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Capitulo 52 - Batalha de vida ou morte

Dante se preparava para o confronto com o coração acelerado, sabendo que cada segundo poderia ser o seu último. A sombra de fumaça se movia à sua frente, agora assumindo uma forma mais sólida, ainda que envolta em trevas. Ele via o contorno de um capuz que escondia o rosto de seu oponente, mas seus olhos, mesmo sem poder ver claramente, sentiam o peso de um poder maligno emanando daquela criatura.

O vento na floresta havia parado, como se até mesmo a natureza estivesse aguardando o desenrolar do combate. O som das folhas paradas e o farfalhar de pequenos animais desaparecendo em busca de segurança criavam um ambiente de tensão quase palpável. Dante sabia que estava em desvantagem. Aquela figura que o observava com um brilho verde na varinha não era apenas um bruxo comum; havia algo muito mais sombrio por trás daqueles movimentos calmos e precisos.

A criatura deu um passo à frente, e a escuridão ao seu redor pareceu se agitar, como se fosse parte de seu próprio corpo. Dante, sentindo o pânico crescer, tomou a iniciativa. Levantou sua varinha rapidamente e gritou:

"Stupefy!"

O feitiço vermelho brilhante disparou da ponta da varinha, voando na direção do capuz. Mas, com um gesto quase despreocupado, a criatura desviou o ataque. Dante viu o feitiço bater em uma árvore ao fundo e a explosão de folhas e cascas voarem ao redor. Ele sabia que precisava fazer mais. Continuou atacando, sem dar tempo ao oponente de reagir.

"Expelliarmus!", ele gritou, mas, mais uma vez, o feitiço foi bloqueado com facilidade. Uma risada baixa e cruel escapou do capuz enquanto a criatura levantava a mão, como se estivesse entediada com as tentativas de Dante.

"Você realmente acha que pode me deter, sangue ruim?", a voz da figura era suave, quase zombeteira. "Seus esforços são patéticos. Você será morto aqui esta noite, como tantos outros antes de você."

Dante sentiu o medo apertar seu peito, mas não podia se dar ao luxo de parar. Ele tinha que continuar. Sua mente trabalhava rápido, avaliando as possibilidades. Sabia que seus feitiços não estavam surtindo efeito, mas ainda tinha as runas — aquelas runas que ele havia passado horas preparando. Elas eram sua esperança. Com um gesto sutil, ele tocou o bolso onde guardava as pedras de runas gravadas. Precisava de uma distração, algo que pudesse dar-lhe tempo suficiente para ativá-las.

"Incendio!", ele lançou em um movimento fluido, tentando criar uma cortina de fogo entre ele e a criatura. As chamas explodiram à sua frente, mas a criatura, com um movimento calmo, dispersou o fogo como se estivesse afastando um simples inseto.

"Isso é tudo que você tem?", a criatura riu, avançando mais. "Você não é nada comparado a mim."

O desespero começava a tomar conta de Dante, mas ele não podia se deixar dominar. Enquanto continuava lançando feitiços — "Petrificus Totalus!", "Reducto!" — ele começou a mover as pedras de runas com um feitiço não-verbal. Lentamente, elas começaram a flutuar de seu bolso, posicionando-se ao redor da criatura. Ele sabia que precisava ser rápido. Se a criatura percebesse o que ele estava fazendo, estaria acabado.

Cada feitiço que lançava era bloqueado com a mesma facilidade fria e calculada. O bruxo encapuzado movia-se com a graça de alguém que já havia enfrentado dezenas de oponentes e os derrotado sem esforço. Dante sabia que estava lidando com um bruxo muito acima de sua experiência, mas isso não importava. Ele só precisava de uma oportunidade.

Finalmente, as runas estavam todas posicionadas. Com um último ataque, ele lançou uma poderosa rajada de luz, gritando:

"Lumos Maxima!"

A luz cegante explodiu no céu acima deles, iluminando a floresta ao redor. Era o momento perfeito. Enquanto a criatura se distraía com a luz intensa, Dante ativou as runas. Imediatamente, as pedras brilharam com uma luz azulada, criando uma barreira de luz ao redor do inimigo. A criatura soltou um grito de surpresa e dor quando a luz o cegou completamente.

"Agh! O que é isso?", a criatura rugiu, tentando se desvencilhar da armadilha luminosa.

Era a chance que Dante esperava. Com um gesto rápido, ele fez os pregos que sempre carregava consigo voarem em direção ao bruxo encapuzado. Eles voaram com velocidade, perfurando o corpo do inimigo em várias direções. O som de carne sendo perfurada foi seguido por um grito agudo de dor. A criatura cambaleou, seus gritos ecoando pela floresta.

"Desgraçado...!", ela gritou, tentando se recompor. O ódio na voz dela era palpável.

Dante, ofegante, sabia que não podia parar agora. Mas, antes que pudesse reagir, a criatura, furiosa, levantou sua varinha e gritou:

"Chega!"

Com um movimento rápido, ela lançou um feitiço poderoso na direção de Dante. Ele reconheceu o brilho verde mortal da Maldição da Morte. Sem pensar, ele transfigurou uma das pedras no chão em um escudo. O feitiço colidiu com o escudo, criando uma explosão de luz verde. A força da explosão foi tão intensa que jogou Dante para trás, arremessando-o violentamente contra uma árvore.

O impacto foi brutal. Dante sentiu o ar ser arrancado de seus pulmões enquanto seu corpo colidia com o tronco da árvore. Ele caiu no chão, gemendo de dor. A visão começou a escurecer, e ele sentiu o gosto de sangue em sua boca. Uma dor lancinante percorreu sua cabeça, e ao tocar sua testa, ele sentiu o sangue escorrendo de uma ferida aberta.

Com dificuldade, ele levantou a cabeça, tentando entender o que estava acontecendo ao seu redor. A criatura ainda estava de pé, mas cambaleava, claramente enfraquecida pelos pregos que perfuraram seu corpo. Mas mesmo assim, continuava avançando, cada passo marcado pela raiva pura. Dante, mesmo caído no chão e quase sem forças, sentia a fúria emanando daquele ser. Era como se a dor física tivesse sido substituída por um desejo de vingança insaciável.

"Você... ousou... me ferir...", a voz da criatura era um sussurro venenoso, carregado de fúria. "Mas não se preocupe... você pagará por isso com sua vida."

Dante, quase sem energia, sabia que não podia ficar ali parado. Ele tentou se levantar, mas suas pernas falharam. A dor em suas costas e cabeça era insuportável. Cada movimento parecia um esforço monumental. Ele lutou para respirar, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto sua visão ficava embaçada.

A figura encapuzada, agora a poucos metros dele, levantou sua varinha mais uma vez. O brilho verde mortal da Maldição da Morte começou a se formar na ponta, e Dante sabia que não teria tempo de se defender.

Dante lutava contra o próprio corpo, seus músculos queimavam de dor, e sua visão estava turva pelo sangue que escorria da ferida em sua testa. Seu peito arfava, tentando encontrar ar, mas ele sabia que estava encurralado. Cada fibra do seu ser gritava por uma solução, qualquer coisa que o tirasse daquele pesadelo.

Ele olhou ao redor desesperadamente, procurando uma saída, mas a floresta parecia envolvê-lo em silêncio e sombras, como se fosse cúmplice da ameaça mortal que estava diante dele. As árvores pareciam mais altas e as sombras mais densas. Cada segundo parecia mais pesado, e a morte, mais inevitável.

Foi nesse momento, no limiar do desespero, que um som inesperado cortou o silêncio: um latido. Vindo de algum ponto atrás da criatura encapuzada. Os olhos de Dante se arregalaram ao perceber que não estava mais sozinho. A figura do bruxo encapuzado se virou lentamente em direção ao som, claramente irritado pela interrupção. Dois garotos surgiram correndo entre as árvores, com os olhos arregalados de medo: Harry Potter e Draco Malfoy. Eles se encontravam agora no meio de um confronto mortal.

Os olhos de Dante pousaram em Harry e Draco. O desespero nos rostos dos dois era evidente, especialmente em Draco, que estava mais pálido do que o normal. Eles estavam petrificados com a cena: o unicórnio caído ao lado apesar de não estar machucado e Dante que sangrava visivelmente e mal conseguia se manter consciente, e a figura sinistra encapuzada, cujos olhos brilhavam com um misto de fúria e satisfação.

Dante tentou gritar para que eles corressem, mas a dor em seu peito era lancinante demais para permitir qualquer palavra. A criatura, no entanto, notou algo mais: Harry Potter. O ar ao redor pareceu mudar instantaneamente. Era como se toda a atenção daquele ser sombrio tivesse sido sugada por Harry. O bruxo encapuzado fixou seus olhos no menino de cicatriz, esquecendo Dante por um momento. Algo nos olhos da criatura indicava um desejo intenso e maligno. Ela deu alguns passos em direção a Harry, o brilho verde mortal ainda na ponta de sua varinha.

Draco, por sua vez, começou a dar passos para trás, o medo claro em seu rosto. Ele estava em pânico total, o que resultou em um movimento constrangedor: ele sentiu sua bexiga ceder e logo se viu com as calças molhadas. O rosto de Draco contorceu-se de vergonha e terror, mas ele tentou disfarçar, afastando-se lentamente da criatura. Mas seu terror o traiu — ele tropeçou em um galho e caiu de costas no chão, o impacto fazendo um ruído alto.

O som fez com que o cachorro, que estava com eles, percebesse o perigo que enfrentava. O animal, em puro instinto de sobrevivência, virou-se bruscamente e correu para a direção oposta, desaparecendo entre as árvores. Draco, desesperado, não perdeu tempo e, em um movimento rápido e desajeitado, levantou-se e correu atrás do cachorro, o medo controlando todos os seus movimentos.

Harry, no entanto, estava paralisado. Ele não conseguia se mover. A dor em sua cicatriz era quase insuportável, como se algo o estivesse conectando diretamente àquela criatura encapuzada. Suas pernas pareciam feitas de chumbo, e seus olhos estavam arregalados em puro terror enquanto o bruxo avançava lentamente na sua direção.

Dante, mesmo caído no chão, percebeu o que estava prestes a acontecer. O garoto estava congelado pelo medo, incapaz de se defender. O bruxo encapuzado ergueu sua varinha novamente, o brilho mortal da Maldição da Morte ainda pulsando na ponta. Ele não tinha dúvidas de que a criatura iria matar Harry ali, naquele instante.

Percebendo aquela brecha Dante logo viu que aquela seira a sua ultima chance de matar a criatura ele então usou a magia sem varinha para convocar a sua varinha, que estava caída a alguns metros de distância. Ele sentiu a familiar madeira fria se acomodar em sua mão, e sem hesitar, ele reuniu toda a força que lhe restava.

"Bombarda Maxima!", ele gritou com o pouco fôlego que ainda tinha.

O feitiço explodiu à frente do bruxo encapuzado, pegando-o de surpresa. A criatura se virou rapidamente, tentando conjurar um feitiço de proteção, mas o poder do ataque foi demais. O impacto a lançou para o ar, fazendo-a voar por vários metros antes de colidir com o chão de forma violenta.

Por um breve momento, o silêncio reinou. Dante respirava pesadamente, observando a criatura se levantar devagar. Havia algo diferente agora — a raiva em sua postura era palpável. O bruxo encapuzado estava furioso, os pregos que ainda estavam cravados em seu corpo pareciam amplificar sua fúria. Ele se preparava para lançar um ataque feroz contra Dante. Suas mãos tremiam, e a varinha que ele segurava parecia irradiar uma energia perigosa.

Dante sabia que estava em uma situação desesperadora. Sua magia o havia exaurido, e ele mal conseguia se manter de pé, mas não tinha escolha. Ele observou a criatura avançar com passos determinados, claramente disposta a acabar com ele ali e então. Harry ainda estava imóvel, sua mão segurando a cicatriz em sua testa enquanto tentava suportar a dor intensa.

E então, no momento mais sombrio, quando Dante acreditava que seria o fim, o som de cascos ecoou pela floresta. Passos firmes e determinados, como se uma tropa de guerreiros estivesse se aproximando. A tensão no ar mudou mais uma vez. Antes que a criatura pudesse lançar seu ataque final, algo poderoso surgiu de entre as árvores: um centauro, metade homem, metade cavalo, saltou à frente de Dante.

O centauro se colocou entre Dante e o bruxo encapuzado, suas mãos segurando um arco com flechas afiadas. Ele olhou para a criatura com olhos de sabedoria e fúria ao mesmo tempo. O ser encapuzado hesitou por um breve momento, claramente pego de surpresa pela aparição do centauro.

"Você não tem lugar aqui, ser das trevas.", disse o centauro, sua voz firme e imponente. "Vá embora, ou enfrentará o destino que todos os inimigos da floresta enfrentam."

A criatura encapuzada recuou levemente, como se ponderasse a situação. Ela olhou de volta para Dante, seu olhar cheio de ódio. Dante sabia que, se não fosse pela interferência do centauro, ele e Harry já estariam mortos.

Com um rosnado baixo, a criatura finalmente tomou sua decisão. Em um movimento rápido, seu corpo começou a se desintegrar em fumaça novamente. O manto negro se dissolveu no ar, e a figura sombria desapareceu no céu, voando alto entre as árvores e sumindo no horizonte noturno.

Dante observou a criatura partir, o alívio tomando conta de seu corpo exausto. Mas o cansaço finalmente o alcançou. Ele mal teve tempo de perceber que Harry estava se aproximando dele, os olhos arregalados de preocupação, antes que seu corpo desmoronasse no chão. Tudo ficou escuro, e ele perdeu a consciência.

As últimas imagens que ficaram em sua mente foram dos olhos do centauro, do céu estrelado acima da floresta e do bruxo encapuzado desaparecendo na escuridão.

Como não teve capítulo ontem, aqui está um lançamento duplo.

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