Decido andar no calçadão da praia de Ipanema, essa linda paisagem vai me ajudar a me acalmar e pôr os pensamentos em ordem.
Sento na areia e observo o mar, não sei quanto tempo depois sinto um abraço acalentador.
— Tudo vai ficar bem. – Eros diz e beija meu pescoço.
Como ele pode ter certeza? Eu vi em seus olhos a verdade, não foram falas apenas de seu personagem.
— Vai sim. Desculpe por ter saído desse modo, eu precisava de um tempo sozinha.
— Não precisa se desculpar, eu sei disso.
Não conversamos sobre as emoções provocadas pela cena, confesso que acho melhor que seja assim.
Passamos mais algum tempo namorando na praia e logo depois retornamos ao hotel, Eros diz que todos estão preocupados com a minha ausência.
Conversamos por algum tempo e depois todos retornam para suas suítes, temos algumas coisas para organizar. Agora que nosso filme está oficialmente concluído, vai para a ilha de edição e estará pronto para o lançamento em aproximadamente quinze dias.
Eros avisa que recebeu uma ligação do Raul, um diretor da Star Media Fx, confirmando o lançamento do nosso filme para o dia vinte de janeiro, quer que façamos uma surpresa para os nossos fãs, dançando as coreografias do nosso novo filme.
Faz questão de informar sobre o seleto público convidado para a estreia, a imprensa em peso estará lá, rádios, editoras, emissoras de televisão, fotógrafos, repórteres, além de críticos, artistas e fãs clubes.
Conversaremos com nossos amigos a respeito e confirmaremos amanhã, uma coisa é certa, vamos participar da festa de lançamento, que pela descrição do Raul, será tão grandiosa quanto a do nosso remake.
Ligamos a televisão e vemos muita publicidade do novo filme e de sua esperada estreia, isso me dá uma sensação boa, mas também me deixa ansiosa. Vamos deixar a conclusão desse assunto para mais tarde.
Enquanto isso, preciso organizar as aulas preparatórias para o casamento, tanto as minhas quanto as dos padrinhos, para isso, terei que diminuir o ritmo com os compromissos de trabalho, enquanto meus amigos terão apenas a manhã ocupada.
Ligo para o Guru Shankar e conversamos sobre as aulas, o mestre hindu sugere que as aulas da manhã sejam exclusivas aos ensinamentos para o Shádi (casamento em hindi) e a partir do meio-dia devo seguir com as aulas com o Guru e a equipe para outras instruções específicas para uma noiva hindu.
Vamos iniciar segunda-feira as sete da manhã, preciso conversar com meus amigos, peço que venham jantar comigo na minha suíte.
Programação das aulas:
Pela manhã: Aula com os padrinhos e madrinhas.
Shádi – cerimônias, rituais, tradições e costumes;
Informações sobre o povo indiano: saudações, condutas e vestuário;
Religiões, deuses, pujas*;
A importância e o papel dos padrinhos no Shádi.
À Tarde: Aulas específicas para a noiva.
Passo a passo das cerimônias e rituais do Shádi;
Danças típicas: bangla, garba e outras danças;
Mujras (gestos simbólicos indianos);
Canto e poesia;
Culinária indiana;
Tradições e costumes;
Hinduísmo;
Hindi (idioma);
Arte da luta com espadas.
Logo os meus amigos chegam, vamos todos para a sala de jantar.
— Vocês estavam me cobrando sobre as aulas a respeito do casamento indiano. Consegui um Guru ou mestre indiano, ele é muito bom. Quero agendar as aulas para todas as manhãs, a partir de amanhã, assim poderemos aprender tudo o que é necessário até a data do casamento. Agora quero saber se vocês aceitam fazer as aulas diariamente, das sete ao meio-dia. – digo, eles sorriem concordando.
— Já esperava por isso, claro que quero. – Ricardo diz.
— Queria que tivesse começado antes. – Michele diz.
— Só pela manhã? Será o suficiente? – Igor se agita e diz.
— Se a Weenny diz que está bom pela manhã, é porque está! – Victor diz.
— É claro que todos nós vamos participar, precisamos muito dessa preparação, mas talvez fosse bom fazer o curso durante o dia todo. – Enzo diz.
— Se o curso for o dia todo não teremos tempo para mais nada, isso é exagero. – Samara diz.
— O professor não pode ficar mais tempo? – Iara pergunta.
— Quanto tempo teremos para estudar? – Carol pergunta.
— Acho que o que a Carol quer saber até quando vamos estudar. A data do casamento já foi marcada? – Marília diz.
Todos falam ao mesmo tempo, discutem entre si, por isso demoro a responder.
— Acalmem-se, por favor. O Guru ensinará tudo o que é necessário para todas as cerimônias do casamento e sobre tudo o que vocês devem fazer como padrinhos. Eros ainda não marcou a data, só sabemos que será em breve. O Guru afirma que o tempo será o suficiente para ensiná-los, já que o conhecimento que os padrinhos precisam de todas as cerimônias e rituais que envolvem o casamento é bem superficial.
Concordo com eles, sinto que realmente o tempo é escasso, mas se eu alimentar essa ansiedade deles, quanto ao tempo e ao volume de coisas que precisamos aprender, a situação ficará bem difícil, então prefiro tranquilizá-los.
Por fim todos concordam com o horário, prazo e tempo de curso. Terminamos a nossa refeição, conversamos um pouco mais, então todos se despedem e vão dormir.
Ainda tenho muitas coisas para resolver.
O final de semana passa bem rápido, mal tenho tempo de organizar as roupas, joias, maquiagens e outras coisas que precisarei para os próximos dias.
Eros vem para a minha suíte no final da tarde, durante o jantar conversamos.
— Já preparei tudo para a minha viagem, vou partir amanhã as duas da madrugada dessa segunda-feira, pretendo chegar bem cedo na Índia, não posso fazer alarde a respeito do meu retorno, pelo menos por enquanto.
— Mas logo o seu povo descobrirá, afinal você está indo para preparar uma festa.
— Para todos os efeitos, o preparo é para o casamento do meu meio-irmão, filho de uma das concubinas, ainda que ele não seja o herdeiro do Império, é filho do Imperador.
— Parece uma boa estratégia. Quanto tempo pretende ficar lá?
— Ainda não sei ao certo, mas certamente será mais de quinze dias.
Tudo está acontecendo tão rápido! Afinal, hoje é domingo, cinco de janeiro.
— Eu sei que é muito tempo, mas é realmente necessário.
— Está bem. Vou me dedicar as aulas com nossos padrinhos, o tempo vai passar rápido. – digo e sorrimos.
É um sorriso diferente, saudoso, esperançoso e com uma pitada de tristeza.
Terminamos o jantar e tratamos de nos despedir em mais uma noite tórrida de amor e paixão, com uma sede ainda maior, com a necessidade de guardar todas as sensações para nos suprir por todo o tempo que estaremos distante.
O celular nos desperta a uma da madrugada, Eros tenta sair discretamente da cama, certamente pensando que eu ainda estou dormindo. Estico meus braços e o seguro.
— Espere. Vou ajudá-lo.
— Você precisa descansar.
— Ainda não somos casados, mas meu dever é cuidar do seu bem-estar. – digo e vejo um largo sorriso brotar em seus lábios.
Eros vai para o banho, enquanto eu preparo tudo o que ele vai precisar, estendo sobre a cama a sua camisa branca de manga longa, seu terno italiano preto, a gravata, o lenço e seus sapatos sociais.
Guardo em uma mala de mão roupas tipicamente indianas, simples, já que ele pretende ser visto apenas como um dos nobres que assessoram o Imperador.
Eros sai do banho enrolado na toalha e sorri ao ver tudo o que está preparado e faz questão de agradecer com um sorriso e um beijo... sua toalha cai e me faz ter pensamentos libidinosos, mas eu tento reprimir, mesmo que falhe miseravelmente.
Em meia hora ele está pronto, uma melancolia abate meu coração, mas eu tento me manter forte para que possamos nos despedir.
— Está na hora de partir. Essa viagem é um tanto irônica, passarei muitos dias distante de você justamente para preparar a nossa união, que será para sempre.
— Então você deve ir feliz, em breve estaremos juntos por toda a nossa vida.
— Por sete vidas! É assim que nós indianos dizemos, o casamento nos une por sete vidas... Mas eu passaria muito mais do que isso ao seu lado. Eu te amo!
Nos abraçamos e beijamos, logo depois o vejo partir.
Quando a porta se fecha, não sou capaz de conter as lágrimas.
Por que eu nunca disse que o amo? Por que nunca respondi? E se algo acontecer? Eros nunca vai saber o que sinto... Sou uma idiota!
Deito na cama e volto a dormir, preparo o despertador para as seis e meia.
Acordo sabendo que tenho pouco tempo para me arrumar, vejo que tem algumas mensagens dos meus amigos no celular, eles avisam que estão tomando o café da manhã no restaurante, Mayara diz que passou por aqui para me convidar, mas eu estava dormindo tão profundamente que ela teve dó de me despertar.
Tomo banho e me arrumo com uma roupa de indiana solteira para esta primeira aula com os padrinhos, coloco as tornozeleiras, algumas pulseiras, um brinco discreto e o bindi.
Mando uma mensagem pedindo para irem direto para a sala de aula cedida pelo hotel. Desço logo em seguida, ao entrar na sala vejo não só os meus amigos, mas também o Guru e sua equipe.
Entro e saudo os indianos mais novos da equipe.
— Namaskar, Guruji Shankar! – digo ao me aproximar dele, faço uma saudação especial tocando seu pé, como vi Eros fazendo com meu pai e também nas novelas.
— Namastê! Bhagavaan usakee raksha aur use khush, dulhana banaate hain. (Deus a proteja e a faça feliz, Dulhana.)
Dou o bom dia aos amigos e sento, eles me olham surpresos, deve ser por causa da minha roupa e por ter falado em hindi.
— Por que está vestida assim Weenny? Isso que você fez é um cumprimento? – Victor pergunta e só respondo com um sinal afirmativo.
Todos começam a falar ao mesmo tempo, Guru ri e pacientemente espera que parem de falar.
— Bom dia! Meu nome é Shankar Sunani, sou Brâmane e o Guru responsável por ensiná-los tudo o que precisam saber para a importante posição que vocês têm no casamento. Não se preocupem, eu falarei com todos vocês em português. Quanto as vestes da Senhorita Weenny, devo dizer que ela está adequadamente vestida para uma hindu solteira, como ainda é. E sobre o modo como ela se dirigiu a todos nós, foi realmente uma saudação, que deve ser feita de maneiras diferentes de acordo com a idade e posição de cada indivíduo, vamos falar sobre isso hoje, de acordo?
Todos concordam. Gosto da introdução, esclarecendo as dúvidas dos meus amigos.
Seis de Janeiro, primeira aula. Tema: Saudações, religiões e castas
— Esse gesto que estou fazendo para cumprimentá-los é conhecido como Namastê, que significa que o deus que está em mim, saúda o deus que está em cada um de vocês, esse é o modo informal de cumprimentar e amplamente utilizado na Índia. Vamos repetir? – Guru explica.
É um gesto que une ambas as mãos à frente do corpo, bem popular, mesmo assim todos nós treinamos até aprender.
— Muito bem, agora que aprenderam essa saudação iremos mais a fundo. Há uma outra saudação mais utilizada por indianos de outras religiões, o gesto é o de levantar a mão direita a frente da boca e baixar levemente o olhar, enquanto diz Adá. – o mestre diz e exemplifica.
De fato, é gesto bem mais fácil, repetimos o gesto cumprimentando uns aos outros.
— Agora quero falar sobre o modo como nós indianos nos comportamos em relação aos mais velhos, eles são a peça-chave em nossas famílias, nós os respeitamos e estamos sempre ao lado dos nossos idosos, nunca vamos contra as suas decisões e jamais os desafiamos porque são pessoas experientes e com muita sabedoria. O modo como os saudamos diz muito sobre como pensamos, costumamos nos curvar diante deles como se estivéssemos nos curvando diante do conhecimento e da sabedoria deles, tocamos os seus pés e trazemos a mão que os tocou para o nosso coração ou para a cabeça, para que um pouco desse abençoado conhecimento também venha para nós, junto com as bênçãos que eles nos oferecem ao tocar em nossa cabeça.
— Essa foi a maneira como a Weenny saudou o Senhor, não foi? – Melissa pergunta.
— Correto, foi o que a Senhorita Weenny fez. Vamos treinar? – Guru diz.
Treinamos durante um tempo.
— Essa saudação normalmente é realizada pelos mais novos da família aos seus pais, avós, tios e sacerdotes ou com alguém por quem temos muita gratidão. Não cumprimentamos a todos dessa forma, apenas as pessoas mais importantes e próximas a nós. Há uma ressalva a ser feita, essa saudação também deve ser feita por uma esposa ao seu esposo. – Guru explica.
Meus amigos se agitam ao ouvir o final da frase, mas nenhum deles quer ser o primeiro a tecer algum comentário.
— O que houve? Alguma dúvida?
— Os maridos também se curvam para as esposas? – Dani pergunta.
— Não! De maneira nenhuma. – Guru responde.
— Por que uma esposa deve ser curvar para o marido e ele não deve fazer o mesmo com ela? – Samara pergunta, visivelmente irritada.
— Porque uma esposa deve ser submissa ao seu marido, ele tem o dever de protege-la com todo o seu empenho. – o mestre explica.
Todos ficam quietos, nós entendemos e ficamos bem atentos para não perder nenhum detalhe, alguns dos amigos até anotam e outros gravam.
— Quero que aprendam todas as saudações hoje, mesmo as menos usuais hoje em dia. Há uma forma de cumprimentar muito mais especial, deve ser usada apenas para Reis, Rainhas, Príncipes e Princesas.
Eu fico inquieta.
— Ao vê-los abaixem a cabeça e levem a mão direita em direção ao rosto apenas uma vez e mantenham a cabeça baixa.
Mais uma vez sou a primeira a fazer o gesto e me sinto desconfortável quando todos fazem o gesto em minha direção, mas ninguém percebe.
— Atentem para essa informação. Se em algum momento vocês virem os Imperadores, ainda que de longe, devem ter muito mais cuidado ao cumprimentá-los, baixem a cabeça, mantenham as mãos à frente do corpo e levem a mão direita em direção ao rosto por três vezes seguidas, mantenham o olhar direcionado para o chão e jamais dirijam a palavra ou olhem para eles.
Meus amigos se agitam e minha ansiedade cresce.
— Mas Guru, quando ou como vamos encontrar pessoas tão importantes? – Igor levanta a mão e diz.
— Isso é impossível, não é? – Leonardo parece hesitante ao perguntar.
— As autoridades da Índia não ficam assim tão longe de povo. – Filipe resolve dizer e Guru concorda com ele.
— Isso é uma verdade, existem alguns eventos que podem aproximar as autoridades do povo. Eles ficam bem protegidos por seus soldados e escolta, mas sempre se pode ver um vislumbre deles. Não esqueçam que vocês são atores famosos internacionalmente e que decidiram se casar na Índia, é provável que alguém importante venha até vocês, afinal o povo indiano é muito caloroso e curioso.
Boa saída a do Guru, será que ele sabe quem é o Príncipe?
Treinamos as saudações para as autoridades até aprendermos.
— Agora que todos aprenderam sobre as saudações, vamos partir para o próximo assunto que são as religiões. Na Índia existem várias religiões, sendo a mais comum a hindu, na qual o Deus supremo é Bhrama e dele saíram os primeiros seres humanos, apesar de ele ser um poderoso deus hindu, criador do mundo material, não é muito adorado nos dias de hoje e são raros os templos dedicados a ele. Existem muitos outros deuses que são adorados e recebem a predileção do povo no culto popular, tais como: Shiva, Vishnu, Krishnna, Lakshmi, Durga e Parvati.
Guru fez uma pausa para que todos nós possamos digerir a informação.
— Vou lhes contar um pouco sobre o significado dos principais deuses adorados hoje em dia, e que serão invocados durante o casamento. Lakshmi é a deusa da fortuna, fonte de toda a fartura, beleza e saúde, nesse universo ela é o principal símbolo da potência feminina e pode ser reconhecida por sua eterna juventude e formosura. Nas imagens ela sempre pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus ou com as flores nas mãos. Atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica, que representa vitória, sucesso, riqueza, beleza e fartura.
Quando ele fala da suástica tenho certeza de que todos se lembram do terror imposto pelo nazismo.
— A suástica foi usada erroneamente pelo nazismo, nós indianos vemos esse símbolo da forma como expliquei. – Guru acha necessário completar, parece ter entendido a nossa reação.
E fez uma nova pausa porque percebe que alguns de nós estão anotando essas informações, apenas quando toda a nossa atenção está voltada para ele, pode continuar a sua aula.
— Ganesha, cujo significado é senhor de todos os seres, é o mestre do conhecimento, da inteligência e da sapiência, aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos obstáculos, guardião da riqueza, da beleza, da saúde, do sucesso, da prosperidade, da graça, da compaixão, da força e do equilíbrio. Demonstra respeito pelas mulheres. Krishna é o deus do amor, ele representa o aspecto mais atraente, íntimo e completo de deus. É dotado de beleza, força, sabedoria, riqueza, fama e renúncia. Sabe tudo do passado, presente e futuro e é infinitamente misericordioso.
— Para cada deus vai haver uma cerimônia? Por que devemos saber sobre eles? - Eduardo levanta a mão e quando Guru permite ele faz a pergunta.
— Nas cerimônias e rituais de um casamento hindu é preciso invocar a presença dos deuses para que, segundo as características de cada um, possam abençoar o casal e livrá-los de tudo o que não for auspicioso, além de dar a proteção contra a inveja e mau olhado. Os indianos acreditam muito nas ações que podem trazer a boa sorte, por essa razão pedem a proteção contra a má sorte e o mau olhado.
— Muito interessante, continue por favor, Guru. – Marília diz, visivelmente interessada.
— Vishnu é o deus protetor, deus supremo e tem qualidades incontáveis, sendo algumas delas a omnisciência, a autoridade suprema, energia e força, já que é capaz de fazer qualquer coisa independente da fadiga, tem vigor e é autossuficiente. Protege e representa a busca ao conhecimento, vida familiar e outros. Representa atividades como os deveres e virtudes, bens materiais, riqueza e sucesso, prazer, sexualidade e libertação. Shiva, o auspicioso, propício, amável, benigno, benevolente e amistoso. Faz parte da trindade.
Michele levanta a mão e pede que o Guru aguarde um instante para que terminem de fazer suas anotações, ele atende o pedido e quanto percebe que acabam, continua sua explicação.
— Durga é a protetora da lei e da ordem e a destruidora do mal. É a forma feminina e poderosa de Shiva, representa o invencível, é uma deusa guerreira, que protege os devotos contra o mal e elimina sofrimentos. Ela pode ser tanto a guardiã protetora e sempre atenta quanto uma guerreira feroz no amor. É vista como a representação da Grande Mãe. Parvati é deusa que representa a esposa e mãe carinhosa, a fertilidade, maternidade e a energia de Shiva, representa o casamento ideal.
Novamente ele dá um tempo para as anotações.
— Esses são os principais deuses, mas existem muitos outros, assim como existem mais religiões como o Islamismo, Budismo e outras. Vamos nos ater apenas a religião envolvida no casamento, está bem? – Guru diz e todos concordamos.
— E as castas? - Igor pergunta ao mesmo tempo que Vivian.
Fico feliz ao ver que meus amigos estão com sede de aprender.