Princesa Shahnaz POV:
Acato a ordem da Imperatriz e sigo para a minha alcova, onde minhas damas me aguardam com ansiedade, me preparam um banho e o vestido que usarei no primeiro dia do festival, um modelo florido e alegre, com véu rosado, me arrumam e adornam, calço as sapatilhas e fazem a maquiagem, penteiam meus cabelos e prendem apenas algumas mechas que teimam em cair em meus olhos, ajustam o véu que cobre parte deles e do meu rosto e em seguida a coroa. Então finalmente estou pronta para receber os convidados.
Lila, Pari e Zena seguem comigo até o salão do baile, onde estão os Imperadores, o Príncipe Mirza e os nobres, recebo elogios e agradeço.
Imagino que Ashtad e o general Jahangir devam estar recebendo os convidados lá fora, como de costume e que em breve os recepcionaremos aqui. E realmente começam a chegar com presentes, iguarias e flores, todos muito animados e elogiando a Imperatriz por toda a beleza que observam ao longo do trajeto por todo o palácio, deixando-a envaidecida.
Assim que todos se acomodam e são instalados por todos os aposentos do palácio, podemos iniciar os festejos.
Começamos as celebrações por um farto banquete, no qual uma mesa muito longa é posicionada no salão nobre e todos desfrutam de bons momentos, com conversas e companhias agradáveis. Assim que encerram, todos querem descansar da longa viagem em suas alcovas.
Ao entardecer, todos nos reunimos para o baile primaveril, onde os músicos tocam para nos entreter pela noite toda, uma grande e agradável surpresa são os dançarinos da corte que vem nos divertir e distrair.
Converso com minhas amigas Narda e Margie por um longo tempo, enquanto observo as reações das nobres diante do general, isso começa a me incomodar.
Entre danças, diversões, passa a noite que nem percebemos, mas é no momento do banquete que tenho a mais desagradável surpresa, que me deixa realmente preocupada e em alerta, tudo começa com uma pergunta capciosa de Mir Baraz.
— Meu nobre general Jahangir Azimi, nos diga o porquê está solteiro e sozinho, se é um homem tão importante e aprazível aos olhos das mulheres.
Se inicia uma breve discussão, onde o meu Jahangir diz que não pretende se casar, mas todos insistem que ele deve, até que o Imperador a encerra de uma maneira que deixa meu coração em pedaços.
Passa mais algum tempo e eu nem sei o que dizer ou fazer, estou perdida em pensamentos, de repente sou avisada de que já é o momento de nos recolhermos, nos despedimos e seguimos para as nossas alcovas.
General Jahangir Azimi POV:
Passamos por dias intensos no palácio, mas felizmente parece que teremos dias de paz e tranquilidade com a chegada do festival de primavera e as justas.
Sempre que há uma celebração no palácio, preciso elaborar uma estratégia de segurança para que todos fiquem protegidos, isso demanda tempo e esforço, além de muitos homens e armamentos, mas tudo é cumprido com rigor e zelo. Frequentemente escolho os soldados de confiança para esse serviço porque não pode haver qualquer falha, ainda lhes faço uma série de recomendações, antes de permitir que tome a sua posição.
Sigo com Ashtad para cumprir nosso dever de receber os convidados e encaminhar para o salão do baile para que a família imperial os recepcione adequadamente, só então adentramos para celebrar com todos.
Participamos do primeiro banquete e meus olhos se prendem em Shahnaz, mas tento disfarçar para que não notem, conversamos sobre assuntos diversos à mesa, as pessoas são muito simpáticas, só não gosto quando um nobre vem me questionar o motivo pelo qual ainda sou solteiro e sozinho.
— Meus respeitos, Mir Baraz, mas não desejo me casar, meu sonho sempre foi ser guerreiro e o realizei, não creio que o amor esteja escrito em meu destino. – digo e Shahnaz olha discretamente em minha direção.
— Devia pensar nisso, general. É bobagem o que diz, todos os homens nascem para ter uma mulher e filhos, isso é parte de nossas vidas. – Mir Baraz diz.
— Até mesmo um guerreiro deve ter um lugar para onde voltar, general Jahangir. – Sirdar Asha diz.
— Mãos que cuidem de suas feridas, braços abertos que te recebam, colo que te console. – Senhora Bibiana diz e me faz pensar em Shahnaz.
— Tenho a minha mãe, Senhora Banu Azimi, que cuida de tudo o que preciso. – digo e acredito ter encerrado o assunto.
— Eles têm razão, general. Devemos encontrar uma boa e nobre esposa para você. – o Imperador diz, me fazendo entrar em desespero e algumas pessoas sorrirem.
Iniciam outros assuntos, dos quais nem participo, tento olhar para Shahnaz, mas sequer olha em minha direção.
Pelo restante da noite a vejo pelo do salão e sinto vontade de me aproximar, mas não tenho qualquer desculpa ou permissão para tal, então chega o momento de nos despedirmos e nos recolhermos às nossas alcovas.
Tão logo amanhece, a programação do festival de primavera recomeça com belo banquete na primeira refeição do dia, todos elogiam a Imperatriz, não apenas pelo esmero em toda a decoração, como pelos alimentos e iguarias servidos.
Então as mulheres mais idosas seguem para os jardins do palácio, se reúnem para elaborar peças com flores, adornando seus chapéus e outros itens.
Visto o meu uniforme, encilho o meu cavalo, pego o meu taco e sigo com os homens para o campo para o jogo de polo, enquanto vejo as mulheres mais novas nos seguindo para nos ver e torcer por seus favoritos.
Compreendo que esse jogo é realmente muito agressivo, que podemos acertar com o taco o outro jogador, para poder pegar a bola de madeira com as mãos, mas são as regras atuais do esporte e quem não quer ver sangue ou não suporta esse tipo de violência, é melhor que não veja.
É o momento de o jogo começar, a primeira equipe é composta pelo Imperador, Sirdar Kansbar, Ksathra e eu, a outra equipe, Sirdar Asha, Behrooz, Sirdar Mirrikh e Ahriman
Vemos as mulheres sentadas observando tudo, estamos em nossos cavalos e seguimos em busca da bola, Sirdar Asha bate com o taco e derruba o Sirdar Kansbar do cavalo para pegar a bola e faz ponto, Behrooz pega a bola na mão e lança para Sirdar Mirrikh, que cavalga em direção ao gol, mas encontra o Imperador no caminho e é derrubado por ele, então eu pego a bola e lanço para Ksathra, que cavalga e desvia de Sirdar Asha e faz ponto.
Sirdar Asha pega a bola e lança para Behrooz, que quase é derrubado por mim, mas faz gol, então eu consigo pegar a bola e sair cavalgando, quando recebo um golpe na cabeça e caio do cavalo, ao mesmo tempo ouço gritos e o sangue escorrer da minha testa, mesmo tonto, me levanto e continuo a cavalgar, a bola está agora com o Imperador, que está prestes a receber um golpe de Ahriman e eu me ponho na frente e recebo outra pancada na cabeça e desta vez tudo fica escuro.
O Narrador:
— Chamem o curandeiro real, levem o general para a sua alcova. – o Imperador diz.
Em seguida os jogadores, o Imperador e a Princesa seguem para a alcova do general e esperam até que o curandeiro apareça.
Então o homem chega e examina o general, cuida de seus
ferimentos, faz um preparado para sua ferida e outro que põe em sua boca.
— Agora devemos esperar que ele desperte, as pancadas devem ter sido muito fortes, precisamos ver como ele vai reagir. – o curandeiro diz.
— Mas o que pode acontecer com ele? – a Princesa pergunta.
— Pode ser que não desperte, não fale mais, não se lembre de ninguém... – o curandeiro diz e a Princesa fica apavorada.
— Quero que todos os melhores sábios cuidem do general, mais uma vez ele se colocou à frente para que eu não recebesse um golpe. Quero que cuide disso. – o Imperador diz.
— Cuidarei, por enquanto é melhor que ele descanse. – o curandeiro diz e todos saem de sua alcova.
É obrigação da família imperial continuar como anfitriões da festa, afinal o jogo de polo continua com outras equipes, depois da saída para socorrer o general.
Ahriman se anima ao saber da notícia e vai logo contar para Atefeh.
— Mãe, enfim nossos planos estão dando certo. Fui golpear o Imperador no polo e o estúpido do general entrou na frente e agora está desacordado em uma situação lastimável. – Ahriman diz e gargalha.
— Maravilhoso, meu filho, mas você deve ir diante do Imperador e demonstrar que se compadece do pobre general, faça isso depressa. – Atefeh diz e ri.
— Irei agora mesmo. – ele diz e sai.
Ahriman volta ao campo de polo e vai conversar com o Imperador.
— Sinto muito pelo acontecido ao general, Majestade. – ele diz.
— Todos sentimos, Ahriman, mas ele vai se recuperar em breve. – o Imperador diz, sem dar muita atenção.
— Que bom que pensa assim, Majestade. – Ahriman diz com ódio e se distancia.
Termina o torneio de polo e seguem para suas alcovas para se refrescarem, logo depois todos vão para o farto banquete, então todos seguem para a arena para se iniciarem as justas.
Veem as mulheres seguirem para as tribunas para assistirem e torcerem pelos homens, muitas nobres carregam o desejo de que seus cavaleiros lhe deem as rosas que ganharão como prova de seu amor e compromisso.
Na arena são colocadas as tendas para os competidores, são diversos os inscritos, inclusive o Imperador, mas a competição começará com os Sirdares convidados e terminará com os anfitriões.
Geralmente a luta é iniciada com o cavaleiro cavalgando em direção ao oponente atingindo uma grande velocidade, afinal a arena é bem grande, seu objetivo é derrubar o adversário do cavalo o atingindo com uma lança de madeira e quebrando-a no impacto, quanto mais perto do punho a lança for quebrada, mais pontos o cavaleiro ganhará, essas são as regras da justa. Seguem os primeiros cavaleiros para a arena, os Sirdares de Assur e Jerusalém vão competir, cada um segue para um lado e se posicionam, ao sinal do juiz cavalgam a toda velocidade ao encontro um do outro e ambos erram o alvo, de tal maneira que o Sirdar de Assur se desequilibra e quase cai, recebendo vaias do público, tentam novamente e o Sirdar de Assur é atingido bem no peito e sofre uma queda do cavalo, sem ferimentos.
Continuam a competição com os Sirdares de Damasco e Babilônia, que ajeitam suas armaduras e montam em seus cavalos, seus servos lhe dão as lanças e estes se posicionam, aguardando o sinal do juiz, então cavalgam a toda velocidade ao encontro do oponente e todos ouvem um forte estalo, é a lança do Sirdar de Damasco sendo quebrado próximo ao punho, fazendo-o celebrar a grande vitória.
Prosseguem com os Sirdares Gedrósia e Pártia, saindo vitorioso o primeiro, tendo sua lança quebrado apenas na ponta, em seguida os Sirdares de Armênia e Assíria, ganhando o Assírio, tendo sua lança quebrado na haste.
Ao pôr do sol encerram as justas e voltam às suas alcovas para se refrescarem e então seguem para a celebração, cuja decoração impecável sempre chama atenção de todos, além das belas flores frescas, hoje um grupo especial de mágicos garante a diversão de todos.
Logo depois iniciam o baile, os músicos tocam uma seleção especial de canções e o grupo de dançarinos vem entreter os convidados. Todos dançam e se divertem pela noite toda, o banquete é servido e desfrutam da boa companhia e das iguarias servidas pelo cozinheiro real.
Enquanto isso, o curandeiro real está com o general e seus pais em sua alcova e nota que ele não desperta e não há qualquer tipo de reação, sente-se preocupado porque se ele não acordar nas próximas horas pode significar que sua situação é mais complicada do que parece.
Faz mais alguns preparados e coloca na ferida de sua cabeça e na sua boca, obrigando-o a engolir, mesmo inconsciente, faz algumas rezas e aguarda os próximos acontecimentos.
Princesa Shahnaz POV:
Definitivamente o torneio de polo tira a minha paz, sentamo-nos lá para assistir aquela violência quando de repente o general cai diante de nós e eu não consigo segurar o grito, sorte que outras mulheres também, mas ele levanta e segue cavalgando e em um rompante segue para defender de um golpe que Ahriman tenta dar no Imperador, entrando em sua frente e recebendo uma tacada certeira na cabeça, que o leva ao chão, permanecendo desacordado e sangrando, me levando à loucura.
Nem penso no que vão dizer e sigo com o Imperador, os nobres e o curandeiro para a alcova do meu amado, quero saber como ele está e o qual seu parecer, mas me frustro ao saber que não se pode esperar qualquer coisa positiva do seu estado atual.
Isso não pode ser verdade!
Vejo os pais de Jahangir chegarem e chorarem ao ver o filho neste estado lastimável, quero tocá-los e dizer que vamos sair dessa situação juntos, mas não posso e o Imperador quer me tirar da alcova de qualquer maneira, afinal precisamos agir como anfitriões e seguir com o festival.
Ora, às favas com esse festival!
Enquanto Vashti cuida das Senhoras, devo manter as jovens entretidas, Mirza os jovens e o Imperador os nobres Sirdares, Mir e nobres, cuidamos de nossas obrigações por toda a manhã no torneio de polo.
De tarde começam as justas, todos se preparam e muitos se inscrevem para a competição, os comandantes auxiliam na manipulação das armaduras e lanças, os responsáveis pelos animais os trazem já com a proteção para evitar qualquer ferimento, armam tendas na arena para abrigar os cavaleiros e na tribuna permanecem apenas nós da família imperial e os convidados que desejam assistir.
Então a competição se inicia com entre os Sirdares e é bem acirrada e intensa, durando a tarde toda e causando grande aflição às suas consortes, sendo encerrada ao entardecer.
Todos retornamos às nossas alcovas para nos preparar para a celebração noturna, mas eu não consigo deixar de pensar no general e em seu estado, sinto vontade de ir até seus aposentos, embora saiba que não tenho pretexto para tal.
Apenas permito que minhas damas preparem meu banho e me arrumem com um novo vestido floral, desta vez em tons azuis e brancos e o véu da mesma cor, penteiam meus cabelos, ponho as joias, sapatilhas e coroa, fazem a maquiagem e logo estou pronta para descer.
Escrevo uma mensagem e peço que minhas damas entreguem à Senhora Banu Azimi e elas vão cumprir a minha ordem.
Espero ansiosa e inquieta, algum tempo depois, Lila retorna com a mensagem em mãos, abro rapidamente.
"Princesa Shahnaz,
Alegrar-me-ia que Jahangir levantasse desse leito que poderia significar sua morte em vida, mas nada teria a lhe dizer nesse momento, senão lhe dar falsas esperanças sobre seu despertar.
Vosso amado seguiu desacordado por todo o dia e sem qualquer reação, buscamos por orações, rezas, preparados, infusões, mas nada fez efeito até o momento.
Saiba que seu desespero também tem sido o nosso, Alteza, afinal Jahangir não era apenas seu prometido, mas também nosso único e mui amado filho.
Sinceramente,
Banu Azimi."
— Princesa, os Imperadores perguntam por Vossa Alteza. – Zena diz.
Limpo as lágrimas, respiro fundo e sigo para cumprir a minha pesada obrigação.
Desço ao salão do baile e participo da celebração como uma anfitriã deve fazer, esquecendo que um grave problema me consome por dentro.
Danço com todos que me convidam, converso alegremente, mesmo que eu queria chorar compulsivamente, assisto as mágicas e vejo os dançarinos e finjo que estou me divertindo.
No momento do banquete, vejo a cadeira do general vazia e sinto um forte aperto em meu coração, mas me mantenho firme e alegre, conversamos e rimos, continuamos a celebrar até o final da noite, quando finalmente podemos nos despedir e retornar para nossas alcovas.
É nesse momento que deixo de ser a anfitriã e posso ser apenas a Shahnaz de Jahangir, posso chorar pelo meu amado, decido me esgueirar pelos corredores e ir até sua alcova, não me importa o perigo, eu preciso vê-lo.
Quando adentro sua alcova, Feroze e Banu Azimi se assustam.
— Qual é a situação do general? – pergunto.
— Cada vez pior, Alteza. Se ele não acordar até o amanhecer, provavelmente não terá mais suas funções normais, nem posso garantir que se despertar agora terá. – o curandeiro diz.
— Saia por um momento, quero conversar a sós com o Sátrapa Feroze Azimi e sua consorte. – digo e o homem sai.
— Peço que me permitam falar aos ouvidos do general. – peço.
— É claro, Alteza. – eles dizem juntos.
Sento no leito de Jahangir e passo a mão em seu lindo rosto e sinto os olhos marejados.
— Meu amado, mais uma vez venho clamar por sua promessa de jamais me abandonar, não importa o que digam, eu sei que você pode vencer porque é o meu guerreiro, confio e preciso de você para sorrir de novo. – digo.
Percebo que os pais do general choram e eu fico sem ação, apenas me despeço e saio da alcova, retornando aos meus aposentos e me entregando ao pranto por toda a noite.
Amanhece e minhas damas entram em minha alcova, preparam meu banho, entro na tina e logo saio, elas me vestem com um novo vestido florido em tons de rosa e lilás, me adornam, penteiam meus cabelos, calço as sapatilhas, ajustam o véu e a coroa. Estou pronta para cumprir o meu dever de hoje.
Começamos com o farto banquete, que todos apreciam, realmente cada um está mais bonito e elegante do que o outro, as conversas são sempre muito agradáveis e engraçadas, caso meu humor suporte tais diálogos. Assim que terminamos, seguimos para as atividades do dia, jogos e teatro para as crianças, jovens e idosos e torneio de polo para os adultos.
Sigo com o Imperador e o Príncipe Mirza para o torneio de polo, Narda e Margie sempre são minhas companhias e alento nesse momento crítico, adoraria poder contar-lhes sobre meu compromisso com o general, mas não devo confiar esse segredo a mais ninguém.
Felizmente a manhã passa com poucos incidentes e ferimentos superficiais, eles seguem para suas alcovas para se refrescar e vamos para o banquete, servido pontualmente e com muita elegância e requinte. Assim que terminamos, todos se aprontam para iniciar as justas.
Desta vez vemos os competidores nas tendas, são Sirdares e nobres, os cavaleiros são anunciados e o juiz se posiciona, não me sinto bem essa tarde, por isso decido me sentar com Narda, Margie e as minhas damas em uma posição mais baixa da tribuna.
Em certo momento da tarde vejo um dos cavaleiros saindo com um helmet desde a tenda e seu nome não é anunciado, apenas o de seu oponente, montam em seus cavalos, tomam distância e seguem a toda velocidade um contra o outro e meu coração dispara no mesmo instante em que a lança do cavaleiro sem nome atinge o oponente, fazendo um estalo e quebrando no punho.
Então o juiz lhe dá uma flor vermelha, o vejo caminhando em minha direção...