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O início de tudo (Prólogo)

Estamos no ciclo MMXXX, e hoje é o primeiro sol da primeira semana de Divizé, amanhã irá fazer 3,5 ciclos que os eventos começaram a acontecer, uma enorme estrutura, como uma torre preta, maior do que qualquer coisa feita pelo homem, com uma grande porta dourada, incrustada com as mais belas joias, surgiu no mundo, sem sons, sem tremores, simplesmente apareceu.

Quando a torre surgiu, 10 individuos desapareceram. Não foi algo muito alarmante, pois achava-se que se tratava de mais um dos muitos casos de desaparecimentos locais que sempre aconteceram, porém, mais tarde, quando a porta da torre se abriu e essas mesmas pessoas saíram de dentro dela, soube-se que esses desaparecimentos nao eram tão simples como se achava que eram.

Essas pessoas estavam diferentes, elas tinham mudado, estranhamente, elas tinham um chifre unico em suas cabeças. Quando a torre os chamou e eles aceitaram seu chamado, ela lhes deu poder, riquezas e prestigio. Eles eram tratados como reis, e a eles foi dado o dominio da torre, onde somente eles poderiam entrar. Eles contavam a população as maravilhas que haviam la dentro, terras, palacios, montanhas de ouro e joias das mais preciosas. As pessoas ficavam maravilhadas e era comum haverem discussões sobre o quanto alguém gostaria de ter tido a sorte de um dos 10 de ser escolhido. Á torre foi dado o nome de Splendor, e nela os 10 reis faziam sua morada.

A eles foi dado altos cargos, pois eram respeitados por suas riquezas, e principalmente pelo poder que haviam recebido da torre, algo que a humanidade jamais havia visto, as palavras da morte, que usavam o poder da morte para fazer coisas impossiveis, funcionava como a magia dos contos de fadas, dizia-se que poderia trazer os mortos de volta a vida, conceder imortalidade, e simplesmente não parecia haver limites para este incrivel poder.

Através de suas riquezas e com promessas de poder, os 10 que ficaram conhecidos como et cornibus, tentaram seduzir a humanidade a adentrar na torre, para isso bastava que quando ouvissem um susurro em seus ouvidos lhes estendendendo um convite, o aceitassem. Em um mesmo dia, toda a humanidade ouviu um sussurro, que dizia em seus corações:

-Eu vos darei tudo o que desejas, basta que aceites meu convite, queres adentrar na torre?

Era uma voz que parecia intensificar os desejos mais fortes de cada um e despertava visões de cobiça, riquezas e poder na mente de todo aquele que ouvia. Mas então logo em seguida uma Voz Majestosa e doce, porém severa foi ouvida por todos, que retumbava como um trovão dizendo:

-A morte espera aqueles que adentram a torre!

Essa Voz pareceu despertar muitos da sedução da torre, fazendo grande parte da população desconfiar e hesitar em adentra-la. Porém, muitos ainda recusaram-se a ouvir-La e 1/3 da humanidade simplesmente desapareceu. Os que ficaram, alarmados, concluiram que os desaparecidos haviam aceitado a proposta da torre, e assim como os et cornibus, os outros deveriam tambem deveriam tê-la adentrado. E estavam certos, 1/3 da população realmente entrou na torre, porém, quando a torre se abriu, os humanos que entraram, deixaram de ser humanos, e se tornaram bestas, os vivos que entraram deixaram de estar vivos e se tornaram mortos, e os mortos caçavam e devoravam tudo que estava vivo.

E esse foi o inicio do evento que mais tarde foi chamado de tenebrae, onde 1/3 da humanidade se corrompeu, e aqueles que restaram foram caçados pelas bestas e mortos corrompidos pela torre. Os 2/3 da população que restou lutou por suas vidas, estando em constante batalha contra os corrompidos, porém, os mortos alimentados pela corrupção, eram mais fortes do que nós, armas humanas mal os feriam. Atiravamos neles, mas eles nunca caíam, nunca descansavam, seu unico proposito era caçar os vivos, e só obedeciam ao alto escalão dos corrompidos, os et cornibus e seus suditos mais fiéis, os viri sanguinium e as bestias.

A essa altura ja era dificil de se impressionar com qualquer coisa, mas para a surpresa dos vivos, nem todos os que sairam da torre sairam como mortos, bem, na verdade, eles tambem não estavam extamente vivos, mas eles se tornaram viri sanguinium e bestias.

Viri sanguinium eram poderosos e astutos, muito proficientes no uso de verba ex tenebrae, um poder inferior ás palavras da morte, mas que do mesmo modo dava á seus usuários o poder de conjurar magia por meio de uma troca, um sacrifício. Estes faziam parte do alto escalão, atuando principalmente como lideres dos exercitos corruptos. Usavam roupas finas e possuiam uma beleza encantadora, mas eram como lobos em pele de cordeiro, pois possuiam corações repletos de malicia e uma sede por sangue que os tornavam semelhantes aos vampiros das lendas.

Bestias eram seres que ja não tinham mais semelhança com os humanos, tinham uma forma humanoide com caracteriscas de lobos, assim como os lobisomens das lendas. As bestias atuavam como guardas e caçadores, tinham poder muito superior aos vivos, com peles impenetraveis por balas, e sentidos elevados, eram caçadores poderosos e brutais.

A humanidade estava sendo cada vez mais reprimida, a corrupção dos mortos era extremamente contagiosa, bastava uma mordida e você se tornaria um deles. As bestas eram muito poderosas, e et cornibus eram inatingiveis, e assim rapidamente a humanidade tornou-se escassa.

Quando os vivos estavam perdendo as esperanças, uma luz explodiu nos céus, iluminando cada um que pisava na face da terra. Diante daquela luz, os vivos nunca tinham se sentido tão vivos, e os mortos tão mortos, pois viri sanguinium e bestias que entraram em contato com ela, desapareceram em nuvens de fumaça, e os mortos que foram atingidas pela luz, foram queimados em poderosas chamas. Então uma Voz resoou como trovão:

-Vos darei Minha Luz, Minha Luz será vossa salvação!

Essa Luz era Verbum, a Voz que nos advertiu sobre as consequencias de entrar na torre. Quando a Luz brilhou, Verbum deu aos vivos o poder de Sua Luz, a unica arma capaz de lutar contra os corrompidos, e esse evento ficou conhecido como lux. Com este poder, os vivos receberam uma arma para lutar e manter suas vidas e com o tempo, os vivos se juntavam em grupos liderados por eruditos, e pequenas cidades começaram a se levantar por todos os lugares. Nessas cidades se reuniam os vivos em busca de auxilio e segurança, e a humanidade estava passo a passo se reerguendo...

Ou assim pensavamos. Depois que a humanidade recuperou a esperança, os corruptos pareciam começar a se sentir ameaçados, porque voltaram ainda mais freneticos e brutais na sua caça aos vivos, como uma besta encurralada que sente sua vida ameçada, voltaram ainda mais fortes, enxameando e tentando destruir toda pequena cidade que se levantava. A guerra se intensificou, os vivos tinham difculdade em encontrar refúgio, pois as cidades que se levantavam eram alvo de enxames de corruptos, como se eles soubessem as consequencias de permitir que uma cidade se levantasse e se fortalecesse. Porém, nesse momento de desespero, onde a guerra se intensificava, mais uma vez a Luz veio em nosso auxílio. Uma ave surgiu nos céus, com um brilho resplandecente e cheia de uma beleza incomparavel, de um branco incorruptivel, que dava paz a todos os corações.

Em todos os corações que aquela luz tocava uma mensagem era escrita: "Dou-vos um refugio, um lugar onde os mortos não podem entrar, a terra santa, que chamaras de Operis Lucis, onde encontrareis vossa paz e onde serás mergulhado em rios de pura alegria. Tambem dou-vos o caminho pelo qual deveis seguir para chegar lá, para encontrar esse caminho deverás escutar a Voz em seu coração, é no fundo dele que gravei as instruções."

E então a ave branca desapareceu de nossas vistas, mas não antes de nos fazer conhecer seu nome, Album, o Rei Sábio. Foi tudo tão belo que muitos se perguntaram se aquilo não se tratava de uma ilusão criada por suas mentes, mas a paz e o sentimento deixados por Album em nossos corações nos provavam que aquilo realmente havia acontecido.

Quando fechavamos os olhos e tentavamos nos concentrar naquele sentimento, era como se um novo mundo se abrisse, e nossas almas entrassem nele. Com os olhos da alma, podíamos ver no núcleo desse mundo, um grande coração, envolto por chamas douradas ardentes, que variavam de intensidade de pessoa para pessoa. Descobriu-se que o coração no núcleo desse mundo, representava nossos corações, e as chamas que o envolviam, a luz de Verbum.

As chamas se intensificavam de acordo com o que preenchia os corações de cada um. Se a lenha do coração, o alimento das chamas fosse propício á combustão, as chamas douradas se intensificavam e quanto mais deste cobustivel havia, mais fortes as chamas se tornavam. E assim, ao mundo de nossos corações foi dado o nome de COR.

Depois que nos foi entregue as instruções para chegar a terra santa, a torre, agora conhecida como Operis Tenebra, voltou a nos chamar. Sua voz ecoava diariamente, tentando nos seduzir novamente a aceita-lá, porém a luz deixada por Verbum em nós era capaz de tornar nossos ouvidos surdos a esses chamados. As vezes a voz ecoava como rugidos de uma fera encurralada e parecia temer não ser ouvida, parecia fazer de tudo para nos seduzir.

Todos agora sabiamos as consequencias de entrar na torre, mas aparentemente quanto mais baixa a intensidade das chamas de nossos corações, mais nos afastavamos da luz de Verbum que nos protegia e mais insensatos ficavamos, até que entrassemos em um estado de cegueira total e nos tornassemos inconscientes de nossas escolhas.

Esvaziar o coração entregando-o á escuridão do vazio, era como retirar de lá a lenha que alimentava as chamas, e conforme o coração esvaziava, as chamas, sem lenha para queimar, diminuiam sua intensidade. Verbum havia nos dado a sua luz, como uma chama que envolvia e protegia nossos corações, mas não nos obrigou a aceita-la, e a decisão de aceita-la ou não estava em nossas mãos, e alguns, seduzidos por seus desejos e duvidas, rejeitaram essa luz, tornando-os cada vez menos resistentes ao chamado da torre.

Então, infelizmente descobriu-se que quando as chamas se apagavam, a escuridão tomaria o controle, o coração não mais aquecido pelas chamas, se congelava e endurecia, e logo chamas negras que se alimentavam da frieza e do vazio envolviam os corações petrificados. Estas chamas não tinham calor, pelo contrário, eram como chamas congelantes, que alimentadas pelo frio, intensificavam e ampliavam a frieza por todo o COR, e quando tudo isso acontecia, a corrupção corroía nossas conciencias, então, entrariamos para as filerias do exercito dos mortos, e esse fato infelizmente foi descoberto da pior forma.

Aqueles que se corromperam, elouquecidos e cegos pela brutalidade, atacavam tudo em seu caminho, devorando tudo que estava vivo. E então se soube que ainda não estavamos livres da corrupção da torre. Porém, ainda estavamos esperançosos, pois as instruções deixadas por Album continuavam lá.

Muitos tentavam ouvir a voz da qual Album nos falou, mas a voz da torre e nossa própria voz tambem ecoavam em nossos ouvidos, criando ruidos e sons que dificultavam o discernimento da Voz deixada em nossos corações.

Muitos passavam seu tempo tentando entender as intruções, e quando recebiam a compreensão de parte delas, largavam tudo e peregrinavam em busca da terra santa. Então, foi dado inicio de uma era, a era da grande busca pela Operis Lucis, a terra santa.

Este é apenas o prólogo, o protagonista vai surgir somente no próximo capítulo! Espero que gostem...

Fabula_Piacreators' thoughts
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