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Isabella Petrov

Hoje eu não acordei muito bem, passei a noite inteira me revirando na cama, senti contrações por toda a noite. Confesso que queria Aleksander do meu lado, mas não fui atrás dele, não quero deixar ele preocupado,  com o parto qualquer dorzinha, ele já acha que o bebé vai nascer, mesmo que esteja bem perto disso acontecer, a médica foi muito clara ao afirmar que ainda vai demorar um pouco ou não.

— Bom dia irmã, você parece cansada — Sophie está na mesa já posta para o almoço.

Parece que eu perdi a hora, ficar a noite inteira rebolando na cama, procurando uma posição confortável, não foi algo bom para a minha saudade. Ela está tão linda, num vestido amarelo, sua barriguinha de grávida não começou a aparecer ainda, mas eu sei que mesmo grávida, ela continuará a pessoa mais linda do mundo.

— Ah! Bom dia anjo, sabe como é, não é fácil dormir, tendo uma criança com uma cabeça igual a de Aleksander, você já viu o tamanho daquela cabeça, como é que eu vou tirar algo assim de mim? — faço graça só para arrancar um sorriso dela, minha irmã tem andado muito triste ultimamente.

Me junto a Sophie na mesa, apesar de não estar com muita fome, nessas últimas semanas da gravidez, não tenho tido muita apetite, só como porque tenho que me manter estável e manter o meu peso. Depois do nosso almoço, Sophie sai até a estufa e eu vou ao jardim de inverno, parece que o meu marido não está em casa, se está em casa, deve estar torturando alguém no galpão.

— Oi filha! Como está o meu netinho — ela já não tem mais o mesmo olhor triste de antes, na verdade, ela parece mais jovem agora e seu sorriso é tão lindo que, eu adoro ver isso nela.

— Oi mãe, ele não me deixa dormir, esse menino nem nasceu e já tem uma personalidade forte — reclamo me sentando na manta de piquenique.

Nós duas conversamos sobre a minha infância, agora que já nos encontramos e acertamos as coisas, eu quero conhecer ela ainda mais. A conversa entre nós decorre tão bem, até que uma contração corta as minhas costas e me força a dobrar as pernas.

— O que foi filha? Está com dor? — minha mãe Indaga assustada. Ela está tão assustada com quanto eu.

— Acho que o diabinho decidiu chegar mais cedo que o previsto — mesmo estando com bastante dor, eu não me permito demonstrar dor, mas essa dor nas costas é tão dilacerante que me curvo. 

— Aiii! Aleksander! — chamo pelo meu marido, eu não sei onde ele está e o que está fazendo.

Como se ele fosse um anjo, o meu marido surge logo para me ajudar.

— O que está acontecendo meu amor, o bebé vai nascer? — Aleksander ampara o meu corpo no dele. 

Ele me ajuda a entrar no carro e me coloca no banco de trás, para que eu possa esticar as minhas pernas da melhor forma possível.

— Anda logo Aleksander, está doendo muito — grunho no banco de trás do carro, quando outra contração me corta.

— Eu já vou meu amor, vamos contar juntos as contrações — ele acha que é fácil contar as contrações? Queria só ver se ele estivesse no meu lugar.

O diabo dá marcha no carro e sai de casa cantando pneus, a estrada até que está tranquila, não tem muito trânsito até a clínica, não que fosse possível ter trânsito nessa região, depois do ataque, o meu marido inventou de comprar todas as propriedades próximo da nossa fortaleza, mandou construir uma clínica particular, um arsenal e um novo quartel para qualquer eventualidade. Ele realmente enlouqueceu.  A viagem da nossa casa até a clínica, não dura mais de vinte minutos, contando que a clínica não está distante da casa e que o meu marido andou feito um louco.

— Vamos meu amor, falta tão pouco para que você seja atendida —  Aleksander me ajuda a descer do carro.

As minhas pernas estão doloridas e inchadas, a única coisa que eu quero no momento e me sentar, os enfermeiros vêem logo com uma cadeira de rodas para mim. Eu me sento na mesma e logo sou levada até o meu quarto.

— Que porra é essa? — Aleksander faz seu xilique por ser um médico homem..

— Eu sou o médico senhor, Collin Ford, ao seu dispor — Aleksander parece que vai matar o pobre moço que, nem sequer é hétero.

— Eu fui claro que não queria homens nesse hospital, quem foi desgraçado que me desobedeceu? — ele tão burro que às vezes me irrita, ele não consegue perceber que o médico é gay? Eu é que devia estar preocupada Aqui e não o contrário.

— Ai Pará com o xilique Aleksander, você não percebe que ele é gay? Ele está mais interessado em você do que em mim — dou uma bronca nele, porque eu estou sofrendo para trazer o nosso filho ao mundo e ele está com ciúmes de um médico gay.

— Não interessa, se tem um pênis não pode chegar perto de você — ele é realmente infantil, não é possível.

O médico joga um charme no meu marido que está nem aí para ele e joga uma bomba.

— Na verdade eu não tenho — Aleksander parece assustado demias com a safadeza do médico e porra! Isso é estranho, eu vou trazer uma criança ao mundo e ainda tenho que ouvir alguém dando em cima do meu marido.

Depois de perceber que o ambiente se tornou tenso, o médico assume a postura profissional novamente.

— Quantas contrações por minuto? —ele Indaga pondo as luvas, eu não consigo falar verbalmente, só mostro com os dedos — Está óptimo, vamos fazer o parto — o médico sai um pouco do quarto e nos dá privacidade.

Meu marido me ajuda a trocar a roupa e me ajuda a me deitar na cama. Com as pernas arreganhadas,o médico entra para fazer o exame de toque.

— Okay! Eu vou fazer o exame de toque — o médico já estava pronto para tal.

— Está louco doutor, você não vai enfiar isso na vagina da minha esposa —  o louco do diabo dá seu xilique.

Eu estou tão cansada que, não quero mais nada, se não for, tirar o bebé de dentro de mim.

— Se você atrasar este parto mais uma vez, você vai dormir no quarto de hóspedes até que o bebé faça um ano, está me ouvindo? — falo muito séria encarando ele com os meus melhores olhos de assassina..

Com a minha ameaça, Aleksander logo fica quieta e deixa o doutor Ford fazer o trabalho dele, o médico faz o exame de toque e porra! É a pior coisa que uma mulher pode sofrer, é totalmente insuportável, como se estivessem enfiando um ferro quente dentro de você.

— Podemos começar com o parto, senhora Petrov assim que as contrações voltarem, empurra com todas as suas forças, seja forte — o doutor se posiciona entre as minhas pernas.

As dores vão se tornando insuportáveis a medida em que o tempo vai passando até que uma dor insuportável e dilacerante, atravessa a minha espinha. Nesse momento empurro com todas as minhas forças, como se não tivesse um amanhã, porra! Por quê me casei com alguém com uma cabeça tão grande?

— Isso meu amor, força! — o desgraçado só sabe dizer isso, força meu amor, empurra meu amor, como se quando ele estivesse do meu lado seria tão forte assim.

Estou com tanta raiva de Aleksander por ter me engravidado que no final disso tudo, eu vou bater nele, pôr que ele tem uma cabeça tão grande?

— Vamos senhora Petrov, já estou vendo a cabeça — o médico grita super feliz.

Como assim ele está vendo a cabeça? A cabeça não saiu ainda? Qual é o tamanho dessa cabeça?

— A culpa é toda sua, por quê teve que ter uma cabeça tão grande! — berro de dor quando uma nova contração atravessa a minha espinha.

Empurro com mais força ainda, aperto as mãos de Aleksander para que ele sinta um pouco de dor também, não posso ser a única a sofrer nisso, o filho é nosso nós dois vamos sofrer juntos também. Mais algumas contrações atravessam as minhas partículas e com todas as minhas forças, expulso o mine diabinho para fora do meu corpo. O berro dele é tão cheio de vida, estridente e porra! Eu acho que estou apaixonada novamente.

— Veja mamãe! Seu filho é tão lindo e forte — a enfermeira traz o bebé até os meus braços depois de limpar o mesmo.

Ele é tão grande e forte, ele está bravo com o pequeno lábio inchando e se movendo.

— Ele é tão lindo Aleksander, olha só para ele, tão pequeno — recebo o bebé com mãos trémulas.

Meus olhos enchem-se automaticamente de lágrimas quando coloco seu lábio para sugar o meu seio e porra! É extremamente doloroso, mas é a dor mais gostosa de se sentir no mundo.

— Ele é lindo mesmo, ele é a minha cara, olha só esses olhos — o maluco tem voz agora e ainda por cima enche a boca para dizer que o bebé é a cara dele, ele não fez absolutamente nada além de gritar força e empurra.

— Agora você tem voz né? Na hora eu nem sequer te vi — reclamo fazendo um carinho na cabecinha do meu bebé.

— Que nome vamos dar para ele? — ele Indaga emocionado também, ele limpa as lágrimas de forma disfarçada para eu não veja a cara dele.

— Maksim Petrov, um nome digno do novo Pakhan — o nome tem tudo haver com o meu bebé, ele é forte destemido e cheio de personalidade, ele chegou uma semana antes do previsto, ele já está comandando a Bratva muito antes de dizer suas primeiras palavras.

[...]

Faz uma semana Maksim nasceu e a família já está toda aos pés dele, ele é um bebé tão lindo que encanta toda a equipe médica. Mas o que o pequeno Maksim tem de encantador, ele tem de personalidade, ele é realmente filho de Aleksander, ele escolhe as horas de dormir, escolhe quando comer e é o rei do berçário.

— Esse menino é uma verdadeira figura, ele não come na hora certa e está acabando com você — minha sogra reclama trazendo Maksim para mim.

Ele já abriu o berreiro de sempre, eu já nem durmo por causa dele, chora quando deve dormir e dorme quando deve comer. Ele é a personificação de do diabo do pai dele.

— Ele não quer obedecer a ninguém, ele faz o que quer — reclamo recebendo o rei do mundo, dou a mama para ele, Maksim suga com força e gana, ele tão guloso que em pouco tempo vai parecer uma criança de cinco anos.

Ele nasceu tão grande e alto igual ao pai dele, comendo igual a um condenado então! Jajá ele será mais alto do que eu.

— Ele é realmente filho de Aleksander, quando ele era um bebé, fazia o mesmo — minha sogra faz um carinho na cabecinha dele.

A vida é mesmo injusta, eu carreguei essa criança por nove meses, passei por seis horas de parto e no final das contas, ele saiu a cara do pai dele, que criança ingrata. Quando finalmente dou de mamar ao meu filho, deixo ele no berço. Ele finalmente dormiu e eu posso descansar também. O sono toma conta do meu corpo, eu durmo finalmente e porra! Meu corpo cai numa verdadeira hibernação.

— Zayka! Onde está Maksim — Aleksander me acorda totalmente desesperado, ele está ensanguentado e ofegante, como se tivesse passado por uma guerra.

— Ele está no berçário — explico ainda sonolenta e atordoada, viro de um lado para o outro procurando pelo meu filho.

— Ele não está no berçário, o hospital foi invadido — quando as palavras chegam aos meus ouvidos, meu coração logo salta no peito, eu não encontro o meu filho em qualquer lugar.

Começo a ficar desesperada, meu filho, ele foi levado, como puderam fazer isso com ele, é tão pequeno e inocente. 

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