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Capítulo 39 – Weenny: Lançamento do filme

Eros Myron POV:

Somos recepcionados diante do tapete vermelho pelo Raul, da Star Media Fx, que parece eufórico, vemos muitos fãs e imprensa posicionados na porta. Pergunto se os ingressos estão esgotados e o executivo me informa que a plateia está lotada, olho mais uma vez para a multidão que está do lado de fora, que acenam insistentemente para nós, e decido fazer um pedido especial.

— Gostaria que um telão transmitisse o lançamento do filme para essas pessoas, tragam cadeiras para acomodá-las, por favor. Elas merecem assistir.

Raul assusta com meu pedido, acha que estou brincando, mas eu endureço a minha expressão para que entenda que trato de um assunto sério.

— Vamos providenciar tudo, prometo. – resignado, ele diz.

— Se desejar, posso pagar por isso. – ofereço.

— Não é necessário, faremos isso agora mesmo. – o executivo diz e chama algumas pessoas, que correm para acatar o pedido.

— Só mais uma coisa, peço que não digam que foi um pedido meu, deixem os créditos para vocês. Obrigado.

Vou até os fãs e tiro algumas fotos com eles, posamos para a imprensa e subimos a escadaria para o teatro, aguardamos por nossas damas em uma sala reservada.

 

Weenny Alves POV:

Chegamos diante do imponente e elegante teatro, vemos o tapete vermelho estendido para nós, saímos dos carros e caminhamos por ele, nos revezamos diante da imprensa, fazemos algumas poses e cumprimentamos a multidão que se aglomera aqui fora.

— O que fazem essas pessoas aqui? Não vão entrar? – pergunto.

— Eles não conseguiram ingresso, está esgotado há mais de quinze dias. – ela diz.

Eles não podem ficar aqui fora, é desconfortável e...

— Mas não se preocupe, alguém teve uma ideia de por um telão e cadeiras para eles.

Como ela sabe o que estou pensando?

Agradeço e continuamos a andar, alguns executivos da Star Media vem nos cumprimentar e levar para o interior do teatro.

O ambiente me faz lembrar da nossa tão sonhada estreia do remake, tudo é sofisticado, vemos banners que fazem propaganda do nosso novo filme.

Os homens vêm nos cumprimentar, todos eles estão lindos vestidos com smokings pretos, fazem questão de nos elogiar e retribuímos.

Raul e Loren nos interrompem dizendo que todos os convidados estão no salão principal e faltam apenas cinco minutos para a exibição do nosso filme.

A ansiedade me consome, nos organizamos para descer pelo corredor principal, mais uma vez nosso posicionamento depende da importância dos nossos personagens, os executivos nos arrumam e começamos a caminhar ao ritmo de uma música instrumental.

Fico admirada com a beleza desse salão, decorado em tons rosê para as paredes e pilares, com cortinas e poltronas vermelhas, as galerias são espaçosas e igualmente luxuosas, bem como seus lustres.

Não sou boa com número, mas acredito que centenas de pessoas ocupem esses lugares, de tal forma que lotam esse enorme salão.

Somos aplaudidos por todo o caminho percorrido, fazemos questão de acenar e agradecer, passamos para a galeria da direita e sentamos nos lugares demarcados.

Um locutor anuncia o nosso filme e então vemos dois telões descerem, um deles já exibe os nossos rostos tímidos.

As luzes são apagadas e a exibição começa, sussurramos desejos de boa sorte aos nossos amigos, Eros pega a minha mão e faz um carinho.

É a primeira vez que vemos nosso filme na ordem correta, talvez por isso tenhamos as mesmas reações dos espectadores. As primeiras cenas são de ação protagonizadas Eros e alguns dos nossos amigos e figurantes, a cena do salto de paraquedas sobre a montanha, o roubo da coroa do Principe e a briga nas pedras na montanha.

— Eu tive muito medo de cair, não entendo como Eros é tão corajoso. – Eduardo sussurra e nos faz rir.

— Eu também fiquei apavorado. – Igor diz.

Eles fizeram os papéis dos seguranças que brigaram com Eros.

A coreografia de abertura começa, com Eros e todos os nossos amigos, a plateia vai ao delírio, gritam e aplaudem. 

Agora começam as cenas de Victor e Claudio, em seus personagens Ravi e Banty, são cenas de ação, mas também como muito humor.

Samara entre em cena como a grávida, exigente e estressada, que quer fazer o marido de empregado. 

Quando Saina, a personagem da Carol, entra em cena todos se agitam, ouvimos assobios vindos do público, faço questão de olhar para a minha amiga e a vejo vermelha de timidez, percebo que Claudio segura a sua mão, sorrio e desvio o olhar.

Logo depois ouvimos sonoras gargalhadas e sabemos de que cena se trata, a que Banty se imagina casado com Saina, depois vê seu sonho destruído quando Ravi mostra alguma intimidade com ela.

Esse filme tem muitas cenas de ação, mas também exibe toda a sensualidade tantos dos atores principais quanto dos bailarinos, todos usam roupas curtas, que deixam o corpo exposto intencionalmente, exaltando o que cada um de nós tem de mais bonito.

Saina, Ravi, Banty e outros oficiais conversam sobre o "Z" e chegam a algumas conclusões, preparam-se para caçá-lo. É nesse momento que Eros entra em cena novamente, mostrando como o ladrão é ardiloso no preparo dos seus roubos.

Logo depois vem a segunda coreografia, com Carol, Victor, Claudio e nossos amigos, ficamos orgulhosos de seus desempenhos e os elogiamos.

Eros aparece em mais uma cena de ação, o roubo de um vaso, enquanto os dois policiais e Banty esperam para pegá-lo, mas não conseguem, afinal o ladrão é ardiloso.

— Ahá, não falei que Eros é um deus grego? – Gislaine diz e todas concordam.

Elas se referem a cena que acaba de passar, Arjun pinta seu corpo e assume a posição de uma estátua semelhante aos deuses gregos, devo confessar que ele está perfeito.

Ficamos surpresos com os elementos colocados na ilha de edição, isso deixa as cenas ainda mais reais, como na da primeira fuga que acontece em meio ao trânsito, perto de ônibus e de crianças na saída da escola. 

Outras cenas divertidas surgem, especialmente as protagonizadas pela dupla de policiais e seu assistente e informante atrapalhado. Então surge uma das minhas cenas favoritas, o aparecimento da Nandini, no roubo do vaso, o público parece curioso e seduzido pelos ladrões charmosos.

Gosto de ver a reação que nosso filme provoca.

A fuga inusitada dos ladrões provoca comentários na plateia e entre nossos amigos, mas é a conversa entre eles que desperta reações mais intensas, mesmo entre nossos amigos.

— Uau, nossa deusa está mesmo poderosa. – Ricardo diz.

— Vejam esse olhar apaixonado, é do Arjun ou do Eros? – Michele diz e todos riem.

— Vou contar um segredo, os dois amam a mesma mulher, quero dizer, a mesma deusa. – Eros diz e sorri.

A terceira coreografia começa e novos gritos são ouvidos na plateia, durante a minha exibição ao lado das meninas.

— Eles têm razão, nesse filme você mostra que faz jus ao seu apelido. – Eros diz.

— E a letra dessa música é dedicada a você. – digo e ele me olha curioso.

— Adoro quando vocês se agarram. — Melissa diz e todos concordam.

— Lenta e maliciosamente você roubou o meu coração, você tece a magia do amor ao seu redor. Eu sonho com você todos os dias, penso em você todos os instantes.  – digo.

— Oh, tudo isso? – Eros parece surpreso.

Respondo com um beijo em sua nuca.

— Deixem isso para depois, olhem o nosso deus jogando basquete... Ai, ai... – Samara diz.

Mais uma vez o público grita, devo confessar que gravar essa cena foi incrível.

Os disfarces do Eros realmente ficaram incríveis, a produção conseguiu exibir todo o seu talento.

A segunda parte do filme exibe o cenário carioca, a plateia aplaude ao ver o melhor do Rio de Janeiro sendo exibido na tela.

Agora Carol entra com sua nova personagem, a Maina, já aparece em uma cena bem sugestiva, desfilando de biquini pela praia de Copacabana.

Cenas engraçadas e românticas se misturam, cativando ainda mais a atenção. É interessante como elas despertam as nossas lembranças, como se eu revivesse toda a emoção das gravações.

Lembro dessa cena que pulamos do penhasco, foi uma loucura, geralmente eu me assusto com altura tão grande, mas algo está mudando dentro de mim.

Carol e Claudio protagonizam mais uma música, passeiam por pontos turísticos do Rio de Janeiro, percebo o quanto isso agrada ao público.

Agora começam as cenas que mexem muito comigo, começando pela conversa entre Arjun e Nandini, o ladrão expõe seu medo de ser pego e morto durante o roubo.

A sequência mostra a nossa penúltima coreografia, que envolve todos os nossos amigos e figurantes, Eros mostra muito vigor nas danças desse filme.

A cena da traição começa, mudo a minha posição na cadeira e tento evitar olhar para a tela, a angústia parece roubar meu fôlego, sinto que Eros solta a minha mão e parece tão incomodado quanto eu, há um silêncio perturbador em todo o salão durante esse diálogo.

Arjun obriga a Nandini a matá-lo, afinal apenas ela tem esse direito. Põe um projétil na arma e gira o tambor, então decide que farão roleta russa... São apenas seis tentativas, uma bem-sucedida.

As palavras do Arjun me tocam porque sei que não vem apenas do personagem, mas do coração do ator, assim como a frase final, quando acontece a última tentativa, não é da Nandini, mas minha.

Ao ver a arma encostada na testa do Eros, meu coração fica fragmentado, as lágrimas surgem e umedecem meus olhos.

— Você não pode tirar a sua vida, ela me pertence.

— Eu te odeio... Eu te odeio...

— Eu sei. – Arjun e Eros dizem ao mesmo tempo, toma meu rosto e meu beija.

— Até quando você estará ao meu lado? – Eros pergunta, sussurrando em meu ouvido.

— Sou sua sombra, para onde você for eu irei. – digo e noto que seus olhos também estão úmidos.

Nossos amigos choram copiosamente, a plateia grita e aplaude.

Então as cenas finais se aproximam, acontece o engenhoso roubo, seguido pela frenética perseguição de moto pelas avenidas cariocas e mais uma vez a equipe de edição dá um show.

Victor e Eros lutam e mais uma vez não parece apenas um confronto entre seus personagens, é um enfrentamento real, golpes reais.

Há mais uma cena difícil para nós dois, quando Arjun faz um pedido silencioso para que Nandini o mate.

— Você pode amar alguém o suficiente para pedir que ela tire a sua vida? Pode alguém amar assim? De tal maneira que entregue a sua vida ao outro? – Arjun diz, tomando as emoções do seu ator mais uma vez.

Então Nandini pega a arma e atira várias vezes contra o peito dele, lembro que a arma era de festim, mas a sensação de apontar a arma e saber que era para matá-lo, despertaram um sabor amargo em minha boca, especialmente ao vê-lo cair do desfiladeiro.

Mais uma vez o público se manifesta, com pesar e protestos.

A cena final começa mostrando um bar praiano e Nandini vê Arjun sentado sobre o balcão, diz estar em greve porque ele deve ganhar um beijo a cada meia hora, mas ela não cumpriu sua parte no trato, ela diz não ser esse tipo de garota.

— Bem, vamos ver se isso é verdade – Arjun a abraça e vai beijando seu pescoço — Que tal um pouco disso e isso.

Um assobio os interrompe, eles vão ver o que é e se deparam com Ravi, então acontece o confronto final, mas ao contrário do que parece, o policial decide deixá-los livres porque percebe que essa é uma verdadeira história de amor, Arjun devolve todos os itens roubados e entrega todos os dados dos roubos.

A coreografia final começa, dançada por todos nós juntos. 

O filme termina e o todos levantam para nos aplaudir, ficamos em pé e agradecemos como bailarinos.

A imprensa se aproxima e pede para respondermos a uma breve entrevista, rapidamente descemos da galeria e nos organizamos.

As perguntas são diversificadas, fazem questão de exaltar a diferença entre nossos personagens nos dois filmes, embora as coreografias que envolvem todo o grupo continuem a ser bem sensuais.

Gostam da mistura do indiano e brasileiro, elogiam os disfarces do Arjun, a exuberância da Carol, o desempenho incrível do Claudio e Victor, que neste filme receberam o merecido destaque e elogios.

Os produtores e os executivos da Star Media Fx fazem questão de falar sobre o roteiro, gravações e desempenho de toda essa maravilhosa equipe.

A crítica parece ser muito positiva em todos os aspectos e isso nos deixa gratos e realizados. 

Todos são convidados para festejar em um salão anexo ao teatro, enquanto isso vamos aos camarins e nos preparamos para as apresentações. 

Algum tempo depois, Raul vem avisar que tudo está preparado e todos estão acomodados no salão de festas. 

Chega o momento de homenagear o nosso público com um pequeno show, dançamos todas as coreografias do nosso filme, surpreendendo a todos, que realmente não esperavam por isso.

Somos ovacionados mais uma vez, o que nos deixa ainda mais emocionados.

Voltamos ao camarim e nos arrumamos, voltamos para a festa todos juntos, mais uma sob aplausos. 

— Por favor caminhem até as mesas, precisamos cumprimentar a todos, um casal por mesa é o ideal. – digo olhando para Michele, Vivian e Marília.

— Está bem Baby, já imaginava que seria assim e amei a ideia. Vou avisar aos outros. – Vivian responde.

— Eros, aquelas pessoas lá fora... – seguro em seu braço para impedi-lo de continuar a andar e digo.

— Você também quer convidá-las para a festa? – ele sorri e demonstra que entende a que me refiro.

Ele concorda e vai falar com um dos executivos, há espaço o suficiente aqui, é praticamente o dobro do salão principal.

Vejo que cada um dos casais começa a percorrer o salão, vão de mesa em mesa, para agradecer a presença e dar boas-vindas. 

Abraçamos e somos abraçados por nossos convidados, tiramos fotos, conversamos rapidamente e continuamos a cumprimentar outras pessoas.

Dani vem me contar o que um fã diz que está surpreso com a nossa aproximação e gentileza, famosos quase nunca tem esse comportamento, pelo contrário, preferem manter distância do público, jamais se dariam ao trabalho de abraçar e agradecer a presença de anônimos. Ela faz questão de transmitir esse recado, peço que me mostre quem é esse fã, vou com Eros para agradecer pessoalmente pelas palavras e dizer que isso é muito comum para nós.

Só depois que cumprimentamos a todos, nos acomodamos em uma mesa enorme bem no centro do salão, algumas de minhas amigas optam por sentar ao meu lado, enquanto Eros prefere sentar à minha frente.

— Isso tudo está sendo incrível, emocionante, é o melhor dia. – Gislaine diz e funga.

As meninas concordam e todos enxugam as lágrimas de emoção, fazem questão de mencionar que estão recebendo muitos elogios.

Todos estão animados com as fotos e os autógrafos, enfim, com todo o reconhecimento pelo árduo trabalho.

Há uma banda tocando, muitos garçons estão espalhados pelo salão servindo os convidados com deliciosos petiscos e diversas bebidas, mas parece que ninguém está animado para dançar. Eros me convida para inaugurar a pista de dança, pede que o músico toque algo especial, vamos dançar um tango bem tradicional e com passos bem-marcados.

Ao fim da coreografia somos aplaudidos. Atendemos alguns fãs que nos chamam e passamos algum tempo conversando com eles. 

Todos nós ganhamos presentes de alguns dos nossos convidados, abrimos com todo carinho, agradecemos e pedimos que garçons guardem para levarmos conosco quando partirmos. 

Voltamos para a nossa mesa e planejamos uma nova coreografia para divertir os convidados, mas para dançá-la temos que trocar de roupas, voltamos e vamos direto para o palco, danço apenas com meus amigos essa música latina.

A música começa e danço no centro da pista de dança presa por um longo tecido preto que é segurado por Claudio, Enzo, Ricardo e Rafael. Minha roupa é realmente curta e deixa o corpo bem exposto. 

Os rapazes levantam o tecido e saem do tablado, esse é o sinal para que as meninas, Michele, Samara, Dani, Gislaine, Iara e Vivian, entrem e dancem comigo, mas elas ficam a frente de um jeito bem provocativo e com roupas bem curtas, evidenciando suas curvas. 

Os homens se aproximam e dançam conosco, apenas os quatro dançam com as sete mulheres! 

No fim da coreografia, Ricardo dança comigo e com a Michele, Claudio dança com Dani e Vivian, Rafael fica com Gislaine e Iara e ao fundo Enzo dança com Samara.

Mais uma vez todos aplaudem muito, agradecemos e circulamos pela festa.

Nossos amigos vão dançar e nós ficamos apenas admirando. 

— Não sei como a Dani não tem ciúmes do Guilherme, as mulheres estão cobiçando-o. E a Tatiane que deixou a Marília dançar com o Leonardo, parece que nem liga para as mulheres paquerando-o. O que há de errado com elas? Se fosse o Enzo... – Samara se queixa.

— Elas estão certas, são seguras, o que vai adiantar você pressionar o homem, ele vai te amar mais? As mulheres deixarão de olhar para ele? – sorrio para a minha amiga e explico.

Eros se aproxima e eu paro de falar, apreciamos o final da linda coreografia dos nossos amigos e aplaudimos muito.

A festa está ótima, nossos convidados parecem estar mais à vontade agora e dançam conosco. Eros faz questão de me levar para o palco, mas desta vez convida cinco dos nossos amigos, Igor, Eduardo, Leonardo e Victor para dançar o pasodoble conosco.

Visto uma saia longa e Eros pega o capote apropriado para esse ritmo.

É uma coreografia bem intensa, de passos bem-marcados, uma disputa como em uma tourada, os tecidos são agitados, muitos saltos são realizados, os homens me elevam e fazem mergulhar no ar, passo que ensaiamos há muito tempo, mas nunca incluímos em uma coreografia.

Eros encerra a coreografia me fazendo deslizar no chão por entre suas pernas, finaliza com um gesto imponente, ajoelha e puxa meu corpo para si.

Todos levantam para nos aplaudir, o que nos faz agradecer sorrindo.

A festa invade a madrugada e está se aproximando do final, mas todos querem que continuemos dançando, então decidimos fazer a coreografia de despedida e chamamos todos os nossos amigos.

Terminada a coreografia fazemos questão de ir em cada mesa, para nos despedir e agradecer a a presença de todos neste dia tão especial. 

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