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8. Novos Humanos?

'Hum?!, então agora esse é o padrão de humanos segundo você Avant?' Lucien perguntou olhando para os "humanos" na sua frente, uma mulher mais velha que poderia ser tanto irmã mais velha quanto mãe dos dois menores, uma menina pequena que parecia ter 4 anos e um menino que parecia ter 10 ou 11 anos, que segurava uma lança improvisada com uma faca de pedra na ponta.

Embora eles pudessem se passar como homo-sapiens de longe uma observação mais detalhada revela alguns traços bem diferentes dos humanos, mesmo dos híbridos criados com engenharia genética. Para começar as orelhas deles eram mais pontudas na hélice, porém ao invés de subirem como "orelhas de elfo" elas caim levemente para baixo e perto da sua ponta duas pequenas protuberâncias apareciam. As peles deles também eram um tanto diferentes tendo uma tonalidade oliva, mas com uma pigmentação parecida com um azul muito claro que só era perceptível de perto.

Suas mãos e pés também eram diferente por possuírem pequenas membranas entre os dedos, não iguais as de sapos, anfíbios ou integrantes do setor Kala-Secna no setor mais ao norte do último mapa estalar atualizado antes da guerra, era uma membranas que parecia se retrair na pele pelo que Lucien podia ver. E por fim os olhos deles eram um pouco maiores e mais redondos com pupilas que cobriam quase toda íris, exceto as do garoto que pareciam ter encolhido e suas íris passaram há assumir uma incandecência parecida com as das criaturas mutadas.

[As assinaturas genéticas dessas criaturas tem 98.99999992% de semelhança com a dos homo-sapiens, tendo algumas adicionais de espécies não humanas, incluído anfibianos como Sanactianos.] Avant respondeu. [Além do que, mesmo você os outros não podem dizer que são humanos completos, suas adaptações e adições para sobreviverem alterou muito seus genomas.]

'Justo, e não vai reclamar que eu eliminei mais uma possível fonte de informação desnecessariamente?' 

[Por sorte aquela criatura era apenas uma variante do indivíduo #11975-7, registrado pela senhorita Ethel, um amálgama bacteriano mutado pelas partículas MATER e agindo em simbiose com algumas colônias de fungos. O diferencial dele seria a adição de material biológico de origem animal ou de origem vegetal, infelizmente o estado em que você o deixou não ajudará a conseguir muitos dados para determinar essa adição.] Avant relatou em um monótono mas ao mesmo tempo exasperado.

'Bem não tinha muito oque fazer, você sabe que ataques de plasma são meu forte. E já fazia tempo desde que eu usei ele desde a última vez.' Lucien disse nem um pouco arrependido de ter matado a criatura, ou criaturas no caso.

Mesmo enquanto Lucien discutia com Avant ele já havia se certificado de coletar os dados disponíveis do cadáver carbonizado e com um buraco no "peito" e verificado o estado em que os novos visitantes estavam, os 3 estavam exaustos mas sem risco de vida, exceto pela mulher mais velha que tinha sido ferida pela criatura.

Luciene então se aproximou lentamente em direção a mulher, ele não terminou de dar 3 passos que o garoto com a lança improvisada se colocou entre ele e a mulher assim como tinha feito com a criatura. Com a diferença que agora ele parecia estar ainda mais assustado com ele que com o monstro morto.

'Bem faz sentido, eu acabei facilmente com um monstro que acabaria facilmente com ele. Seria estranho ele não ter medo de mim.' Lucien disse há si mesmo. 'Mas também é impressionante que mesmo assim ele ainda queira ficar na minha frente, ainda que esteja há um segundo de desmaiar.'

Luciene então fez uma conexão mental com os 3 indivíduos e usando as particula MATER, ele diminuiu sua ansiedade ao abaixar rápida mas gradativamente o nível de adrenalina e cortisol nos cérebros deles. Logo o garoto abaixou a guarda e Lucien disse.

"Mais calmo agora pequeno?" Luciene disse usando a voz mais calma e compassiva que conseguia.

Ainda assustado mas bem mais calmo agora Movuya respondeu.

"S-sim senhor, heh, grande, heh não... Eu estou bem." 

Apesar de não deixar transparecer Lucien ficou extremamente feliz ao ouvir a voz da criança, era a primeira vez que ouvia uma voz diferente que as dos seus amigos em milênios. Bom pelo menos uma voz com inteligência real e sentimento complexos.

"Hum, que bom, mas eu diria que a senhorita ali atrás não estão tão bem assim." Ele disse apontando, oque fez o garoto ter novamente uma descarga de adrenalina por achar que o estranho que tinha aparecido do nada poderia tentar matar sua mãe do mesmo geito que fez com a criatura. Mesmo que seu lado racional gritasse que se ele quisesse fazer isso, já teria feito.

"Tudo bem, acalme-se, eu não vou fazer nada há menos que você ou ela permita." Luciene disse tentando apaziguar o jovem assustado.

"Hã, bem.. sim, não eu quis dizer. Minha mãe está ferida como pode ver, o senhor não... Poderia...'' Movuya tentava ao máximo processar oque acontecia ao seu redor o melhor que sua jovem mente conseguisse, primeiro estavam fugindo dos malditos que mataram o seu pai e seu clã, depois fugindo e se escondendo de monstros muito mais fortes que poderiam acabar com os dois clãs facilmente, então sua mãe é ferida e ele quase morre tentando defende-la e sua irmã, e no instante seguinte eles são salvos por um estranho que se parece com eles mas claramente não era igual a eles, não só em aparência como por conseguir usar poderes iguais aos dos claros das tempestades.

Não é de espantar o fato dele mal conseguir formar frases coerentes.

"Hum.., huhg, mamãe..." Uma pequena voz falou, e isso foi suficiente para a mente de Movuya se clarear, mesmo que um pouco.

Com o máximo de força e respeito que conseguia reunir em seu pequeno corpo cansado ele disse Lara o estranho.

"SENHOR!! MINHA MÃE ESTA MUITO FERIDA, POR FAVOR PODERIA AJUDA–LA, EU FAREI O QUE FOR PRECISO PARA COMPENSA–LO. E MINHA IRMÃ TAMBÉM ESTA EXAUSTA PELOS DIAS QUE CORREMOS. POR FAVOR!!!!!" Movuya disse tudo em um único fôlego e o mais auto que conseguia enquanto parecia tentar enfiar a cabeça o mais fundo na terra e derramava lágrimas, de frustração, raiva, medo e esperança.

Lucien ficou momentaneamente espantado, mas logo recobrou a razão.

'Heh, eles já desenvolveram ao ponto de terem noção de dívida de honra e pedidos formais de ajuda. Parecem que estão avançando muito mais rápido doque nos, por que isso?' Lucien pensou, mesmo já tendo um palpite extremamente promissor.

Os momentos de silêncio que Movuya experimentou pareceram se entender por anos, mas logo o ser falou.

"Desculpe mas acredito que não vou poder...."

Ao ouvir essas palavras, Movuya podia jurar ter ouvido seu coração se partir, mas também racionalizou de uma maneira não condizente com sua idade.

'Mas é claro, não tem mérito nenhum em salvar um grupo com 2 filhotes e uma fêmea ferida. Não tem nenhum motivo para isso...' Ele pensou sentido a garganta fechar ainda mais e mais lágrimas saírem dos olhos.

"...Afinal eu já fiz isso enquanto você tenta se recompor." Lucien disse com um sorriso ralo no rosto vendo o pequeno no chão. Seria mentira dizer que ele não se sentiu culpado por brincar com os sentimentos de uma criança que estava efetivamente desesperada. Mas também seria mentira dizer que ele não achou graça e ficou feliz, pela "brincadeira" totalmente infantil e totalmente o condizente com sua idade.

Assim que ouviu oque o ser disse, Movuya rapidamente levantou o rosto para o ser, que por sua vez olhou para ele com um pequeno sorriso nos lábios, e indicou com rosto para sua mãe. 

Quando se virou ele não viu as costas abertas com marcas de garras de antes, nem a mordida que quase havia custado o braço de sua mãe. Mas as costas "branco-azuladas" de sua mãe e o braço totalmente firme ao corpo, sem nenhum resquício de ferimento nenhum.

Ela por sua vez olhou para ele tão espantada quanto ele, e sorriu pela primeira vez em dias.

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