Destinada Ao Caos

Em uma floresta, uma jovem acorda lentamente, totalmente desnorteada com a situação em que se encontra.

- "Hum, por que meu corpo está dolorido? Parece que me espancaram."

Devo abrir os olhos, mas por que eles estão tão pesados?

Eu não me lembro de ter feito nada na noite passada que me deixasse tão exausta.

Espera, o que aconteceu ontem e antes?

Eu não me lembro.

A primeira coisa que devo fazer é abrir os olhos, então vamos lá.

- "Hum, porra!

Vamos lá, abram!!

- Ufa, mas onde estou?

Ao abrir os olhos, a primeira coisa que a jovem vê é uma floresta.

Com o corpo dolorido, ela levanta-se apoiando-se em árvores.

O que estou fazendo nua aqui? Calma, não devo me desesperar. Não sei quem sou e estou numa floresta que, pelo que vejo, está queimada. Mas devo manter a calma e descobrir a situação em que me encontro e encontrar ajuda. Estou confusa, não sei para onde ir, mas algo me diz que devo caminhar por essa direção.

Sentindo que o ar está esfriando e parece que a floresta está avisando sobre um possível perigo, a garota começa a andar mais rápido na direção que sua intuição indica.

(Autor) Algumas horas se passaram e parece que a garota ainda não encontrou nenhuma indicação de uma possível civilização.

Merda, já devem ter se passado algumas horas que estou andando nessa direção e até agora não encontrei nada. A única mudança é que parece que estou saindo da área das árvores queimadas. E quanto mais ando nessa direção, mais sinto medo, ódio e tristeza.

Por que minhas emoções estão ficando fora de controle?...

O que é esse barulho?

-"Caw-caw."

Corvos. Isso me traz um mau presságio. O silêncio ao redor e a situação em que me encontro, tudo ao meu redor indica perigo. Mas devo continuar andando...

(Autor) Ainda não encontrei nenhuma civilização.

Passaram algumas horas desde que vi os corvos. Estou ficando cansada, apesar de encontrar algumas folhas de árvores para comer, mas não saciou minha fome. Não bebi água até agora. Está começando a escurecer e não encontrei ninguém. A sensação de perigo só aumenta. Por favor, qualquer deus ou demônio, me ajude...

- "Droga, estou tão cansada. Faz horas que estou andando..."

- "Socorro!"

O silêncio era a única resposta ao meu grito, ou pelo menos era o que eu pensava, até o manto da noite me cobrir e o silêncio se revelar um sinal cruel de que talvez o perigo se aproximasse sem eu perceber...

Está de noite e não enxergo quase nada. Parece que algo me persegue. Os arbustos estão fazendo barulho e ouço leves passos, parece que algo se aproxima. Estou com medo.

Vou pegar um galho para me defender caso algo aconteça...

- "Grrrhh."

Merda, lobos!

Se afastando lentamente sem desviar os olhos dos lobos, a protagonista aponta o galho tentando amedrontá-los.

Mas parece que isso só os deixou com raiva, já que eles perderam toda a cautela e começaram a atacá-la. Sem nenhuma opção, a protagonista começa a correr para as profundezas da floresta e uma perseguição implacável acontece, com uma matilha de lobos selvagens perseguindo uma jovem garota. A única esperança da perseguida é encontrar pessoas e um lugar seguro para se abrigar.

- "Droga, essa floresta parece não ter fim. Os lobos estão cada vez mais perto. Deus, qualquer coisa, me ajude."

E na imensa escuridão da noite, que traz pânico, a única esperança é respondida com um calmo sussurro em meio ao desespero.

~ "Por aqui..."

Hãm! O que? De onde vem essa voz? Seja lá quem ou o que for, mesmo que seja perigoso, minha única preocupação é sobreviver...

"Espera! Esse som! Parece pessoas?"

Sem prestar atenção à sua frente por ter ouvido vozes, a garota tropeça e cai, machucando a perna.

Eu preciso seguir as vozes... Ahh... Crack!! Me machuquei, não consigo correr mais, os lobos estão me cercando!! Não há nada que eu possa fazer agora!! Será que esse será o meu fim?

-"Socorro!!" Eu não quero morrer.

Espera, aquilo é uma luz.

-"Aqui, nessa direção!"

-"Cuidado, tem uma matilha de lobos ao meu redor!"

"-Preciso de ajuda!"

Quatro homens saíram dos arbustos, todos estavam armados. O mais robusto entre eles apontou seu machado para os lobos e deu um grito alto para amedrontá-los, mas parece que isso só os deixou mais irritados, já que eles deixaram sua presa e foram atacar.

O lobo que chegou na frente do homem foi cortado ao meio pelo machado.

O que correu na direção da pessoa que parecia mais fraca foi perfurado na perna por uma flecha, depois na barriga e finalmente no coração.

O mais esguio entre os homens cortou seus corpos em uma velocidade que o olho humano não conseguiria acompanhar com sua adaga.

E o mais jovem amassou a cabeça de um dos lobos com um escudo.

O último tenta atacar a protagonista em uma tentativa de se vingar de sua alcateia.

-"Não venha."

Virando-se de costas, ela tenta correr mais, e é aí que ela percebe que torceu o pé e não consegue correr. Em desespero, ela joga o galho que estava em sua mão no chão para tentar impedi-lo de se aproximar.

"Eu não quero morrer! Alguém me ajuda!"

Mas parece que ela está com sorte, porque antes dele conseguir se aproximar, uma sombra aparece atrás dela, move as mãos e o galho voa até o pé do lobo, fazendo-o tropeçar. Assim, dá tempo para o homem que estava longe jogar seu machado e cortar a cabeça dele.

Sentindo-se aliviada, a protagonista estava prestes a agradecer quando uma dor forte na perna a faz gritar por ajuda. Em desespero, sem conseguir pensar em nada, o homem mais robusto tira seu casaco, cobre-a e eles a levam para algum lugar para tratar do machucado.

E foi assim que eles a encontraram em meio à floresta escura e fria. A jovem garota estava nua, com frio, sede e fome. O homem robusto a cobre com um casaco, prestes a agradecer por tê-la salvado, quando ela sente uma dor terrível no pé e grita por ajuda. O homem mais esguio a pega no colo e eles a levam para um lugar desconhecido. Para ela, aquilo era a salvação de seu sofrimento, mas mal sabe ela que sua jornada em busca de respostas está apenas começando...

Horas depois dos homens levarem a garota, uma pessoa se aproxima lentamente dos corpos dos lobos com uma expressão de raiva e tristeza.

Chorando angustiado ao ver que os lobos estão mortos, ele diz:

"Não!! Quem quer que seja, eu vou encontrar e despedaçar por matar os meus filhotes."