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Charme

Ainsley acabou de pensar na pior situação possível. Ela tinha que fazer isso se não quisesse correr perigo mais tarde. Ser ingênua e confiar demais seria um problema, especialmente quando essa família era uma família mafiosa.

"Aish. Por que o meu destino é tão cruel? Isso é uma prova para ser uma protagonista?" Ainsley murmurava sarcasticamente enquanto cobria o olho esquerdo.

Sua doença de chuunibyou tinha se manifestado novamente, mas isso não significava que ela não pudesse pensar normalmente. Na verdade, ela era uma das melhores alunas da sua faculdade.

Sua inteligência não deveria ser questionada. Ela é bem capaz de resolver seus problemas.

"Hm... de qualquer forma. Tenho que escolher um bom guardião amanhã. Isso é a única coisa que posso fazer para garantir minha segurança a longo prazo." Ainsley rolava e colocava o rosto no chão.

Ela vai escolher um guardião, mas isso não significa que ela deixará essa pessoa governar a família sem o seu conhecimento. Pelo menos, ela deve ser uma líder sombra enquanto seu guardião realiza os desejos dela.

Ainsley puxava os lábios, formando um sorriso maldoso.

Geheheh. É hora de mostrar todo o meu esforço até agora. Se eu puder saber mais sobre este mundo e aprender com o que está ao meu redor, tenho certeza de que posso tirar minha família desta crise.

Ainsley cerrava o punho com força. Ela deixava de lado o seu desejo de ser cercada por um pai atraente, irmãos amáveis e um protagonista masculino predestinado.

É já uma sorte que ela não tenha irmãos. Caso contrário, pode haver um banho de sangue para conseguir o lugar de líder.

"Hm, hm. Eu também tenho uma habilidade estranha com meus ouvidos sensíveis. Tenho que usar isso bem para bisbilhotar mais!"

Ainsley respirava fundo e se levantava. Ela rapidamente subia em seu berço e se deitava. Eh, por que ela deitava? Claro, é para dormir!

Ela podia apenas bisbilhotar amanhã quando aquelas pessoas a levantarem para conseguir um guardião para ela. Naquela hora, teria toneladas de informações chegando!

"Mas primeiro, eu tenho que agir como uma criança pequena. Acho que vou ter que mudar a maneira como eu falo." Ainsley tinha um sorriso maléfico no rosto enquanto pensava em vários tipos de linguagem de bebê que ela poderia usar.

Sim, ela iria fingir ser uma criança típica para que os outros não suspeitassem dela.

"Uma coisa que eu acho boa. Eu tenho poder de verdade. Não é isso um destino? Eu acho que eu sou realmente uma protagonista!" Ainsley acalmava seu coração ao lembrar desse fato.

Sim, eu vou usar esse poder corretamente e ser a melhor protagonista!

Nesse dia, Ainsley dormia bem sem ter babás ou outras pessoas ao redor. Ela chorava ocasionalmente, mas não havia ninguém para vir pegá-la.

Desse incidente, ela sentia vagamente que a posição de herdeira não era assim tão magnífica.

'É porque eu sou menina? Eles podem ter preconceitos. Mas pensar que ninguém vem aqui para trocar minha fralda ou algo assim. Cadê a empregada que vi pela última vez?'

Ainsley rolava na cama enquanto uma empregada trocava sua fralda, quando já eram 8 da manhã. A empregada tinha um rosto inexpressivo e não parecia ser gentil.

Não só isso, mas...Ainsley não recebeu seu café da manhã na hora.

'Isso é um desastre. Lixo. Absolutamente o pior.'

Ainsley aguentava firme para não franzir a testa ou qualquer coisa. Mais uma vez, a menina usava o mesmo uniforme que usou ontem. Era como se ela não tivesse nenhum outro uniforme, apesar de sua família ser rica.

É esse o clichê comum do mundo que 'odeia meninas'? Ah, ah. Não tem igualdade de gênero? Isso não vai ser difícil?

Ainsley resmungava enquanto a empregada de rosto inexpressivo a alimentava com uma tigela de mingau. O mingau estava frio, e não tinha um sabor tão bom.

Ainsley, que estava com alta motivação ontem, gradualmente se sentia exausta. Não apenas seu corpo lhe pedia para dormir muito, mas o tratamento das pessoas ao seu redor também era um fator.

Não havia muitas pessoas vindo vê-la e mesmo quando havia, não eram amigáveis. A única gentil era aquela empregada de ontem, mas ela ainda não tinha aparecido até agora.

"Pronto. Vamos."

Enquanto Ainsley estava perdida em pensamentos, a mulher de rosto inexpressivo a levantava e carregava a criança em seus braços. Ela então saía do quarto e seguia em direção à porta dourada que Ainsley visitou na última vez.

'É agora? Eu vou escolher meu guardião, certo?'

O coração de Ainsley batia mais rápido enquanto a empregada a levava para a porta dourada. A criança tentava arduamente parecer o mais inocente possível, mas uma vez que a porta se abriu, ela não conseguiu manter a calma.

A primeira coisa que viu foi uma grande mesa de madeira. A mesa era redonda, e podia acomodar 20 pessoas ou mais. Nesse momento, dezenas de adultos de terno preto estavam sentados ao redor da mesa.

Todos eles tinham uma expressão solene enquanto a empregada trazia Ainsley para dentro.

"A herdeira chegou." A empregada lentamente trazia Ainsley para o centro da mesa e a colocava lá no meio. Ela era deixada ali como se fosse uma antiguidade pronta para ser estudada por essas pessoas.

'Caramba. Por que estou aqui? Não podem me dar uma cadeira de bebê em vez de me colocar na mesa?!'

Ainsley suava frio. Ela sentia os olhares de cada adulto ali. Como seu corpo era pequeno, a presença imponente dos adultos exercia pressão sobre ela.

Se ela fosse um bebê normal, teria chorado. Mas quem é ela?

Eu sou a protagonista desse mundo! Eu não vou recuar!

Ainsley erguia a cabeça e lentamente mostrava o sorriso mais brilhante que tinha.

Primeiro passo. Mostrar todo o meu charme.

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"Você deve dedicar todas as suas pedras de poder ao grande eu, Ainswo– Ainsley Sloan!" – Bebê Ain.

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