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Adeline levantou-se da cama subitamente, sem fôlego e arranhando a própria garganta. Seus olhos ardiam com lágrimas que nunca caíram. Sentada, ela só conseguia tomar arfadas ofegantes de ar. Como isso era possível? Por que era possível? O que exatamente estava acontecendo?
"P-Pai tentou me matar?" ela deixou escapar, com os olhos tremendo em descrença. Ela se recusava a acreditar. Seu Pai, gentil e amável, nunca faria tal coisa com ela.
Ele nunca tentaria matá-la!
Adeline não conseguia compreender. Mas que outra explicação havia para aquele sonho? Parecia real. Ela havia experimentado a sensação de alguém segurando sua garganta, espremendo-a, enquanto o mundo gradualmente desvanecia de seus olhos.
Dizem que a vida passa diante de seus olhos quando você está prestes a morrer.
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