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Capitulo 4 - Lembranças de um passado esquecido

A psicóloga Srt. Thompson observava Dante atentamente, esperando que ele se sentisse confortável para falar. Dante, com os olhos fixos no chão, respirou fundo e começou a recordar a sua vida anterior ao orfanato. As memórias vinham à tona, dolorosas e confusas, como se ele estivesse desenterrando um baú de lembranças enterradas profundamente em sua mente.~~~~ começo flashback~~~~O jovem Dante começou a lembrar da sua infância, marcada por uma realidade de miséria e violência. Sua mãe, uma viciada em drogas, morava em um bairro onde a criminalidade era regra. O pai de Dante era um traficante que, além de viciado, era violento e cruel. Desde o nascimento, a vida de Dante era um ciclo de sofrimento e abandono.A casa onde viveu era um barraco em uma rua esquecida, onde o cheiro de lixo e o barulho constante da violência eram uma presença constante. Sua mãe, em sua luta diária para sustentar o vício, muitas vezes se prostituía. O pequeno Dante, com seus olhos grandes e curiosos, assistia àquelas cenas de desespero, sem entender por que a vida era tão dura.Ele sempre foi uma criança silenciosa e tímido, pois sabia que se ousasse reclamar seria espancado brutalmente.Lembrava-se das noites de choro, dos gritos e das brigas. Sua mãe não tinha um olhar de ternura para ele, nenhum fio tênue de amor. Consumida pelo vício e pela dor, ela mal conseguia cuidar de si mesma, quanto mais de um filho.Durante o dia, Dante vagava pelas ruas, muitas vezes tentando vender pequenos objetos para ganhar algum dinheiro. Ele também revirava latas de lixo em busca de algo para comer. Em meio a essa luta diária pela sobrevivência, havia momentos de breve felicidade quando conseguia encontrar algum refúgio temporário no parquinho próximo a sua casa.Passando horas nesse parquinho, sendo aquele o único lugar onde ele podia fingir ser uma criança normal, apesar de suas roupas desgarradas as crianças não ligavam muito para aquilo, não até os seus pais virem a situação e chamarem as crianças para falar algo e Dante logo percebia que era para ficar longe dele, isso o deixava triste e perguntava o porque da vida dele ser dessa maneira, oque ele fez para merecer tal tratamento, ele só queria uma companhia que não seria cruel com ele, quando esse tipo de situação acontecia ele sempre fugia triste e desolado chorando no caminho indo em direção a aquele lugar que não se sabe se podia ser chamado de casa, apenas para ser espancado se não tivesse feito oque lhe foi mandado corretamente ou se não tivesse conseguido dinheiro suficiente.Quando Dante tinha cerca de sete anos, o pesadelo atingiu seu ápice. O pai, embriagado e violento, entrou no barraco em uma noite escura. Dante, escondido atrás de uma cortina, viu tudo. Seu pai queria usar sua mãe mais uma vez, e desta vez, a violência foi além de tudo que Dante já havia testemunhado.(pov mãe) - 'Eu não aguento mais, Você só vem aqui para me usar e depois me deixa com essa miséria. Nós somos seu lixo agora?'(pov pai) - 'Cala a boca, mulher! Você é minha. Eu faço o que quiser. Se não fosse por mim, você estaria morta de fome há muito tempo.'(pov mãe) - 'Eu preferia estar morta do que viver assim. Olhe para nós, olhe para o Dante. Ele merece mais do que isso.'(pov pai) - 'O Dante? Aquele moleque inútil? Ele não passa de um peso morto. Você devia agradecer por eu ainda não ter me livrado de vocês dois, e além do mais você apenas quer mais dinheiro para sustentar seu vício não venha com a hipocrisia de boa mãe.'(pov pai) - 'Falando no lixo eu tive uma proposta para com ele um cliente meu tem uns gostos um tanto peculiares e me ofereceu uma boa grana para ter um momento com o moleque, é claro que eu aceitei vai ser dinheiro fácil só assim para ele me ser útil, ele vai usar a única coisa que tem igual a você sua, então venha aqui.'A mãe de Dante tentou se afastar, mas ele a segurou pelo braço, puxando-a violentamente para si. Os tapas estalaram no ar, cada um acompanhado de gritos de dor e desespero. Ela tentou se desvencilhar, mas ele a empurrou contra a mesa, fazendo um espelho cair e se quebrar com um estrondo. O som do vidro quebrando e o grito de sua mãe ecoavam em sua mente, como um disco arranhado que ele não conseguia parar de ouvir. A tensão na sala aumentava a cada segundo, e Dante, escondido, sentia o medo crescer dentro de si enquanto assistia à cena terrível.(pov mc) - 'Ele a jogou na mesa, e o espelho que estava encostado à mesa caiu, quebrando-se. Ela caiu, batendo a nuca em uma quina. Eu vi tudo. Eu estava tão assustado... tão perdido...'A cena era vívida em sua memória: a mãe ensanguentada, o pai com uma expressão de frieza, quase demoníaca. Dante correu para ela, seus gritos de desespero cortando o ar, enquanto seu pai, em um acesso de raiva e medo de ser descoberto, tentou silenciá-lo. O pai sabia que Dante havia visto tudo. O medo de ser preso, de pagar pelo que fez, tomou conta dele.(pov mc) - ´Eu vi a sombra dele se aproximando. Eu estava gritando, mas ninguém poderia me ouvir.´Dante, com os olhos vermelhos de tanto chorar, viu a sombra de seu pai se aproximando. O pai, com um semblante sombrio, não teve compaixão. As mãos fortes e violentas dele envolveram o pescoço de Dante. O medo, a dor, a impotência. Dante olhou para trás, encontrando os olhos vazios de seu pai, que estavam prestes a lhe tirar a vida. O pequeno Dante, em meio ao desespero, sentiu o aperto das mãos de seu pai em seu pescoço.(pov mc) - ´Eu não conseguia respirar. Cada segundo era uma eternidade. Eu sabia que ele iria me matar. Eu não queria morrer... não assim.´A dor era insuportável, e Dante sentia suas forças esvaindo-se rapidamente. Seu pai o apertava com tanta força que era difícil respirar, e o desespero aumentava a cada segundo. Em meio à confusão, ele sentiu algo afiado em sua mão - um pedaço de vidro quebrado do espelho. Sem pensar duas vezes, movido pelo instinto de sobrevivência, ele enfiou o pedaço pontiagudo de espelho na garganta de seu pai, que estava próxima a seu rosto com um olhar distorcido.O pai de Dante soltou um grito de dor e surpresa, afrouxando o aperto em seu pescoço. Aproveitando o momento, Dante se desvencilhou e caiu no chão, ofegante. O sangue jorrava da ferida do pai, que recuou cambaleando, segurando o pescoço em uma tentativa inútil de estancar o sangramento. A expressão de horror no rosto dele era uma imagem que Dante nunca esqueceria.Logo Dante ficou horrorizado com o ocorrido. Ele se levantou rapidamente, ainda tonto e com a visão turva, com o rosto e o corpo cobertos de sangue de seu pai. Em desespero, saiu correndo de lá, deixando para trás a cena de horror. A noite estava fria e escura, mas ele não sentia nada além do medo e da adrenalina pulsando em suas veias. Correu sem parar, sem olhar para trás, até suas pernas não aguentarem mais.Dante vagou pelas ruas, perdido e em choque. A cidade parecia um labirinto de sombras e perigos, mas ele continuava se movendo, guiado pelo instinto de sobrevivência. Eventualmente, ele foi encontrado por uma patrulha policial, assustando-os com a cena de uma criança totalmente ensanguentada, com um rosto totalmente estoico, sem qualquer brilho nos olhos, parecendo um zumbi. Os policiais ficaram chocados com a cena e tentaram falar com a criança que aparentemente estava machucada e com os pés totalmente vermelhos de tanto correr, provavelmente tentando chamá-lo, mas sem resposta. A criança apenas continuava sua caminhada em estado de puro choque.Os policiais, preocupados, se aproximaram cautelosamente de Dante. A visão de uma criança ensanguentada e descalça, vagando pelas ruas sem qualquer expressão, era um espetáculo perturbador. Tentaram falar com ele, mas suas palavras pareciam não alcançar o menino.(pov policial) - ´Garoto, você está bem? O que aconteceu?´Dante, ainda em estado de choque, não respondeu. Seus olhos estavam fixos no chão, e ele continuava andando como um zumbi. Os policiais perceberam que ele precisava de ajuda imediata. Um dos oficiais ligou para a emergência, enquanto o outro tentava guiar Dante para a viatura.(pov outro policial) - ´Vamos, garoto. Vamos levar você a um lugar seguro.´Relutantemente, Dante seguiu os policiais até a viatura. Eles o acomodaram no banco de trás e rapidamente se dirigiram ao hospital mais próximo. Durante a viagem, Dante permaneceu em silêncio, com os olhos vidrados e a mente a mil por hora. As memórias daquela noite terrível ainda estavam frescas em sua mente, e ele não conseguia se livrar da imagem de sua mãe morta e de seu pai ensanguentado.No hospital, os médicos e enfermeiros cuidaram de Dante. Limparam o sangue, trataram seus ferimentos e lhe deram roupas limpas. Embora estivesse fisicamente melhor, o trauma emocional era profundo. Os médicos decidiram que ele precisava de um acompanhamento psicológico intensivo e contactaram o serviço social.Os médicos e enfermeiros cuidaram de Dante. Limparam o sangue, trataram seus ferimentos e lhe deram roupas limpas. Ao examinar seu corpo, encontraram marcas de socos, tapas, arranhões e queimaduras de cigarro, além de sinais claros de desnutrição severa. Embora estivesse fisicamente melhor após os primeiros cuidados, o trauma emocional era profundo. Os médicos decidiram que ele precisava de um acompanhamento psicológico intensivo e contactaram o serviço social.Os assistentes sociais chegaram rapidamente e tentaram falar com Dante de todas as maneiras possíveis, mas não obtiveram resposta alguma do menino. Ele permanecia em silêncio, os olhos vidrados e distantes, como se estivesse em outro mundo.Enquanto os assistentes sociais discutiam a melhor abordagem para ajudar Dante, um dos policiais entrou na sala e pediu para conversar a sós com eles. Todos se retiraram para um canto mais reservado do corredor.(pov policial) - ´Recebemos uma ligação na central sobre duas pessoas mortas em uma casa não muito longe de onde encontramos o menino. Aparentemente, eram os pais dele.´Os assistentes sociais trocaram olhares preocupados enquanto o policial continuava.(pov policial) - ´Quem ligou reclamou que houve uma briga entre um homem e uma mulher, muitos gritos, e, de repente, tudo ficou em silêncio. Quando foram verificar, encontraram a cena dos dois mortos. Um detetive já está na cena, mas ao que parece, o homem matou a mulher e tentou possivelmente matar a criança também, como podemos ver pelas marcas de mãos no pescoço dele. De alguma forma, o garoto conseguiu matar o homem.´Os assistentes sociais ficaram em choque com a revelação. A situação era mais grave do que haviam imaginado.(pov assistente social) - ´Precisamos garantir que ele receba todo o apoio psicológico necessário. Esse tipo de trauma pode ter efeitos devastadores a longo prazo.´(pov policial) - ´Concordo. Também precisaremos coletar o depoimento dele, mas isso pode esperar. A prioridade é a saúde mental e física do garoto.´Dante, sentado sozinho na sala de atendimento, continuava alheio às conversas ao seu redor. Seu olhar vazio refletia o turbilhão de emoções e memórias que ainda processava. A equipe médica e os assistentes sociais decidiram que seria melhor manter Dante sob observação no hospital por mais alguns dias, para garantir que ele estivesse seguro e recebendo o cuidado necessário.Durante os dias seguintes, Dante passou por diversas sessões com psicólogos e assistentes sociais, que tentavam lentamente abrir caminho através do muro de silêncio e dor que ele havia erguido. Cada pequeno avanço era uma vitória, e a equipe sabia que a recuperação seria um processo longo e árduo.Dois dias após o ocorrido, o detetive que esteve na cena do crime apareceu no hospital para pegar o depoimento de Dante sobre o que havia acontecido. Ele encontrou Dante sentado em uma sala de consulta, ainda com um olhar vazio, perdido em seus próprios pensamentos.(pov detetive) - ´Olá, Dante. Meu nome é Detetive Marshall. Sei que você passou por algo terrível, mas precisamos entender o que aconteceu naquela noite.´Dante não respondeu de imediato. Seus olhos fixaram-se no detetive, mas sua mente estava distante, revivendo os horrores daquela noite. Marshall se aproximou e sentou-se ao lado de Dante, tentando criar um ambiente de confiança.(pov detetive) - ´Eu sei que é difícil, garoto. Mas estamos aqui para te ajudar. Eu já cheguei a conclusão do que possivelmente aconteceu mas ainda sim precisamos do seu interrogatório.´O detetive esperou pacientemente, observando cada pequeno movimento de Dante. Finalmente, o garoto respirou fundo e começou a falar, sua voz um sussurro fraco.(pov mc) - ´Foi horrível... meu pai... ele estava tão furioso. Ele atacou minha mãe e... eu tentei ajudar, mas... ele me pegou pelo pescoço.´Marshall assentiu, incentivando-o a continuar.(pov mc) - ´Eu pensei que ia morrer... não conseguia respirar. Mas então... eu encontrei um pedaço de vidro e... eu o usei para me defender.´Dante fechou os olhos, tentando afastar as imagens de sua mente, mas elas estavam gravadas em suas memórias. O detetive tomou notas, ciente da importância de cada palavra do depoimento de Dante.(pov detetive) - ´Você foi muito corajoso, Dante. Você fez o que tinha que fazer para sobreviver. Não se culpe em momento algum está certo.´Os dias seguintes foram preenchidos com mais entrevistas e consultas, enquanto a equipe médica e os assistentes sociais continuavam a trabalhar incansavelmente para ajudar Dante a superar o trauma. O detetive Marshall finalizou ali o caso, com o menino claramente nada culpado ao ocorrido ele apenas se defendeu e era apenas uma criança não um psicopata e pela sua atual situação não era como tal pois era evidente que foi puro instinto.Aos poucos, Dante começou a se abrir mais, compartilhando não apenas os detalhes daquela noite fatídica, mas também as memórias de sua infância difícil. Cada revelação era como uma ferida aberta, mas também era um passo em direção à cura.Durante os dias seguintes, Dante continuou a receber apoio dos profissionais ao seu redor, e sua determinação em enfrentar seu passado ajudou-o a começar a imaginar um futuro diferente. Ele sabia que o caminho seria longo, mas estava disposto a lutar por uma vida melhor, longe das sombras do seu passado.Foi então que, enquanto Dante começava a encontrar um pouco de alívio emocional, uma nova e inquietante consciência tomou forma em sua mente. À medida que sua recuperação avançava, ele percebeu que precisava se transformar em alguém muito melhor do que era antes. A ideia de que o mesmo tipo de situação pudesse ocorrer novamente, ou mesmo que ele pudesse ser vulnerável a outras formas de sofrimento, o atormentava profundamente.Dante entendeu que, para evitar repetir os erros e tragédias que marcaram sua infância, ele precisava se fortalecer e melhorar de todas as maneiras possíveis. Se a vida e as pessoas ao seu redor podiam ser tão cruéis e implacáveis, ele precisava ser o oposto disso. Precisava se proteger e garantir que nunca mais passasse por uma situação semelhante.(pov Dante) - "Se meus pais eram assim, eu não posso confiar em mais ninguém. O mundo é perigoso e, para sobreviver, eu tenho que me tornar mais forte, mais esperto e mais preparado. O que eu aprendi aqui é apenas o começo."Ele começou a refletir sobre a necessidade de estudar intensivamente e se aprofundar em vários campos do conhecimento. A educação, para ele, não era mais uma opção, mas uma necessidade vital. Ele entendia que, para se tornar uma pessoa importante e influente, precisava absorver o máximo de informações possível. Se o conhecimento era poder, ele estava determinado a se tornar um mestre desse poder.Dante passou a devorar livros sobre ciência, matemática, psicologia e qualquer assunto que pudesse ajudá-lo a entender melhor o mundo ao seu redor e a prever as ações das pessoas. Ele estudava dia e noite, sempre com a ideia de que o conhecimento poderia ser a chave para a sua sobrevivência e sucesso.Além de sua busca incessante por conhecimento, Dante tornou-se extremamente vigilante. Observava atentamente as pessoas ao seu redor, procurando sinais de intenções ocultas ou comportamentos suspeitos. O trauma de seu passado o fez acreditar que, se seus pais podiam ser tão ruins, então outras pessoas poderiam ser ainda piores. Cada pessoa que entrava em seu espaço, mesmo aqueles que pareciam ser amigáveis e bem-intencionados, era analisada com um olhar crítico e desconfiado.Ele começou a criar estratégias e planos para lidar com qualquer situação que pudesse surgir, com a crença de que, se estivesse sempre preparado para o pior, poderia evitar surpresas desagradáveis. Sua mente estava constantemente trabalhando, elaborando cenários e soluções, sempre pronto para agir com rapidez e precisão.(pov Dante) - "Eu preciso estar sempre um passo à frente. O mundo não é um lugar seguro, e eu não posso me dar ao luxo de ser ingênuo. Cada conhecimento, cada habilidade que eu adquirir, será uma ferramenta para garantir que eu nunca mais seja uma vítima."Essa nova perspectiva de vida deu a Dante uma sensação de propósito. Ele estava determinado a transformar sua dor em força, sua fragilidade em resiliência. Com cada dia que passava, ele se aproximava mais da visão que tinha para si mesmo: uma pessoa forte, inteligente e imbatível, que não apenas sobreviveria, mas prosperaria, independentemente dos desafios que a vida lhe impusesse.Duas semanas após os eventos traumáticos que marcaram sua vida, Dante passou por um intenso tratamento no hospital. Ele estava sendo cuidado não apenas para tratar a desnutrição severa e os ferimentos físicos, mas também para lidar com o trauma psicológico. Sessões diárias com psicólogos e assistentes sociais tentavam lentamente ajudar Dante a processar o que havia acontecido e a começar a reconstruir sua vida.Finalmente, chegou o dia em que a assistente social o levaria ao orfanato onde ele passaria um bom tempo. Enquanto eles se dirigiam para o novo lar de Dante, ele avistou um jornal jogado na calçada. Instintivamente, ele se agachou e pegou o jornal, seu olhar se fixando na manchete que destacava a tragédia recente.O jornal era gráfico e detalhado. A primeira página exibia uma grande foto dos seus pais, com uma legenda que destacava suas identidades como um traficante de drogas e uma viciada. Abaixo, havia uma descrição gráfica de como seu pai havia sido morto – com um pedaço de vidro em seu pescoço, após uma tentativa de homicídio contra seu próprio filho. A descrição minuciosa era acompanhada por uma foto chocante de Dante, todo ensanguentado e aparentemente desorientado, que parecia ter sido tirada clandestinamente. Era evidente que alguém havia capturado a imagem no hospital sem o conhecimento da equipe médica ou da polícia.(pov Dante) - "Como alguém conseguiu tirar essa foto? Por que estão publicando isso agora? Todos vão ver o que aconteceu. Eles vão saber…"O choque e a vergonha tomaram conta de Dante. Ele sentiu um nó no estômago ao perceber que sua privacidade havia sido completamente violada e que o mundo agora tinha acesso a um momento íntimo e horrível da sua vida. A ideia de que sua imagem poderia estar sendo exibida e discutida em cafés e em salas de estar ao redor da cidade era aterrorizante.(pov Dante) - "Se eles têm essas fotos, então todos sabem o que aconteceu. E se eles souberem, então talvez eles me vejam como um monstro, assim como meu pai. Talvez eles tenham medo de mim. Talvez…"A sensação de ser um estranho em um mundo que agora parecia estar repleto de olhares curiosos e julgadores foi esmagadora. Quando a assistente social o levou até o orfanato, Dante não conseguia parar de pensar no impacto que o artigo poderia ter sobre sua nova vida.O orfanato era um edifício antigo, com paredes que pareciam absorver o eco de passos e vozes. Ao entrar, Dante observou os outros residentes e funcionários. Cada rosto parecia novo e desconhecido, mas agora havia uma nuvem de insegurança pairando sobre ele. Ele se perguntava se os outros sabiam sobre seu passado e se, assim como ele temia, poderiam reagir com medo ou rejeição.A assistente social fez as apresentações necessárias, mas Dante estava absorto em seus próprios pensamentos, lutando para se adaptar à nova realidade. Sentia-se como um intruso em um lugar que deveria ser um refúgio, e sua mente estava cheia de dúvidas e medos.(pov Dante) - "Será que eles sabem? E se eles não gostarem de mim? E se eles acharem que eu sou perigoso?"O orfanato tinha um ambiente que tentava ser acolhedor, mas Dante não conseguia relaxar. Cada interação parecia carregar um peso adicional, uma sensação de ser observado e julgado. Ele se esforçava para manter a compostura e se adaptar, mas a paranoia sobre o que os outros poderiam pensar ou saber sobre ele continuava a assombrá-lo.A cada nova pessoa que encontrava, Dante se perguntava se eles haviam lido o jornal, se conheciam sua história e, mais importante, se sentiam medo dele. Ele tentava se comportar normalmente, mas a insegurança se manifestava em cada movimento e palavra. O ambiente que deveria oferecer segurança e acolhimento parecia agora um campo minado de ansiedades e incertezas.Dante passou os primeiros dias tentando se ajustar à nova rotina, ainda com o peso do passado recente e a constante preocupação sobre como seria percebido pelos outros. Cada dia era um esforço para deixar o trauma e o medo de lado, para tentar se inserir e encontrar algum tipo de normalidade, mesmo que seu coração estivesse cheio de dúvidas e seu espírito, profundamente ferido.Então ele chegou a conclusão de que era melhor ficar sozinho, pois só assim se sentia seguro novamente.~~~~ fim flashback~~~~(pov Dante) - "Eu... tenho tentado seguir em frente. Eu sei que meu passado é algo que eu não posso mudar, e que, apesar de tudo, eu tenho um futuro inteiro pela frente. Eu tento não deixar que o passado me abale mais."Ele fez uma pausa, o olhar fixo em um ponto distante da sala, como se tentando encontrar respostas no vazio.(pov Dante) - "Eu percebi que, se eu deixar que o passado me defina, nunca vou conseguir seguir em frente. Então, eu decidi que preciso me concentrar em melhorar a mim mesmo. Estudar bastante para poder ter um futuro melhor."A Sra. Thompson observou o jovem Dante com um olhar compreensivo, sabendo que ele estava lidando com questões complexas e profundas. A determinação em sua voz era palpável, mas havia também uma vulnerabilidade que não passava despercebida.(pov Sra. Thompson) - "Isso é um passo muito positivo, Dante. O fato de você estar focado em melhorar a si mesmo e em buscar um futuro melhor mostra uma grande força interior. Mas também é importante lembrar que a recuperação e o crescimento não acontecem de imediato. Há momentos difíceis, e é normal sentir-se sobrecarregado às vezes."Dante acenou com a cabeça, entendendo o que a psicóloga estava tentando transmitir. O caminho à frente não seria fácil, mas ele estava disposto a enfrentá-lo. O sorriso que ele forçava a aparecer no rosto ainda carregava a marca da dor, mas era um sinal de sua resistência e vontade de continuar lutando.(pov Dante) - "Eu sei que o caminho não será fácil. Mas eu não quero que meu passado defina meu futuro. Se eu ficar parado, se eu deixar que a dor e o medo me consumam, nunca vou conseguir sair dessa situação. Então, eu preciso me concentrar no que posso controlar agora: meus estudos e minhas ações."A Sra. Thompson sorriu, admirando a clareza e a determinação em suas palavras. Ela sabia que Dante estava lidando com uma quantidade imensa de dor, mas também estava começando a encontrar maneiras de transformar essa dor em força.(pov Sra. Thompson) - "É um objetivo admirável, Dante. E você tem todo o potencial para alcançá-lo. Às vezes, é importante também reconhecer e aceitar a dor que você carrega, em vez de apenas tentar suprimi-la. Não é uma fraqueza reconhecer que precisa de ajuda ou que ainda está lutando com certas questões. É parte do processo de cura, pois muito bem terminamos aqui vai ser um prazer ter você nessa escola bem vindo Dante, aqui está o horário e dia que começaram as aulas seja bem vindo."Dante saiu da sala da psicóloga com um misto de alívio e determinação. As palavras da Sra. Thompson ressoavam em sua mente, e ele sentia que havia dado mais um pequeno passo na direção certa.Ao abrir a porta, ele encontrou a zeladora do orfanato, que estava esperando pacientemente no corredor. Ela o cumprimentou com um sorriso acolhedor, como se soubesse que Dante estava passando por um momento importante.(pov Zeladora) - "Olá, Dante. Pronto para dar mais um passo em sua nova jornada?"(pov Dante) - "Sim, acho que estou. A conversa com a Sra. Thompson foi muito útil, aqui está os dias e horários de aula."(pov Zeladora) - "Fico feliz em ouvir isso. Vamos indo então, certo de acordo com o itinerário as aulas começa logo 1 semana depois do seu aniversario de 11 anos os materiais escolares vão ser disponibilizado pela escola muito bem então vamos indo."No caminho de volta ao orfanato Dante ao ter relembrado do seu passado trágico novamente percebeu algo interessante que acabou sendo despercebido naquele dia.(pov mc) - "Quando aquele monstro estava tentando me matar eu estava perto do corpo da mãe e os pedaços de vidro quebrado estavam relativamente longe então e pela posição que ele caiu não deveria ter nenhum pedaço de vidro próximo para eu agarrar então possivelmente naquele momento foi o 1° momento que eu usei os meus poderes assim como foi no dia da perseguição dos cães e do padeiro no momento de grande emoção os meus poderes me salvaram então eu tenho esses poderes a muito tempo apenas não tinha maturidade para perceber naquela época, isso me fortalece mais ainda preciso continuar praticamente mais ainda meus poderes o meu aniversario está próximo e minha nova vida escolar também lá tenho quase certeza que terei problemas com os outros alunos que são todos possivelmente ricos terei que mostrar a eles que não devem ficar no meu caminho."

Fala rapaziada então aqui temos um capitulo bastante longo até ^^, eu iria separar em dois capitulos isso este mais ai percebi que era melhor escrever logo tudo em um único para acabar de uma vez, agora vocês sabem o porque ele ser dessa maneira tão cauteloso e não confiar em ninguem e pela sede de conhecimento dele, espero que gostem.

Robson_Danilo_5112creators' thoughts
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