Areópago, não pousia a antiga glória que havia nos tempos antigos. Antes esse era o lugar aonde o conselho, que possuía o mesmo nome do local, se reunia, eles eram o supremo tribunal como também cuidavam de assuntos educacionais e científicos.
Agora o local não passa de uma grande área de ruínas gregas, um local que deveria atrair os turistas e estudiosos aos montes.
"Onde estão todos?" Perguntou Diana, em pé na grama, olhando para as construções decadentes abaixo.
O local não possuía um relevo plano, a muitas formações rochosas e pequenos montes aonde foram construídos os templos e mais abaixo, uma pequena cidade, foi no alto que tudo de valor histórico está, mesmo sendo belos os lugares, não havia muito o que olhar neles, as construções gregas são bem sólidas, e por isso, que o que sobrou depois de tantos anos foi a fundação do local, colunas gregas em pé e um teto, mas nada dentro.
"Uma subdimensão é ligada ao plano que ela está conectada, mesmo querendo não ser vista, uma pouco do que está escondido acaba vazando, e isso foi o bastante para afastar todos os mortais e criaturas vivas do local." Explicou Zatanna.
Ela não está errada, só agora percebi que não consigo ver ou escutar nem mesmo uma única ave ou pequeno animal no ponto mais alto desse lugar e nas áreas próximas, tudo estava vazio, deuses, nem posso ver fantasmas, seres que estão presentes em praticamente todos os lugares, no centro disso tudo está a maior construção, talvez o local onde eram realizados os julgamentos do tribunal antigamente.
"Como entramos?" Perguntou Diana, tirando seu escudo e espada das costas.
Fizemos uma pequena parada com minha Casa para pegar algumas coisas, suprimentos mágicos para a Zatanna e armas para Diana, como eu literalmente trouxe minha casa comigo, que está calmamente atrás de nós, não precisei pegar nada.
"Kírix, você pode ver a entrada?" Zatanna, perguntou para mim, segurando sua varinha preta com a ponta branca e usando cartola.
"Sim, bem em cima da construção." Apontei para o local.
Minha peculiaridade que ganhei ao nascer, os olhos que vem a verdade, como Destino chamou, são bastante úteis para coisas assim, então posso ver claramente a fenda negra na vertical de dez quilômetros bem acima da construção no ar, dentro dela, posso ver apenas nuvens negras de tempestade.
"Eu também posso, ele não está tentando se esconder, é quase como um convite aberto, só temos que entrar." Continuou Zatanna.
"Então vamos!" Contou Diana, já flutuando na direção da fenda.
Zatanna, moveu sua varinha ao redor do seu corpo num círculo, criando uma plataforma circular incolor que a levantou do chão e flutuou lentamente a frente.
Estava esperando um pouco mais de cuidado e cerimonia antes de entrar na armadilha de um deus, mas o tempo que estamos conversando aqui, pode ser anos dentro dessa dimensão, anos que a mãe da Diana, está sobre o controle de um louco.
Pensando dessa forma, a cerimônia durou tempo demais.
XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX
"Steve, por que a uma mulher laranja com o cabelo em chamas voando do lado de fora?" Perguntou Charlie, sentando no lugar do copiloto do pequeno avião que eles estão pilotando agora.
Steve, olhou para a janela do lado do copiloto, e do lado de fora voando paralelo a eles, estava Starfire, com um sorriso no rosto vestindo seu traje apertado e roxo acenando para eles com animação.
"Essa Charlie, é o nosso reforço, e bem a tempo devo dizer."
Eles estão seguindo o sinal da Verônica Cole, a mais de uma hora pelo mundo, e isso os levou para oceano, alto mar.
Não havia muito que ver aqui, a não ser a imensidão azul do mar e o céu azul acima.
"Deixamos a entrar?" Pergunto de novo Charlie, estranhando ser seguido por uma alien laranja que parece ser bastante sociável, mesmo conhecendo ela pelo seu trabalho de modelo.
"Não, já estamos chegando, ela vai ajudar muito mais do lado de fora se algo der errado."
Steve, fez alguns sinais indicando que eles estão próximos do alvo, Starfire, pareceu ter os entendidos e fez alguns sinais de positivo, para depois voar acima do jato, pousando e se segurando no teto.
"Sinto falta do tempo que nos preocupávamos apenas com um atirador ou uma bomba escondida." Suspirou seu amigo do seu lado.
"Qual é o problema com essa missão? Vamos apenas invadir um local e retirar um recurso para interrogatório, já fizemos isso um milhão de vezes para o exército." Brincou Steve.
"O recurso em questão tem um deus grego na discagem rápida."
"Já tivemos situações semelhantes desde que entramos na A.R.G.U.S." Voltou a brincar Steve.
"Quando um deus está envolvido, não há nada que se possa dizer ser semelhante!"
"HaHaHa!" Riu Steve.
"Parece que todo mundo está de bom humor, isso é bom, faz maravilhas antes do combate."
Outro entrou na cabine do piloto, usando um uniforme militar e boina verde, ele é um homem forte e alto de olhos azuis e um sorriso bem grande no rosto.
"Chefe, só estamos aqui pensando o quão louco é ter que ir atrás de uma mulher com um deus na discagem rápida, ainda mais o deus da guerra!" Voltou a gritar Charlie.
"Isso não é incrível, nunca fica chato trabalhando com o Steve e sua nova mulher." Brincou Chefe.
"Oh, é verdade, Steve acabou de casar com uma semideusa, você deve ter salvado uma escola cheia de crianças na sua vida passada para ter tanta sorte nessa." Charlie, pegou a deixa do Chefe, e começou a brincar também.
"Brincadeiras à parte, como você sabia esse caminho?" Perguntou Chefe, mas seriamente.
Eles conseguiram uma posição bem vaga do alvo, após chegar no oceano aberto, as chances de a encontrar são quase zero sem qualquer apoio da A.R.G.U.S, até mesmo com todos os satélites disponíveis apontados para o oceano, ainda não era uma certeza os encontrar.
"Porque eles estão indo na direção da Ilha Paraíso, casa da Diana." Respondeu ele.
"Você sabia onde estava a ilha esse tempo todo!?" Perguntou Charlie, em voz alta, surpreso por isso.
A localização da Ilha, foi algo muito cobrado pelos superiores desde que eles receberam o relatório da pequena aventura que ele teve nela depois de cair com seu avião, mas Steve, sempre negou ter qualquer lembrança do local exato, e como seu avião foi acertado um pouco antes da sua queda, era uma boa história, história que foi confirmada pelo polígrafo.
"Tem coisas que é melhor deixar de fora no relatório para o comando, a localização de uma ilha pacifica secreta e cheia de tesouros é uma delas." Respondeu ele em voz baixa.
"Mas, e todas aquelas vezes que você foi colocado nas malditas máquinas?" Perguntou Chefe, se referindo ao polígrafo.
"Bem, vamos apenas dizer que tive alguma ajuda de outros envolvidos."
"BIN!"
O apito do aparelho configurado para localizar embarcações chamou atenção de todos para os pontos brilhantes mostrados agora neles.
"Eu tenho o visual!" Avisou Chefe, o único que estava em pé.
Mais adiante no mar azul, eles puderam ver de longe pequenos pontos, navegando quase que lado a lado deixando um rastro pela água.
"Isso é mais do que pensamos." Comentou Chefe.
"Vou descer um pouco para termos um visual melhor." Steve, pegou os controles e o abaixou lentamente, fazendo o avião perde altitude lentamente, mas não o bastante para ser detectado por eles.
{Qual é a situação aí dentro?} Perguntou o último membro do grupo na parte de trás pelo rádio.
Steve, apertou o botão e falou em voz alta para ele escutar.
"Temos um iate bem caro branco avançando com oito outras embarcações menores parecidas com lanchas, todos elas bem armadas com .50 e talvez lança-granadas."
As oito lanchas estavam ocupadas por soldados, um pequeno número deles, talvez apenas para fazer segurança para a dona do iate de aparência bem cara.
"Não podemos nos aproximar muito, esse armamento vai nos derrubar em dois segundos." Avisou Charlie.
O transporte que eles pegaram para essa pequena aventura não foi feito para combate, e sim para movimentação de suprimento ou tropas, a falta de poder de fogo os deixou em muita desvantagem e até mesmo o design da nave, não foi pensada para os dar liberdade de movimento.
Antes de Steve, sugerir um solto bem em cima do iate, um flash vermelho passou por cima da nave, deixando um rastro de fogo para trás descendo em alta velocidade na direção do inimigo.
"A garota laranja tomou a frente." Brinco Chefe.
"Não li o arquivo dela, ela vai ficar bem contra esse tipo de armamento?" Perguntou Charlie preocupado.
"Pelo que a Anjo e Kírix falaram, ela é a mais bem treinada de todos eles." Comentou Steve, movendo a avião para aproveitar abertura que Starfire, vai abrir para eles.
"Paraquedas?" Perguntou Charlie.
"Paraquedas!" Confirmou Steve.
Charlie e Chefe, se moveram para parte de trás do avião rapidamente, deixando controle para Steve por enquanto, pelo menos até eles estiverem bem acima do iate, enquanto a Starfire estiver brincando com as lanças, eles vão atrás da cabeça da Rainha.
XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX
Starfire desceu como um míssil na direção dos alvos com seu cabelo em chamas e curtindo muito a sensação do vento contra seu corpo, ganhando mais velocidade do que o normal.
Ela foi treinada pelos Mestres da Guerra, e de tudo que ela aprendeu naquele mundo condenado, o combate aéreo foi algo que ela está mais confortável em dizer que é seu forte, por isso mesmo, com grande habilidade e quase sendo um feito impossível, ela foi contra o fluxo da queda nivelando seu corpo no ar poucos metros abaixo do mar, tudo isso sem perder sua velocidade, na verdade, ela sua velocidade quase dobrou agora.
{Kori, vá com calma, e atinja os navios que estão na ponta primeiro!} Seu amante, preocupado com ela, acompanhando seus feitos pelo satélite, falou gentilmente pelo comunicador.
Ela gostava disso, em Tamaran, as pessoas antes de se casar com seus pares são muito abertas, não é algo incomum um macho ou fêmea se envolver com três ou quatro pessoas diferentes de ambos os sexos, não a algo parecido com namoro no seu mundo, por isso também não a algo parecido com ciúme e preocupação antes do casamento.
Ela gostou de sentir essa sensação de ser cuidada.
Sem poder dizer nada por conta da velocidade e do túnel de vento ao seu redor a impulsionando para frente, ela fez o que seu amante pediu, indo na direção da asa esquerda das lanchas inimigas, de acordo o que ele contou a pouco, para desativar esses dispositivos arcaicos, ela precisa acertar o motor na parte de trás.
Lutando contra a força do vendo, ela levantou sua mão na direção do motor.
"CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!"
Eles finalmente agiram contra ela nesse momento.
A metralhadora do tamanho de uma pessoa na lancha que ela estava mirando presa ao chão dela foi movida para a sua direção e começou disparar, as balas no ponto de vista dela agora pareciam vaga-lumes, voando em alta velocidade uma atrás do outro aos montes.
Com graça, ela torceu seu corpo o girando indo para esquerda passando pelo lado da lancha. Aquele que estava disparando contra ela, tentou mover a arma para a seguir, só que ela estava rápida demais, e ele perdeu por muito, ela, por outro lado, disparou seu starbolt, um feixe de energia verde perfeitamente no motor.
"BLOMMMMM!"
Aconteceu uma pequena explosão, que levou não apenas o motor como também um pedaço da parte traseira da lancha.
{Foi perfeito, agora cuidado com a curva!}
Após ultrapassar a lancha, ela foi forçada a fazer uma curva bem acentuada na frente de todos os alvos, perdendo um pouco de velocidade, ao passar pelo iate branco bem luxuoso, ela não pode evitar abrir a boca.
"Ehh!" Falou ela sem entender.
{O que houve?}
"A uma mulher loira deitada numa cadeira usando um biquíni branco e óculos escuros, achei estranho ver alguém tão pacifico com tanta confusão ao seu redor." Explicou ela, passando o iate para o outro lado.
{Deve ser o alvo, não se aproxime muito, se ela está tão relaxada, deve ter algo na manga, deixe com Steve Trevor e seus companheiros, eles são mais treinados para isso que você.}
Um pouco antes do ataque, Robin tinha conectado seu comunicador com o interior do jato, por isso ela escutou o plano do Steve, e agiu dessa forma.
"CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!" "CRAK!"
Os inimigos finalmente começaram a reagir, e as balas incandescentes passaram voando ao redor do seu corpo explodindo no mar, durou só alguns segundos, mas ela viu uma quantidade assustadora de balas disparadas contra ela nesse momento, mas não importa, ela está agora passando pelo barco do outro lado daquele que ela acertou primeiro, passando bem próximo da lateral dele, a um segundo de atingir motor de novo ao passar por ele.
"Blaw!"
Algo caio na água bem na frente dela.
"BLOMMMMMMM!"
A pequena explosão fez com que a força da água atingisse seu corpo a fazendo dar várias piruetas descontrolada no ar até atingir o mar.
"TRUMMMMMM!"
Foi uma granada, se foi sorte ou não, acertou ela de jeito.
"Trum!" "Trum!" "Trum!" "Trum!" "Trum!" "Trum!"
O som abafado pela água das balas a fez nadar em alta velocidade para frente ainda submersa, e só depois sair da zona de fogo que ela subiu dando um impulso poderoso.
{Tudo bem?} Perguntou Robin, preocupado.
Mesmo sendo muito resistente, estilhaços ainda podem perfurar a pele laranja dela.
"Sim, isso me pegou de surpresa." Respondeu Starfire, ganhando mais altitude até sair da zona de fogo inimiga.
As sete lanchas, finalmente quebraram a formação e estão agora vindo na sua direção, menos aquela acertada.
{Trevor e seus homens aproveitaram bastante o tempo que você ganhou.} Apontou ele.
Com a comitiva de defesa dispersa indo atrás dela, Steve Trevor mergulhou com seu transporte em alta velocidade, levantado o bico do avião um pouco antes de acertar água, mostrando um grande controle de um avião que não é nada fácil de pilotar ou foi feito para fazer tal coisa.
E a posição dele também foi perfeita, ele está bem atrás do iate agora, bem no ponto cego dele.
{Deixe a líder com ele, cuide dos pequenos primeiro antes de ir ajudar.} Lembrou Robin.
Olhando para as sete lanchas, ela não pode deixar de dar um pequeno sorriso, para logo depois mergulhar na direção delas.
Isso vai acabar rápido, ela não tem muito tempo, outro dos treinamentos que ela ganhou foi navegação, e mesmo não conhecendo muito bem a geografia da Terra, ela se lembra que a ilha que a Diana nasceu, não está muito longe.
XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX
A sensação de atravessar a barreira entre duas realidades diferentes não é uma sensação nova, é como sentir um fluxo de energia massageando todo seu corpo apenas por um segundo. Depois vem a sensação da súbita mudança nos arredores, Atenas estava um pouco fria no ponto de vista mortal, mas esse novo lugar estava quente, fora também as mudanças ambientais como o cheiro, Areópago, fede a enxofre, fumaça com um pouco de sangue.
Quanto ao lugar em si, não há muito o que ver, Areópago não passa de uma coluna solitária que aparecemos bem no início, não há absolutamente nada ao redor da colina, tudo que podemos ver são nuvens negras de tempestade trovejando envolvendo todo o lugar como um manto.
A uma escadaria na minha frente, subindo dando voltas ao redor da colina feita de pedra cinza e branca, cada pequena construção rochosa parecia com crânios, as bocas abertas com nada dentro delas a não ser escuridão, dando um visual bem único e sombrio ao lugar.
Não há sol ou lua nessa realidade, mas a uma fonte de luz, que se encontra bem no topo da colina, parecia uma grande fogueira, com chamas chegando aos dez metros de altura cuspindo fumaça para o alto, e assim que o vento batia contra as chamas as fazendo dança, a luz criava sombras nas rochas, as sombras mudavam então de forma, parecendo com monstro dançando por todo lugar. Não há madeira queimando nesse fogo, só uma construção circular parecida com um prato aonde a fogueira está queimando, as chamas estavam tão altas, que não podíamos ver o que está atrás dela, mas ele não estaria em outro lugar que não o topo.
Por último, e não menos importante, a sensação da mana nesse lugar. Ela gritava morte e batalha, e tinha alguma familiaridade com o Submundo, só que não muito, Areópago, é como uma versão de menor porte do Submundo, só que mais selvagem e sanguinário, primal, talvez seja a melhor palavra para descrever.
"Que belo lugar." Falei em voz alta.
Mesmo que esse lugar pareça um pouco com o Submundo, não vou conseguir nenhum aumento de poder dele, mas o ambiente sombrio, me dá alguma vantagem assim como para a Raven, só que isso não deve importar muito, não há como ganhar uma vantagem maior que o dono do lugar, essa é a casa do Ares, criada com seu próprio poder, de certa forma, é uma parte dele, e tudo isso está emanando do pico.
Estamos na barriga da fera.
"Vamos começar a subir, vamos andando, não quero arriscar chegar perto daquelas nuvens." Comentou Diana, com armas prontas.
Assim, andamos lado a lado até o primeiro degrau da escadaria.
XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX
A subida foi lenta e sem incidentes no ritmo humano, degrau por degrau até o topo. Não sei se foi proposital, mas a falta de um ataque por uma criatura ou talvez pelo próprio Ares, no meio do caminho, só deixou todos ainda mais tensos a cada degrau que subíamos.
Finalmente, passamos a parte da grande fogueira, que ficava num pequeno pico adjacente do maior a frente dele, e para surpresa de todos, mesmo estando tão perto das chamas, não havia nenhum calor emanando dela, apenas um vento fraco e frio.
E lá estava o templo, e como quase toda arquitetura grega, o templo era bem simples, levantando pelas colunas gregas de pedra branca típica, mas a diferença nessa construção é a estátua de pedra de vinte metros de altura bem em cima dele, era uma réplica, ou talvez original, digo isso por que não tem como Ares, ter copiado a estátua famosa dele, era a Ares Ludovisi, retratando-o sentando sem camisa com cabelos enrolados segurando uma espada com um escudo descansando do lado do seu corpo.
Só que claro, como tudo aqui, a estátua tem um toque pessoal, na estátua que conheço feita pelas mãos mortais, Ares está sentando numa rocha, nessa versão gigante na minha frente, ele está sentando em cima de uma pilha de corpos.
{Finalmente, vocês chegaram.} Falou uma voz poderosa e fria dentro do templo.
Mesmo com as chamas nas nossas costas, a luz não conseguiu perfurar a escuridão que estava emanando de dentro do templo, e dessa escuridão, ele se revelou em toda sua glória.
{Já estava cansando de brincar com isso!} Ele jogou algo que estava arrastando no chão.
"Tun!"
O corpo da Hipólita, quicou uma vez no chão e rolou pela pequena escadaria que levava ao templo um pouco acima de nós até parar bem próxima dos pés da Diana, que imediatamente se abaixou para ver a situação da sua mãe.
"Mãe!" Gritou ela, girado o corpo dela para ficar de costas no chão de rosto para cima.
A situação dela não parecia boa, mesmo sem ferimentos visíveis, posso dizer claramente que ela passou por muita coisa, por um bom tempo também.
Zatanna, se moveu e foi para o lado da Diana, colocando sua varinha em cima da testa da Rainha, e falando seu feitiço em voz baixa. Enquanto isso, eu e a Raven, ficamos com nossas atenções presas apenas no Ares, que não se moveu.
Steve, deu uma boa descrição dele, mas é muito difícil descrever um deus, e seu pode-se, eu faria com apenas uma palavra: poder.
A monstruosidade da armadura que ele estava vestindo era intimidante, some isso aos olhos vermelhos no seu elmo e a falta de um rosto mais sua aura que a comparando do titã que matei, seria o mesmo que comparar um gatinho ao um tigre, e até mesmo eu, fiquei com receio de começar uma luta contra ele.
{O que temos aqui, um meio demônio, dois meios deuses e uma feiticeira humana, eu sei sobre vocês, principalmente você!} É claro, que ele apontou para mim.
Sem dizer nada, coloquei meu escudo nas costas, vou precisar velocidade para sobreviver o que vai começar agora, tenho certeza disso só olhando para ele.
"O que você fez com minha mãe!?" Perguntou Diana, se levantando do chão com uma voz fria dirigida para Ares.
{Não faça perguntas idiotas irmã, fiz o que devia ser feito.} Comentou o deus, e do nada para o choque de todos, ele se sentou nos degraus de forma bem relaxada.
"O que você está fazendo?" Perguntou Diana, sem entender a postura relaxada dele.
{Estou um pouco cansado da tortura, pensei em negociar um pouco, e quando essas negociações acabarem, aí sim vamos lutar.} O tom de voz do Ares dessa vez, pareceu mais calmo, quase que divertido.
"Eu nunca vou permitir que um ser como você pise na casa das minhas irmãs!" Gritou Diana para ele, que não pareceu nada assustado ou ofendido pelo seu grito.
Enquanto eles estavam nisso, andei lentamente até a Rainha, junto da Zatanna, que ainda está abaixada com sua varinha apontada para ela.
"O quão grave?" Perguntei em voz baixa para ela.
"Ela foi torturada fisicamente e curada logo em seguida, várias e várias vezes, seu corpo está em perfeitas condições, mas sua mente está esgotada." Respondeu ela em voz baixa.
Acenei para ela e voltei a me levantar, voltando lentamente para o local onde estava a pouco, do lado da Diana, que está gritando com o Ares.
[Raven, quando a luta começar, leve a Rainha para sua escuridão, lembre-se que o objetivo aqui salvar ela, e não lutar contra ele.] Mandei essa mensagem usando telepatia.
[Mais fácil falar do que fazer.] Respondeu ela, quase me fazendo rir.
Vai parecer um pouco ridículo, mas analisando a situação de uma certa forma, você vai chegar na conclusão que seria mais fácil derrotar o Ares para poder fugir, do que simplesmente tentar dar as costas para ele e fugir, não estou brincando, fugir de uma subdimensão fechada é como tentar sair de um cofre feito do mais indestrutível metal por dentro.
{Já controlou suas emoções, irmãzinha?} Perguntou Ares, os gritos da Diana, finalmente pararam.
"Eu não vou abrir a passagem para casa, você continuará banido de tudo que representa ou faz parte do Olimpo!" Falou ela mais uma vez, só que agora, não foi com raiva, e sim com certeza em sua voz.
{HaHaHaHaHaHAHaHaHa!}
"TRUMMMMMMMMMM!"
{HaHaHaHaHaHAHaHaHa!}
A risada do deus, fez as nuvens e chama atrás de nós vibrar com seu humor, ele estava rindo de pura alegria.
"Ache graça da minha vontade o quanto quiser, ela não vai fraquejar." Voltou a falar Diana, quando a risada parou e o local voltou a sua calma.
{Não preciso mais da sua permissão para revogar meu banimento ou entrar na sua ilha, todo que preciso agora, é seu sangue!} Ele falou isso levantando sua mão, e flutuando na sua palma, uma gota de sangue, com certeza, sangue da Hipólita.
"Como?" Diana, confusa não entendeu.
{Durante a tentativa de tomar o poder do Olimpo para mim e me tornar o Deus Rei, eu estava no auge do meu poder, a realidade era facilmente mudada a minha vontade, posso ter perdido no final, mas Zeus, assim como eu, também ficou ferido e mais fraco, e tudo que ele criou também, então com duas gotas de sangue da mãe e filha e mais um pequeno feitiço, a barreira vai me aceitar, e eu vou marchar pela sua bela cidade colocando fogo em tudo!}
Oh ******!
{Bem, o que vai ser?} Perguntou o deus, em fim se levantando.
A resposta da Diana, foi se colocar na postura de batalha com seu escudo na frente do seu corpo e a espada em cima dele, postura padrão protegendo seu corpo se preparando para o contra-ataque contra um alvo a sua frente, uma postura boa como qualquer outra para um inimigo desse nível, também me preparei da mesma forma bem do lado dela, mas sem meu escudo, segurando a espada com as duas mãos na frente do meu corpo.
Zatanna, se levantou e Raven, abaixou um pouco seu corpo, como se estivesse se preparando para algo.
{Não esperei uma resposta diferente vinda daquela com meu sangue!} Falou ele parecendo bem-humorado agora, quase que ansioso pelo que vai acontecer agora.
Ares não tomou nenhuma posição de batalha, acho que quando você é o Deus da Guerra, você está sempre pronto para a batalha, a prova disso, é o ar em torno dele, diferente da aura vermelha queimante do Menoetius, a que está na minha frente agora tem um efeito de opressão e terror, posso sentir até mesmo a sede de sangue emanando dele, o homem era uma montanha.
"BLOMMMMMMM!"
"TRUMMMMMMM!"
"BLOMMMMMMM!"
"SHIFFFF!"
Eu fui acertado?
A dor diz que sim, o fato deu ter quicado para fora do templo nas escadas duas vezes criando buracos nelas e no final criar um pequeno canal no meio delas durante minha parada, também é prova disso, assim como meu braço quebrado, e a dor do meu ombro.
Algo me acertou, e agora estou estupidamente olhando para as nuvens de tempestade de costa no chão.
Levante!
Antes de conseguir isso, um pé coberto por uma armadura negra pisou em mim, e por sorte, consegui colocar meu braço na frente dele, evitando assim ser esmagado.
"BLOMMMMMMM!"
Não consegui manter minha mão levantada e foi empurrado para baixo, assim como meu corpo, afundando alguns centímetros no chão.
{Você conseguiu defender dois ataques meus, bravo!} Escutei Ares, antes dele remover seu pé, e chutar a lateral do meu corpo.
Ignorei a dor nas minhas costelas enquanto estava girando de lado no ar, toquei o chão com minha mão retomando o controle no ar e caindo em pé já na posição de batalha, agora com meu escudo levantando olhando para meu inimigo a vinte degraus acima de mim.
{Bem treinado, mas….}
Antes dele completar a frase, um portal negro apareceu a esquerda, e a primeira coisa que saio dele foi a lâmina de uma espada na horizontal, apontando para seu pescoço. Ares, se moveu rápido, levantando seu braço, deixando que o antebraço acertasse a parte de baixo da lâmina, tirando faíscas dela.
Assim que o corpo da Diana, estava saindo do portal, Ares, moveu seu corpo para esquerda tirando a lâmina da espada do seu caminho e desferindo um soco no peito dela, com a graça de uma bailarina, ela deu um pequeno salto, passando por cima dele num mortal e caindo do outro lado, girando seu corpo tentando o cortar ao meio.
"TIK!"
Ares, simplesmente pegou a lâmina com os dedos e olhou para ela com curiosidade.
{Um dos trabalhos de Hefesto, isso explica como você atravessou minha armadura com tanta facilidade!}
Ainda segurando a espada, ele girou seu corpo, jogando o corpo da Diana na minha direção, que girou no ar e caio do meu lado.
{Eu também tenho uma boa arma!}
Ele esticou a mão, e uma gosma preta apareceu ao redor dela e tomou a forma para cima, e se tornou sólida como metal, e lá estava ele, segurando uma Labrys.
Acho que até mesmo a Diana, esqueceu do roubo que aconteceu na A.R.G.U.S anos atrás, mas aqui está na nossa frente, a arma roubada.