William e Lúcio continuaram andando na multidão de pessoas, até finalmente avistarem uma mulher grande de cabelos brancos e um outro menino da mesma altura de Will, também com cabelos brancos, o menino não precisa nem pensar, com certeza eles eram da mesma família.
- William é você? - Perguntou Narcisa chegando a poucos centímetros do menino.
- Ele mesmo, encontrei bem na Alameda do Trasgo, ele teve sorte que fui em quem o encontrei, e não outro - Respondeu Lucio seriamente.
- Como você veio parar lá? - Perguntou o menino chegando mais perto.
- Não sei, o pó de flu me lançou até essa Alameda não se do que, e quando eu vi estava no meio da rua - Respondeu William seriamente.
- Meu nome é Draco, Draco Malfoy, meu pai falou sobre você William Slytherin, tenho certeza que seremos bons amigos - Afirmou Draco cumprimentando o menino.
- Ok - Respondeu William duvidando muito dessa afirmativa, ele não era um garoto tão facil em fazer amigos, muitas das vezes por culpa dele mesmo.
- Eu já estou no segundo ano em hogwarts, então se você tiver alguma pergunta, venha perguntar para mim, não quero me gabar, mas sou um dos melhores naquela escola, principalmente em poção - Disse Draco com um tom de orgulho.
"Que criança chata, espero nunca mais te ver, isso sim" Pensou William preferindo ficar na casa com o narigudo.
- Tenho certeza que sim, agora vamos meninos, temos que ir ao banco Gringotes o mais rápido possível, antes que enche de sangue ruins - Disse Narcisa começando a andar.
Lucio não foi junto com eles, ele disse que iria fazer uma outra coisa, Draco passou o tempo todo falando sobre magia, Sonserina e seu repúdio com os sangue ruins, já Will estava apenas interessado no diário que estava com Lúcio, alguma coisa grande vai acontecer esse ano, isso ele tinha a certeza.
Gringotes parecia um grande coliseu antigo, com vários duendes em suas mesas, o trio foi andando até o duende principal, cerca de uma dúzia de duendes estavam sentados atrás do balcão, alguns contando moedas, outros inspecionando pedras preciosas, inúmeras portas levam a lugares diferentes, com muitos guias duendes entrando e saindo, isso tudo por terem um gigante subterrâneo, cheio de salas com tesouros.
- Olá senhorita Malfoy, gostaria de ver o seu cofre hoje? - Perguntou o duende com um sorriso amarelo no rosto.
- Sim, e não só o meu, o do pequeno William Slytherin também - Respondeu a mulher empurrando o menino para a frente.
Todos os duendes do local se viraram e olharam para o menino de olhos verdes e cabelo bagunçado, eles nunca imaginaram ouvir esse sobrenome em toda a sua vida.
- Por acaso você tem alguma chave ou varinha para comprovar isso? - Perguntou o duende chegando mais perto do menino.
- Você sabe que isso são só etapas de segurança, para ver o cofre, basta ter o sobrenome da família, e como vocês todos sabem, ele tem - Respondeu Narcisa com o rosto sério.
O duende chegou a poucos centímetros do rosto do menino, ele estava analisando pata ver se não era uma poção polissuco, mas pelo que parecia, ele era autêntico, o próprio Slytherin.
- Prazer em conhecê-lo senhor Slytherin, seja bem vindo ao maior e mais antigo banco bruxo da Inglaterra - Afirmou o duende sorrindo e estendendo a mão, porém William o ignorou, ele com certeza não iria tocar nas mãos imundas de um duende.
- Porque mesmo todos saberiam quem eu sou? - Sussurou William confuso, sem saber a dimensão que é ser um Slytherin.
- Você saiu no jornal, não está sabendo? - Perguntou Draco vendo o menino perdido - Uma matéria do profeta diário dizendo que a linhagem de Slytherin estava de volta, ninguém sabe como, já que Salazar morreu sem deixar um herdeiro, mas aí está você dizendo o contrário, Salazar não era apenas um bruxo poderoso, como o maior criador de poções e feitiços do mundo, foi ele quem criou as 3 maldições imperdoáveis.
- Draco querido, aqui não, por favor - Sussurou Narcisa falando calmamente, o menino se calou ao perceber que disse coisas um pouco secretas.
"3 maldições imperdoáveis? E que merda é de que sou o único herdeiro de Salazar, toda a minha família era herdeiro dele" Pensou o menino voltando a sua atenção ao duende.
- Quando podemos entrar? Já não aguento mais ficar esperando - Disse Will com o rosto sério.
- Mas é claro senhor Slytherin, por favor me acompanhe - Pediu o duende se levantando da cadeira e levando o trio até a porta.
Esta é a primeira vez que William vê os duendes, eles não são muito melhores que os elfos domésticos, feios e bem pequenos, ambos eram raças que são quase piores do que sangue ruins.
O duende levou eles até o carrinho no trilho e rapidamente disparou em direção ao subsolo, o primeiro destino é o cofre dos Malfoy, Willian nem estava se importando, mas Draco parecia que no via a hora de chegar.
- A minha família tem muita dinheiro, somos uma das mais ricas na Inglaterra, eu imagino que Slytherin também deve ser igual - Afirmou o menino sorrindo sem parar.
"Snape me disse sobre os tesouros de Salazar, espero que ele esteja certo sobre isso" Pensou o menino olhando o duende abrir o gigantesco cofre.
No momento em que se abriu, dezenas de moedas saíram para fora, era tantas que nem cabiam direito no cofre, Draco parecia uma criança idiota sorrindo sem parar.
Narcisa pegou algumas e jogou dentro de sua bolsa, já Draco colocou algumas em seu bolso e saiu sorrindo calmamente.
"Ok, eles não estavam brincando sobre a quantidade de moedas, acho que um dia irei limpar esse cofre e pegar tudo para mim" Pensou William se virando e voltando para o carrinho.
Para chegar ao cofre dos Malfoy demorou apenas 2 minutos, nem tem como comparar ao de Slytherin, mais de 20 minutos até chegar em um ponto extremo do subsolo, em uma descida e curvas impossível de as lembrar.
Se isso não fosse o bastante, Draco fez questão de deixar o menino entretido, ele contou sobre seus amigos, Pansy, Crabbe e Goyle, e sobre seus inimigos, Hermione, Rony e principalmente Harry Potter.
- Você deve ter um ódio profundo com esse tal de Harry - Disse Will olhando a expressão de descaso do menino.
- Ele é tudo o que eu mais odeio em uma pessoa só, idiota, arrogante, fraco e o favorito do idiota do Dumbledore - Afirmou Draco com raiva.
Ao ouvir esse nome, o coração de William começou a bater mais rápido, esse nome que sempre o assombra todas as noites.
- O favorito de Dumbledore? - Perguntou Will querendo ouvir novamente.
- Sim, ele sempre é favorecido, ano passado a gente ganhou a taça das casas, mas Dumbledore burlou a regra só para dar o prêmio ao Harry e seus amigos idiotas - Respondeu Draco novamente furioso.
"Eu posso estar muito fraco para te matar Dumbledore, mas farei aqueles que você gosta sofrer" Pensou o menino no momento exato que o carrinho parou.
Will levantou a cabeça e viu o gigantesco portão em sua frente, ele era 3 vezes maior do que dos Malfoy, com duas cobras verdes no meio e um texto escrito em cima.
O duende tentou abrir o portão, mas nada acontecia, a chave para o cofre de Salazar, nem ao menos se mexia, não importava quantas vezes o duende tentava.
- Eu não estou entendendo, todas as portas se abrem - Afirmou o duende tentando girar a chave mas sem conseguir - Será que está tanto tempo fechada que não abre mais?
- O que está escrito em cima das cobras? - Perguntou Draco confuso.
- Eu não faço a menor ideia, parecem ser apenas rabiscos - Respondeu Narcisa também confusa.
- Vocês estão falando sério? - Perguntou William achando que eles estavam brincando, mas ao ver seus olhos em sua direção, percebeu que eles não tinha a menor ideia - Para mim a escrita está normal.
- Então me diga, o que está escrito então - Pediu Draco um pouco nervoso pelo olhar superior de William.
- O herdeiro de Slytherin está aqui (Hafy hadha ya shay) - Disse William calmamente, mas para todos, eles apenas ouviram uma língua estranha.
Draco iria perguntar o que era aquilo que ele disse, quando o cofre soltou uma grande rangida e começou a se abrir lentamente.
Os olhos dos quatro estavam em direção a entrada, enquanto uma grande névoa branca saia lentamente do cofre, depois de alguns segundos, finalmente começou a liberar o solo, e todos puderam ver o que estava no local.
Não tinha uma única moeda, jóia ou utensílio brilhante, nada a não ser um caldeirão de ferro, com duas cobras verdes marcadas no meio.
O duende, Narcisa e Draco ficaram decepcionados ao ver isso, eles imaginaram tantas coisas, mas não tinha absolutamente nada, Will entrou no cofre e andou em direção ao caldeirão.
"Porque Salazar me deixaria isso? Não faz sentindo algum" Pensou o menino até chegar no caldeirão, ele pode ver que tinha dois itens dentro, um pergaminho velho e um varinha.
"Essa varinha, ela é a de Salazar?" Pensou o menino curioso, por ele ser um bruxo tão poderoso, sua varinha provavelmente era uma das melhores.
- O que está aí dentro? - Perguntou Draco começando a andar na direção do menino.
Will escondeu a varinha na cintura sem que ninguém visse, e mostrou o pergaminho para o trio curioso.
- Apenas um pergaminho? - Draco pegou das mãos do menino e abriu, era a mesma língua da qual estava no cofre, não dava para ler absolutamente nada - Que droga, também não dá para ler, mais que cofre inútil.
William rapidamente pegou o pergaminho das mãos de Draco e colocou no bolso, agora que ele percebeu que apenas ele podia ler o que estava escrito.
- Podemos ir agora? - Perguntou William olhando para Narcisa.
- Mas e o caldeirão, você não vai querer levá-lo? - Perguntou a mulher olhando para o item velho.
- Eu acho que prefiro um novo - Respondeu o menino com o rosto sério.
- Ok, vamos meninos, ainda temos muito para fazer - Afirmou Narcisa voltando a se sentar no carrinho
A viagem de volta foi pior ainda, Draco estava feliz por saber que tinha muita mais grana do que a família Slytherin, já William não via a hora de ler esse pergaminho, algo que o próprio Salazar deixou para ele, era algo que podia ser inimaginável.
Narcisa também não era uma idiota, ela sabia que o caldeirão e o pergaminho tinham algo estranho neles, para que Salazar colocasse dois itens comuns no cofre, era algo que ela nem podia imaginar, a única coisa que ela pensava, era que Draco conseguisse fazer amizade com esse menino, a mulher nem conseguia imaginar em um segundo Lorde das trevas na Inglaterra, e caso isso aconteça, ela quer estar entre os dois lados.