Resistência

Depois do jantar, todos foram para a sala de estar, onde sobremesas e bebidas foram servidas.

Caden e Maya tinham uma missão e, após uma bebida, foram dar um passeio no jardim antes de irem para a cama.

Antes de dormir, Caden e Maya percorrerão a casa do bando da Alcateia da Lua Vermelha, procurando uma oportunidade para ouvir algumas conversas dos Omegas, ou talvez até mesmo entrar e fazer perguntas.

O lobo de Damon estava inquieto, ansioso para inalar o doce aroma cítrico de frésia e localizar sua fonte, apesar de Damon ter dito que isso não ia acontecer.

Depois de um tempo desconhecido, Damon se levantou abruptamente. "Vou me retirar para a noite."

Todos olharam para Damon com confusão estampada em seus rostos, mas Damon fingiu que não notou.

Ele se virou para o Alfa Edward. "Espero que depois do café da manhã possamos continuar nossa discussão desta tarde."

Sem esperar que o Alfa Edward respondesse, Damon foi para seu quarto.

Ele abriu a janela do seu quarto e respirou fundo.

'Droga. O que há de errado comigo?'

'Você sabe o que está errado e sabe como consertar.', seu lobo respondeu. 'Por que você está resistindo? Esta é uma luta que você não pode vencer.'

Damon esfregou o rosto com força. Ele sabia que seu lobo estava lhe dizendo para encontrar Talia (também conhecida como a menina de cabelos cor de cobre), mas Damon não tinha intenção de sucumbir a essa tentação.

Damon é um cara teimoso que precisa estar no controle. Ele sempre odiou quando alguém tentava manipulá-lo e, desta vez, sua própria natureza o estava fazendo sentir e fazer coisas estranhas.

Ele NÃO vai ceder!

"Posso entrar?"

Damon virou-se rapidamente em direção à porta para ver Marcy espiando. Ele se perguntou se ela tinha batido, mas então... mesmo que ela tivesse, provavelmente ele não perceberia.

Ele nunca foi tão distraído!

E se fosse um inimigo? Damon seria um alvo fácil! Essa menina de cabelo cor de cobre já estava fazendo com que ele fosse fraco, e ele nem mesmo reconheceu o laço de companheiro deles.

Para Damon, isso só provava que a menina é perigosa e ele deve ficar longe dela. Não importa o quão difícil seja lutar contra seus impulsos, é melhor do que estar morto.

"Por que você está aqui?", Damon perguntou secamente a Marcy.

Seu humor estava azedo e isso aparecia.

Marcy aceitou a pergunta como um OK para entrar. Ela fechou a porta atrás dela e caminhou até Damon, parando a um passo de distância dele.

"Você parece tenso...", Marcy disse, relutantemente colocando as palmas das mãos no peito firme de Damon. "Eu posso te ajudar a relaxar."

Os lábios de Damon se curvaram em um meio sorriso. "E como você faria isso?"

Marcy lambeu os lábios ao lembrar a textura aveludada dele em sua boca. Era quente, firme e grande, e ela queria acariciá-lo com a língua.

"Eu sei que nada está confirmado, mas tecnicamente, estamos noivos.", Marcy disse ofegante.

Damon observou os dedos dela enquanto se moviam levemente. Ela estava sentindo ele através do tecido fino da sua camisa.

Ele notou um grande anel no dedo médio direito dela, era um rubi em formato oval com pequenos diamantes ao redor. Mais um acessório luxuoso que combina com o estilo da família Redmayne.

Damon olhou para os olhos azuis em forma de amêndoas dela, nariz reto e lábios cheios, e confirmou que ela é objetivamente uma mulher atraente.

'Não faça nada que irá se arrepender depois!', seu lobo rosnou.

'Não se meta nisso!', Damon retrucou.

Seu lobo bufou. 'Você vai se arrepender disso...' E então se retraiu no fundo da mente de Damon.

Damon podia sentir a raiva e rejeição de seu lobo, mas decidiu ignorar.

Desconhecida da conversa que Damon teve com seu lobo, Marcy se aproximou de Damon e sorriu sedutora. "Eu posso..."

Antes de Marcy terminar seu pensamento, a mão de Damon pousou na parte de trás da cabeça dela, e ele a puxou para um beijo.

Sua língua invadiu a boca dela impiedosamente, ninguém nunca a beijou assim. Mesmo com um beijo, Damon estava exercendo seu domínio, mostrando a ela o que significa enfrentar um Alfa e deixá-la tonta no processo.

Ela não fazia ideia de quando chegaram na cama.

Eles afundaram no colchão com Damon em cima, e Marcy ofegou por ar por um breve momento antes de Damon selar os lábios dela novamente com os dele.

Seu toque não era gentil nem atencioso. Damon estava extravasando sua frustração enquanto procurava uma maneira de aliviar a tensão que o sufocava, e o cheiro do desejo de Marcy o atingiu forte.

A mente de Marcy estava confusa. Ela sentiu a mão de Damon subindo pela coxa com urgência, até o quadril, onde encontrou a borda de sua calcinha, e ela se contraiu quando ele a rasgou com um movimento rápido.

A mão de Damon se moveu em direção ao berço de suas coxas e ela gemeu em sua boca quando seu dedo deslizou entre suas dobras encharcadas, provocando e cutucando enquanto se aproximava de sua entrada apertada.

Marcy saiu de seu estupor e agarrou a mão dele. Não tinha problema em tocar e acariciar, mas ela tinha a sensação de que Damon não pararia por aí.

"Não antes... "

Damon rosnou de frustração quando percebeu que Marcy mudou de ideia. "O que aconteceu com o 'tecnicamente estamos noivos'? Você está se guardando para o casamento?"

Marcy ficou atrapalhada e demorou alguns longos segundos para se recompor e responder: "Não necessariamente casamento, mas pelo menos preciso saber que estamos indo nessa direção. Podemos fazer outras coisas. Estou bem com anal ou em te dar um sexo oral."

Damon balançou a cabeça em desaprovação. Ele se afastou da cama e passou a mão pelos cabelos.

Damon nunca forçaria um momento com uma mulher. Um não é um não, e ele respeita isso. Mas Marcy o irritou. Ela deu em cima dele e depois parou, e agora estava listando condições? Quem ela pensa que é? Que tipo de jogo ela está jogando?

"Saia."

Marcy não entendeu. Ela esclareceu as coisas que estava disposta a fazer e ele disse para ela sair? "O quê?"

"Eu disse... SAIA!"

Marcy olhou para os olhos de Damon, que fervilhavam com uma violência interminável, e engoliu em seco.

Além de ficar apavorada com a esmagadora ordem do Alfa de Damon, ela estava convencida de que Damon a mataria se ela não obedecesse naquele instante.

Marcy saiu correndo da cama e saiu apressadamente.

Damon voltou para a janela e se apoiou no parapeito. Ele olhou para a lua crescente e exalou de frustração.

"Era isso que você planejava para mim?", Damon perguntou em voz baixa, mesmo sabendo que a Deusa da Lua não responderia. Ela nunca responde.

Dizem que a Deusa da Lua tem um plano para todos, que tudo tem um propósito, mas Damon duvida disso.

Qual é o propósito dos pais dele morrerem inesperadamente? Qual é o propósito dele fazer o seu melhor para a alcateia dos Uivadores Sombrios apenas para ser rotulado como cruel? Qual é o propósito dele ser o Alfa da maior alcateia, quando tantos outros querem manipulá-lo? Qual é o propósito de seu poder se ele tem que jogar de acordo com as regras que os outros definem? E finalmente... qual é o propósito dele encontrar sua companheira?

Damon não queria nada disso.

Se ele pudesse fazer um desejo, gostaria de se tornar um desconhecido, invisível, alguém que pudesse se mexer sem ser notado ou desejado. Ele viveria uma vida modesta e faria o que quisesse, quando quisesse, e isso... Por mais que Damon olhe para isso, parece que a Deusa da Lua está decidida a torturá-lo.

Damon frequentemente deseja escapar de tudo isso, mas são apenas pensamentos fugazes que sabe que nunca se realizarão.

A responsabilidade pela alcateia dos Uivadores Sombrios está incrustada em Damon e ele nunca será capaz de deixá-la. Dezenas de milhares de pessoas estão olhando para ele, seu Alfa. Eles confiam nele para mantê-los seguros e levá-los a um futuro melhor e é isso que Damon jurou fazer.

'Ei... Podemos conversar?', Damon falou com seu lobo, apenas para receber silêncio em resposta.

Damon podia sentir que seu lobo estava ressentido com a desaprovação do que acabara de acontecer. Bem, nada aconteceu, mas se Marcy não o tivesse impedido, teria acontecido.

Damon jogou os braços para o ar, com raiva. 'Que bom! Fique quieto!'

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