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Capítulo 16: Tempestade Interior

Domingou pessoal, e tem novidade chegando, estou preparando mais uma Sukuita para vocês.

Em breve começarei a postar semanalmente junto com essa.

Aproveitem !!!

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Yuji se desvencilhou abruptamente dos braços de Sukuna, um gesto impulsivo que o liberou para correr sem destino. Ofegante e com o coração acelerado, ele atravessou correndo pelos corredores do santuário até o exterior, deixando para trás a presença do Rei das Maldições.

O caminho levou-o até o final do jardim, perto das grandes árvores. Lá, ele se recostou ofegante, apoiando-se numa árvore robusta, os olhos marejados pelo turbilhão de emoções que o consumiam.

A confusão reinava dentro dele. Sentia-se traído por ele mesmo, não apenas por ter cedido à proximidade com Sukuna, mas também por ter sentido algo durante o beijo, por ter experimentado sensações que o deixaram confuso e em negação. Sua mente relembrava os ensinamentos de seu sensei, o juramento feito aos amigos da escola, e a traição iminente que essa situação representava.

O peso da culpa e da contradição pesava em seu peito. Era uma batalha interna entre o que sabia estar errado e o que sentia, entre sua lealdade aos ideais e o desejo que está surgindo.

Yuji permaneceu ali, perdido em pensamentos, tentando compreender as emoções que o assolavam. Cada respiração era uma tentativa de acalmar o tumulto dentro de si, uma tentativa de reconciliar seus sentimentos conflitantes.

Enquanto os primeiros raios de sol romperam a escuridão da madrugada, ele continuava ali, isolado, tentando lidar com a complexidade de seus próprios sentimentos, sua mente navegando em um mar de confusão e negação.

"Como pude cair nesse dilema? "

Os olhos de Yuji marejaram, a confusão em sua mente refletia-se em seu rosto.

"Sensei Gojo confiou em mim, me ensinou tanto... E meus amigos…".

A imagem dos rostos de seus amigos da escola invadiu seus pensamentos, um a um.

"Megumi, Kugisaki, todos eles confiaram em mim. E eu... Estou traindo essa confiança ao me envolver com Sukuna."

O peso da culpa o inundou. Era como se cada palavra de encorajamento, cada lição de Gojo-sensei estivessem sendo despedaçadas por suas próprias ações.

"O que diriam se soubessem?"

Eram dúvidas e questionamentos que pareciam dilacerar sua lealdade. A contradição entre suas escolhas recentes e os laços que havia construído com tanto esforço pesava como uma âncora em seu peito.

"Sukuna... Não posso me deixar levar por ele. Mas…"

As sensações do momento vivido com o Rei das Maldições pareciam ressurgir, desafiando suas convicções.

Ele ainda sentia a presença Sukuna dentro do quarto, com um sentimento de desejo… Com força… E inquietação.

"Ele me quer… E eu…"

Tendo agora essa completa graças a ligação, esse pensamento o deixou um pouco desconcertado, se alguém dissesse isso para ele há uns dois meses ele não acreditaria.

"Eu não posso… E-eu preciso sair daqui, por conta dessa marca as coisas estão complicadas, m-mas eu acho que ainda não é tão tarde".

Ele olhava o nascer do sol, os raios dourados penetrando lentamente pelas copas das árvores do jardim. Seus olhos fixos no horizonte, sentia o calor suave dos primeiros raios do dia banharem seu rosto. Era um espetáculo de cores e luzes que contrastava com o turbilhão de emoções em seu coração.

O vento da manhã sussurrava entre as folhas, carregando consigo um frescor reconfortante. Mas mesmo essa brisa gentil não conseguia acalmar a tempestade de dúvidas e conflitos que agitavam a mente de Yuji.

"Eu sei o que é certo...", ele murmurou para si mesmo, mas sua voz carregava incerteza.

Enquanto os tons alaranjados do amanhecer se misturavam com o azul pálido do céu, Itadori sentiu uma pontada de melancolia. A solidão do momento era um eco de suas próprias contradições.

"Megumi… Kugisaki… como vocês fazem falta…

Uma hora dessas a gente estaria acordando bem cedo,  provavelmente para uma missão 'ultra secreta' que o Sensei mandou a gente fazer, ou quem sabe turistando com a quantidade de coisas que a Kugisaki compra."

Ele se sentia desconectado, mesmo estando cercado pela natureza despertando para um novo dia.

Os pensamentos continuavam a girar em sua mente, um emaranhado de lealdade, confiança e desejos conflitantes. O compromisso com seus amigos, com os ensinamentos de seu mestre, Gojo-sensei, e sua própria integridade moral estavam em jogo.

Ele sabia que precisava se afastar, encontrar uma maneira de resolver o dilema que o atormentava. Seu olhar vagava pelo jardim, procurando uma rota de fuga, uma maneira de escapar dessa confusão. Mas, mesmo com esse desejo urgente, algo o prendia ali, uma sensação de que fugir não resolveria o cerne do problema.

Um suspiro escapou dos lábios de Yuji enquanto ele tentava acalmar seu coração acelerado. Ele precisava encontrar uma resposta.

O sol, agora alto no céu, parecia carregar consigo uma energia renovada. Era como se o próprio sol lhe enviasse uma mensagem de esperança, uma promessa de que mesmo nas situações mais difíceis, ainda havia uma saída, uma solução.

Itadori fechou os olhos por um instante, buscando clareza em meio ao turbilhão de pensamentos.

"Talvez a Hana consiga desfazer essa conexão, a habilidade do Anjo permite que ele desfaça qualquer selamento, anular técnicas amaldiçoadas e qualquer tipo de barreira, talvez possa anular pactos de conexão ou o que quer que isso seja."

No seu emaranhado de lembranças Ele pensou sobre a luta que estava acontecendo no presente, por um momento ele conseguiu voltar para lá,  no instante que era feita a cerimônia.

"Sukuna lutava contra Hajime, e o Yuta-San estava prestes a curar…o Gojo Sensei."

Ele se levanta e caminha em meio às árvores que levavam ao campo de treinamento .

"Se tudo der certo, e eu conseguir voltar a tempo, nós conseguiremos vencer Sukuna". Murmurou consigo mesmo.

"Acha mesmo que vai conseguir voltar a tempo?"

Ele se virou rapidamente ao ouvir essas palavras, diante dele estava um adolescente, rapidamente ele visualizou sua testa do intruso para concluir novamente.

Kenjaku

"Você..." Yuji estava alerta, os músculos tensos e prontos para qualquer eventualidade. Kenjaku estava ali, em outro corpo, sua expressão impassível e envolta em mistério.

"Você parece surpreso, Itadori Yuji. Achei que já tivesse se acostumado com surpresas desse tipo." Kenjaku falou com um tom misterioso e calmo, caminhando lentamente em direção a Yuji.

"O que você quer? Por que está aqui?" A voz de Yuji estava carregada de desconfiança e cautela. Ele se sentia acuado, sabendo que Kenjaku era uma ameaça iminente, alguém que representava perigos além da compreensão.

Kenjaku sorriu de maneira enigmática, um sorriso que não alcançava seus olhos, deixando Yuji ainda mais inquieto. " Yuji, você é uma peça fundamental nesse jogo."

As palavras de Kenjaku eram enigmáticas, não oferecendo clareza sobre suas intenções ou objetivos. Yuji sabia que precisava manter a guarda, que qualquer movimento em falso poderia resultar em consequências desastrosas.

"Você é o culpado por tudo isso!" Agora quero que me responda novamente. O que te faz querer voltar a essa época?"

"Eu? O culpado? Talvez eu seja apenas um observador em um jogo muito maior, Itadori Yuji".Kenjaku respondeu com uma tranquilidade desconcertante, seus olhos fixos nos de Yuji.

"Quanto ao porquê de querer voltar a essa época... Digamos que estou interessado nas reviravoltas do destino. As mudanças que podem ser desencadeadas por escolhas simples e a interferência de seres como você."

Yuji franziu o cenho, desconfiado das palavras enigmáticas de Kenjaku. "Você está brincando com vidas, com destinos! Não sou uma peça no seu jogo!"

Kenjaku apenas sorriu, uma expressão que transmitia uma frieza calculista. "Ah, mas todos somos peças em um grande tabuleiro, Yuji. O que você fará a seguir, essa é a questão. Suas escolhas moldarão o futuro."

Yuji sentia-se tenso diante da presença do homem diante dele. Ele sabia que Kenjaku não era alguém a ser subestimado, alguém cujas motivações e planos permaneciam obscuros.

"Se você quer voltar no tempo para não mudar o rumo dos acontecimentos, saiba que nem tudo pode ser revertido, Yuji. Algumas coisas são inevitáveis, independentemente do que façamos", disse Kenjaku, sua voz ecoando como um sussurro no ar sereno.

"O que você sabe sobre o que é inevitável?" Yuji questionou, a desconfiança evidente em sua voz.

Kenjaku gargalhou para o alto e depois tampou a boca antes de falar :

"Olha só o grande, impiedoso, maléfico, incontestável e destemido Ryomen Sukuna conheceu o lindo, maravilhoso, misericordioso e blá blá blá, sua esposa amada ' Fujiwara Yuji', que o seu grande coração e amoroso ajudou a promover a paz para diversos clãs na era Heian por muitos séculos.

  E o cara dizimava sem piedade, queimava diversas vilas, torturava e matava diversas pessoas, e a sua sede nunca foi saciada. "

"Eu sei mais do que imagina, Itadori Yuji. Mas talvez você descubra isso por si mesmo", Kenjaku respondeu enigmaticamente, um brilho de provocação em seus olhos.

Uma sensação de inquietação e urgência invadiu Yuji. Ele precisava dar o fim nesse cara, ele nessa época significa problemas.

  Kenjaku encarou Yuji com um olhar gélido, suas palavras carregadas de uma previsão sinistra. "Você não conseguirá voltar a tempo, não até encontrar os corpos de todos os seus amigos mortos", disse ele, sua voz ecoando com uma certeza sombria.

Yuji, tomado pelo ódio e pela determinação, preparou-se para um ataque impiedoso. Antes que pudesse avançar, algo puxou sua roupa com força, fazendo-o parar abruptamente.

Surpreso, olhou para cima e viu Sukuna passando por ele, encarando Kenjaku com um ar de desafio evidente em seu olhar.

"E você é Kenjaku?  O insolente que anda invadindo meus territórios.", Questionou Sukuna, sua voz carregada de ameaça, como se estivesse silenciosamente declarando uma guerra.

Kenjaku, impassível, respondeu:

"Sukuna Sukuna… Não é o nosso momento agora, então devo dizer que é minha hora de ir." Ele parecia calmo diante da tensão crescente entre os dois.

"Não tão cedo". Sukuna, visivelmente irritado com a resposta evasiva de Kenjaku, desfere uma chuva de cortes que atacaram o invasor, até sobrar a cabeça.

No entanto, algo peculiar aconteceu:

A cabeça de Kenjaku começou a falar enquanto era desmantelada, dirigindo-se a Yuji.

"Nós nos veremos em breve... de qualquer forma um de seus amigos ridículos encontrou o meu corpo".

As palavras foram ditas antes que Sukuna concluísse seu ataque, desmantelando completamente a cabeça.

Yuji estava perplexo em como Sukuna simplesmente deu um fim 'neste Kenjaku', e com as últimas palavras que foram ditas por ele.

"Claramente o plano de Kusakabe-san a formação do pessoal ainda está em andamento, então todos ainda devem estar vivos. " Concluiu mentalmente.

Sukuna se virou para Yuji com um sorriso travesso, lançando suas palavras com um tom de provocação. "Parece que tive que vir buscar minha esposa que decidiu fugir no meio de algo importante, e quando eu começo algo, eu termino."

Yuji sentiu o rubor subir em suas bochechas ao ser referido como "esposa", lembrando dos momentos ambíguos de apenas algumas horas atrás. Antes que pudesse responder ou contestar, Sukuna o pegou no colo com facilidade, ignorando os protestos de Yuji.

"Hey, me solta! O que você pensa que está fazendo?" Yuji debateu-se nos braços de Sukuna, tentando, sem sucesso, se libertar. No entanto, Sukuna parecia determinado e ignorava completamente as tentativas de resistência de Yuji.

"Está muito cedo para esses joguinhos", disse Sukuna com um sorriso sarcástico, caminhando com passos decididos. Yuji tentou argumentar, mas a força de Sukuna era esmagadora.

"O que você quer dizer com 'terminar o que estávamos fazendo'? Não vamos fazer nada disso!" Yuji tentou, em vão, argumentar contra as intenções óbvias de Sukuna. Mas suas palavras caíram no vazio enquanto Sukuna seguia em frente, determinado a levar Yuji consigo.

Enquanto Sukuna avançava, Yuji olhava ao redor, procurando uma saída, um jeito de escapar dessa situação, mas parecia preso nos braços fortes do Rei das Maldições.

"Não faça escândalo, Yuji. Você não vai querer chamar atenção desnecessária agora, vai?" Sukuna provocou, desfrutando da frustração de Yuji.

A tensão e a situação inusitada deixavam Yuji desconfortável, mas por mais que resistisse, parecia que Sukuna o tinha nas mãos.

Enquanto caminhava, a incerteza do que estava por vir e o embaraço das palavras de Sukuna deixavam Yuji numa encruzilhada entre a indignação e a confusão em seu coração.

Eu tenho que decidir,  é agora ou nunca

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Obrigada a todos que estiveram comigo até aqui e aos que chegaram agora sejam bem vindos!!

Tamo junto!

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