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O AVIAO PEDE POUSO

Dona Mirtes estava inquieta naquela tarde serena. Sentada na varanda de sua casa, observava os pássaros cortando o céu, mas algo dentro dela se agitava. O vento sussurrava segredos ininteligíveis, e seu coração pressentia que algo estava por vir.

Ela se levantou, percorreu a sala e parou repentinamente ao lado de uma janela entreaberta. O som do vento cresceu, tornando-se um zumbido constante que parecia carregar uma mensagem velada. Um calafrio percorreu a espinha de Dona Mirtes.

Com passos decididos, dirigiu-se à antiga estante de livros. Entre os volumes cobertos de poeira, encontrou um livro antigo de páginas amarelecidas. As palavras pareciam se animar, ecoando em sua mente enquanto ela buscava pistas nas linhas.

Uma passagem sublinhada há anos capturou sua atenção: "Quando os ventos do sul sussurrarem e as sombras se alongarem mais cedo, o inesperado surgirá." Ao ler essas palavras, Dona Mirtes estremeceu, tomada por um pressentimento.

O sol começava a se pôr, pintando o céu de laranja e rosa. O vento ganhou força, como se anunciasse a chegada de algo enigmático. Dona Mirtes sentou-se, com o olhar fixo na paisagem que se transformava lentamente.

Então, ela ouviu um ruído vindo da floresta próxima. Um som peculiar, como o arrastar de galhos ou algo se movendo furtivamente entre as árvores. Seu coração disparou. Era como se o aviso do livro se materializasse naquele exato momento.

Dona Mirtes ficou imóvel, com os sentidos em alerta, pronta para o que quer que se aproximasse. O desconhecido estava perto, e ela sabia que tinha que estar preparada para enfrentar qualquer coisa.

As sombras se estendiam rapidamente, e a sensação de que algo espreitava no ar a envolvia em um suspense perturbador. O que seria? O que estaria por vir?

Naquela manhã,

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