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Capítulo 25

"Minha Senhora, alguém está procurando por você?" Eva informou. "É um homem. Está esperando lá fora."

Angélica franziu a testa. Um homem? Não podia ser Sir Shaw porque Eva o conhecia. "Ele não te disse quem ele é?"

Ela parecia confusa. "Eu… eu não perguntei."

"Está bem. Irei vê-lo."

Quem poderia ser, ela pensou.

Quando ela saiu, encontrou um homem em seu cavalo. Ele usava uma capa preta que cobria seu rosto. Quando Angélica se aproximou, ele tirou o capuz, surpreendendo-a.

"Vossa Majestade?"

Ele sorriu. "Angélica."

Ela olhou ao redor, mas ele estava sozinho. O que estava acontecendo?

"Você está ocupada?" Ele perguntou.

"Não, Vossa Majestade."

"Se importaria de passar um tempo comigo?"

A pergunta a surpreendeu. Ela não o via há um mês e pensou que ele estava bravo com ela da última vez que falaram. Ela não entendia porque ele continuava demonstrando interesse nela. A última coisa que ela precisava era gostar de alguém e se decepcionar. Ele era fácil de gostar e de se sentir segura.

Angélica pensou em negar seu pedido antes que seus sentimentos se intensificassem.

O rei estendeu a mão justo antes de ela poder abrir a boca e recusar educadamente seu pedido. Agora ela sentia como se não tivesse escolha a não ser aceitar seu convite. Segurando a mão dele, ele a puxou para cima e ela subiu no cavalo para sentar atrás.

"Segure firme." Ele disse.

Hesitantemente, ela passou os braços ao redor dele e eles cavalgaram para longe. Angélica sempre sonhou em viver uma aventura e isso parecia ser uma. O Rei cavalgava pela floresta com tamanha velocidade que ela gostava do vento batendo em seus cabelos para trás e de ver as árvores passando rapidamente. Não saber para onde ele a estava levando também tornava o passeio mais emocionante. Quem acreditaria nela se contasse que o rei veio disfarçado e fugiu com ela?

O rei os levou a um lugar onde a floresta encontrava o rio. Ele a ajudou a descer do cavalo e o amarrou em uma árvore. Angélica olhou à frente para o rio, cercado por uma faixa de árvores. Ela ouviu o som da água correndo seguindo um caminho sinuoso sobre as pedras.

Angélica queria mergulhar a mão no rio e sentir a água fluir entre seus dedos. Sem perceber, ela foi adiante e fez o que seu coração desejava. Ela gostou da sensação da água fria em sua pele.

O rei sentou-se em uma pedra perto do rio e a observou satisfazer sua curiosidade.

"Imagino que você gosta de rios, Vossa Majestade."

"Sim." Ele disse, desviando o olhar para a água. Ele tinha uma expressão mais triste do que o usual.

Angélica tirou a mão da água e sentou-se em uma pedra, de frente para ele.

"Alguma coisa parece incomodá-lo," ela começou.

Ele a olhou com um leve sorriso. "Faz parte de ser rei." Ele disse.

Era compreensível, mas ela sentia que havia algo além dos seus deveres Reais o incomodando.

"Você deseja não ser Rei?" Ela perguntou.

"Eu desejo ser livre." Ele disse, com os olhos distantes como se sonhasse com a liberdade da qual falava.

Ele parecia infeliz em ser Rei. Talvez por isso ele estivesse aqui com ela, para escapar de seus deveres por um momento. Para escapar do seu destino que a mulher de cabelos vermelhos em seu sonho havia previsto.

Angélica queria perguntar a ele sobre o seu sonho, mas ele poderia ter uma ideia errada se ela contasse. Ela decidiu manter isso para si por enquanto.

"Obrigada por falar com meu pai sobre Sir Shaw."

"Fico feliz em poder ajudar. Talvez você deveria pensar em casar? Eu acredito que seria benéfico para você se casar com alguém que possa protegê-la e prover para você. Você não ficará sob o cuidado de seu pai para sempre." Ele disse a ela.

Ele estava certo, mas ela se perguntava por que ele de repente falou com ela sobre casamento e se ele não tinha planos de casar com ela, então por que ele passava tempo com ela?

"Vossa Majestade, não sou do seu agrado?" Ela perguntou.

Com medo de ver a expressão dele, ela olhou para baixo para as mãos. Seu coração começou a bater em seus ouvidos e ela esperou que ele respondesse por o que pareceu uma eternidade.

Angélica não conseguia se imaginar com outro homem. Até agora, ele era o único de quem ela gostava e com quem se sentia confortável. Até mesmo segura e compreendida. Se ela tivesse que se casar com alguém, então ele era o único que ela poderia considerar.

"Você não será feliz comigo."

Ela olhou para cima para ver seus olhos tristes. "Por que não, Vossa Majestade?"

Ele passou a mão no pescoço. "Eu conheci uma mulher. Ela parecia com você e tinha o seu espírito forte. Nosso destino terminou mal. Tenho medo de que a mesma coisa esteja se repetindo. As coisas não terminarão bem entre você e eu, Angélica." Ele parecia arrependido.

Quem era a mulher e como isso terminou mal? Ele estava sendo secreto e não contava toda a história. Angélica tentou não insistir por mais e parecer desesperada. Ele acabava de negar indiretamente fazê-la sua esposa.

O rei levantou-se, "Sei que estou te confundindo. Eu deveria te levar de volta para casa." Ele disse com arrependimento.

As coisas ficaram tensas entre eles depois disso. Eles cavalgaram de volta em silêncio e quando chegaram à casa dela; ele não disse muito. Apenas desejou-lhe adeus. O modo como o olhar dele se demorou nela antes de ele cavalgar foi como se ele estivesse se despedindo para sempre.

Angélica sentiu como se ele estivesse fugindo, com medo de que as coisas terminassem mal entre eles, então ele queria terminar mais cedo. Mas por que ele acreditava que as coisas estavam se repetindo? Poderia ser a mulher em seu sonho? Poderiam seus sonhos, assim como os do irmão dela, significar algo mais?

Ela esperava que não.

Desapontada, ela voltou para dentro de sua casa. Agora que o rei não era mais uma opção, ela teria que se casar com alguém de quem nem mesmo gostava. Alguém que não olharia para ela ou falaria com ela como o rei fazia. Alguém com quem ela poderia nem se sentir à vontade. Se ela não começasse a procurar logo, teria que se casar com qualquer um disposto a casar com ela naquela idade. Ela não poderia envelhecer mais do que isso sem se casar.

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