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Retorno a Khalarion

Akel, exausto, tentou seguir seu caminho, mas seu corpo já estava no limite. Sem outra opção, resolveu parar para descansar. Ele examinou a área ao redor e notou que tudo parecia estranhamente calmo, como se a floresta tivesse feito uma pausa para observá-lo. Isso o intrigou, mas decidiu ignorar e concentrou-se em encontrar um local confortável.

Ele encostou-se a uma árvore robusta, cujas raízes expostas se entrelaçavam no solo como serpentes. Ao sentar, começou a refletir sobre tudo o que havia enfrentado até ali: desde o Leshen, com suas garras afiadas e olhar penetrante, até a criatura bizarra que encontrara recentemente, que parecia ter saído de um pesadelo.

— "Nunca estive nessa parte da floresta, mas sabia que seria complicado. Mesmo assim, monstros desse nível me surpreenderam," — pensou, observando os arredores. Os sons da floresta eram sutis; o farfalhar das folhas se misturava ao canto de pássaros distantes, criando uma sinfonia que, embora bela, parecia disfarçar a presença de perigos ocultos.

A Floresta dos Monstros era conhecida por sua diversidade de biomas, que iam de pântanos traiçoeiros, onde o solo afundava como se quisesse engoli-lo, a rios imensos, repletos de criaturas aquáticas mortais que poderiam arrastar um homem para as profundezas sem hesitar. Akel sempre sentira um profundo respeito por essa natureza crua e indomada.

Seus olhos vagaram até um altar que avistara mais cedo, uma estrutura de pedras cobertas de musgo e líquens, parecendo quase pulsar com uma energia antiga. — "Esse altar maluco... nem estou curioso para saber o que ele faz," — murmurou com desinteresse, virando-se para descansar um pouco mais, mas uma pequena parte dele se perguntava sobre o que poderia ter ocorrido ali.

Depois de alguns minutos, Akel se levantou e sentiu o vigor retornar ao corpo. O cansaço ainda pesava, mas a determinação se reacendia.

— "Bom, já estou um pouco melhor. Acho que consigo andar até a guilda... Ou, pelo menos, é o que espero."

Ao começar a caminhar de volta pelo caminho de onde veio, notou que a floresta, antes opressiva e sufocante, agora parecia menos incômoda. Isso o deixou levemente desconfiado, mas ele seguiu em frente, seus passos ecoando na trilha. A luz do sol filtrava-se através das copas das árvores, criando um padrão de sombras e luz que dançava ao seu redor.

Antes de sair da floresta, deu uma última olhada para o caminho denso e sombrio que havia percorrido. — "Voltarei, floresta. Me aguarde," — disse, com um sorriso sarcástico no rosto, como se a floresta fosse uma velha amiga que o desafiava a voltar.

Ao emergir da vegetação densa, Akel avistou os vastos campos verdes de Khalarion se estendendo à sua frente. O vento suave balançava a grama, e a visão era quase relaxante. No entanto, ao olhar mais atentamente, percebeu que a cidade estava muito mais longe do que ele imaginava.

— "Ah, você só pode estar brincando. Eu não vou conseguir andar tudo isso," — resmungou, sentindo o peso da distância.

A escuridão começava a se instalar, e a preocupação pesava em sua mente. Foi então que avistou uma carruagem vindo em direção à cidade, seu brilho polido refletindo a luz do crepúsculo. Usando o resto de suas forças, Akel gritou e correu, acenando para que parassem. A carruagem diminuiu a velocidade e, por sorte, parou.

— "Obrigado por parar... Eu estava quase desmaiando," — disse, ofegante, enquanto se apoiava na lateral da carruagem, tentando recuperar o fôlego.

— "Não foi nada, meu jovem," — respondeu o condutor, um homem de cabelos vermelhos e um olhar gentil, mas firme.

Quando Akel se aproximou mais, percebeu que aquela não era uma carruagem qualquer; era da realeza de Khalarion. Isso o surpreendeu um pouco, mas ele não estava particularmente preocupado, pois sabia que Khalarion e Valorian não tinham uma boa relação — e o roubo da espada provavelmente não teria chegado aos ouvidos deles.

— "Vocês são da família real?" — perguntou Akel, com desinteresse.

— "Sim, somos," — respondeu o homem de cabelos vermelhos. — "E, por acaso, você é Akel Otair?"

Akel deu de ombros. — "Sim. Mudando de assunto... será que posso pegar carona até a cidade?"

O homem ficou visivelmente surpreso pela falta de formalidade de Akel, mas assentiu, um sorriso curioso surgindo em seus lábios.

— "Claro, pode entrar. Sente-se comigo, gostaria de conhecer melhor o famoso caçador."

Akel, ainda desconfiado, entrou na carruagem. Ao entrar, viu duas outras pessoas lá dentro: um rapaz e uma jovem, ambos com os mesmos cabelos e olhos vermelhos, indicando que eram filhos do homem.

— "Ouvi dizer que o rapaz é gente boa, mas um pouco orgulhoso... E a garota, bem, um pouco mimada. Mas ambos são fortes," — pensou Akel, avaliando-os com um olhar crítico.

— "Esses são meus filhos," — anunciou o homem. — "É um prazer conhecê-lo, Akel Otair. Meu nome é Laimon Cartas," — disse, estendendo a mão.

Akel apertou sua mão, ainda pensativo. — "Prazer em conhecê-lo, senhor Laimon."

O silêncio foi brevemente quebrado quando o homem se lembrou de algo.

— "Ah, perdoe-me, esqueci de me apresentar formalmente. Meu nome é Kael Cartas, líder da família Cartas, uma das principais de Khalarion," — disse o homem de cabelos vermelhos, com uma reverência discreta, mas ainda mantendo um ar de nobreza.

Akel permaneceu calmo, mas por dentro analisava a situação com cuidado. **"Kael Cartas, hein? Isso é interessante. Mas por que tanta formalidade?"** Ele decidiu não demonstrar curiosidade, mantendo seu comportamento relaxado.

— "Interessante, senhor Kael. E o que a família real está fazendo tão longe da cidade, numa área tão... inóspita?" — perguntou Akel, deixando sua desconfiança no ar.

Kael sorriu, como se estivesse esperando a pergunta. — "Estamos em uma viagem diplomática. A floresta, apesar de perigosa, é uma passagem importante para conectar Khalarion com outros reinos. Já ouviu falar dos tratados com os Reinos do Norte?"

Akel fez um gesto vago. — "Alguma coisa... embora política não seja meu forte. Prefiro caçar monstros a me envolver com tratados."

— "Ah, claro, claro. Ouvi falar de sua fama como caçador. A guilda fala muito sobre você, tanto pelos seus feitos quanto pelas suas... aventuras arriscadas," — disse Kael, com um tom que misturava admiração e cautela.

O comentário fez Akel sorrir de lado, sem negar ou confirmar. Ele estava acostumado a ser o centro das atenções, mas a presença da família real aumentava a pressão em torno de sua figura.

Enquanto conversavam, Akel notou que os filhos de Kael, Akira e a jovem, que ainda não havia se apresentado, observavam-no com atenção. Ele sentiu que estava sendo avaliado, como um novo desafio a ser enfrentado.

— "E você, senhorita, ainda não me disse seu nome," — disse Akel, dirigindo-se à jovem de cabelos vermelhos.

Ela ergueu o queixo levemente, num gesto de orgulho contido, e respondeu: — "Me chamo Lyra Cartas. E, sinceramente, esperava mais de alguém com sua reputação," — disse, com um tom que mesclava arrogância e curiosidade.

Akel levantou uma sobrancelha. **"Interessante..."** O desafio estava lançado, e ele sorriu, pronto para brincar com a provocação.

— "Espero que não esteja decepcionada," — retrucou, com um sorriso provocador.

Lyra cruzou os braços, mas não respondeu, parecendo medir suas palavras. Akel percebeu que ela era mais cautelosa do que parecia à primeira vista, e isso despertou sua curiosidade.

Kael observou o breve diálogo com interesse, mas voltou à conversa original.

— "Akel, o que me traz curiosidade é o motivo de sua viagem. Um caçador como você, tão longe da guilda e sem companhia... estaria em uma missão especial?" — perguntou Kael, disfarçando uma investigação casual.

Akel sabia que não podia contar sobre o roubo da espada, especialmente para a família real de Khalarion, então improvisou.

— "Nada muito especial. Só estou seguindo alguns rastros de criaturas problemáticas. A guilda sempre me manda para lugares complicados. Creio que me divirto com o desafio," — disse, sorrindo, mas mantendo a mente alerta.

Kael assentiu, mas o brilho em seus olhos indicava que não estava totalmente convencido. Akel percebeu que a conversa estava se tornando um jogo de xadrez, onde as peças eram cuidadosamente movidas.

— "Sei como é," — Kael continuou, com um tom mais sério. — "A vida de um caçador e a de um líder têm mais em comum do que parece. Constantemente lidamos com monstros, sejam eles de carne e osso ou não."

Akel sorriu de leve, reconhecendo o jogo de palavras, mas antes que pudesse responder, Akira, o filho de Kael, se intrometeu.

— "Se gosta de desafios, Akel, deveria passar mais tempo em Khalarion. Temos nossas próprias criaturas. Aposto que você teria trabalho por lá."

Akel riu, relaxando um pouco. — "Pode ser. Quem sabe um dia eu aceite o desafio."

A carruagem continuava seu caminho enquanto a noite avançava, a escuridão envolvendo-os como um manto. Akel, sempre cauteloso, não tirava os olhos da paisagem, mas também sentia que, por algum motivo, essa família estava mais interessada nele do que deixavam transparecer. **"O que será que eles realmente querem?"** pensou, mantendo seus instintos afiados.

Quando a carruagem finalmente parou na entrada principal da cidade, Akel não perdeu tempo. Ele abriu a porta e, sem olhar para trás, disse:

— "Vou ficando por aqui. Não quero mais incomodar vocês."

— "Não está incomodando ninguém, jovem Akel," — respondeu Kael, com um leve sorriso. — "Mas se é isso que deseja, não irei forçá-lo."

A carruagem começou a se afastar, e Kael gritou: — "Nos vemos no torneio de guildas, Akel!"

Akel parou por um momento, pensativo: "Torneio de guildas? Já?"

O torneio de guildas era um evento anual em Khalarion, onde se reuniam todas as guildas de diferentes países. Elas colocavam seus caçadores para lutar entre si, enfrentar monstros poderosos e sobreviver a desafios inimagináveis. A guilda dos Renegados, à qual Akel pertencia, havia ficado em 68° lugar no último torneio, sem a presença dele, o que já era um feito, considerando que havia mais de quinhentas guildas no mundo.

"Então já é época desse torneio, hein? Talvez eu participe desta vez." Akel nunca havia participado do torneio por pura preguiça, o que sempre deixava Zeng, o líder da guilda, irritado com ele.

Akel começou a caminhada até sua guilda, passando pelas ruas lotadas de Khalarion. As luzes das lanternas iluminavam o caminho, e o cheiro de comida das barracas de vendedores flutuava no ar. "Como pode ter tanta gente até mesmo nesse horário?" pensou, observando a movimentação ao seu redor.

Chegando perto da guilda, já podia ouvir os outros caçadores conversando enquanto um bardo cantava em um canto, sua voz ecoando pelas paredes de pedra.

— "Ah não, esse bardo de novo? Que droga." Ao entrar na guilda, todos perceberam que Akel havia voltado, melhor do que pensavam. O silêncio dominou a taverna até que o bardo falou.

— "Ora ora, então meu grande amigo Akel voltou realmente!" — disse, estendendo a mão para Akel.

Akel pegou na mão do bardo e começou a apertá-la com força, um sorriso travesso no rosto.

— "Cabel, você precisa de um novo repertório. Suas músicas estão me deixando surdo," — disse Akel, com um tom divertido.

— "Aí, aí, calma, Akel! Que tal parar de apertar minha mão, hein?" — disse Cabel, se contorcendo de dor.

Então Akel soltou a mão de Cabel, sentindo um alívio.

— "Certo, agora vai embora," — disse Akel, com um sorriso malicioso.

— "O que? Por quê?" — respondeu Cabel, surpreso.

— "Porque suas músicas são insuportáveis. E eu não quero que minha noite fique mais longa do que já está."

— "Ei, ei, vai com calma, Akel! As músicas dele até que são boas," — disse um anão de cabelos e barba grandes e ruivos, chamado Borin. — "Deixe-o cantar suas músicas."

— "Ora, Borin, por que sempre o protege? Parece uma mamãe defendendo seu filhinho!" — disse Akel, com um sorriso debochado.

— "Hm. Continua o mesmo, não é? Mesmo depois de lutar contra um Leshen e uma criatura de alta categoria."

— "O que? Como sabe disso?" — Akel olhou para trás de Borin e viu uma mulher bonita, com cabelos pretos e olhos violetas, vestida como uma bruxa.

— "Ah, a bruxa chata. Até quando pretende bisbilhotar a vida dos outros, Fermi?" — falou Akel, com um olhar irritado e uma voz arrogante.

— "Vai pra sala do Zeng logo, seu chato!" — respondeu Fermi, mostrando a língua.

Akel saiu e começou a subir a escada que levava até o escritório de Zeng. "Que gente chata, por que os considero amigos?" pensou enquanto subia, lembrando-se dos altos e baixos da amizade.

Chegando à porta do escritório, deu um empurrão na porta e gritou:

— "Zeng, onde você está?"

Pulando da cadeira por conta do susto que Akel lhe deu, Zeng disse, irritado:

— "Maldito! Abre a porta como alguém normal!"

Akel sentou-se no sofá do escritório com um sorriso sarcástico.

— "Então, como foi sua missão? Encontrou algo interessante?" — Zeng perguntou, deixando os documentos de lado e sentando-se no sofá em frente a Akel.

— "Achei sim, um altar de pedras na floresta."

— "Um altar no meio da floresta!?" — Zeng perguntou, com um olhar sério, sua curiosidade despertada.

— "Isso mesmo, também lutei contra um Leshen e uma criatura estranha."

— "Um Leshen naquela região da floresta!?" — Zeng perguntou novamente, seus olhos arregalando-se.

— "O que foi? Nunca estive naquela região, então pensei que era normal," — Akel respondeu, surpreso com a reação de Zeng.

Zeng ficou assustado, já que ele havia ido lá várias vezes e nunca viu um Leshen por perto. E a criatura estranha que Akel mencionou também o intrigava.

— "Acredito que alguém esteja tentando usar o poder da floresta a seu favor," — Akel disse, com um olhar sério.

— "Quem você acha que pode ter esse poder?" — Zeng perguntou.

— "Talvez o reino de Valorian? Eles sempre querem mais poder."

Zeng pensou: "Não é impossível isso," com uma expressão séria.

— "E a energia estranha parou?" — Akel perguntou, sua expressão se tornando mais preocupada.

— "Não sinto mais ela há algum tempo. O que você fez?"

— "Destruí aquele altar que te falei. Mas acho melhor mandar investigadores pra lá, agora a floresta parece mais calma," — disse Akel, com um tom de voz que demonstrava a gravidade da situação.

— "Entendo... farei algo a respeito. Mas mudando de assunto, pretende participar do torneio que se aproxima?"

— "Ainda estou pensando," — Akel respondeu, bocejando de cansaço. — "Acho que vou pra casa dormir."

— "O reino dos vampiros irá ter sua primeira participação no torneio, sabia, Akel?"

No mesmo instante, os olhos de Akel se arregalaram, e seu sono desapareceu.

— "Está brincando?"

— "Por que faria isso?" — Zeng perguntou, com um sorriso confiante. — "Sabe quem os representará?"

— "Quem?" — Akel perguntou, com uma expressão séria.

— "A princesa dos vampiros, Yui Von Karloster."

Akel sorriu, maliciosamente, e disse:

— "Eu aceito ir nesse torneio!" — estendendo a mão para Zeng.

Zeng sorriu e apertou a mão de Akel, dizendo:

— "Ótimo! Que assim seja."

— "Quando falta para o torneio?" — perguntou Akel, sorrindo.

— "Um mês. Por que ficou ansioso do nada, Akel?"

— "Claro que sim! Vou indo, até amanhã, Zeng." — Akel caminhou até a porta, seu coração acelerado com a perspectiva do torneio.

— "Ah, sim! Pegue sua recompensa no balcão. Não irá ganhar aumento de classe, mas receberá sua recompensa em dinheiro."

Akel acenou com a cabeça e fechou a porta.

"Ótimo, agora ficamos pelo menos em 20° lugar. Tenho dois caçadores experientes: Akel e Borin," pensou Zeng, ansioso para o torneio.

Descendo as escadas, Akel estava ansioso para o evento. Chegando na taverna da guilda enquanto Cabel cantava, Borin chamou Akel de longe.

— "Akel aqui!" — gritou o anão.

O jovem foi em direção à mesa de Borin, onde estavam Fermi e mais rapazes bebendo.

— "Ora se não nosso ladrão de espada." — falou um dos dois rapazes. Ele tinha uma espada nas costas, com uma armadura, cabelos castanhos e olhos da mesma cor, aparentemente um guerreiro.

— "Cale-se, Airn! Você já roubou uma maçã de uma criança."

— "Como sabe disso?" — perguntou Airn, assustado.

— "Ah, meu amigo, eu sei de muitas coisas nesse mundo." — respondeu Akel, com um sorriso debochado.

— "Foi eu que contei pra ele," — disse Fermi, tomando cerveja.

Akel estalou a língua e sentou-se à mesa junto deles.

— "Então vocês vão participar do torneio?" — pergunta Akel, pedindo uma bebida.

— "Mais é claro que sim! Nós ganhamos muitos benefícios nisso." — respondeu Borin. — "E você vai? Acredito eu que não."

— "Eu vou."

— "O que?" Os outros caçadores na taverna ficaram assustados com isso.

— "O que Zeng te falou pra te convencer assim?" — Perguntou o outro rapaz, chamado Oscar, um elfo com cabelos verdes grandes e usando óculos com roupas de mago.

— "Uma certa pessoa vai nesse torneio, então acabei querendo ir para ver se ela está bem."

— "Uma pessoa? Quem é essa pessoa que despertou seu interesse?" — perguntou Borin, curioso, enquanto tomava um longo gole de sua cerveja.

Akel sorriu de lado, mantendo o mistério. — "Ah, isso não importa agora. Vocês vão descobrir no torneio."

Fermi, com sua curiosidade aguçada, estreitou os olhos e brincou: — "Se fosse qualquer outra pessoa, eu diria que está apaixonado, mas com você, Akel... acho que o interesse é outro, não é?"

Akel apenas riu, levantando seu copo em um brinde silencioso.

O clima na taverna voltou a se animar, com os caçadores discutindo estratégias para o torneio e compartilhando histórias exageradas de suas aventuras. Contudo, a mente de Akel estava em outro lugar. "Yui Von Karstein... Será que ela realmente estará lá?"

Enquanto o grupo bebia e ria, Akel mal podia conter sua expectativa para o próximo mês. O torneio não seria apenas uma competição para ele.

— "Bom, mas ainda falta um mês pra isso. Então iremos nas montanhas do norte, parece que tem um dragão da classe incomum. Não sabemos o tamanho da força dele, então precisamos ir com mais um caçador habilidoso conosco."

— "Esse caçador sou eu," — falou Akel.

Borin acenou com a cabeça, um sorriso se formando em seu rosto. "Um dragão com inteligência humana, hein? Faz quantas décadas que não vejo um?" pensou Akel.

— "Interessante, eu aceito ir nessa missão desde que tenha meus benefícios," — falou Akel, com um sorriso orgulhoso.

— "Mais é claro que terá! Sairemos em dois dias, que tal?"

— "Perfeito. Eu vou indo então pra casa, tá morrendo de sono e cansado."

E então Akel foi, pegou sua recompensa da última missão e foi embora, seu espírito renovado com novas aventuras e desafios pela frente.

Fim.