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REUNIDOS

O alfa... não... Ivan. Ivan, cumpriu sua promessa. Depois que me ajoelhei diante dele, fui escoltada de volta para os meus aposentos. Mas não antes de testemunhar ele liberar Cruzita e Azul. Eu queria esperar para falar com Cruzita. Eu sentia muito a falta dela e só queria estar em seus braços amorosos de mãe, mas eu sabia que ela tinha que ser cuidada e além disso, eu também já estava muito fraca e desidratada.

Passei dias trancada no meu quarto. Não porque eu era prisioneira, mas porque Ivan queria garantir que eu estivesse bem alimentada e dormindo o suficiente. Variedades diferentes de comida me eram trazidas todo dia. Fui cética em relação à comida no início, mas então eu me lembrei da ameaça de Ivan, o que me impeliu a comer.

A comida era realmente muito deliciosa. A carne estava bem preparada e o molho era simplesmente divino! O pão também era muito macio e delicioso! Nem me faça começar a falar sobre a sobremesa.

Surpreendentemente, eles tinham muita sobremesa saborosa. Acho que lobisomens também gostam de coisas doces. Tinham chocolates sólidos de diferentes formas e tamanhos e a coisa mais louca, alguns deles tinham nozes! Eu nunca tinha visto nada parecido antes. Eles também tinham sabores diferentes de bolo e até mesmo, meus biscoitos favoritos. Não tenho certeza de como Ivan sabia do que eu gostava, mas ele garantia que eu fosse bem cuidada.

Eu fiquei no quarto por quatro dias. Comendo muito e dormindo o suficiente. Pude ver as mudanças no meu corpo. Minhas bochechas estavam mais rosadas e eu estava começando a ganhar um pouquinho de peso, tudo graças à generosidade de Ivan. Agora tudo o que tenho que fazer é descansar o suficiente para finalmente visitar Cruzita e Azul.

Eu estava no meu quarto dormindo depois de ter me empanturrado com uma fatia de torta de maçã quando senti alguém me cutucar no nariz. Afastou quem quer que estivesse tentando perturbar meu precioso sono. Mas quem quer que fosse, a pessoa era insistente porque senti mãos me sacudindo.

Finalmente abri os olhos preparada para amaldiçoar quem estava me incomodando quando vi um rosto familiar olhando para mim. Um sorriso caloroso em seu rosto. "CRUZITA!"

Cruzita sorriu para mim. "Bom ver que pelo menos uma de nós se sente confortável o suficiente para dormir."

"CRUZITA!" Eu gritei novamente feliz e me lancei em seus braços, abraçando-a apertado.

Cruzita soltou uma gargalhada gostosa. "Acho que alguém sentiu a minha falta, hein?"

"Você não faz ideia." Eu murmurei ainda abraçando-a apertado. Eu sentia tanta falta dela, pensei comigo mesma enquanto inalava o seu perfume.

"Tudo bem, chega. Temos que te arrumar para a sua reunião com o Rei." Cruzita disse me puxando para cima da minha cama.

Eu franzi a testa com o que ela disse. "Reunião? Que reunião?"

Cruzita me deixou e foi até meu guarda-roupa, abrindo-o com um puxão. "Não sei. Só me disseram para te arrumar, aparentemente ele quer te ver."

"Ah." Eu murmurei olhando para baixo para os meus pés descalços. Eu não estava exatamente empolgada com a ideia de encontrar Ivan novamente. A última vez que ele pediu para me ver, eu tive que sentar quase nua na frente dos seus súditos.

Bem, pelo menos desta vez, eu posso escolher minhas próprias roupas, então acho que é uma coisa boa. Refleti enquanto observava Cruzita, que ainda revirava meu guarda-roupa.

Cruzita deu um assobio baixo. "Olha só a quantidade de vestidos aqui e eles são feitos dos mais finos seda e algodão. Rissa teria cortado as próprias pernas só para experimentá-los, te digo."

"É, aposto que sim." Eu comentei secamente. Eu não gosto muito de vestidos, eles te impedem de se mover livremente com seus trens pesados e múltiplas cordas que são amarradas firmemente nas costas para ressaltar sua figura. Sinto falta das minhas calças e da camisa folgada.

"Qual é o problema?" Cruzita perguntou virando para me olhar. "Vá tomar seu banho."

Eu dei a ela um pequeno sorriso. "Sim, claro." E com isso corri para o banheiro.

Eu tomei meu banho, aproveitando o tempo na banheira gigantesca. Assim que terminei, saí e me enrolei na toalha fofa. Sequei meu cabelo e meu corpo e então saí só para ver que Cruzita já havia preparado um vestido para mim.

Era um vestido cor-de-rosa claro sem mangas que tinha muitas camadas fazendo parecer com o de uma flor. Era um vestido lindo e, graças a Deus, não era transparente. Vestia o vestido que cabia em mim perfeitamente. Não era apertado demais, mas também não era folgado demais. Bom, pelo menos não é transparente, pensei comigo mesma secamente.

"Vem, eu vou te ajudar com o cabelo." Cruzita disse, me tirando do meu transe.

Eu levei uma mão ao meu cabelo. "Ah, não precisa. Eu vou pedir para uma das meninas fazer." Eu recusei suavemente.

Cruzita nunca tinha arrumado o meu cabelo antes, ela não podia. Pai e Christine ordenaram que ela não tocasse no meu cabelo com as mãos, porque eram as mesmas mãos que ela usaria para cuidar de Rissa e também para cozinhar para nós.

"Bobagem." Cruzita descartou, "Eu vou fazer, agora vem sentar." Ela me ordenou e eu mordi meu lábio nervosamente, mas me movi para sentar diante do espelho.

Cruzita pegou um pente e começou a pentear meu volumoso cabelo vermelho. Era um pouco desconfortável assistir ela tocando no meu cabelo. Eu continuava esperando que ela se assustasse, mas ela só continuou trabalhando no meu cabelo.

"Pronto, você está toda arrumada." Cruzita disse dando o último toque no meu cabelo.

"Obrigada." Eu murmurei envergonhada enquanto tocava no meu cabelo vermelho e ela sorria para mim pelo espelho.

Ainda estávamos nos olhando quando um pensamento de repente me veio à mente. "Cruzita?" Eu a chamei enquanto ela me olhava com um olhar interrogativo.

"Você já..." Eu gaguejei, sem saber como dizer as palavras. "Você já me considerou uma... uma... aberração?" Eu soltei e assim que as palavras saíram Cruzita me deu um tapa na cabeça.

"AI! Por que você fez isso?" Eu gemi esfregando minha cabeça latejante, mas Cruzita me olhou com severidade.

"Não fale palavrão comigo, jovem senhora ou eu vou ter certeza de te dar uma lição que você não vai poder sentar por semanas!" Cruzita ameaçou, e eu fiquei quieta com isso, mas ela continuou. "E o quê? Aberração? Por que você usa uma palavra como essa para si mesma?"

Eu mordi o interior da minha bochecha. "Bem, você sabe que eu sou um pouco diferente dos outros e..."

"E daí?" Cruzita me interrompeu antes que eu pudesse terminar. "Só porque você é diferente dos outros não significa que você é uma aberração. Às vezes ser diferente é bom, sabia?" Cruzita disse puxando meu cabelo para trás.

"Bem, não parece assim." Eu murmurei olhando para minhas mãos, que eu torcia nervosamente no meu colo. "Ser diferente não é bom. Ser diferente é o que me trouxe aqui em primeiro lugar, Papai me deu para longe feliz porque eu era diferente." Eu terminei e olhei para cima só para ver Cruzita me olhando com simpatia.

"Oh, pobre criança..."

"Está tudo bem. Eu estou bem." Eu a interrompi antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa. "Estou feliz por estar longe daquela cidade de qualquer forma. Não é como se eu tivesse um lar para começar. Todo mundo sabe que a primeira filha de uma família sempre foi selecionada, mas Papai me deu no lugar dela. Ele nem ao menos se opôs quando os Fairchilds apontaram para mim... Ele apenas... ele apenas me entregou." Eu terminei com lágrimas já rolando pelas minhas bochechas.

"Arianne, tenho certeza que ele não pensa assim." Cruzita acariciou meu braço na tentativa de me consolar.

"Eu tentei, sabe?" Eu perguntei olhando para cima para Cruzita que ainda me encarava com um olhar de pena. "Eu sempre fiz o que ele pediu. Fiz tudo sem reclamar. Eu até mesmo tentei ao máximo não me sentir diferente. Sempre mantive meu cabelo coberto, fiz de tudo para sempre agradar Rissa e Christine, mesmo quando elas eram más comigo! Fiz tudo e tudo o que eu queria era que ele me visse! Que me visse como uma filha ou pelo menos como um ser humano!"

"Oh Arianne!" Cruzita imediatamente me puxou para um abraço caloroso enquanto eu soluçava contra ela.

Cruzita me segurou e me consolou enquanto eu chorava. Murmurando palavras reconfortantes no meu cabelo enquanto acariciava meu cabelo na tentativa de me acalmar.

"Existem algumas coisas que você não entende, criança." Cruzita murmurou no meu cabelo. "Você está destinada a um propósito muito maior, Arianne. E um dia, você vai salvar toda a humanidade." Cruzita terminou e eu me afastei para olhar para ela.

"O...o que você quer dizer com isso?" Eu funguei olhando para Cruzita com um olhar confuso no meu rosto.

Ajeitando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, Cruzita sorriu para mim. "Eu queria poder te contar tudo, eu realmente queria, mas não posso. Tudo será revelado a você algum dia."

Eu não entendi uma palavra do que Cruzita estava dizendo. Não entendi nada, mas acho que ela estava dizendo isso como uma maneira de me acalmar e estranhamente o suficiente. Pareceu funcionar, eu me senti um pouco mais à vontade.

"Obrigada." Eu murmurei apertando suas mãos e ela sorriu para mim.

"Claro." Cruzita sorriu para mim e eu percebi uma pequena ruga em seu rosto.

"O que foi Cruzita?" Eu perguntei olhando para ela.

Cruzita olhou para mim com um olhar sério no rosto. "Que tal escaparmos daqui?"

O QUÊ? "Como assim?" Eu manifestei meu pensamento com um olhar de choque no rosto.

"Que tal fugirmos daqui? Longe da Alcateia da Meia-Noite?" Cruzita disse com tanta determinação nos olhos enquanto eu simplesmente fiquei parada, olhando para ela em choque!

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Aqui é onde eu paro por hoje à noite, estou com sono. Divirtam-se lendo e não sejam leitores fantasmas! Expressem suas opiniões na seção de comentários.

Obrigado por ler!

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