado da amiga delas, as recém-chegadas puderam conhecer o palácio da Dulhana e se surpreender com todo aquele luxo. O único ponto que sempre as incomodava era ter a seis sempre próximas da Weenny.
Se emocionaram com a chegada da família da Dulhana, apesar de que já haviam visto Vilma no dia anterior. É sempre especial ver o encontro entre Weenny e Ronaldo porque o amor entre eles é algo muito profundo e especial, eles são muito parecidos.
Estranharam o comportamento da Diana, a madrasta da Weenny, parece sempre tão distante e demonstra não querer participar integralmente da felicidade da enteada, chegaram à conclusão de que ela pode ter ciúmes da Dulhana. Já Tony, o padrasto, parece amar Weenny como se ela fosse sua filha, Tony e Ronaldo são muito amigos o que faz da relação deles algo muito leve e divertido para todos.
Pouco tempo depois as amigas tiveram oportunidade de conversar com toda a família da Dulhana e tirar foto com eles, o clima ficou ainda mais gostoso e festivo.
De repente houve uma tensão no ambiente, uma das seis veio dizer alguma coisa em hindi e Weenny ficou com uma expressão assustada, se levantou e olhou para a porta, preparou uma bandeja, deu ordens em hindi, a julgar por seu tom de voz, olhou para as amigas e avisou que os Imperadores estavam vindo, as ensinou o que devem fazer e mandou que se afastassem, todos cumpriram as suas ordens, ficaram encostados nas paredes em absoluto silêncio e com medo, pensaram logo nas advertências do Guruji sobre a possibilidade de morte para quem ousar olhar, levantar as mãos na direção deles ou até mesmo dirigir uma palavra aos Imperadores.
Algumas delas sussurravam para Tia, pedindo para sair do palácio, ou para se esconderem, não queriam ser mortas antes de poder assistir ao casamento, mas outras tinham a mórbida curiosidade de ver pessoas tão importantes.
— Mas vocês nem podem olhar para eles, suas bobas. Preferem correr riscos à toa. – Gislaine as advertia, em vão.
Weenny puxou o pallu e esperou até que houvesse um grande movimento e um casal entrou no palácio, uma das servas disse alguma coisa e depois a Dulhana parece ter dado boas-vindas e oferecido doces para os Imperadores, que aceitaram e comeram, deixando as amigas ainda mais perplexas.
Eles conversaram e Weenny os tocou, lágrimas correram pelas faces das amigas, pensando que a noiva seria condenada à morte, mas nada aconteceu, deixando-as em um emaranhado de emoções que iam da alegria ao pavor.
Mas os Imperadores também tocaram a Weenny!
As amigas olharam para Tia como se tentassem desesperadamente entender o que estava havendo ali, por que ninguém explicava toda essa loucura? Elas precisavam falar ou iam explodir, mas não podiam nem mesmo se mexer enquanto os Soberanos estivessem ali.
Weenny apresentou a família e logo depois as amigas para os Imperadores, mas por quê? Logo eles simplesmente viraram as costas e foram embora, as amigas nem mesmo conseguiam elaborar suas primeiras perguntas, de tão exaltadas e confusas que estavam. Mas a família da Dulhana também decidiu partir, talvez esse fosse o momento para esclarecer todas as dúvidas, caso conseguissem ficar sozinha com a Weenny.
Então elas foram convidadas para almoçar com a Dulhana, enquanto aguardavam que tudo estivesse pronto, Samara não resistiu, precisava começar com as perguntas.
— Estou cheia de dúvidas, quero perguntar tudo agora. – ela disse e as outras concordaram.
— Esse não é o momento, quando sairmos daqui podemos conversar mais tranquilamente, está bem? – Tia sorriu e disse, mantendo toda a sua serenidade.
Não foi fácil convencê-las, mas Tia tentava desenvolver essa arte, assim ela promoveu uma refeição tranquila para a Dulhana e logo depois se despediram e saíram do palácio.
A tradutora estranhava toda essa intimidade com alguém da realeza, mas conseguia compreender que os Brasileiros sempre foram diferentes dos indianos, mais modernos e ousados.
— Querem ir para um passeio ou preferem apenas conversar? – Tia pergunta, assim que todas se acomodam no micro-ônibus.
— Acho melhor a gente conversar, todas estamos com dúvidas. - Iara pede.
— Se preferirem, ficamos só as madrinhas e vocês podem ir passear com a tradutora de vocês. - Melissa sugere, pensando nas outras amigas.
— Acho que digo por todas nós quando peço para ficarmos, todas nós gostamos da Weenny e também somos amigas, apesar de que infelizmente não tivemos a honra de ser madrinhas. – Ana responde e as outras concordam.
Elas retornam ao hotel e Tia as leva para o bonito jardim, elas se acomodam e começam a conversar.
— Me digam então o que as atormenta e quais as dúvidas. – Tia diz.
— Por que primeiro a Imperatriz foi no palácio da Dulhana e depois os Imperadores foram juntos hoje no palácio dela? – Gislaine diz.
— Vocês viram a explicação da Dulhana Weenny, não acreditam nela? Não posso dizer o que se passa pela cabeça dos nossos governantes, mas faz sentido o que ela disse, vocês são atrizes e atores famosos, fizeram a regravação de um filme muito famoso e conhecido no ocidente e que está fazendo sucesso em vários países, além disso, acabaram de gravar um filme indiano. Agora os protagonistas desses filmes escolhem fazer um casamento grandioso e luxuoso aqui em nosso país, um país com grande desigualdade social e muita pobreza, tivemos grande movimentação financeira, muitos ganhos e lucros em nossos comércios, hotéis e serviços, muitos empregos... Acham mesmo que isso não chamaria a atenção e atrairia a gratidão dos nossos governantes? – Tia questiona.
— Entendo o que você e a Weenny disseram, faz sentido, mas como imaginar que pessoas de extrema importância viessem até nós? Acho natural que as dúvidas surjam. - Maria José diz.
— E por causa de tudo isso que você explicou, eles iam vir no palácio, permitir que ela se aproximasse deles e fazer carinho nela? – Marília pergunta.
— Somos um povo caloroso, lembrem-se de que os Imperadores foram até a Dulhana e não o contrário, portanto a Dulhana não poderia ser uma ameaça a eles, viram que ela demonstrou respeito e submissão pela posição deles e em contrapartida eles demonstraram carinho e respeito e até ofereceram o serviço das servas para ajudá-la. - Tia esclarece.
— As seis. – Samara resmunga.
— Por que Weenny nos apresentou para eles? – Renata pergunta.
— Por muitos motivos. Vocês são atrizes tão famosas quanto a Dulhana, entre vocês estão apresentadoras famosas, além disso, ela quis apresentar suas madrinhas e família, estabelecendo uma relação de confiança com os governantes. – Tia explica.
— É só isso então? – Trícia pergunta.
— Sim apenas isso. Não estranhem se eles decidirem comparecer nas cerimônias, a Dulhana gentilmente os convidou. Vocês têm alguma dúvida ainda? – Tia pergunta.
Assim elas se acalmam e aceitam as explicações da Tia, que corroboram as semi verdades da Weenny, da maneira como tudo é esclarecido não dá para desconfiar do segredo e o mantém-se preservado por mais algum tempo.
Elas levantam decididas a ajudar os padrinhos a escolherem as roupas que deverão usar nas celebrações, depois vão jantar e seguem para o salão de jogos, em busca de um pouco de diversão.
Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Não pude recepcionar meus sogros logo na chegada, mas faço questão de chamá-los em minha suíte para conversarmos reservadamente. Eles demonstram satisfação com as minhas escolhas para as suítes deles e também por nosso casamento, me tranquilizam ao dizer que entendem o que fiz ao defender a nossa honra na situação com Rafik Saik. Revelam um forte temor em relação ao momento em que deverão ficar diante dos meus pais, fui claro ao falar ao respeito dele.
O Imperador Himanshu é um governante severo e muito temido pelo povo, um homem que está na maior parte do tempo distante da família, ele não é de demonstrar o que sente, é um homem de pouco falar, mas quando está de acordo com alguma coisa ou quando se decide, como fez em aceitar o meu shádi, passa a ser um pouco compreensivo. Sou o herdeiro legítimo, tenho apenas uma irmã legítima e várias meia-irmãs que são frutos de seu harém real.
Meus sogros entendem minha explicação e que durante o shádi não terão problemas com os Imperadores e serão respeitados por eles. Nos despedimos e eles saem.
Sabendo que não poderei ver minha Dulhana novamente hoje, pego meu carro e vou resolver algumas coisas e depois do almoço sigo para Agra.
Passo a tarde com os Imperadores para tomar as últimas decisões sobre o shádi, Maan me fala a respeito da decisão deles de comparecer apenas nas cerimônias e rituais e não nas refeições, para que nosso segredo não seja traído.
— Jagal beta, jaise hee aagara ke paas gaya, main usakee dulhan ke mahal mein jaane ke lie usase milane aur meree betee ke saath ek sa chait karane ke lie phaisala kiya. (Jagal meu filho, logo depois que você saiu de Agra, tomei a decisão de ir até o palácio da sua noiva para conhecê-la e conversar um pouco com a minha nora) - Maan diz.
Fico em silêncio para ouvir tudo o que ela tem a dizer.
— Jab main vaapas aa gaya, samraat ko pata hai ki main kahaan chala gaya tha chaahata tha aur tum Rajkumari se kaha mujhe pata hai aur isake dvaara uda raha tha, isalie unhonne yah phaisala kiya hai ki ham ek saath aaj subah the to vah Rajkumari Weenny Singh ko poora karen aur dekhen ki yah ap karane ke lie rahata hai ho sakata hai is sthiti yah hai ki prateeksha. (Quando retornei, o Imperador quis saber onde eu havia ido e contei que fui conhecer a Princesa e que fiquei encantada com ela, então ele decidiu que íamos juntos hoje pela manhã para que ele pudesse conhecer a Princesa Weenny Singh e ver se ela faz jus a essa posição que a espera.) – ela diz.
— Usake baad? (Então?) – decido perguntar, mesmo temendo pela resposta.
— Isalie ham Rajkumari kee sundarata aur usase adhik ko dekhakar bahut khush the, hamane dekha ki vah seema shulk rahata hai aur ek maratha Rajkumari aur ek bhavishy mahaaraanee ke lie uchit vyavahaar kiya hai, use ab se shaadee ke lie hamaare sahamati aur aasheervaad diya ki vah hamaare betee ho jaega. (Então, ficamos encantados com a beleza da Princesa e mais do que isso, vimos que ela guarda os costumes e tem um comportamento adequado para uma Princesa Maratha e uma futura Imperatriz, demos a ela nosso consentimento e benção para o casamento, a partir de agora ela será nossa filha.) – de repente ouço a voz do Imperador logo atrás de nós.
Me levanto imediatamente, como exige a tradição e os costumes, baixo o olhar, cruzo os braços a frente do corpo, ouço com atenção tudo o que ele tem a dizer.
— Dirrábana! (Majestade!) – digo.
O Imperador se aproxima de mim, eu me curvo para pedir suas bênçãos, ele toca o alto da minha cabeça.
— Main apanee mahaaraanee kee pasand ke lie mahaamahim kee manjooree ke lie aabhaaree hoon. (Sou grato por Vossa Majestade ter aprovado a escolha da minha Rainha.) – ouso olhar para o soberano e dizer.
— Haan. Aur Rajkumari apane parivaar aur bridaismaids ke lie hamen kee shuruaat kee. (Sim. E a Princesa nos apresentou a sua família e as madrinhas.) - Maan diz, me fazendo sorrir.
O Imperador toca no meu ombro e me leva para caminhar com ele pelo Forte, converso por algum tempo com Baugi (pai) sobre os assuntos do Império, ele insiste em me deixar ciente de tudo o que está acontecendo no momento, passamos horas conversando apenas sobre o Império e as decisões que devem ser tomadas em breve. Tradicionalmente os hindus não falam mais sobre negócios quando anoitece, então quando vemos o pôr do sol paramos de falar sobre esses assuntos e seguimos para o jantar junto com Maan, depois da refeição peço a permissão para me retirar e vou até Mahana Aala, que foi minha ama de leite e uma das mulheres que cuidou de mim na primeira infância, para me despedir e retorno ao hotel.
Chego em pouco tempo, pergunto pelos padrinhos na recepção e me informam que eles estão no salão de jogos, vou ao encontro deles, percebo que ficam surpresos ao me ver, cumprimento um por um e sento para conversar um pouco.
Em seguida Ronaldo chega, levanto e vou em sua direção, me curvo para tocar seus pés, mas ele me impede e me faz levantar para que eu receba seu caloroso abraço e um beijo no rosto.
— Meu filho, finalmente te encontrei, como você está? – meu sogro diz, exibindo seu largo sorriso, igual ao da minha noiva.
— Pai, que alegria o ver novamente. Estou bem e você? – retribuo com sincera alegria.
— Agora estou muito bem, aqui ao lado de vocês. Obrigado por tudo o que você preparou para nós. – Ronaldo diz.
— O que mais eu poderia querer para minha família? Vocês merecem sempre o melhor. – digo.
— Você já encontrou a minha filhinha? – ele pergunta.
Movo a minha cabeça em negação, devo ter feito uma expressão engraçada, porque todos riem de mim.
— Não, não me deixam vê-la, dizem que só poderemos nos ver amanhã. Só nos encontramos rapidamente ontem durante a briga e depois quando ela me homenageou. Como ela está? – pergunto.
— Linda, perfumada e muito feliz. Eu também estou muito feliz, porque finalmente vou entregar a minha riqueza para alguém que a vê da mesma forma como eu vejo, para uma pessoa que dá a ela a mesma importância que eu dou. Sempre sonhei em casar a minha filhinha com um Príncipe e vou realizar esse sonho, meu filho. – Ronaldo diz.
Eu bem sei que o meu sogro diz é no modo figurado, mas este sonho está se cumprindo no sentido literal.
— Eu darei à Weenny o melhor de mim, realizarei todos os sonhos dela e lhe darei novos sonhos. - coloco a mão no ombro do meu sogro e finalizo nossa conversa.
Nos abraçamos em silêncio, consigo sentir todo o carinho de pai, privilégio que nunca tive, mas que meu casamento tem me proporcionado.
Olho para os meus amigos e noto que eles estão com lágrimas nos olhos, será que foi a nossa conversa que os deixaram emocionados?
— Vou dormir cedo para estar bonito para a minha Dulhana. Finalmente o shádi vai começar e eu deixarei de ser solteiro. – digo com entusiasmo e eles riem da minha animação.
— Ei gato, impossível você ficar feio, mesmo se ficar um mês sem dormir, você vai continuar a ser o nosso maravilhoso deus grego. – Iara diz e pisca para mim.
— Você é perfeito, mas se ficar ainda mais lindo vai matar a gente. – Gislaine diz.
— De paixão. – Maria José completa.
Desta vez sou eu que rio por causa do exagero, me despeço de cada um deles e vou para a minha suíte.
Tomo um banho demorado, mas dispenso as sudras que pretendiam me ajudar, não acho apropriado, peço apenas que cuidem das roupas que vestirei.
Saio do banho, me visto e vou até o closet para ver se todas as minhas roupas das cerimônias do shádi estão prontas, assusto ao ver Salmaan e Ravi, junto com três servas, organizando as roupas, deixando-as em ordem. Conversamos por alguns minutos, me despeço e vou dormir, recomendo que eles façam o mesmo.
Oito de fevereiro – Primeiro dia do Shádi.
Acordo antes do amanhecer para me preparar para o início das cerimônias, felizmente verei minha Princesa hoje.
Sou chamado para ir para o Forte Agra ainda de madrugada, Maan faz questão de cumprir os rituais indianos para o meu preparo para o Sagai, primeiro ritual deste dia.
Mahana Aala e algumas esposas secundárias do Imperador preparam o meu banho em água perfumada e pétalas de rosas.
Entro na banheira e Maan vem para massagear meu peito, costas, braços e pescoço, enquanto me dá suas bênçãos e seus conselhos, as esposas secundárias e Mahana Aala vem para ajudá-la. Esse banho tem a finalidade de me preparar para minha nova jornada.
Devo estar bonito e perfumado para conquistar a minha noiva neste primeiro encontro, entre nós e nossas famílias. Fico pronto em uma hora, decido vestir roupas simples.
Maan deve ir junto com o Imperador para o local escolhido para o Sagai. Aguardo mais algum tempo e sigo com Salmaan e Ravi para a cerimônia, mas não me deixam dirigir.