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Condições do contrato (1)

Propriedade Collins.

 

"Jovem mestre, eu trouxe seu café da manhã," disse o mordomo, Alfred, ao entrar no escritório de Edgar com uma bandeja.

Ele achava estranho Edgar não estar sentado à sua mesa como normalmente estaria. Em vez disso, Edgar estava espiando pela janela, que tinha uma vista clara da entrada de sua casa.

 

Alfred colocou a bandeja na mesa e a endireitou antes de se virar para ver se Edgar precisaria de alguma outra coisa. Infelizmente, parecia que Edgar nem percebeu que ele estava ali.

"Jovem mestre," Alfred chamou novamente.

"Bom dia Alfred," Edgar desviou o olhar da janela para Alfred, que estava atrás dele. "Obrigado pelo café da manhã."

"Você está esperando convidados? Devo preparar café da manhã para eles ou ter bebidas preparadas?" Alfred deduziu que essa era a razão pela qual Edgar estava olhando pela janela.

A única pessoa para quem Edgar fazia isso era sua mãe, mas não era por estar animado com a visita dela. Em vez disso, Edgar fazia isso para ver quem estava acompanhando sua mãe para saber se precisaria sair de casa abruptamente.

"Honestamente, não tenho certeza. Eu dei a ela o convite, mas não é certo que ela chegará, a menos que esteja realmente desesperada", disse Edgar, voltando a olhar pela janela. Ele estava curioso para ver se Alessandra realmente o visitaria.

Ela nunca foi vista em público, então vir até aqui para fazer um contrato de casamento com ele era intrigante.

"Uma mulher visitando? Em plena luz do dia?" Alfred ficou muito surpreso.

Edgar franziu a testa, voltando a olhar para Alfred. "O que você está tentando dizer, Alfred? Que eu sou algum tipo de prostituto?"

"Sim," Alfred se curvou.

Edgar não podia acreditar que Alfred tinha respondido honestamente. Se fosse qualquer outra pessoa, Edgar teria os mandado embora, mas Alfred era um amigo de longa data e uma figura paterna. "Eu não sou. Por favor, evite dizer tal coisa se a convidada chegar. Ela pode se tornar a senhora desta casa."

"O quê?!" Alfred teve que segurar na mesa para não cair.

Edgar encarou, desamuseado, a reação dramática de Alfred. "Por que você está agindo como se fosse uma surpresa eu arrumar uma esposa?"

Após um breve momento, Alfred se recompôs, já que precisava descobrir a verdade. "Suas palavras exatas quando o rei sugeriu que você se casasse foram: nunca me casarei. Prefiro pular do telhado e morrer. Talvez eu tenha interpretado mal essas palavras. Peço desculpas."

"Alfred, sinceramente acredito que herdei minha natureza dramática de você. Não estou interessado em casamento, mas a mulher que conheci ontem à noite era intrigante. Uma maneira perfeita de irritar o rei e afastar algumas pessoas de perto de mim."

"Não entendo", disse Alfred. Como a dama que estava chegando poderia irritar o rei e afastar os outros?

"Será autoexplicativo se ela chegar hoje. Se uma Barrett vier me visitar, deixe-a entrar. Não o pai, "Edgar acrescentou, já que não suportava o homem.

"Barrett? É a Kate?" Alfred falou baixinho. Ela não era o que Alfred tinha em mente para ser a esposa de Edgar, nem via como ela era intrigante. "Você bebeu na festa ontem à noite, Edgar?"

"Não, eu só dei uma rápida pausa para fumar", respondeu Edgar, deixando a janela para ver o que Alfred trouxe para o café da manhã.

"Fumar? Desculpe-me, vou verificar todos os seus charutos", Alfred se curvou, pronto para sair do quarto e verificar o estoque de Edgar.

"Para quê?" Edgar olhou para Alfred em busca de uma explicação.

"Se você acha Kate Barrett intrigante-"

"Você está louco?" Edgar interrompeu Alfred. "O barão tem outra filha. Alessandra Barrett é a mais velha."

"Graças a Deus," Alfred segurou o peito e suspirou.

"Você está ciente dos rumores a respeito dela, certo?" Edgar acreditava que Alfred ainda não deveria se sentir aliviado.

"Qualquer uma é melhor que a Kate, em minha opinião. Se aquela garota mais nova se tornasse sua esposa, eu me aposentaria depois de quarenta anos. Não temos certeza se Alessandra chegará. Quando foi a última vez que você-"

Uma batida na porta interrompeu Alfred.

Alfred se desculpou para ver quem veio ver Edgar. Ele abriu a porta e encontrou uma empregada, aparentemente assustada em entregar um papel antes de voltar ao seu dever. Alfred fechou a porta enquanto lia o papel. "Parece que teremos uma surpresa. Alessandra Barrett deseja ter uma audiência com você."

Edgar ficou agradavelmente surpreso ao ouvir que ela já estava ali ou mesmo que ela tinha vindo. "Convide-a para o meu escritório."

"Sim, jovem mestre", Alfred se curvou e então fez o que foi solicitado.

"Pare de se curvar tanto, Alfred. Você não é um padre", disse Edgar enquanto Alfred saía da sala. "Alessandra Barrett, que pessoa interessante você é."

Edgar queria julgar se o barão realmente não tinha nada a ver com o desejo de Alessandra de se casar. O encontro deles não teria sido tão coincidente assim, já que ele havia dito ao barão que sairia para fumar e então Alessandra magicamente apareceu.

A única coisa que fazia Edgar acreditar que isso poderia ser uma coincidência era o fato de o barão não enviar sua filha mais nova.

Enquanto isso, Alessandra saiu da carruagem que seu pai lhe deu para passear durante o dia. Felizmente, Mario tinha falado com o cocheiro e nada sobre essa visita deveria ser mencionado ao pai dela.

Se o cocheiro mostrasse algum sinal de trair o que ele prometeu, Alessandra não se importava de entrar nos rumores sobre si mesma para ameaçar o homem.

"Isso é enorme", comentou Alessandra enquanto olhava ao redor da entrada da propriedade do duque. Não era de se admirar por que ele era o maior partido para se casar. O homem era incrivelmente rico. "Bom dia," ela disse enquanto homens com armaduras passavam por ela.

"Bom dia", eles responderam em uníssono.

Alessandra ficou surpresa ao ver que eles não estremeceram ao olhar para a máscara dela. 'Pelo menos os guardas daqui não têm medo de rumores estúpidos', ela pensou.

Instantes depois, as grandes portas da casa de Edgar se abriram, revelando um homem com roupas de mordomo.

"Bem-vinda, Alessandra Barrett. O duque está à sua espera", Alfred cumprimentou a jovem mulher. Ele não reagiu à máscara dela e se certificou de não encará-la, já que a ação seria rude. Ele fez uma nota mental para dizer aos outros trabalhadores para fazerem o mesmo.

"Bom dia. É bom conhecê-lo", disse Alessandra a medida que se aproximava de Alfred. Ela estendeu a mão para cumprimentar o homem adequadamente quando estava em frente a ele.

Alfred apertou a mão dela feliz. Era raro que muitos dos convidados de Edgar o cumprimentassem assim, mas Alessandra o fez sem pensar duas vezes. "Venha, eu vou mostrar o caminho."

Alessandra sentiu que não conseguia respirar quando entrou na casa do duque pela primeira vez. O duque parecia ser um colecionador de muitas pinturas que Alessandra desejava por as mãos. A casa era pintada de branco, com inúmeras pinturas famosas ao redor.

Ela ficou maravilhada com o interior da casa, mas assim que percebeu o quanto estava admirando, ela pigarreou e apenas olhou para frente, na direção em que o mordomo a estava levando.

"Desculpe-me. Eu não peguei seu nome", disse Alessandra depois de perceber que não tinha perguntado o nome do mordomo.

"Alfred", ele respondeu.

"Prazer em conhecê-lo, Alfred", Alessandra sorriu.

"Ele está aqui", Alfred bateu na porta e depois a abriu para que Alessandra entrasse. Ele não sabia como Edgar e Alessandra chegaram ao ponto de querer se casar um com o outro, mas Alfred estava começando a gostar da jovem mulher.

"Obrigada", Alessandra disse a Alfred antes de entrar na sala. Ela sentiu o coração pular uma batida quando a porta se fechou atrás dela e Alfred não entrou junto.

"Não esperava que você aparecesse, mas, se o fizesse, não adivinharia que seria na hora do café da manhã", Edgar estava sentado em sua mesa, observando cada movimento dela. Ele começou a inspecionar o tipo de pessoa que Alessandra era.

"Eu deveria vir à noite, como um ladrão?" Alessandra respondeu sem pensar.

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